Os dispositivos à corrente diferencial residual

A NBR IEC 62423 de 01/2020 – Dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo B e do Tipo F, com e sem proteção contra as sobrecorrentes incorporadas para utilização doméstica e análoga especifica os requisitos e os ensaios para os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo B e do Tipo F. Os requisitos e os ensaios indicados nesta norma completam os requisitos para os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo A. Esta norma somente pode ser utilizada em conjunto com IEC 61008-1 e IEC 61009-1. Os IDR (interruptor diferencial residual sem proteção contra as sobrecorrentes incorporados) do Tipo F e os DDR (interruptor diferencial residual com proteção contra as sobrecorrentes incorporados) do Tipo F, com frequência nominal de 50 Hz ou 60 Hz, são destinados às instalações em que os inversores de frequência são alimentados entre fase e neutro ou entre fase e condutor médio aterrado, e são aptos a assegurar a proteção em caso de ocorrência de corrente diferencial alternada senoidal à frequência nominal, de corrente diferencial contínua pulsante e de corrente diferencial composta.

Os IDR do Tipo B e os DDR do Tipo B são aptos a assegurar a proteção em caso de correntes diferenciais residuais alternadas senoidais de até 1 000 Hz, de correntes diferenciais residuais contínuas pulsantes e de correntes diferenciais residuais contínuas lisas. Os dispositivos à corrente diferencial residual de acordo com esta norma não são destinados a serem utilizados nas redes de alimentação em corrente contínua. Os requisitos e os ensaios adicionais para os produtos a serem utilizados nas situações em que não é previsto que a corrente diferencial seja coberta pela IEC 61008-1 ou pela IEC 61009-1 estão em estudo.

Para os propósitos de declaração do fabricante ou de verificação da conformidade, convém que os ensaios de tipo sejam realizados nas sequências de ensaios, de acordo com o Anexo A, Anexo B, Anexo C ou Anexo D desta norma. A sequência de ensaios completa para os ensaios de tipo referentes aos IDR do Tipo F e aos DDR do Tipo F é indicada, respectivamente, nas Tabelas A.1 e B.1. A sequência de ensaios completa para os ensaios de tipo para os IDR do Tipo B e para os DDR do Tipo B é indicada, respectivamente, nas Tabelas C.1 ou D.1.

Em todo o documento, o termo dispositivos à corrente diferencial residual refere-se aos IDR e DDR. Os requisitos para os dispositivos à corrente diferencial residual unipolares com neutro não interrompido estão em estudo. Os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo F e do Tipo B têm uma alta resistência contra os desligamentos intempestivos, mesmo quando um surto de tensão provoca uma descarga disruptiva e uma corrente subsequente ocorre, e em caso de uma corrente residual de partida com duração máxima de 10 ms, que pode ocorrer em caso de colocação em serviço de um equipamento eletrônico ou filtro EMC.

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Como deve ser feita a marcação e outras indicações no produto?

Quais os valores-limites da corrente de funcionamento para uma corrente diferencial residual composta?

Como deve ser executada a verificação do funcionamento correto no caso de correntes diferenciais residuais alternadas senoidais até 1.000 Hz?

Como deve ser feita a verificação do funcionamento correto, no caso de correntes diferenciais residuais contínuas, provenientes de circuitos retificadores alimentados por duas fases?

Pode-se definir um dispositivo à corrente diferencial residual do Tipo B como o dispositivo à corrente diferencial residual em que o disparo é assegurado da mesma maneira que para o Tipo F de acordo com esta norma e adicionalmente em caso de: correntes diferenciais residuais alternadas senoidais até 1.000 Hz, correntes diferenciais residuais alternadas sobrepostas a uma corrente contínua lisa, correntes diferenciais residuais contínuas pulsantes sobrepostas a uma corrente contínua lisa correntes diferenciais residuais contínuas pulsantes retificadas, resultantes de uma ou mais fases, correntes diferenciais residuais contínuas lisas, que são aplicadas subitamente ou aumentadas lentamente independentemente da polaridade.

Já os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo F são os dispositivos à corrente diferencial residual em que o disparo é assegurado da mesma maneira que para o Tipo A de acordo com a IEC 61008-1 ou IEC 61009-1, conforme apropriado, e, adicionalmente, no caso de: correntes diferenciais residuais compostas, que são aplicadas subitamente ou aumentadas lentamente, para um circuito alimentado entre fase e neutro ou entre fase e um condutor médio aterrado, correntes diferenciais residuais contínuas pulsantes, sobrepostas em uma corrente contínua lisa. Os IDR e os DDR projetados de acordo com as IEC 61008-1 e IEC 61009-1 são apropriados para a maioria das aplicações.

