Capacetes para condutores de bicicleta devem cumprir a NBR 16175 para não oferecer riscos aos usuários

O transporte alternativo é uma maneira de se locomover, usando um meio diferente das diferentes formas de se locomover. A bicicleta é um exemplo disso. Em alguns lugares, ela é usada porque é mais barata, como no interior do Brasil e em países como a Índia e a China. Outras pessoas escolhem andar de bicicleta por uma questão ideológica, porque elas não agridem o meio ambiente e não causam tantos transtornos quanto os carros. Mas, o importante é que ao usar esse meio de transporte os usuários não corram riscos desnecessários, usando o capacete como um equipamento de segurança, muitas vezes usados normalmente como uma forma apenas de remediar outras faltas que existem principalmente para ciclistas urbanos: falta de infraestrutura, falta de respeito no trânsito, entre outros pontos que andam em voga e em discussão. E os capacetes devem obrigatoriamente cumprir a norma técnica.

Mauricio Ferraz de Paiva

Muitos países europeus adotaram a bicicleta como seu principal transporte. O trânsito em algumas grandes cidades europeias é todo adaptado para atender aos ciclistas. As ciclovias são priorizadas, o que garante a segurança de todos. O número de bicicletas circulando ou estacionadas em algumas cidades, por exemplo, é impressionante.

Diferentemente, os brasileiros não têm a mesma estrutura para usá-las. E esse é o maior motivo para que ela não seja tão popular nos grandes centros urbanos do país. Os que tentam se transportar com as bicicletas enfrentam dificuldades: não há espaço destinado a elas, muitas vezes os ciclistas disputam com os carros, o que pode provocar graves acidentes.

Também, a geografia de muitas regiões do Brasil dificulta esse transporte, com cidades muito acidentadas sendo um empecilho para quem resolve pedalar. O clima quente também serve de desculpa para alguns, que acham desconfortável chegar aos lugares suados, por causa do esforço físico que se faz ao andar alguns quilômetros debaixo do sol.

Porém, o uso da bicicleta é considerado como um benefício para saúde e qualidade de vida, pois é uma ótima atividade física. É um tipo de transporte ecologicamente correto, porque não polui e, logicamente, é econômico porque não exige gastos com combustível ou passagem.

Quando bem planejado, com ciclovias bem construídas, é possível se locomover mais rápido, tratando-se de uma opção para driblar o trânsito congestionado. Contribui para um trânsito com menos fluxo de carros; ajuda a diminuir os engarrafamentos, exige menos espaço para serem guardadas em relação aos carros, que necessitam de enormes áreas destinadas a estacionamentos e possui baixo custo de manutenção.

Assim, cada vez mais, a bicicleta ganha espaço como um meio de transporte nas grandes cidades brasileiras. Enquanto mais e mais ciclovias surgem, novos adeptos descobrem os benefícios que, trocar as quatro rodas pelas duas, trazem para a saúde.

O primeiro passo é escolher a bicicleta certa. Quem está começando deve priorizar o conforto: guidão alto e pneu largo são características que dão mais confiança para o ciclista. Para ir trabalhar, uma boa opção é a bicicleta dobrável, que não precisa ser estacionada e pode ser guardada no escritório. No entanto, nenhuma das duas é ideal para pegar velocidade, o que pode atrapalhar nas grandes distâncias.

Também é importante andar com equipamentos de segurança. O principal é o capacete, fundamental para proteger em caso de acidentes, mas há outros periféricos interessantes, como a luva, que aumenta a aderência com o guidão e também evita ralar a mão em caso de queda. Outra dica é andar sempre com água, para manter o corpo hidratado.

Os capacetes devem ser fabricados de acordo com a norma técnica para não ser considerado um produto ilegal. A NBR 16175 de 05/2013 – Veículos de duas rodas – Bicicleta – Capacete para condutores de bicicleta e usuários de patins, skates e semelhantes especifica os requisitos e os métodos de ensaio de capacetes para condutores de bicicleta e usuários de patins, skates e similares. Os requisitos e os métodos correspondentes de ensaio têm como base os seguintes pontos: construção, incluindo o campo de visão; funções de absorção de impacto; funções do sistema de fixação, incluindo a cinta jugular e os elementos de fixação; marcação e informação.

A proteção proporcionada por um capacete depende das circunstâncias que ocorre um acidente. O fato de se utilizar um capacete não pode evitar sempre a morte ou danos físicos a longo prazo, visto que o capacete é projetado para minimizar o risco de ferimentos na cabeça, na eventualidade de um acidente.

Uma parte da energia de impacto é absorvida pelo capacete, reduzindo assim a força do impacto sobre a cabeça. Qualquer capacete que receber um forte impacto deve ser substituído por outro, mesmo se o dano não for visível. O capacete deve ser desenhado de forma que o ar circule por cima da cabeça do usuário.

Na fabricação dos capacetes, as características dos materiais utilizados (peças metálicas, borrachas, etc.) não devem sofrer deterioração significativa sob influência do envelhecimento ou das circunstâncias de uso as quais o capacete é normalmente submetido, por exemplo, exposição ao sol, temperatura e chuva extremas. Nenhum dos materiais que entrem em contato com pele deve sofrer alterações evidentes como resultado do contato com o suor ou com substâncias como as que aparecem nos produtos de limpeza. Materiais que causem alterações na pele não devem ser utilizados.

O capacete deve ser construído com um material resistente que receba os meio de absorção de energia de retenção do conjunto pala e orifícios de ventilação. Deve ser projetado e ter um formato tal que suas partes (palas, rebites, ventilação, bordas, sistemas de fechos e similares) não possam lesionar o usuário durante seu uso normal.

Além disso, segundo a norma, deve ter um peso reduzido, ser ventilado, ser colocado e retirado facilmente, possibilitar o uso de óculos corretivos e não interferir significativamente na capacidade auditiva do usuário. Quando forem realizados os ensaios previstos na norma, não deve haver nenhuma ocultação do campo de visão dentro dos limites compreendidos pelos seguintes ângulos: horizontalmente: 105° min a partir do plano médio vertical longitudinal até os lados esquerdo e direito; para cima: 25° min a partir do plano de referência; e para baixo: 45° min a partir do plano básico.

Há vários modelos de capacete disponível no mercado. Um deles é o capacete aberto, também chamado meia casca ou meia concha, que é o modelo mais conhecido e também o mais utilizado. Seu formato é parecido com uma concha serve para melhorar a aerodinâmica na pedalada e no caso, e também para ser mais eficiente em quedas horizontais. Alguns modelos vêm com uma aba removível, que protege não só do sol como também de galhos e outros objetos, e por isso são os preferidos dos praticantes de mountain bike. Existem também os modelos sem aba, que são os mais utilizados no ciclismo de estrada.

O modelo coquinho ou urbano é mais indicado para modalidades onde há o risco de uma queda vertical. Por isso, ele é um pouco mais fechado e achatado na parte superior. É um capacete muito usado pela galera do street, BMX e vertical. Além disso, tem sido utilizado por muitos adeptos do ciclismo urbano e também do bike polo.

