Para que os profissionais sintam-se estimulados a apresentarem o potencial criativo, eles precisam arriscar e não ter medo de errar. E isso só ocorre quando a empresa dá abertura para que eles apresentem ideias ou sugestões inovadoras. O setor de recursos humanos precisa ser um aliado da criatividade no meio corporativo. Contudo, é indiscutível a participação efetiva dos líderes, pois são os gestores que estão em contato direto com suas equipes.
Em linhas gerais, algumas dicas interessantes para estimular a criatividade nas empresas:
- Ela exige que o profissional esteja aberto à inovação. Para isso, a empresa precisa deixar claro que aceita mudanças que agregam valor ao negócio e aos próprios funcionários. Afinal, o meio organizacional vivencia mudanças em ritmos cada vez mais acelerados.
- O estímulo à implementação de novas ideias faz com que as pessoas sintam-se motivadas a apresentarem sugestões. O exemplo deve começar de cima, ou seja, os dirigentes, os líderes, devem dar o exemplo e serem os primeiros a oferecerem a inovação aos membros das suas equipes.
- Se uma mente é capaz de criar ou propor inovações que façam a diferença para o negócio, a organização deve incentivar a integração entre os funcionários e possibilitar que as pessoas troquem experiências, busquem ajuda para realizar determinadas atividades. O resultado certamente pode surpreender, pois não há mais espaço para o individualismo no meio organizacional.
- Quem não errou é porque nunca tentou fazer algo. Com os erros, é possível encontrar o caminho certo rumo ao aprendizado. Se a primeira tentativa não alcançou os resultados esperados, o líder deve estimular sua equipe a não desistir, e nada melhor do que uma boa conversa. Assim, os profissionais poderão identificar o que não deveria ter sido feito e o que pode ser acrescentado a partir de uma nova tentativa.
- Equipes criativas precisam de líderes que deem um norte para as ações que irão desenvolver. Descentralizar atividades pode ser um caminho para que as pessoas soltem a criatividade que, muitas vezes, está presa reprimida em cada profissional.
- Uma organização que valoriza a criatividade possui canais de comunicação acessíveis. Quando um profissional toma conhecimento que uma determinada ação surgiu a partir da iniciativa de um colega da empresa, ele se sentirá motivado a inovar, a arriscar. Assim, haverá a constatação de que a companhia dá abertura para a inovação.
- Os gestores devem ouvir a opinião dos liderados. Se um deles chega e pede para apresentar a solução para um determinado problema, por exemplo, o funcionário merece atenção e ser ouvido.
- Ao ouvir a proposta de um profissional, se a alternativa apresentada não for viável, a liderança precisa saber dar feedback ao colaborador. Caso contrário, o funcionário perderá o estímulo para acrescentar diferenciais à empresa.
- O reconhecimento da criatividade motiva as pessoas a saírem da zona de conforto. Se a empresa valoriza o comprometimento do colaborador, certamente ele não ficará parado no tempo e no espaço, mas sim buscará alternativas que se tornem um diferencial tanto para o negócio quanto para o seu autodesenvolvimento.
- Treinamentos e atividades diferenciadas focados no negócio sempre são ótimas alternativas para estimular a criatividade dos profissionais.
Para o diretor dor Grupo Wiesel, Gilberto Wiesel, a criatividade é uma qualidade presente em todos os seres humanos. “Sem ela, não seria possível, por exemplo, que os símbolos usados na escrita e conversação e muitas das invenções ao longo do tempo fossem desenvolvidos. Entretanto, essa habilidade aparece em cada pessoa sob diferentes graus. Nesse sentido, hoje em dia, empresários e gestores de RH buscam profissionais cada vez mais criativos. Foi isso que revelou uma pesquisa, realizada pela prestadora de serviços IBM, com os executivos de 1.500 empresas de vários países”.
Ele afirma que, de acordo com o estudo, os contratadores avaliam a criatividade como fator fundamental no processo de seleção. Essa característica também foi analisada por outro levantamento, feito pela consultoria de administração de pessoal Korn/Ferry. Segundo a pesquisa, que entrevistou 365 dirigentes de grandes empresas na América Latina, 56% dos executivos consideram a habilidade um aspecto crucial no momento da contratação de novos funcionários.
“Com base nisso, nota-se que o mercado de trabalho exige cada vez mais profissionais inovadores e dinâmicos. A demanda é por pessoas capacitadas a contribuir com novas ideias e ações. Isso significa que o funcionário criativo é, antes de tudo, um trabalhador que está sempre em busca de soluções para problemas imediatos e em longo prazo, não se limitando a desenvolver projetos incomuns e fora dos padrões da empresa em que atua. Além da criatividade, algumas características ainda são consideradas positivas na hora da seleção, como: ética, boa comunicação, capacidade analítica e trabalho em equipe. Entre essas, a capacidade de analisar os problemas da empresa está também presente em um profissional realmente criativo. Um funcionário com essas habilidades está a todo o momento pensando em ideias concretas e possíveis de acordo com o funcionamento da organização, o que é bem avaliado pelo contratante, complementa.
Wiesel acredita que outro fator que contribui para o investimento em profissionais com criatividade aguçada é a exigência por parte do consumidor. “Cada vez mais, clientes estão à procura de empresas que inovem. Dessa forma, é necessário criar projetos diferentes em relação à concorrência, baseando-se ainda nas transformações tecnológicas e no desenvolvimento do perfil dos consumidores. Com base nisso, os empreendimentos conquistarão um lugar de destaque nos negócios em meio uma enorme oferta de produtos e serviços. O fato é que as organizações precisam se renovar constantemente, oferecendo novidades de maneira acelerada. Para isso, os funcionários devem ser versáteis e ansiosos por mudanças. Pessoas conservadoras, mais contrárias a modificações, têm menores possibilidades de serem admitidas considerando o cenário atual, em que o mundo está cada vez mais veloz e pede alterações a todo o momento”.
Para ele, quando se leva em conta as principais necessidades do empreendimento, é fundamental que empresários e gestores de RH avaliem bem o perfil do funcionário desejado. “Buscar um profissional inovador exige seleção cuidadosa. Segundo o estudo feito pela Korn/Ferry, encontrar uma pessoa criativa é uma tarefa difícil, já que essa capacidade está cada vez mais rara. Desta forma, o contratante deve analisar o grau de criatividade que se adapta melhor às características da organização”, conclui.
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