As IEC 61008-1 e IEC 61009-1 fornecem os requisitos apropriados, assim como os ensaios para utilizações domésticas e análogas. No entanto, a utilização de novas tecnologias eletrônicas em equipamentos pode levar a que as correntes diferenciais residuais particulares não sejam cobertas pela IEC 61008-1 ou pela IEC 61009-1. Esta norma abrange as aplicações específicas para as quais os ensaios e os requisitos adicionais são necessários.

Esta norma compreende as definições, os requisitos adicionais e os ensaios para o IDR e/ou para o DDR do Tipo B e do Tipo F, para cobrir as situações particulares. Os ensaios devem, em primeiro lugar, ser aplicados de acordo com a IEC 61008-1 para os IDR do Tipo B ou do Tipo F e de acordo com a IEC 61009-1 para os DDR do Tipo B ou do Tipo F.

Após a conclusão dos ensaios requeridos de acordo com a IEC 61008-1 ou com a IEC 61009-1, os ensaios adicionais de acordo com esta norma devem ser aplicados para estabelecer a conformidade com esta norma (ver Anexo A, Anexo B para o Tipo F ou Anexo C e Anexo D para o Tipo B, respectivamente). O número de amostras a serem ensaiadas e as sequências de ensaios a serem aplicadas para a verificação da conformidade para os IDR do Tipo F e para os DDR do Tipo F são indicados nos Anexos A e B, respectivamente.

O número de amostras a serem ensaiadas e as sequências de ensaio a serem aplicadas para verificação de conformidade para os IDR do Tipo B e para os DDR do Tipo B são indicados nos Anexos C e D, respectivamente. Esta norma introduz os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo F (F para frequência) com frequência nominal de 50 Hz ou 60 Hz, destinados à proteção dos circuitos que incorporam os inversores de frequência alimentados entre fase e neutro ou entre fase e o condutor médio aterrado, levando em conta as características necessárias para estas aplicações particulares em adição às já cobertas pelos dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo A.

Os dispositivos a corrente diferencial residual do tipo F não podem ser utilizados com equipamentos eletrônicos com as pontes retificadoras com onda completa, alimentados por duas fases, ou se uma corrente diferencial residual contínua lisa for provável de ocorrer. No caso da presença de inversores de frequência, por exemplo, utilizados para o controle de velocidade do motor, alimentados entre fase e neutro, uma corrente diferencial residual composta, compreendendo a frequência da rede, a frequência do motor e a frequência do colca do chopper do inversor de frequência, pode aparecer em adição, além das correntes diferenciais residuais contínuas pulsantes ou alternadas.

Esta norma apresenta os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo B para serem utilizados no caso de corrente diferencial residual contínua retificada pulsada, proveniente de uma ou mais fases, e no caso de corrente diferencial residual contínua lisa em adição àquelas já cobertas para os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo F. Para estas aplicações, podem ser utilizados os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo B bipolares, tripolares ou tetrapolares.

Os requisitos e os ensaios indicados nesta norma completam os requisitos para os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo A. Esta norma somente pode ser utilizada em conjunto com IEC 61008-1 e IEC 61009-1. Os IDR (interruptor diferencial residual sem proteção contra as sobrecorrentes incorporados) do Tipo F e os DDR (interruptor diferencial residual com proteção contra as sobrecorrentes incorporados) do Tipo F, com frequência nominal de 50 Hz ou 60 Hz, são destinados às instalações em que os inversores de frequência são alimentados entre fase e neutro ou entre fase e condutor médio aterrado, e são aptos a assegurar a proteção em caso de ocorrência de corrente diferencial alternada senoidal à frequência nominal, de corrente diferencial contínua pulsante e de corrente diferencial composta.

Os IDR do Tipo B e os DDR do Tipo B são aptos a assegurar a proteção em caso de correntes diferenciais residuais alternadas senoidais de até 1.000 Hz, de correntes diferenciais residuais contínuas pulsantes e de correntes diferenciais residuais contínuas lisas. Os dispositivos à corrente diferencial residual de acordo com esta norma não são destinados a serem utilizados nas redes de alimentação em corrente contínua. Os requisitos e os ensaios adicionais para os produtos a serem utilizados nas situações em que não é previsto que a corrente diferencial seja coberta pela IEC 61008-1 ou pela IEC 61009-1 estão em estudo.

