Coletâneas de normas
Contendo o texto integral das 5 Normas NBR que tratam de Transformadores de Potência
Contendo o texto integral das 7 Normas NBR ISO IEC para Tecnologia da Informação
Contendo o texto integral das 6 Normas NBR para Construção de Agregados
Tanto no carnaval como nas festas de final de ano, o que impressiona são os dados dos acidentes do trânsito. Alguns anos, comemora-se a diminuição de 10% no número de acidentes e mortes. Mas, é pouco. Os acidentes de trânsito no Brasil assustam. De acordo com o Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), as estatísticas de mortes no trânsito dizem que morrem, por ano, cerca de 37 mil pessoas e há a internação de outras 180 mil, com um impacto de cerca de 34 bilhões de reais. E, ainda assim, o assunto não é tratado com a devida atenção e recursos necessários. A frequência com que ocorrem é praticamente como se estivéssemos em uma guerra – só que nesta guerra só há perdedores. Para entender esses indicadores, há como fontes gerais de dados de mortalidade no trânsito o Denatran, o Ministério da Saúde e a seguradora Líder – DPVAT. Qual a diferença entre essas três fontes?
De forma resumida, o Denatran adota o critério de fatalidade ocorrida na via, registrada nos boletins de ocorrência. Já o Ministério da Saúde contabiliza as fatalidades ocorridas ao longo do ano, classificadas nas declarações de óbitos como decorrentes de acidente de transporte (segundo regra da OMS – Organização Mundial de Saúde). E o DPVAT indica a quantidade de processos de indenizações de um ano, que inclui também ocorrências de anos anteriores. Então, por exemplo, em 2008, o Ministério da Saúde divulgou a ocorrência de 36.666 fatalidades (dado preliminar, não definitivo) e o DPVAT indenizou 57.113 fatalidades, das quais 36.454 (64%) são relativas a ocorrências de anos anteriores. Já a última estatística divulgada no site do Denatran, de 2006, indicava 20.694 fatalidades ocorridas nas vias (num ano em que 56% dos Detrans indicaram que os dados enviados, de Estados que representavam quase metade da população do País, não eram completos). No Brasil, o maior pico de mortalidade foi em 2007, com a triste marca de 37.407 vítimas fatais, com uma taxa de 19,9 mortes/100 mil habitantes.
Nesses gráficos, também percebe-se o forte impacto na diminuição de vítimas com o início da vigência do CTB, com redução de 13% nas fatalidades, somente no primeiro ano. Esse efeito não foi uniforme em todos os Estados, o que exigiria uma pesquisa para entender os motivos. Dentre os motivos, poderiam ser incluídos, entre outros, a maior rapidez ou demora em preparar e realizar a fiscalização das infrações segundo as novas regras introduzidas pelo código. Em relação ao efeito da Lei Seca, que entrou em vigor no final de junho de 2008, é importante frisar que o apontamento da queda de 2% no total das fatalidades deve ser considerado com reservas, pois, como dito anteriormente, os dados de 2008 são ainda preliminares. De qualquer forma, essa ação pode representar o início de um novo período de queda das vítimas no trânsito, o que dependerá da atenção e recursos que o país, cada estado e cada município dedicarem efetivamente à questão. Assim como no período do início do CTB, mesmo nestes resultados preliminares, percebe-se que o efeito nos Estados também não foi uniforme, podendo também indicar a maior facilidade ou dificuldade que cada um está enfrentando para implantar uma fiscalização efetiva. Na análise da mortalidade por tipo de vítima, percebe-se o enorme aumento que ocorreu entre motociclistas, entre 2000 e 2007, cujas vítimas multiplicaram-se por 3,2, passando de 2.492 para 8118. O segundo tipo de vítima com maior aumento foram os ciclistas, que aumentaram mais de 100%, passando de 789 a 1.649. Já na análise por faixa etária, os resultados mostram que as fatalidades no trânsito são em maior número entre as pessoas de 20 a 39 anos, mais de 45% do total, com aumento de mais de 32%, de 2000 a 2007, quando passaram de 12.857 a 16.996.
Tipos de veículos envolvidos em acidentes
BRASIL | 2004 | 2005 | 2006 |
Automóvel / Camioneta | 209.797 | 243.311 | 195.325 |
Ônibus / Micro-ônibus | 16.936 | 18.778 | 14.969 |
Caminhão / Caminhonete | 41.063 | 41.934 | 32.809 |
Reboque / Semi-reboque | 2.842 | 3.027 | 2.827 |
Motocicleta | 130.526 | 164.522 | 132.993 |
Bicicletas | 36.341 | 41.223 | 32.491 |
Ooutros | 7.496 | 8.073 | 6.497 |
Não informado | 21.855 | 9.666 | 55.488 |
Total | 466.856 | 530.534 | 473.399 |
Fonte: Denatran
Conceitos dos tipos de acidentes com vítimas, segundo o Denatran:
- Abalroamento: o mesmo que colisão.
- Atropelamento: acidente em que pedestre ou animal sofre impacto de um veículo.
- Capotagem: acidente de trânsito em que o veículo acidentado emborca, ficando de lado, de rodas para cima ou mesmo voltando a ficar sobre as rodas, depois de girar sobre si mesmo.
- Colisão: choque entre dois ou mais veículos.
- Choque com objeto fixo: Acidente em que há impacto de um veículo contra qualquer objeto fixo (Poste, árvore, muro, veículo parado em estacionamento).
- Tombamento: o mesmo que capotagem.
Tipos de acidentes (1999 – 2006)
ANO |
2004 |
2005 |
2006 |
Total |
348.583 |
383.371 |
320.333 |
Colisão / Abalroamento |
182.020 |
205.131 |
167.104 |
Tombamento / Capotamento |
35.664 |
39.882 |
30.178 |
Atropelamento |
65.279 |
66.936 |
52.781 |
Choque com objeto fixo |
27.041 |
31.405 |
27.234 |
Ooutros |
23.263 |
29.757 |
28.566 |
Não informado |
15.316 |
10.260 |
14.470 |
Fonte: Denatran
CAUSAS PRESUMÍVEIS DOS ACIDENTES NAS RODOVIAS FEDERAIS | |||
EVENTO | 2002 | 2003 | 2007 |
Falta de atenção | 37.722 | 32.284 | 38.499 |
Não manter distância segura | – | 8.127 | 17.814 |
Velocidade Incompatível | 11.710 | 12.546 | 6.570 |
Desobediência a sinalização | 6.380 | 5.406 | 3.716 |
Ultrapassagem indevida | 4.497 | 2.818 | |
Defeito mecânico em veiculo | 3.821 | 3.909 | 4.259 |
Defeito na via | 2.657 | 3.387 | 2.273 |
Defeito na sinalização | – | – | |
Sono | – | 2.020 | 2.427 |
Ingestão de álcool | – | 735 | 1.742 |
Outras causas | 39.612 | 34.404 | 42.670 |
Total | 106.399 | 106.829 | 122.788 |
CONDIÇÕES | PORCENTAGEM DE ACIDENTES |
Pista Boa | 80,75% |
Nas Retas | 69,48% |
De Dia | 59,44% |
Tempo Bom | 67,05% |
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