Os fechados são maiores e mais pesados, indicados para modalidades mais extremas, que envolvem altura e grandes velocidades. Por serem fechados, possuem a proteção para o queixo, e são utilizados pelos praticantes de downhill e muitos do BMX.

Existem ainda os capacetes próprios para o ciclismo de pista. Esses são bem fechados e testados para vencerem da melhor forma a resistência aerodinâmica nas provas de velódromo. Por conta disso, alguns possuem um prolongamento na parte traseira, além de visor integrado.

Importante é a ventilação, pois quanto mais ventilado o capacete, melhor para atividades mais longas. Imagine uma pedalada por longas horas sob o sol. Um capacete bem ventilado não deixa o usuário chegar de cabeça quente no pedal, literalmente. A ventilação ajuda na transpiração da cabeça e proporciona mais conforto para a pedalada.

A maioria dos capacetes é feito em isopor, que é considerado um bom material para absorção de impactos. Os modelos mais modernos e caros são revestidos com polímeros, alguns deles inclusive com fibra de carbono, o que os deixa bem mais leves. Além disso, a casca que envolve o capacete tem também a função de absorver energia no caso de impacto. Deve-se ficar atento para o sistema de espumas internas do capacete que aumentam bastante o conforto.

Enfim, a bicicleta é um meio de transporte e pode ser um considerado um exercício para o dia a dia. Ela oferece os mesmos benefícios cardiovasculares da corrida, sem ter um impacto tão grande. Um cuidado que é necessário para não forçar os joelhos é ajustar o banco na posição certa. Fora isso, fica a sensação de liberdade de não ficar preso no trânsito e de respirar livremente. Mesmo com a poluição das grandes cidades, a atividade pode compensar.

Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria – mauricio.paiva@target.com.br

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Estudar nunca é demais

GÊNIUS RESPOSTA DIRETA

O Target Gênius Respostas Diretas é o mais avançado e inovador sistema de perguntas e respostas sobre requisitos de normas técnicas. Para conhecê-lo, você pode acessar, sem custo, cinco respostas à sua escolha. Você pode realizar pesquisas selecionando o produto “Gênius Respostas Diretas” e informando a(s) palavra(s) desejada(s): https://www.target.com.br/produtossolucoes/consultoria/consultoria.aspx

Coaching auxilia pessoas que desejam traçar seu caminho, mas não sabem por onde começar.

Com certeza você já ouviu as máximas “nunca é tarde demais para estudar” e “estudar nunca é demais” – e não existem frases mais verdadeiras do que essas. As frases podem até ser antigas, mas o pensamento que elas transmitem são extremamente atuais e cada vez mais importantes, afinal, a concorrência no mercado é cada vez maior e destacar-se nesse mundo de hoje em dia é necessário.

Sabendo da importância do aprendizado, nada melhor do que aproveitar o dia 24 de março, comemoração do “Dia nacional do Estudante”, para trazer a tona esse assunto tão importante: o estudo. Madalena Feliciano, diretora de projetos da empresa Outliers Careers, lembra que desde que nascemos nós somos estimulados a pensar qual carreira iremos seguir e que, ainda, com menos de 20 anos tomamos a decisão que poderá nos guiar pelo resto da vida: a nossa profissão.

“Porém, nem sempre essa é uma decisão fácil. Por isso vemos tantas pessoas que deixam para prestar vestibular mais tarde, que se formam, mas não exercem a profissão, ou até mesmo aquelas pessoas que iniciam vários cursos, mas não chegam até o fim em quase nenhum deles”, comenta. E por que isso acontece?

“São várias as razões que fazem com que uma pessoa desista do seu curso ou não se sinta satisfeita com as suas escolhas, mas percebo que alguns dos principais motivos que fazem com que isso aconteça são: o fato de querer agradar aos pais, abandonando a vontade própria para deixá-los felizes, o não conhecimento dos cursos e do mercado de trabalho e, em outros casos, a preguiça e a falta de proatividade”, pontua Madalena.

Não existe uma receita de bolo para se ter uma carreira de sucesso, porém, hoje já existem ferramentas que auxiliam a construir um caminho sólido e a conquistar os objetivos propostos – e uma dessas ferramentas é o coaching. “Essa é uma metodologia que, de forma resumida, busca atingir as necessidades humanas de atingir metas, solucionar problemas e desenvolver novas habilidades”, explica Madalena, que ressalta que o coaching é um processo de aprendizagem e desenvolvimento de competências comportamentais, psicológicas e emocionais, direcionado à conquista de objetivos e obtenção de resultados.

E como ele pode ser aplicado ao estudo? “O coaching pode ser um grande ajudante em todas as áreas do estudo: ele auxilia a manter o foco; a colocar no papel seus objetivos e fazer um caminho concreto até alcançá-los; a ter um bom autoconhecimento; a descobrir suas habilidades e pontos fracos – e trabalhar com eles a seu favor; a melhorar suas tomadas de decisões etc”, comenta Madalena.

O coach ressalta que essa ferramenta também é um grande auxílio para pessoas que possuem objetivos, mas que não sabem como alcançá-los. “Ajudamos as pessoas a colocarem no papel as suas metas, transformando-as em conquistas reais – e, convenhamos, existe algo melhor do que alcançar seu objetivo com sucesso? Eu acredito que não!”, conclui a especialista.

Uma norma técnica para melhorar os serviços em laboratórios clínicos

NORMAS COMENTADAS

NBR 14039 – COMENTADA
de 05/2005

Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Possui 140 páginas de comentários…

Nr. de Páginas: 87

NBR 5410 – COMENTADA
de 09/2004

Instalações elétricas de baixa tensão – Versão comentada.

Nr. de Páginas: 209

NBR ISO 9001 – COMENTADA
de 11/2008

Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Versão comentada.

Nr. de Páginas: 28

CLINICA qualidade deve sempre se referir à satisfação das necessidades e das expectativas de usuários e clientes. O foco em usuários e clientes é importante, especialmente em empresas de prestação de serviços, como os laboratórios clínicos que prestam assistência à saúde da população.

Realmente, o que motiva o cliente a utilizar um determinado serviço de análises clínicas é o fato de ele atender as suas necessidades, satisfazendo também suas preferências, conveniências e gostos. Então, é importante que os laboratórios ofereçam serviços que superem as expectativas de seus clientes, não atendendo apenas as suas necessidades, mas indo além delas. São usuários do laboratório de análises clínicas: os clientes (pacientes); os médicos que solicitam os exames; e as empresas prestadoras de serviços de saúde.

Ao se referir à qualidade dos exames deve ser incluído o custo envolvido na sua realização. Se qualidade significa a conformidade às necessidades do cliente, então os custos de qualidade englobam os custos de conformidade e custos de não conformidade.

Atualmente, é notório que os sistemas de garantia da qualidade em organizações de assistência à saúde estão em constante evolução. Há pressões de ordem públicas e privadas pela melhoria da qualidade, mas em contrapartida é necessário que se faça a contenção de custos.