Para os propósitos de declaração do fabricante ou de verificação da conformidade, convém que os ensaios de tipo sejam realizados nas sequências de ensaios, de acordo com o Anexo A, Anexo B, Anexo C ou Anexo D desta norma. A sequência de ensaios completa para os ensaios de tipo referentes aos IDR do Tipo F e aos DDR do Tipo F é indicada, respectivamente, nas Tabelas A.1 e B.1. A sequência de ensaios completa para os ensaios de tipo para os IDR do Tipo B e para os DDR do Tipo B é indicada, respectivamente, nas Tabelas C.1 ou D.1.

Em todo o documento, o termo dispositivos à corrente diferencial residual refere-se aos IDR e DDR. Os requisitos para os dispositivos à corrente diferencial residual unipolares com neutro não interrompido estão em estudo. Os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo F e do Tipo B têm uma alta resistência contra os desligamentos intempestivos, mesmo quando um surto de tensão provoca uma descarga disruptiva e uma corrente subsequente ocorre, e em caso de uma corrente residual de partida com duração máxima de 10 ms, que pode ocorrer em caso de colocação em serviço de um equipamento eletrônico ou filtro EMC.

O dispositivo à corrente diferencial residual em que o disparo é assegurado da mesma maneira que para o Tipo F e, adicionalmente, no caso de correntes diferenciais residuais alternadas senoidais até 1.000 Hz (ver 8.2.1.1), correntes diferenciais residuais alternadas sobrepostas a uma corrente contínua lisa igual a 0,4 vez a corrente diferencial nominal (IΔn) (ver 8.2.1.2), correntes diferenciais residuais contínuas pulsantes sobrepostas a uma corrente contínua lisa igual a 0,4 vez a corrente diferencial nominal (IΔn) ou 10 mA, o que for maior (ver 8.2.1.3), correntes diferenciais residuais contínuas resultantes de circuitos retificadores, isto é, retificador de simples alternância entre fases para os dispositivos de 2, 3 e 4 polos (ver 8.2.1.4), retificador trifásico de simples alternância ou ponte retificadora trifásica de dupla alternância para os dispositivos de 3 ou 4 polos (ver 8.2.1.5), correntes diferenciais residuais contínuas lisas (ver 8.2.1.6). Na Holanda, esta característica é modificada. As correntes diferenciais residuais especificadas acima podem ser aplicadas subitamente ou aumentadas lentamente, independentemente da polaridade.

Os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo B e do Tipo F devem funcionar em resposta a um aumento progressivo da corrente diferencial residual dentro dos limites indicados na norma. A conformidade é verificada pelos ensaios de 9.1.2. Os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo B e do Tipo F devem funcionar em resposta a um início súbito da corrente diferencial residual de funcionamento.

Para as correntes diferenciais residuais maiores que cinco vezes o limite superior do indicado, o tempo máximo de funcionamento dos dispositivos à corrente diferencial residual do tipo geral deve ser de 0,04 s, e, para os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo S, o tempo mínimo de não resposta deve ser superior ou igual a 0,05 s e o tempo máximo de funcionamento não pode exceder 0,15 s.

Os dispositivos à corrente diferencial residual do Tipo B devem funcionar no caso de correntes diferenciais residuais contínuas pulsantes, sobrepostas a uma corrente diferencial residual contínua lisa até 0,4 vez a corrente diferencial residual nominal (IΔn) ou 10 mA, o que for maior. A corrente de disparo não pode ser superior a 1,4 IΔn para os dispositivos à corrente diferencial residual com IΔn > 0,01 A, ou 2 IΔn, para os dispositivos à corrente diferencial residual com IΔn ≤ 0,01 A. A corrente de disparo a 1,4 IΔn ou 2 IΔn, conforme o caso, é dada em valor eficaz, devido à corrente diferencial residual contínua pulsante de meia onda.

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IEC 60704-2-7: o ruído acústico em ventiladores

Essa norma internacional, editada em 2020 pela International Electrotechnical Commission (IEC), aplica-se a ventiladores elétricos (incluindo seus acessórios e seus componentes) para uso doméstico e similar, projetados para alimentação ca ou cc. O motor, o impulsor e seu alojamento, se houver, devem formar uma única unidade.

