Se o país crescesse 10% por ano, tenho certeza de que o Brasil viveria uma serie de apagões: elétrico, aéreo, internet e, por fim, o profissional. A escassez de mão de obra qualificada inflaciona os salários, principalmente nos setores de mineração e petróleo. Há um descaso com a educação no Brasil que já começa a render seus frutos negativos: faltam profissionais bem formados, que tenham passado por um ensino de qualidade. Mão de obra mais cara significa produtos mais caros, pois logicamente os custos são repassados para a população. Enquanto de um lado há pessoas sem emprego e sem qualificação, por outro lado há vagas esperando pessoal qualificado. Em certas áreas já acontece isso, havendo a necessidade da importação de mão de obra.
Cargos que mais cresceram de fevereiro a junho de 2010
Fonte: 32a. Edição da Pesquisa Salarial Catho Online
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Em linhas gerais, a qualificação profissional nas organizações permite obter resultados para os indivíduos, para suas equipes de trabalho e para as instituições. Essa qualificação pode ocorrer de diversas formas, desde a contratação de estagiários e pessoas em primeiro emprego até ações de capacitação, como treinamentos em serviço ou investimentos em cursos realizados dentro ou fora da organização. Ela pode ser compreendida como uma explicação para o êxito ou as restrições das pessoas e mesmo dos países em transitarem por esse momento de reestruturação produtiva e da globalização.
Um aspecto que merece destaque é que a qualificação profissional envolve pelo menos três elementos: o governo, os trabalhadores e as empresas. Para o governo, a qualificação profissional representa uma forma de assegurar a produtividade e competitividade do país; para os trabalhadores, representa autonomia e autovalorização; e, para as empresas, está associada à própria sobrevivência, à produtividade e à qualidade dos produtos e serviços.
Conforme explicações do gerente do Grupo Hilub Preditiva, Armando Marsarioli Filho (andre@bluecomunicacao.com), na rotina das fábricas, o desafio para otimizar a performance dos equipamentos vem, de certa forma e sem que se perceba, fazendo evoluir a própria definição sobre a manutenção. “Nota-se uma transformação nos procedimentos para manter o maquinário produzindo. Nos dias atuais, somos levados a pensar e agir com vistas para além da performance produtiva, ou seja, obter o máximo retorno dos investimentos de ativos. Não é novidade o fato de que, para isso, a gestão da manutenção deve estar sempre na dianteira, quanto à detecção de possíveis avarias e suas implicações. Também não é novidade que, cada vez mais, precisamos investir em tecnologia e dominar técnicas que nos permitam prever e atuar, antecipadamente, em tais avarias, e estabelecer metas cada vez mais audaciosas para melhorar nossa produtividade. Não há nada de novo em apontar que devemos buscar, no mercado, empresas ou fornecedores especialistas que nos viabilizem tais técnicas e tecnologia para garantir o domínio dessas avarias”, assegura.
Ele acrescenta que se pode terceirizar as técnicas, a tecnologia e a mão de obra, mas não terceirizar a inteligência de gestão e, muito menos, abdicar dela. “Por isso, algumas perguntas, relativas à preparação dos profissionais da manutenção não podem se calar. Qual é o nível de informação, conhecimento e competência dos profissionais, com relação aos problemas atuais da manutenção? Qual é o nível de informação, conhecimento e competência que temos de proporcionar, sistematicamente, aos profissionais, para conseguir os objetivos e metas determinados em nosso planejamento? E qual é o nível de informação, conhecimento e competência que temos que proporcionar, sistematicamente, aos colaboradores, para garantir que não perderão a inteligência de gestão a médio e longo prazos?”, pergunta.
Para Marsarioli, não se pode comparar os problemas que o setor enfrenta atualmente com os que tínhamos há poucos anos. “O nível e a importância dos problemas evoluíram. Se o nível de informação, conhecimento e competência dos profissionais não evoluir, sistematicamente, de acordo com a importância dos problemas atuais, não podemos garantir que cumpriremos nossas metas de performance com o melhor retorno dos investimentos de ativos. Sendo assim, a novidade é a conscientização das instituições, sobre a importância da implantação de uma metodologia que defina uma matriz de conhecimento, qual será a base para o programa de treinamento dos colaboradores e que possibilite as informações imprescindíveis, de maneira que possam conseguir seus objetivos frente aos problemas atuais, por um sistema de gestão baseado em competências”.