Os custos de conformidade podem ser divididos em custos de prevenção e de avaliação. Exemplo: custo com calibração, com o controle da qualidade. Os custos de não conformidade são custos de falha interna e externa. Exemplo: custo com repetição de exame (falha interna), pedidos repetidos de exames (falha externa).

As melhorias na qualidade podem levar à redução de custos por evitar a repetição de exames, que resulta em desperdício de tempo e de dinheiro. Com a qualidade melhorada, os desperdícios podem ser eliminados com consequente redução. Deming desenvolveu e difundiu a idéia de que a melhoria da qualidade reduz o desperdício e aumenta a produtividade. Diminuindo os custos, haverá uma melhoria na competitividade, possibilitando a empresa permanecer ativa no mercado com suas atividades.

Dessa forma, toda empresa desse setor que for implantar um sistema de qualidade deve providenciar: uma infraestrutura física e ambiental adequada; um pessoal técnico selecionado e treinado, com programa de treinamento estabelecido; dispositivos de medição e ensaios de boa qualidade e calibrados, com plano de manutenções periódicas estabelecido; reagentes de qualidade comprovada e aprovados pelos órgãos competentes; métodos de medição e ensaios, atuais e padronizados; sistema de limpeza correta da vidraria; processos de coleta e conservação das amostras de acordo com metodologia implantada; e um manual da qualidade com documentação completa e atualizada.

A Gestão da Qualidade de uma empresa deve ser definida pela diretoria, que determina o apoio e disponibiliza os recursos necessários. Compreende as atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização, no que diz respeito à qualidade incluindo o estabelecimento da Política da Qualidade, Objetivos da Qualidade com indicadores e metas, e responsabilidades.

Toda empresa que se preocupa com a qualidade de seus produtos ou serviços deve adotar um modelo de gestão que priorize as atividades que otimizem o seu próprio desempenho e que agregam valor ao produto/serviço para a satisfação do cliente. Para atingir esse objetivo, a empresa tem que agir com planejamento, com a visão no futuro para atingir a sua missão, que é proporcionar máxima satisfação ao cliente

A NBR ISO 15189 de 02/2015 – Laboratórios clínicos – Requisitos de qualidade e competência especifica os requisitos para a qualidade e competência em laboratórios clínicos e pode ser utilizada por laboratórios clínicos no desenvolvimento dos seus sistemas de gestão da qualidade e na avaliação de sua própria competência. Esta norma também pode ser utilizada para confirmação ou reconhecimento da competência de laboratórios clínicos por manter próprios clientes, autoridades regulamentadoras e organismos de acreditação.

Esta norma, que está baseada na NBR ISO/IEC 17025 e NBR ISO 9001, especifica os requisitos para competência e qualidade que são específicos para os laboratórios clínicos. É reconhecido que cada país pode ter suas próprias regulamentações ou requisitos específicos aplicáveis a alguns ou a todos os seus profissionais e suas atividades e responsabilidade neste domínio.

Os serviços dos laboratórios clínicos são essenciais para o atendimento de pacientes, portanto tais laboratórios precisam estar preparados para atender às necessidades de todos os pacientes e do pessoal clínico responsável pelo atendimento desses pacientes. Esses serviços incluem disposições para solicitação de exames, preparação e identificação do paciente, coleta de amostras, transporte, armazenamento, processamento e exame das amostras clínicas, juntamente com a subsequente interpretação, relato e orientação, além de considerações sobre segurança e ética no trabalho dos laboratórios clínicos.

Sempre que as regulamentações e requisitos nacionais, regionais ou locais permitirem, é desejável que os serviços dos laboratórios clínicos incluam o exame de pacientes nos casos de consultas médicas, e que esses serviços participam ativamente na prevenção de doenças, além do diagnóstico e cuidados com pacientes. Convém que cada laboratório também forneça oportunidades educacionais e científicas adequadas para os seus funcionários.

Embora esta norma se destine ao uso em todas as disciplinas atualmente reconhecidas dos serviços de laboratórios clínicos, os laboratórios que trabalham em outros serviços e disciplinas como: fisiologia clínica, laboratório de imagem clínica e laboratórios médicos podem também considerá-las úteis e apropriadas. Adicionalmente, as organizações engajadas no reconhecimento da competência dos laboratórios clínicos podem basear suas atividades nesta norma.

Caso um laboratório busque a acreditação, convém que selecione um organismo de acreditação que opere de acordo com NBR ISO/IEC 17011 e que leve em consideração requisitos específicos dos laboratórios clínicos. Esta norma não se destina para fins de certificação, entretanto o cumprimento por parte dos laboratórios clínicos dos requisitos desta norma significa que o laboratório atende aos requisitos de competência técnica e aos requisitos de sistema de gestão que são necessários para constantemente entregar resultados tecnicamente válidos.

Os requisitos do sistema de gestão na Seção 4 estão escritos em uma linguagem relevante para as operações de um laboratório clínico e segue os princípios da NBR ISO 9001:2008, Sistema de gestão de qualidade — Requisitos, e estão alinhados com seus requisitos pertinentes (Comunicado Conjunto IAF-ILAC-ISO emitido em 2009). A correlação entre as seções e subseções desta terceira edição da ISO 15189 e aquelas da NBR ISO 9001:2008, assim como da NBR ISO/IEC 17025:2005, está detalhada no Anexo A desta norma. As questões ambientais associadas às atividades de laboratórios clínicos são geralmente abordadas ao longo desta norma, com referências específicas em 5.2.2, 5.2.6, 5.3, 5.4, 5.5.1.4 e 5.7.

A direção do laboratório deve dispor de meios para garantir o seguinte: que não haja envolvimento em quaisquer atividades que possam diminuir a confiança na competência, imparcialidade, julgamento ou integridade operacional do laboratório; a direção e o pessoal estejam livres de quaisquer pressões indevidas comerciais, financeiras ou outras pressões ou influências que possam afetar a qualidade do seu trabalho; onde possam existir potenciais conflitos de interesse competitivos, estes devem ser declarados de maneira aberta e apropriada; que existam procedimentos apropriados para assegurar que o pessoal trate as amostras, tecidos ou sobras de amostras humanas de acordo com requisitos legais e pertinentes; que seja mantida a confidencialidade das informações.

O laboratório deve ser dirigido por uma pessoa ou pessoas com competência e responsabilidade delegadas para os serviços prestados. As responsabilidades do diretor do laboratório devem incluir assuntos profissionais, científicos, consultivos, organizacionais, administrativos e educacionais pertinentes aos serviços oferecidos pelo laboratório. Ele pode delegar determinados deveres e/ou responsabilidades a pessoal.

Entretanto, o diretor do laboratório deve manter a responsabilidade final sobre o funcionamento global e a administração do laboratório. Os deveres e responsabilidades do diretor do laboratório devem ser documentados. O diretor do laboratório (ou o designado para os deveres delegados) deve ter a competência, a autoridade e os recursos necessários para atender aos requisitos desta norma.