A IEC 60704-2-7:2020 – Household and similar electrical appliances – Test code for the determination of airborne acoustical noise – Part 2-7: Particular requirements for fans aplica-se a ventiladores elétricos (incluindo seus acessórios e seus componentes) para uso doméstico e similar, projetados para alimentação ca ou cc. O motor, o impulsor e seu alojamento, se houver, devem formar uma única unidade.

Esses requisitos específicos se aplicam a: ventiladores convencionais, ventiladores de mesa, ventiladores de pedestal, ventiladores de teto, ventiladores sem pás, ventiladores de suporte de parede, ventiladores de suporte de teto, ventiladores de persiana, ventiladores de torre, ventiladores de ventilação e de partição. Não se aplica a: ventiladores que fazem parte de um sistema de ventilação, ventiladores projetados exclusivamente para fins industriais, ventiladores que fazem parte de um aparelho (por exemplo, ventiladores de refrigeração), ventiladores com funções adicionais (por exemplo, aquecimento, umidificação).

As limitações para o uso deste código de ensaio são fornecidas no escopo da IEC 60704-1. Esta segunda edição cancela e substitui a primeira edição publicada em 1997. Esta edição constitui uma revisão técnica. Esta edição inclui algumas alterações significativas em relação à edição anterior.

Foi incluída a categorias de ventiladores adicionais, conforme definido na IEC 60879: 2019 e IEC 60665: 2018 e incluídos os desvios padrão dos níveis de potência sonora em 1.3; além de adicionado um método de comparação.

As referências normativas foram atualizadas (ISO 3744: 2010 e ISO 3743-1: 2010) e foi ajustado os requisitos em relação à IEC 60704-1: 2010. Esta norma deve ser usada em conjunto com IEC 60704 1:2010, Household and similar electrical appliances – Test code for the determination of airborne acoustical noise – Part 1: General requirements. Esta Parte 2-7 complementa ou modifica as cláusulas correspondentes na IEC 60704-1: 2010, de modo a estabelecer o código de ensaio para os ventiladores.

CONTEÚDO DA NORMA

PREFÁCIO……………………………… 3

1 Escopo e objeto…………………… 6

2 Referências normativas………… ….. 7

3 Termos e definições…………….. 8

4 Métodos de medição e ambientes acústicos………… 10

5 Instrumentação………………………………… 10

6 Operação e localização dos aparelhos em ensaio………………. 10

7 Medição dos níveis de pressão sonora………………. 12

8 Cálculo da pressão sonora e dos níveis de potência sonora……… 13

9 Informações a serem gravadas……………………… 13

10 Informações a serem relatadas………………. 13

Anexos. ……………………..15

Anexo B (normativo) Gabinete de ensaio………………….15

Bibliografia…………………………15

Figura 101 – Superfície de medição – hemisfério – com dez posições de microfone para ventiladores de divisória (parede e janela) e para ventiladores de mesa de parede……………………..14

Tabela 101 – Desvios padrão dos níveis de potência sonora……………7

Tabela 102 – Desvios padrão para declaração e verificação………….7

As condições de medição especificadas nesta parte 2-7 fornecem precisão suficiente na determinação do ruído emitido e na comparação dos resultados das medições realizadas por diferentes laboratórios, simulando, tanto quanto possível, o uso prático dos ventiladores domésticos. Recomenda-se considerar a determinação dos níveis de ruído como parte de um procedimento de ensaio abrangente, cobrindo muitos aspectos das propriedades e desempenho dos ventiladores domésticos. Conforme declarado na introdução da IEC 60704-1, este código de ensaio está relacionado apenas ao ruído aéreo.

A conformidade da produção do adobe ou tijolo de barro

Conheça os requisitos para a produção de adobe e execução da alvenaria, além dos métodos de ensaio para sua caracterização física e mecânica, não sendo aplicável à edificação com parede em alvenaria estrutural de adobe superior a dois pisos, assim como à execução de arcos, abóbadas e cúpulas.

