Os blocos de concreto para alvenaria têm, desde abril, uma norma de ensaio – a NBR 12118/2007- Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Métodos de ensaio – revisada e que ganha critérios mais claros e bem definidos para verificar a sua conformidade às exigências técnicas. É que essa norma, que havia passado por uma primeira revisão em 2011, foi submetida à nova revisão por comissão da ABNT, com um texto, publicado em março, que define, entre outros, os critérios de ensaio para verificação da análise dimensional, de taxa de absorção de água, área líquida e resistência à compressão e de retração por secagem.
Com esses novos critérios, os técnicos e especialistas na produção e uso do bloco de concreto para alvenaria acreditam que haverá melhora e maior homogeneidade nos ensaios dos blocos. “Com esse novo texto revisado e os critérios definindo melhor itens de ensaio importantes, deverá haver um aperfeiçoamento e melhor entendimento por parte dos operadores dos equipamentos laboratoriais das exigências da norma”, avalia o arquiteto Carlos Alberto Tauil, consultor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto (BlocoBrasil).
Além da revisão da NBR 12118, também a NBR 6136/2008 – Requisitos para blocos de concreto já está em processo de revisão por comissão específica do CB 18/ABNT, com previsão para concluir o processo ainda este ano. “O setor de blocos de concreto está atento para as exigências de revisão das normas existentes, visando à sua permanente atualização. A cadeia produtiva da construção brasileira, incluídos fabricantes, laboratórios, projetistas e construtores, assim, têm a garantia de adquirir blocos de concreto de qualidade, produzidos e ensaiados de acordo com as melhores técnicas internacionais em vigor”, avalia Marcelo Kaiuca, presidente da BlocoBrasil.
Além disso, existem as normas NBR15961-1: Alvenaria estrutural – Blocos de concreto – Parte 1: Projeto e NBR15961-2: Alvenaria estrutural – Blocos de concreto – Parte 2: Execução e controle de obras, que especificam os requisitos mínimos exigíveis para o projeto de estruturas de alvenaria de blocos de concreto. Também se aplicam à análise do desempenho estrutural de elementos de alvenaria de blocos de concreto inseridos em outros sistemas estruturais. A parte 1 da NBR 15961 não inclui requisitos exigíveis para evitar estados limite gerados por ações como sismos, impactos, explosões e fogo. Também se aplica à análise do desempenho estrutural de elementos de alvenaria de blocos de concreto inseridos em outros sistemas estruturais. Essa parte da NBR 15961 não inclui requisitos exigíveis para evitar estados limite gerados por ações como sismos, impactos, explosões e fogo.
Uma estrutura de alvenaria deve ser projetada de modo que: esteja apta a receber todas as influências ambientais e ações que sobre ela produzam efeitos significativos tanto na sua construção quanto durante a sua vida útil de projeto; resista a ações excepcionais, como explosões e impactos, sem apresentar danos desproporcionais às suas causas. O projeto de uma estrutura de alvenaria deve ser elaborado, adotando-se: sistema estrutural adequado à função desejada para a edificação; ações compatíveis e representativas; dimensionamento e verificação de todos os elementos estruturais presentes; especificação de materiais apropriados e de acordo com os dimensionamentos efetuados; procedimentos de controle para projeto. O projeto de estrutura de alvenaria deve ser constituído por desenhos técnicos e especificações. Esses documentos devem conter todas as informações necessárias à execução da estrutura de acordo com os critérios adotados, conforme descrito em 5.3.1 e 5.3.2 da norma.
O projeto deve apresentar desenhos técnicos contendo as plantas das fiadas diferenciadas, exceto na altura das aberturas, e as elevações de todas as paredes. Em casos especiais de elementos longos repetitivos (como muros, por exemplo), plantas e elevações podem ser representadas parcialmente. Devem ser apresentados, sempre que presentes: o posicionamento dos blocos especiais, detalhes de amarração das paredes, localização dos pontos grauteados e armaduras, e posicionamento das juntas de controle e de dilatação.
As novidades no GEDWEB – o Portal da Informação Tecnológica Corporativa
A Target agregou duas novas soluções ao seu Portal da Informação Tecnológica Corporativa. Uma delas é um calendário do lado esquerdo do site com as datas limites para que os usuários participem da elaboração das NBR. É importante saber que uma vez elaborado o Projeto de Norma com um assunto solicitado, ele é então submetido à Consulta Nacional. Neste processo, o Projeto de Norma, elaborado por uma Comissão de Estudo representativa das partes interessadas e setores envolvidos com o tema, é submetido à apreciação da sociedade. Durante este período, qualquer interessado pode se manifestar, sem qualquer ônus, a fim de recomendar à Comissão de Estudo autora a aprovação do texto como apresentado; a aprovação do texto com sugestões; ou sua não aprovação, devendo, para tal, apresentar as objeções técnicas que justifiquem sua manifestação. Sendo assim, é muito importante contar com a sua opinião sobre o conteúdo dos Projetos em Consulta Nacional, para que se possa ter normas brasileiras que realmente representem os interesses da sociedade, bem como possam ser plenamente aplicadas e gerar todos os benefícios inerentes à normalização. Participe, dando a sua contribuição – ela certamente ajudará na melhoria da qualidade dos documentos.
Acesse um vídeo com as explicações sobre o novo GEDWEB clicando no link.
As especificações de projeto devem conter as resistências características à compressão dos prismas e dos grautes, as faixas de resistência média à compressão (ou as classes conforme a NBR 13281) das argamassas, assim como a categoria, classe e bitola dos aços a serem adotados. Também podem ser apresentados os valores de resistência sugeridos para os blocos, de forma que as resistências de prisma especificadas sejam atingidas.
Igualmente, deve existir um plano de controle da qualidade. O executor deve estabelecer um plano de controle da qualidade, onde devem estar explícitos: os responsáveis pela execução do controle e circulação das informações; os responsáveis pelo tratamento e resolução das não conformidades; a forma de registro e arquivamento das informações.
A execução da alvenaria estrutural só pode ser realizada com base em um projeto estrutural, conforme descrito na ABNT NBR 15961-1, devidamente compatibilizado com os demais projetos complementares. Devem constar no plano de controle da obra procedimentos específicos para os seguintes itens:
a) bloco de concreto;
b) argamassa de assentamento;
c) graute;
d) prisma;
e) recebimento e armazenamento dos materiais;
f) controle de produção da argamassa e do graute;
g) controle sistemático da resistência do bloco ou certificações de qualidade acreditados pelo Inmetro;
h) controle sistemático da argamassa e do graute;
i) controle sistemático da resistência do prisma, quando for o caso, conforme especificação em 8.3.2;
j) controle dos demais materiais;
k) controle da locação das paredes;
I) controle de elevação das paredes;
m) controle de execução dos grauteamentos;
n) controle de aceitação da alvenaria.
Os blocos devem atender integralmente às especificações da NBR 6136, além das resistências e outras especificações do projeto estrutural. Os blocos devem ser ensaiados conforme especificado na NBR 12118. Para a definição da argamassa de assentamento devem ser realizados ensaios com antecedência adequada com os materiais dos mesmos fornecedores selecionados para a obra, comprovando atendimento dos requisitos estabelecidos no projeto estrutural através de ensaios realizados de acordo com o Anexo D, no caso de controle na obra, ou conforme a NBR 13279 e demais normas pertinentes. Esses procedimentos devem ser atendidos tanto pelas argamassas preparadas em obra quanto pelas industrializadas.
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