O diretor do laboratório (ou o(os) designado(s)) deve(m): proporcionar liderança eficaz nos serviços do laboratório clínico, incluindo planejamento do orçamento e gestão financeira em conformidade com a atribuição institucional de tais responsabilidades; relacionar-se e agir de forma eficaz com as agências regulamentadoras e de acreditação aplicáveis, funcionários administrativos apropriados, a comunidade da saúde, a população de pacientes atendidos, e prestadores de serviços formais, quando requeridos; garantir que haja um número adequado de funcionários com a educação, treinamento e competência requeridos para fornecer serviços de laboratório clínico que atendam às necessidades e requisitos dos usuários; assegurar a implementação da política da qualidade; implementar um ambiente seguro no laboratório em conformidade com as boas práticas e os requisitos aplicáveis; atuar como membro colaborador do pessoal médico para aquelas instalações atendidas, se aplicáveis e apropriadas; garantir a prestação de aconselhamento clínico em relação à escolha de exames, uso dos serviços e interpretação dos resultados dos exames; selecionar e monitorar os fornecedores do laboratório; selecionar os laboratórios de apoio e monitorar a qualidade de seus serviços (ver também 4.5); oferecer programas de desenvolvimento profissional para o pessoal do laboratório e oportunidades de participar em atividades científicas e de outras atividades de organizações profissionais de laboratório; definir, implementar e monitorar padrões de melhoria e desempenho da qualidade dos serviços do laboratório clínico; monitorar todo o trabalho executado no laboratório a fim de determinar que a informação clínica relevante esteja sendo gerada; tratar de qualquer reclamação, pedido ou sugestão do pessoal e/ou usuários dos serviços do laboratório (ver também 4.8, 4.14.3 e 4.14.4); desenvolver e implementar um plano de contingência para garantir que os serviços essenciais estejam disponíveis em situações de emergência ou outras condições em que os serviços de laboratório estejam limitados ou indisponíveis; e planejar e gerenciar atividades de pesquisa e desenvolvimento, quando apropriado.

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Crise, recessão e falta de confiança: como vender mais diante deste cenário?

VÍDEO EXPLICATIVO

Técnicas de Negociação – Disponível pela Internet

Como lidar com os diversos tipos de negociações.

José Ricardo Noronha

Este ano de 2015 tem tudo para ser um dos mais desafiadores para a vida de quem vende.  Presidentes, diretores e profissionais de empresas de diversos portes e segmentos têm compartilhado comigo suas preocupações sobre o que precisa ser feito para vender mais, com menos recursos e melhor que os concorrentes (a chamada “Estratégia dos 3 Ms”).

Não me atrevo a dizer que tenho todas as respostas, mas muito humildemente procuro trazer minha contribuição que aqui compartilho com vocês. São três grandes pilares que se fazem ainda mais essenciais em períodos como os que agora vivemos:

1) Atendimento ainda é um diferencial competitivo importante: por mais incrível que possa parecer, ainda são poucas as empresas e profissionais que oferecem um atendimento espetacular aos seus clientes e respectivos mercados-alvo. O resultado disso: clientes cada vez mais exigentes têm sido cada vez menos fiéis e leais às marcas, muito em virtude da pouca atenção e carinho que lhes é dado. Sim, em momentos mais duros como os que agora vivemos, ações simples e que infelizmente têm sido tão negligenciadas são ainda mais fundamentais. Entre elas cito a cordialidade, o cuidado extremo com os detalhes, a preocupação legítima em entender o que o cliente realmente precisa e a real prontidão em ajudar e servir. Minha dica de ouro: teste você mesmo como anda o atendimento ao cliente da sua empresa. Se os serviços que vocês têm oferecido forem ruins, tenha a certeza de que 2015 será ainda mais desafiador. Lembre-se sempre que a missão das grandes empresas e dos grandes profissionais é transformar seus clientes em fãs. E isso só acontece quando se tem um atendimento espetacular, surpreendente e 100% focado em gerar experiências inesquecíveis e memoráveis a todos os seus clientes.

2) Treinamento será ainda mais fundamental agora: vender em tempos de economia mais robusta e de confiança do empresariado em alta não é tarefa das mais difíceis. Duro mesmo é vender em tempos mais desafiadores, como neste singular ano de 2015. E para vender mais e melhor, se faz necessário incrementar o repertório de técnicas, habilidades, conhecimentos, comportamentos e atitudes de vendas dos seus profissionais e dos seus líderes. Isso porque, se eles continuarem fazendo as coisas que sempre fizeram, será quase impossível incrementar as vendas em relação aos anos anteriores. Não custa lembrar um dos mais preciosos ensinamentos do gênio Albert Einstein: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Especialmente em tempos de “crise”, invista vigorosamente no treinamento e na capacitação dos seus profissionais.

3) Em tempos de desconfiança, saiba vender confiança: tenho feito palestras e cursos no Brasil todo e, por onde passo, sempre pergunto quem hoje confia nas mais importantes autoridades políticas do nosso país. O feedback instantâneo é assustador: em média, menos de 5% das pessoas acreditam nos nossos políticos. E é aqui que eu quero lhe convidar para uma importante reflexão: se a economia vai mal, muito em virtude de uma crise institucional e de confiança, o que precisamos fazer para vender mais e melhor?

A resposta pode soar um tanto quanto simplória, mas é bastante contundente: saiba vender confiança! Aliás, vale lembrar o excelente best-seller “A Velocidade da Confiança”, de Stephen M.R. Covey, publicado no Brasil pela Editora Elsevier. A obra diz que quão maior é a confiança nos relacionamentos, maior é a velocidade com que as coisas acontecem (ou seja, ciclos de vendas mais curtos) e menor é o custo (menor CAC – Custo de Aquisição de Cliente). E, ainda, quão menor é a confiança, menor é a velocidade e maior o custo.

Venda confiança, aumente a velocidade com que as coisas acontecem e reduza o custo de aquisição de clientes. Ao fazer isso, você já terá um diferencial competitivo muito difícil de ser batido.

José Ricardo Noronha é vendedor, palestrante, professor, escritor e consultor. Formou-se em Direito pela PUC/SP e tem MBA Executivo Internacional pela FIA/USP.

Evento: Excelência em gestão

evento
A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) realizará no dia 23 de junho de 2015 o Congresso de Excelência em Gestão, que trará palestrantes de renome e conteúdo de vanguarda, além de ter seu formato atualizado. O evento acontecerá das 8h30 às 19h30 no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, e contará com debates e networking, para discutir tendências inovadoras para construções de novas ideias e soluções. O evento é direcionado à alta e média gerência das áreas de governança, planejamento, qualidade, gestão e sustentabilidade, principalmente. E o público esperado é de 350 pessoas.

Com o tema “O Novo Capitalismo”, o congresso pretende debater como uma gestão sustentável, integrada e inteligente, formada por um mapeamento de cenários internos e externos, pode representar ganhos para a organização a partir do momento em que ela consegue preparar-se para o futuro e criar valor para todas as partes interessadas. O palestrante internacional do evento, o economista indiano Pavan Sukhdev, principal autor do relatório The Economics of Ecossystems and Biodiversity (TEEB), da ONU, falará a respeito da importância e do valor da biodiversidade para a sociedade e as organizações.