A NBR 16814 de 01/2020 – Adobe — Requisitos e métodos de ensaio estabelece os requisitos para a produção de adobe e execução da alvenaria, além dos métodos de ensaio para sua caracterização física e mecânica. Esta norma não é aplicável à edificação com parede em alvenaria estrutural de adobe superior a dois pisos, assim como à execução de arcos, abóbadas e cúpulas. Esta norma não é aplicável aos projetos elaborados com alcance e base diferentes das considerações aqui estabelecidas. Esta norma contribui com a ampliação de alternativas de materiais e técnicas de construção, principalmente para produção de habitação de interesse social, especialmente em regiões nas quais existe a tradição de uso do adobe como material de construção, como forma de qualificar esta prática.

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Como se define o adobe e o adobe estabilizado?

Qual deve ser a argamassa de assentamento do adobe?

Qual deve ser o número de adobes dos lotes e da amostragem?

Como deve ser executada a inspeção por ensaios?

Em geral, as técnicas de construção com terra são de baixo impacto ambiental negativo, principalmente pela produção local e em pequena escala, reduzido gasto energético com transporte, utilização de matéria prima local e abundante, reduzido consumo de energia para produção, baixo nível de geração de resíduos da construção e demolição, e elevado potencial de reciclagem. Assim sendo, estes materiais atendem às principais premissas do desenvolvimento sustentável, reduzindo os impactos ambientais negativos produzidos pela construção civil, uma das grandes preocupações da atualidade.

Entre as inúmeras técnicas de construção com terra encontradas ao redor do mundo, destacam-se três, que foram introduzidas no Brasil pelos colonizadores portugueses, no século XVI: taipa (ou taipa de pilão): solo predominantemente arenoso, com umidade próxima ao teor de umidade ótima de compactação, compactado em camadas no interior de formas móveis (taipal), conformando paredes consideradas monolíticas; adobe: solo arenoargiloso, em estado plástico firme (barro), moldado em formas, desmoldado logo em seguida e colocado para secar naturalmente, para produção de elementos de alvenaria (blocos ou tijolos); e pau a pique (ou taipa de mão, ou taipa de sopapo, ou técnica mista): solo argiloso, em estado plástico mole, preenchendo os espaços formados por um entramado de madeira de pequena seção (fixado em uma estrutura de pilares e vigas de madeira), aplicado em várias camadas, intercaladas por processo de secagem.

Posteriormente, notadamente nos anos 70 e 80, e com a popularização do uso do cimento na construção civil, outra técnica de construção com terra foi incentivada no Brasil. Trata-se dos blocos de terra comprimida (BTC), estabilizados com cimento. Não existiam normas brasileiras para as três técnicas anteriores, quer seja para caracterização dos materiais ou para sua aplicação na elevação de paredes.

Em outros países, existem algumas normas para construção com adobes, ou com taipa, porém de difícil adaptação à realidade brasileira, porque são países com considerável vulnerabilidade sísmica e/ou solos muito diversos dos encontrados no Brasil. Para avaliação da adequação do solo para a produção de adobe, devem ser realizados ensaios de laboratório, cujos resultados atendam aos seguintes requisitos: a composição granulométrica da terra, determinada conforme as NBR 6457 e NBR 7181, deve atender preferencialmente aos seguintes parâmetros: areia: entre 45% e 65%; silte: até 30%; e argila: entre 25% e 35%.

Para os solos fora dos parâmetros indicados ou com presença de sais, realizar ensaios de comportamento físico e mecânico de adobes produzidos experimentalmente, os quais devem atender às especificações de desempenho desta norma e não utilizar solos orgânicos (ou contendo matéria orgânica em decomposição) ou com comportamento expansivo.

A composição granulométrica do solo pode ser corrigida com adição de areia, ou com mistura de dois ou mais tipos de solos. A água a ser utilizada deve atender aos mesmos requisitos daquela aplicada nos concretos e argamassas. Caso seja necessário, podem ser utilizados estabilizantes, desde que sejam realizados ensaios de comportamento físico e mecânico de adobes produzidos experimentalmente, para verificação do atendimento dos parâmetros de desempenho desta norma.

Para as características visuais do adobe, para seu emprego, o adobe deve estar seco, livre de materiais estranhos, trincas ou outros defeitos que possam comprometer sua resistência ou durabilidade. Recomenda-se que o adobe tenha a forma externa de um paralelepípedo retangular, sendo suas dimensões nominais ajustadas às seguintes condições, de acordo com a figura abaixo: comprimento do adobe (C), correspondente à maior dimensão das faces de assentamento, preferencialmente igual ao dobro da largura (L), sendo acrescida de uma vez a espessura da junta vertical de assentamento (j), em que as juntas de assentamento horizontais e verticais não podem exceder 20 mm de espessura e devem ser preenchidas completamente; altura do adobe (H), correspondente à distância entre as faces de assentamento, preferencialmente igual à metade da largura e maior ou igual a 7 cm.