Segundo o diretor do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), Ingo Pelikan (ingo.pelikan@iqa.org.br), no caso da indústria automotiva, existe o problema da globalização, não só do produto, mas das empresas. “Hoje, as companhias têm ligações com outras plantas ao redor do mundo e têm de pensar em produtos globais. Nos degraus da evolução, a qualidade não ficou para trás. Pelo contrário, as exigências são ainda maiores e vêm de todos os lados, consumidores, mercado e parceiros. E um dos alicerces da qualidade é a mão de obra, que tem de ser altamente qualificada e aperfeiçoada constantemente. Com os volumes recordes de produção, a tensão na cadeia aumenta e a coloca no limite da capacidade, tanto produtiva, como no aspecto da qualidade. Há pressão de todo lado e isso tem efeito direto na mão de obra. E quanto se investe hoje na capacitação? A meu ver, ainda é muito pouco”, historia.
Na opinião do diretor, com o ritmo de trabalho e produção acelerados, a rotatividade também é elevada. “Na última crise, a indústria demitiu em massa e agora contrata em peso, mas a mão-de-obra não está 100% qualificada. Recentemente, pesquisa realizada pelo IQA, em parceria com a Comissão de Qualidade da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores e o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, apontou que há escassez de profissionais no país que dominem as ferramentas da qualidade utilizadas por montadoras, sistemistas e autopeças, o que acarreta, entre outros fatores, na falta de qualidade e perda de produtividade. Exigindo-se mais, a pressão é grande, mas se a qualificação não acompanhar, a consequência pode ser aumento de falhas, maior demanda por manutenção e ampliação da ocorrência de recalls, este último reflexo direto não da queda de qualidade, mas da ampliação de atividades”, diz.
“Precisamos investir mais fortemente na cultura da qualidade, a exemplo de países desenvolvidos. Por aqui, já se discute incorporar o conceito de qualidade na formação dos alunos dentro das escolas e universidades, o que hoje ainda é pouco explorado na área acadêmica em nosso País. Então, temos de trabalhar na base para que a cultura da qualidade seja desenvolvida no Brasil. Pegamos o bonde da qualidade já andando e como ela nunca para de evoluir, não podemos estagnar nas conquistas. Se há falhas, principalmente de capacitação, temos de resolver o problema. O mercado é extremamente competitivo e o consumidor é exigente. Portanto, temos de construir bases sólidas para continuar crescendo, mas com qualidade. A capacitação profissional é a resposta para esse desafio”, conclui Pelikan.
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DICAS QUALIDADE ONLINE
(Já que eu gosto de andar por esse mundo de deuses e cozinhar, a partir de agora o site vai editar textos dando dicas para os internautas que visitam São Paulo para cursos ou férias e mesmo para aqueles que moram na cidade. Comida, passeios, receitas, etc. …tudo visando uma melhor qualidade de vida)
Hambúrguer simples e gostoso. 500 g de carne moída sem gordura (esse é o ingrediente principal e sua qualidade vai definir o gosto do prato), quatro colheres de sopa de catchup uma colher de sopa de salsinha cortada bem fininha. Divida a carne em duas partes iguais. Uma parte deixe na geladeira. A outra parte deixe à temperatura ambiente e agregue a ela duas colheres de catchup e a salsinha. Misture bem. Coloque, depois de bem amassado, o resto da carne que estava na geladeira e mais duas colheres de catchup. Misture melhor ainda. Molde, então, os hambúrgueres. Frite ou asse (mais saudável) em um pouco de azeite.
Combina com batatas ao murro: 4 batatas grandes, 2 litros de água, 4 colheres (sopa) de sal marinho, 4 colheres (sopa) de azeite de oliva e alecrim a gosto. Sem descascar as batatas, lave-as bem sob água corrente. Numa panela grande, coloque as batatas com a casca e dois litros de água. Leve ao fogo médio e deixe cozinhar por 45 minutos. Transfira as batatas escorridas para um pano de prato limpo ou para a sua pedra de mármore.Quando esfriar, dê um murro em cada batata que devem ficar ligeiramente achatadas e abertas. Preaqueça o forno a 180ºC (temperatura média). No fundo de uma travessa refratária, espalhe metade do sal marinho e disponha as batatas. Salpique o restante do sal, regue com o azeite e polvilhe com o alecrim. Cubra com papel-alumínio e leve ao forno preaquecido para assar por 15 minutos.
Suco para acompanhar: cidrita. Bater no liquidificador meio litro de água filtrada e folhas picadas (sete) de erva cidreira fresca. Bater bem, coar, voltar ao copo já lavado do liquidificador e bater novamente juntando meia bandeja de gelo, açúcar, mel ou o adoçante de sua preferência.
Bom apetite!
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