Autor do livro Planeta Sustentável: Corporação 2020 – Como transformar as empresas para o mundo de amanhã, ele chama a atenção para as características marcantes da “Corporação 1920” – que prioriza o crescimento a qualquer custo e a publicidade voltada, exclusivamente, para a ampliação dos mercados – e para a necessidade de fazer a transição para a “Corporação 2020”. O novo modelo corporativo proposto por Sukhdev é baseado em novos incentivos e regulamentações que permitam às organizações aumentar o bem estar humano e a igualdade social, diminuir os riscos ambientais e os prejuízos ecológicos, e continuar a gerar lucro.

Hoje o capitalismo clássico está sob o cerco da sociedade. As organizações, antes admiradas pelo seu papel no desenvolvimento social, agora são acusadas de serem as protagonistas de uma destruição de nosso ecossistema, e se veem obrigadas a gerar transformação para se adequarem às exigências do planeta e, consequentemente, de seus consumidores. Não basta mais somente tratar de algumas ações sustentáveis, é preciso repensar a forma de trabalhar, repensar o modelo de negócio e seus reais impactos a pequeno, médio e longo prazo.

Em 2012, a consultoria Generation Investment Management, fundada por Al Gore, publicou um manifesto cujo título é um sinal dos novos tempos: Capitalismo Sustentável. E um dos principais pontos do manifesto é a busca por um cenário que procure maximizar a criação de valor econômico de longo prazo, reformando os mercados para que respondam as reais necessidades, levando em conta todos os custos e todos os stakeholders.

A criação de valor econômico de longo prazo, a produção voltada a melhorar o bem estar das pessoas, das comunidades e de seus ecossistemas são importantes para juntar as empresas, o governo e sociedade no enfrentamento destes desafios. Algumas organizações já perceberam que ao buscarem alternativas sustentáveis para a gestão de suas operações, o lucro aumenta, seja pela redução dos custos ou pela maior adesão dos consumidores.

Fica então cada vez mais claro que as organizações que buscam agregar valor à sociedade encontram no campo da sustentabilidade espaços para a inovação e diferenciação em um mercado cada vez mais interessado no tema. Pensando em todo este cenário, vem a pergunta: como os empresários brasileiros estão lidando com esta nova realidade, em um país cuja riqueza ambiental é um de seus diferenciais e que muito vem sendo destruída em prol de uma economia focada no lucro a curto prazo, sem realmente estudar todos os stakeholders envolvidos no negócio?

AGENDA PRELIMINAR

8h30 – Credenciamento e welcome coffee.

8h45 – Abertura: Wilson Ferreira Junior – Presidente do Conselho Curador da FNQ.

9h – Palestra magna: O Novo Capitalismo – Como transformar as organizações para o mundo de amanhã: pPavan Sukhdev, economista indiano, principal autor do relatório The Economics of Ecossystems and Biodiversity (TEEB), da ONU e autor do livro Planeta Sustentável: Corporação 2020.

10h30 – Intervalo para relacionamento e coffee break.

11h – Painel de debate: Investimento de impacto – Como canalizar forças para fins mais inclusivos e sustentáveis: Painelistas convidados: BNDES; Sistema B; Artemísia; Plataforma Saúde; e Yunus.

12h30 – Almoço

14h30 – Painel de debate: Repensando o crescimento econômico – Como prosperar dentro de limites: Painelistas convidados: Unilever; Cargill; Vale; Carbocloro e Dupont.

16h30 – Conclusões e encerramento.

17h – Happy hour no Espaço para Negócios.

18h – Show de stand up.

19h – Palestra: Cachaça e Caipirinha – cultura e prazer do Brasil

Palestrante confirmado: Jairo Martins, autor do livro Cachaça: o mais brasileiro dos prazeres.

Mais informações e inscrições: http://www.fnq.org.br/CEG2015/index.php

Por que determinadas metas fracassam?

CURSO TÉCNICO

Aterramento e a Proteção de Instalações e Equipamentos Sensíveis contra Raios: Fatos e Mitos

Apresentação de novos conceitos e técnicas de projeto que resultem em maior eficiência dos sistemas de proteção contra os efeitos de surtos gerados internamente ou devidos às descargas atmosféricas. Aterramentos e SPDA´s (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) não garantem a proteção de equipamentos eletroeletrônicos. Informações e inscrições: https://www.target.com.br/home.aspx?pp=1&c=680&cm=1

Com certeza você conhece alguém que vive falando “Ah, se eu tivesse nascido em outro país”, “Ah, se eu tivesse nascido em uma família rica”, não é verdade? Há mais de 2.000 anos, Aristóteles definiu que o nosso mundo é regido pelo Princípio da Casualidade, ou seja, nosso mundo é regido pela ordem e existe uma razão para tudo o que acontece.

Para o palestrante e consultor empresarial, Sergio Ricardo Rocha, hoje as pessoas chamam esse entendimento como a “lei da causa e efeito”, onde cada efeito ocorrido em nossa vida existe uma causa específica. Isso não que dizer que alguns sonhos não se realizam porque determinada pessoa é incapaz ou não possui um “dom especial”.

“Muito pelo contrário, essa lei permite que qualquer pessoa alcance qualquer sonho, a partir do momento que identificamos as causas necessárias para gerar o efeito desejado (também pode ser lido como sonho ou objetivo). Se desejamos emagrecer, mais produtividade no trabalho, melhor qualidade de vida, equilíbrio financeiro (efeito) precisamos entender quais os fatores geradores (causas)”, explica ele.

“Ao direcionarmos nossa energia, a partir de uma correta definição de metas para  gerarmos essas causas, consequentemente, vamos conquistar esse efeito. É como uma fórmula matemática, onde independentemente das variáveis (efeitos desejados e causas que precisão ser seguidas) o resultado vai ser obtido”, acrescenta.

Rocha acha que essa lei também funciona para o seu reverso: caso você não queria mais um efeito (excesso de peso, baixos resultados, relacionamentos nocivos), você precisa identificar quais as causas gerados para eliminar ou minimizar essa causa, assim, você poderá viver em conformidade e equilíbrio com seus desejos. O nosso mundo é redigo pela lógica e não pelo acaso, quero deixar claro que não estamos abordando questões religiosas, ok?

“Tudo ocorre por uma razão: ao repetirmos as causas, podemos alcançar os efeitos relacionados, independente de quem somos, onde nascemos ou quem acreditamos ser. Pode parecer um pensamento lógico e que todo mundo sabe, mas na verdade, não é. Como prova disso, certa vez Albert Einstein disse que insanidade é continuar fazendo as mesmas coisas e querer resultados diferentes”.

“Agora, podemos entender porque tantas pessoas estão insatisfeitas com suas vidas, mas não conseguem mudar seus resultados ou a causa da infelicidade. Por mais que desejam mudar, ainda estão fazendo a mesma coisa. Isso não é culpa delas. Grande parte das pessoas está acostumada a colocar a responsabilidade pelos sonhos e objetivos não se realizarem, em outras pessoas ou circunstâncias. Isso ocorre muito porque esse costume é ditado por nossa sociedade, não sendo culpa da pessoa”, observa.