Para as dimensões efetivas do adobe são admitidas as seguintes tolerâncias, com relação às dimensões nominais: a tolerância de dimensões individuais efetivas do adobe, para H, L e C, estabelecidas em 4.3.1 e determinadas de acordo com o procedimento estabelecido no Anexo A, é de ± 5 mm; a tolerância de dimensões médias da amostra para Hm, Lm e Cm, é de ± 5 mm. Para atender às necessidades específicas de projeto, por exemplo, paredes curvas ou formação de ângulos diferentes de 90º entre si, é permitida a produção de adobes com formatos especiais, desde que sejam asseguradas as mesmas características físicas e mecânicas dos demais adobes de uma mesma edificação.

O adobe deve ser maciço, sendo permitidos um ou dois furos perpendiculares à face de assentamento, para passagem de tubulações ou grauteamento para reforço estrutural. O diâmetro do furo (d) deve ser de no máximo metade da largura do adobe, conforme a figura abaixo.

O barro para moldagem do adobe deve ser preparado de acordo com as seguintes etapas: o material seco deve ser destorroado e homogeneizado, antes da adição da água; adicionar água, homogeneizando a mistura (amassamento) até obter a consistência apropriada para a moldagem; deixar o barro em repouso por cerca de 24 h, coberto com lona plástica, e amassá-lo novamente, antes do uso.

Devem ser tomados os seguintes cuidados na moldagem do adobe: o barro deve preencher completamente o volume do molde; desmoldar o adobe logo após a sua conformação, sobre uma superfície nivelada; se necessário, utilizar desmoldante. O tempo de secagem varia em função das condições climáticas da região. Deve-se atentar para: proteger o adobe das intempéries; evitar a secagem acelerada no início do processo; assegurar que a secagem seja uniforme em todas as faces do adobe.

A umidade e a erosão produzidas nas paredes de terra são as principais causadoras da deterioração destas construções, sendo necessário protegê-las por meio de elementos construtivos, como: argamassas para emboços e rebocos de terra, que podem ser estabilizadas nos ambientes internos molhados, quando expostas ao contato direto com a água, ou quando houver necessidade; nas paredes externas, expostas às chuvas, estas argamassas devem ser estabilizadas com materiais que garantam melhor proteção mecânica, como a cal, por exemplo; revestimentos com outros materiais para proteção mecânica das paredes, desde que assegurem seu comportamento higroscópico; parede assentada em uma base de material que impeça a ascensão capilar de água e proteja a base da alvenaria; calçadas perimétricas; sistema de drenagem apropriado no entorno imediato da construção; beirais de cobertura. Não podem ser empregadas argamassas de cimento e areia para o revestimento de paredes de adobe.

As instalações elétricas em unidades marítimas fixas e móveis

Como deve ser a classificação de áreas e seleção de equipamentos elétricos e instalações em áreas classificadas em unidades marítimas fixas e móveis, incluindo oleodutos, tubulações, estações de bombeamento, estações de lançamento ou recebimento de pigs, estações de compressão e monoboias de ancoragem, utilizadas na indústria do petróleo marítima para as finalidades de perfuração, produção, acomodação, processamento, armazenamento e descarregamento (offloading). 

A NBR IEC 61892-7 de 01/2020 – Unidades marítimas fixas e móveis – Instalações elétricas – Parte 7: Áreas classificadas estabelece os requisitos para classificação de áreas e seleção de equipamentos elétricos e instalações em áreas classificadas em unidades marítimas fixas e móveis, incluindo oleodutos, tubulações, estações de bombeamento, estações de lançamento ou recebimento de pigs, estações de compressão e monoboias de ancoragem, utilizadas na indústria do petróleo marítima para as finalidades de perfuração, produção, acomodação, processamento, armazenamento e descarregamento (offloading). É aplicável a todas as instalações, sejam permanentes, temporárias, transportáveis ou portáteis, para instalações ca ou cc sem qualquer limite do nível de tensão. As normas de equipamentos referenciadas podem apresentar limitações para os níveis de tensão.

Este documento tem como base os requisitos de normas elaboradas pelo IEC TC 31, relacionadas à classificação de áreas e requisitos para instalações em atmosferas explosivas e apresenta requisitos adicionais para instalações em unidades marítimas fixas e móveis. Especifica os requisitos relacionados a classificação de áreas, sistemas elétricos, seleção de equipamentos elétricos, cabos e sistemas de fiação (cabeamento), ventilação, requisitos de ventilação para compartimentos e salas de baterias, e inspeção, manutenção, reparo, revisão e recuperação. Apresenta informações sobre tópicos como sistemas de detecção de gás, e instalações elétricas em temperaturas ambientes extremamente baixas.

Este documento não é aplicável a equipamentos fixos para finalidades médicas, instalações elétricas de navios-tanques, e controle de fontes de ignição diferentes daquelas geradas por equipamentos elétricos. Para ambientes médicos, requisitos específicos são apresentados na IEC 60364-7-710. Requisitos específicos para navios-tanques são apresentados na IEC 60092-502. Orientações sobre a proteção de equipamentos não elétricos são indicadas nas NBR ISO 80079-36, NBR ISO 80079-37 e IMO 2009 MODU Code, 6.7.

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Qual é a classificação das unidades móveis de perfuração?

Quais são as considerações relacionadas a todas as unidades offshore (unidades flutuantes, móveis e fixas)?

Qual deve ser a proteção elétrica das unidades?

Quais devem ser os sistemas de fiação de cabos em áreas classificadas?

A série NBR IEC 61892 constitui um conjunto de normas destinadas a garantir segurança ao projeto, seleção, instalação, manutenção e uso de equipamentos elétricos de geração, acumulação, distribuição e utilização de energia elétrica para todos os fins em unidades marítimas aplicadas na exploração e produção de reservas petrolíferas. Esta parte também incorpora e coordena, dentro do possível, regulamentações existentes, bem como forma um código de interpretação, onde aplicável, dos requisitos da International Maritime Organization (IMO) e constitui um guia para futuras regulamentações que possam ser elaboradas e uma declaração de práticas para proprietários, construtores de unidades marítimas e organizações relacionadas.

Esta norma tem como base os equipamentos e as práticas que são de utilização corrente, mas não tem como objetivo, em absoluto, impedir o desenvolvimento ou o aprimoramento de novas técnicas. Nesta revisão os limites de tensão foram removidos. No entanto, os limites de tensão podem ser encontrados em normas de equipamentos referenciadas. A remoção dos limites de tensão é considerada necessária devido aos sistemas de interconexão de terra e fornecimento de alimentação de terra para as unidades marítimas.

Em tais casos, estão sendo utilizados sistemas de transmissão de até 132 kV ca ou 150 kV cc e estão sendo projetados sistemas com tensões mais elevadas. A série NBR IEC 61802 tem como objetivo constituir um conjunto de normas para a indústria do petróleo, mas não é seu objetivo evitar a sua utilização além das instalações na indústria do petróleo. A classificação de áreas é um método de análise de risco e de classificação de ambientes ou locais onde uma atmosfera explosiva de gás pode ocorrer, de forma a possibilitar seleção, instalação e operação adequadas dos equipamentos a serem utilizados de forma segura em tais locais (ver figura abaixo).

Todas as unidades marítimas móveis e fixas devem ser analisadas em relação às atmosferas explosivas de gás de acordo com os requisitos fornecidos a seguir. Os resultados devem ser registrados nos desenhos de classificação de área para permitir a seleção adequada dos equipamentos elétricos a serem instalados. Os princípios gerais sobre classificação de área são indicados na NBR IEC 60079-10-1. Esta NBR IEC 61892-7 apresenta orientações sobre os princípios utilizados para classificação de áreas de unidades marítimas móveis e fixas.

A classificação de áreas deve ser desenvolvida no estágio de projeto básico, antes do início de qualquer serviço de construção e reavaliada antes da pré-operação da unidade. São recomendadas revisões durante a vida útil da instalação. Após a classificação de áreas, uma avaliação de risco mais ampla pode ser executada para avaliar se a probabilidade e as consequências de ocorrência de uma eventual ignição de uma atmosfera explosiva necessitam de equipamentos com um nível de proteção do equipamento (EPL) mais alto ou se pode justificar a utilização de equipamentos com um nível de proteção mais baixo do que o normalmente estabelecido.