O nosso dia a dia é muito corrido e muitas vezes somos desestimulados a pensar e analisar nossa vida, assim grande parte das pessoas ainda não conseguiu identificar quais as causas que precisam ser feitas para gerar os efeitos que desejam. “Após analisarmos as causas que precisamos incluir ou tirar de nosso dia a dia para conquistar os efeitos desejados (nossos sonhos e objetivos), devemos definir corretamente uma meta”.

“Caso, você ainda não siga um método testado e comprovado de definição de metas, fique tranquilo. Eu passei anos estudando em livros e treinamentos, além de aplicar e testar o que eu aprendia até entender como é um bom método de definição de metas e quais os cinco obstáculos que impedem a conquista de metas”, conclui o consultor.

Por que uma meta é importante?

VÍDEO EXPLICATIVO

Apresentando os novos requisitos e as alterações para a ISO 9001:2015 – Disponível pela Internet

Tem sido verificado em todo o mundo, nos últimos anos, um significativo aumento no interesse pelo desenvolvimento de Sistemas de Gestão “integrados”

É muito comum uma pessoa ter desejos e sonhos, e acreditar possuir uma meta.

Esse engano não é culpa da pessoa, provavelmente, ninguém a ensinou, corretamente, o que é uma meta ou porque uma meta é importante. Claro, o desejo ou sonho também é importante, mas o diferencial é que uma meta possui um planejamento e plano de ação que permita a conquista de seu objetivo.

O conceito é muito parecido com a construção de uma casa: para concluir uma construção, é necessário um planejamento sobre o que se deseja e um plano de ação para a conclusão. Para o palestrante e consultor empresarial, Sérgio Ricardo Rocha, uma meta é muito importante, porque permite que você alcance um sonho ou desejo que possa parecer irreal nesse momento para você. Com o correto planejamento e definição de metas, qualquer objetivo torna-se possível, desde conquistar sucesso profissional à melhorar sua saúde.

Isso acontece, porque uma meta é a criação de um passo a passo (também chamado de plano de ação) específico. Ou seja, o desejo e um sonho é a “linha de chegada” da sua meta, algo que a principio pode ser visto como difícil, irreal ou incapaz. Conforme vamos definindo e executando passos menores, a dificuldade diminui e a cada passo o objetivo torna-se mais real e alcançável.

Uma meta é um desejo completamente específico. Deve estar completamente claro para você:

·         Onde você está (a linha de partida para a conquista da meta)

·         O que você vai conquistar (a linha de chegada da meta)

·         Como você vai conquistar (o planejamento, passo a passo, bem estruturado)

·         Como vai ser quando você conquistar (um dos fatores mais ignorados pelas pessoas).

É importante lembrar outra importância das metas: a realização pessoal. Quando vivemos sem alcançar nossos sonhos, acumulamos frustrações e decepções na vida. Com certeza, você conhece alguém que tenha se arrependido de algo que não fez, não é verdade?

“Isso acontece porque quando não construímos metas para nossa vida ou não buscamos realizarmos nossos sonhos e desejos, passamos a aceitar apenas o que a vida nos oferece e isso, muitas vezes, gera uma vida infeliz para as pessoas”, diz Sérgio Ricardo. “É importante notar que querer uma realidade melhor não é errado ou vergonhoso, muito pelo contrário é um fator muito importante para alcançar a auto realização, a mais alta necessidade humana definida pelo psicólogo americano Abraham Maslow em seu trabalho mais reconhecido: A pirâmide de Maslow ou Hierarquia de Necessidades”.

“Podemos concluir que estabelecer e definir metas é importante para a harmonia e realização em nossas vidas. Após entendermos porque é importante transformar sonhos e desejos em metas, devemos entender como definir corretamente as metas”.

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Sustentabilidade e Governança na PME

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Marcus Nakagawa

A sustentabilidade tem várias facetas que ultrapassam as questões ambientais como a maioria das pessoas pensa. Este termo tão utilizado pelas campanhas publicitárias de empresas e como bordão pelas organizações não governamentais para que o planeta seja salvo e os animais sejam preservados é o que está no imaginário coletivo do mercado. Lógico que isso é importante, porém, não deve ser o único ponto trabalhado neste conceito.

Segundo a pesquisa do Sebrae de 2012 com cerca de 3,9 mil pequenos empresários, 87% dos entrevistados afirmam que a sustentabilidade está fortemente associada a questões ambientais. Mas do que adianta uma empresa ter estas questões muito bem relacionadas ao planeta, se dentro de casa ela não sabe como funciona a estrutura da sua gestão ou como funciona quem lidera quem, ou ainda quais são os indicadores de gestão e como isso está sendo controlado.

Para isso existe a ferramenta da  governança que, segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), é “o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo as práticas e os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor  da organização, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade.”

Será que para a pequena e média isso pode funcionar? Ou é mais uma ferramenta dentre tantas para gerenciar?

Contribuir com a longevidade da empresa é o sonho de todo empresário, portanto, buscar uma sustentabilidade temporal pensando nos seus herdeiros é o ideal. Para isso, a primeira tarefa para a governança é ver quem é responsável por o que e quem toma decisão para quais assuntos.

Para uma PME é importante separar as decisões gerenciais (ligadas mais ao dia a dia ou de curto prazo, decisões mensais e trimestrais, por exemplo); decisões diretivas (da diretoria ou mais em médio prazo, um ano ou dois, por exemplo); e decisões societárias (dos sócios ou mais em longo prazo, cinco anos, por exemplo). Para isso é necessário realizar reuniões e encontros que sejam destinados a cada assunto, uma para o gerencial, uma para o diretivo e a outra reunião de acionistas.

De preferência, grupos de trabalho ou pessoas que tomem estas decisões separadamente. Se a empresa não tiver muitas pessoas para ajudarem nestes vários processos, vale a pena chamar para as decisões societárias, por exemplo, um conselheiro externo e talvez criar um conselho consultivo, sendo remunerado ou não. O importante é que as divisões das reuniões sejam muito claras: sobre o dia a dia (operacional); sobre futuro da organização, assuntos de divisão de lucro etc. (estratégica).

Ter uma estrutura hierárquica ou um organograma que seja condizente com a realidade da empresa é fundamental. Se caso a PME tiver um quadro pequeno de funcionários, é possível buscar uma gestão mais participativa e chamar alguns colaboradores para ajudar, criando grupos de trabalhos temáticos, como um grupo de trabalho para melhoria na gestão das pessoas, ou um grupo de trabalho para aumentar as vendas e assim por diante.  Lógico que beneficiar a cada vitória estes grupos é fundamental.

Para cada instância destas é fundamental ter um cronograma anual de reuniões, sejam elas quinzenais, mensais, trimestrais ou semestrais. Com isso, nas várias hierarquias as pessoas já terão nas suas agendas estes encontros programados.

Registre tudo e deixe uma pessoa ou um grupo sendo o “guardião” e disseminador dos documentos mais importantes e das atas de reuniões mais importantes. Por exemplo, o Código de Conduta da empresa, que mostrará como as pessoas devem se comportar no ambiente de trabalho.

Nada mais é do que a formalização da cultura já existente da empresa. Documentos como balanço anual, ações institucionais realizadas, clippings de matérias em jornais, enfim, tudo aquilo que a empresa produz no seu processo, além do seu serviço e produto.

Ter um bom relacionamento com os públicos envolvidos como fornecedores, funcionários, governos, comunidade no entorno, entre outros, é fundamental para a longevidade da empresa. Esses são alguns passos para que a tal da sustentabilidade nas questões de governança seja realizada. Qual PME não sonha em ter uma longevidade do seu negócio? Isso sim é sustentabilidade.

Marcus Nakagawa é sócio-diretor da iSetor; professor da ESPM; idealizador e presidente do conselho deliberativo da Abraps (Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade); e palestrante sobre sustentabilidade e estilo de vida. www.marcusnakagawa.com

As empresas mais reclamadas em 2014

O Procon-SP publicou o Cadastro Estadual de Reclamações Fundamentadas de 2014, listando as empresas reclamadas por ordem alfabética. Desde o ano passado, a publicação inclui as reclamações registradas em mais 42 Procons municipais em São Paulo, que já integram o Sistema Estadual de Defesa do Consumidor. Em 2014, o Grupo Vivo/Telefonica liderou o ranking de reclamações junto aos Procons que integram o Sistema Estadual de Defesa do Consumidor, seguido pelo Claro/Embratel/NET e pela empresa Lenovo/CCE.

É a primeira vez, desde 2011, que uma companhia de produtos figura entre os dez primeiros colocados. O ranking lista as empresas ou grupos empresariais que geraram maior número de reclamações fundamentadas – isto é, maior número de casos nos quais as demandas dos consumidores não foram solucionadas na etapa inicial dos atendimentos.

Em 2014, 942.511 consumidores recorreram aos Procons integrados ao Sistema, registrando os atendimentos entre consultas, orientações, atendimentos preliminares, CIPs e reclamações. Foram emitidas 282.852 Cartas de Informações Preliminares (CIPs). As 63.135 demandas que não foram solucionadas por meio dos procedimentos preliminares, seguiram para uma segunda etapa, integrando o Cadastro Estadual de Reclamações Fundamentas, do qual constam 8.451 fornecedores.

O Procon-SP responde por 43% e o interior do Estado por 57% dos registros. O Cadastro informa, para cada empresa ou grupo empresarial, quantas reclamações fundamentas foram atendidas e quantas não foram. Em 2014, deste total de 63.135 reclamações fundamentas, 52% foram atendidas, gerando um índice total de resolutividade no ano de 89%.

Uma vez mais, os setores de telecomunicações e financeiro lideram o ranking: sete das dez empresas ou grupos com maiores números de registros pertencem a esses segmentos, que tem um total de 21.431 reclamações. Esse resultado enfatiza o que os órgãos de defesa do consumidor vêm constatando e apontando: nos setores regulados da economia, ainda não é dado o devido tratamento aos interesses e direitos dos consumidores.

No setor varejista, por sua vez, sobretudo no comércio on-line, ainda persistem demandas relativas a problemas muito primários, como falhas nas entregas e vícios nos produtos. Celulares, eletrodomésticos e eletroeletrônicos ainda geram inúmeras demandas que apontam vícios de qualidade dos produtos, bem como déficit nos setores de pós-venda.

No comércio online, destacam-se as limitações ao exercício do direito de arrependimento, falhas nas entregas (atrasos, não recebimento ou fornecimento diverso do contratado) e vício de produto. O Procon-SP mantém ainda, como forma de orientação e alerta aos consumidores, a lista Evite Esses Sites, disponibilizada ao público por meio do seu portal na internet e atualizada constantemente. Hoje, já são 471 sites constantes dessa relação.

Os dados do Cadastro Estadual de 2014 contam com a participação de 42 Procons municipais. O crescente aumento da participação dos Procons nos resultados do Cadastro Estadual já se faz sentir de forma clara em relação aos números e no impacto qualitativo sobre as demandas.

Como peculiaridades importantes dessa integração, pode-se perceber alguns temas que, de modo específico, impactam de forma mais aguda os consumidores do interior do estado. Por exemplo: pós-venda: a falta de assistências técnicas, ou mesmo a inadequação de seus serviços; liquidação antecipada de operações de crédito consignado: a dificuldade dos consumidores para a obtenção de boletos de pagamento antecipado dessas operações é sensivelmente agravada, no interior, onde algumas das práticas das instituições financeiras não apenas dificultam o exercício desse direito mas, no limite, chegam a inviabilizá-lo; telefonia fixa: problema também destacado na capital, sobretudo no tocante a serviços básicos, como instalações e reparos, no interior esse segmento apresenta-se ainda mais crítico, proporcionalmente.

As 25 empresas mais reclamadas (clique na figura para uma melhor visualização)

reclamadas

Defesa do consumidor

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) também fez um balanço de seus atendimentos feitos no ano passado e apontou que a violação dos direitos dos consumidores na assistência à saúde, serviços financeiros e telecomunicações ainda figuram no topo da lista de reclamações. O balanço de 11.161 atendimentos realizados pelo Idec em 2014 apontou que, além de dúvidas sobre processos judiciais, sobretudo sobre planos econômicos – que contabilizam quase 5 mil atendimentos -, os consumidores continuam tendo problemas em serviços fundamentais como telecomunicações, serviços financeiros e planos de saúde, este último no topo da lista do ranking pelo terceiro ano consecutivo. Questões relacionadas a produtos e outros temas ficaram em último lugar da lista, porém ainda assim, juntas representam mais da metade dos atendimentos feitos pela Ong no período.

Reajustes abusivos e negativa de cobertura em planos de saúde são alguns dos problemas mais enfrentados pelos consumidores na categoria que, sozinha, responde por quase 20% dos contatos ao Instituto. O segmento de serviços financeiros, responsável por 15,33% dos registros, manteve-se como o segundo assunto mais demandado ao Idec, assim como nos últimos dois anos (2012 e 2013).

Já o setor de telecomunicações, passou na frente das reclamações sobre produtos em relação aos anos anteriores registrando 13,71% atendimentos. Dúvidas e queixas sobre telefonia móvel e fixa, TV por assinatura e banda larga foram as principais questões levantadas em relação ao tema.

Segundo o Idec, chama a atenção o fato de que os três setores que lideram o ranking são regulados por órgãos federais: a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Banco Central e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), respectivamente, indicando a necessidade de maior envolvimento destes órgãos no que tange à proteção ao consumidor.

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Recall de botão do acionador manual de sistema de detecção de alarme de incêndio

alarmeA Siemens Ltda. convocou os clientes que possuem os acionadores manuais modelo MSI-10BR, parte integrante do sistema de detecção e alarme de incêndio da central modelo MXL, fabricados no período de 31 de maio de 2007 a 16 de setembro de 2014, a entrarem em contato com a empresa para inspeção e eventual substituição dos acionadores defeituosos. No comunicado, a empresa informa ter identificado possível defeito mecânico neste acionador. O botão, ao ser pressionado, permanece na posição pressionada, porém pode não ativar o alarme de emergência ou incêndio na central MXL. Porém, os detectores de incêndio continuam funcionando corretamente, permitindo a detecção automática em caso de situação real de incêndio. Para verificar se o seu acionador manual MSI-10BR faz parte deste recall e para mais informações, a Siemens disponibiliza o telefone 0800 11 94 84, das 7h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira e o email suporte.br@siemens.com

O Procon estadual de São Paulo orienta os consumidores sobre seus direitos. A empresa deverá apresentar os esclarecimentos que se fizerem necessários, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor, inclusive com informações claras e precisas sobre os riscos para o consumidor. O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 10, estabelece que: “O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.

§ 1º O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários.”

Outra questão importante, que deve ser observada pelos consumidores, refere-se a exigência do comprovante de que o serviço foi efetuado, documento que deverá ser conservado e repassado adiante, em caso de venda. Caso tenha sido comercializado mais de uma vez, o atual proprietário terá o mesmo direito ao reparo gratuito. Os consumidores que já passaram por algum acidente causado pelo defeito apontado poderão solicitar, por meio do Judiciário, reparação por danos morais e patrimoniais, eventualmente sofridos.

A Gestão por Processos fornece a estrutura ideal para TOC, Lean e Seis Sigma

Aterramento e a Proteção de Instalações e Equipamentos Sensíveis contra Raios: Fatos e Mitos – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

Inspetor de Conformidade das Instalações Elétricas de Baixa Tensão de acordo com a NBR 5410 – A partir de 3 x R$ 320,57 (56% de desconto)

Interpretação e Aplicações da Norma Regulamentadora Nº 13 (NR-13) do MTE (Inspeção de Segurança de Caldeiras e Vasos de Pressão) – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

Filtros de Harmônicos em Sistemas Industriais – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

Eduardo Moura

É possível otimizar um conceito “capenga”. No final ele vai estar melhorzinho mas, mesmo assim, vai ser um “capenga otimizado…”. Quer dizer: podemos melhorar o desempenho atuando dentro das limitações do conceito original, mas um caminho muito melhor é partir de um conceito superior (onde aquelas limitações não existem) e então buscar a otimização final.

Essa mesma idéia pode ser aplicada ao contexto mais amplo de otimizar o desempenho de um sistema de negócios. Podemos obter resultados excelentes implementando TOC (Teoria das Restrições) Lean ou Seis Sigma (ou, melhor ainda, combinando todas essas metodologias) mas, passados os primeiros anos de colheita fácil, estaremos relativamente presos às limitações inerentes ao conceito ou paradigma administrativo que rege o sistema de negócios como um todo.

Há um conflito gerencial entre concentrar-se nas urgências e incêndios do dia-a-dia ou dedicar-se às ações de maior alcance estratégico. De fato, em mais de 50 Árvores da Realidade Atual cuja construção tive a oportunidade facilitar ao longo de 10 anos em diferentes empresas, de diferentes países, de diferentes portes e atuando em diferentes setores, aquele conflito administrativo aparece como uma das principais causas-raízes para os problemas crônicos do negócio. Confirma este fato uma declaração que ouvi de Eli Goldratt na Conferência Internacional da TOCICO em Las Vegas (Junho/2010): “A restrição de qualquer organização é a atenção da gerência.”. A implementação da Gestão por Processos pode eliminar o conflito aplicando um princípio inventivo denominado “separação no espaço”, isto é: um grupo de pessoas nos processos operativos (devidamente padronizados e integrados em fluxo contínuo)  dedicam-se às questões rotineiras do dia-a-dia, enquanto outro grupo de pessoas (os gerentes) dedicam-se aos projetos estratégicos e ao monitoramento do desempenho global da empresa.

A Gestão por Processos corresponde ao conceito superior de administração acenado no início, enquanto a “Gestão por Departamentos” é o “conceito capenga” que em um dado momento acaba tornando-se uma camisa de força que restringe significativamente os esforços e resultados de melhoria contínua de TOC, Lean e Seis Sigma. A Gestão por Departamentos é um exemplo clássico de busca de eficiências locais que inevitavelmente leva à subotimização do sistema (pior ainda se for exacerbada pelo BSC – Balanced Scorecard). Mas, por incrível que pareça, até o presente momento, tanto a Teoria das Restrições como Lean e Seis Sigma não questionam esse paradigma administrativo; antes, o tomam como se fosse um fato da realidade ou a maneira “natural” de gerenciar um negócio. É verdade que tanto TOC como Lean (e, nesse ponto, não tanto o Seis Sigma) em seus específicos projetos de implementação acabam promovendo o fluxo e a integração entre áreas e departamentos, subordinando-os ao objetivo global. Mas isso continua sendo uma melhoria dentro das limitações do paradigma vigente de gestão departamentalizada, e o resultado final (embora melhor) acaba sendo um “capenga otimizado”.

otimizacaodeproduto

Muito melhor seria que os projetos de TOC, Lean e Seis Sigma contassem com uma estrutura dinâmica de processos, padronizados de maneira integrada, sem interfaces nebulosas entre áreas funcionais e com responsabilidades claramente definidas. E essa estrutura dinâmica é exatamente o que a Gestão por Processos produz (quando bem implementada, bem entendido – mas isso é assunto para um próximo artigo).

Implementar Gestão por Processos é um passo estrutural que requer que todas as atividades de negocio em todas as áreas da empresa sejam mapeadas, questionadas, melhoradas ou inovadas, e integradas com lógica e precisão cristalinas. E por isso alguém poderia perguntar: mas esse esforço generalizado em todos os elos da cadeia de negócios não é desperdício? Fazendo isso não estaríamos desviando a devida atenção sobre o elo mais fraco, a restrição do sistema? Respondo com uma parábola: era uma vez um barco velho, com um furo no casco (a restrição).

Para atravessar um rio (objetivo de curto prazo), o dono do barco colocou apenas um tampão no furo (tratamento localizado da restrição) e chegou ao outro lado sem problema. Mas para realizar uma expedição em alto mar (objetivo de longo prazo), o dono não partiu sem antes fazer um reforma completa do barco (Gestão por Processos).

É claro que, no caso de uma empresa, o barco já está em pleno mar, e aí a questão é saber até quando podemos seguir com o tampão no casco, antes de afundar… Ainda sobre este ponto, cito novamente o próprio Eli Goldratt, que afirmou na mesma conferência em Las Vegas: “É verdade que as não restrições não controlam o throughput de uma empresa, mas elas podem determinar o lead-time” (e eu acrescentaria: a despesa operacional, também). Concluindo: a implementação eficaz da Gestão por Processos tem a capacidade de “reformar o barco” e criar uma estrutura organizacional onde planos de exploração da restrição (com a requerida subordinação dos demais processos), ou planos kaizen, ou qualquer outro esforço de melhoria do desempenho organizacional possam fluir com muito maior eficiência.

Eduardo Moura é diretor da Qualiplus Excelência Empresarial – emoura@qualiplus.com.br