Os requisitos de EPL podem ser registrados, na documentação e em desenhos de classificação de áreas, de forma a permitir uma seleção adequada dos equipamentos “Ex” a serem instalados. A classificação de áreas necessita ser desenvolvida por pessoas que tenham conhecimento das propriedades das substâncias inflamáveis, do processo e dos equipamentos, consultando, quando necessário, profissionais de engenharia de segurança, elétrica, mecânica, entre outros.

Quando da classificação de áreas, é necessário considerar cuidadosamente as experiências ou acidentes anteriores em unidades marítimas idênticas ou similares. Não é suficiente identificar somente as fontes potenciais de risco e determinar a extensão das áreas classificadas de zona 1 ou zona 2. Quando a experiência ou evidências documentadas indicarem que o projeto e a operação de uma instalação específica são adequados, esta informação pode ser utilizada como base para a definição da classificação de áreas.

Além disto, é recomendado que uma planta industrial seja reavaliada com base na experiência da respectiva indústria ou em nova evidências. Convém que a análise e a classificação de área para atmosfera explosiva de gás sejam realizadas de acordo com o código IMO MODU CODE, Código para a Construção e Equipamentos de Unidades Móveis de Perfuração Marítimas (para unidades móveis de perfuração) ou NBR IEC 60079-10-1 (para unidades marítimas fixas e móveis, exceto unidades móveis de perfuração).

Orientações adicionais para a classificação de área apresentadas em quaisquer Códigos, Recomendações Práticas ou publicações similares podem ser adotadas, desde que elas não reduzam o nível de segurança especificado pelo IMO MODU CODE ou pela ABNT NBR IEC 60079-10-1. Para requisitos de documentação para classificação de áreas, ver Seção 28. Exemplos de fonte de liberação são apresentados no Anexo A. Uma abordagem esquemática para a classificação de áreas é apresentada no Anexo B.

Exemplos de listas de dados, para utilização no estudo de classificação de área, são apresentados no Anexo C. Em relação à interação do navio com os módulos de produção FPSO (Floating Production Storage and Offloading) e outras unidades marítimas de produção com a forma de um navio, ver 4.8. Para uma explicação do conceito de EPL (Equipment Protection Level), ver NBR IEC 60079-14:2016, 5.3 e 5.4. Mais informações podem ser encontradas na IEC 60079-0:2007, Anexo D. Os exemplos apresentados em 4.6 e 4.7 tem como base uma ventilação não obstruída.

Uma ventilação limitada pode causar uma área classificada mais rigorosa em relação àquela apresentada em 4.6 e 4.7. Unidades marítimas para regiões frias podem possuir um projeto que cause uma ventilação limitada. Esta ventilação limitada pode ser causada por quebra-ventos adicionais ou tetos adicionais devido à presença de neve. Convém que as instalações nas quais substâncias inflamáveis são processadas ou armazenadas sejam projetadas, operadas e mantidas de forma que quaisquer liberações de substâncias inflamáveis e, consequentemente, a extensão das áreas classificadas sejam mínimas, em operação normal ou não, quanto à frequência, duração e quantidade.

É importante examinar as partes de equipamentos e sistemas de processos nos quais pode ocorrer a liberação de substâncias inflamáveis e considerar modificações no projeto para minimizar a possibilidade e a frequência de tais liberações, assim como a quantidade e a taxa de liberação de substâncias inflamáveis. Convém que estas considerações básicas sejam examinadas em um estágio inicial do projeto básico de qualquer instalação de processo e que também recebam atenção especial no estudo da classificação de áreas.

Em caso de atividades de manutenção, que não em operação normal, a ausência de gás e a extensão de zona necessita ser avaliada e pode ser afetada, sendo esperado que estas atividades sejam realizadas dentro de um sistema de permissão de trabalho. Em uma situação em que possa existir uma atmosfera explosiva de gás, convém que as seguintes etapas sejam executadas: eliminar a possibilidade da ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás em torno da fonte de ignição, ou eliminar a fonte de ignição.

Onde isso não for possível, convém que medidas de proteção bem como equipamentos de processo, sistemas e procedimentos sejam selecionados e preparados de forma que a probabilidade de ocorrência simultânea da atmosfera explosiva de gás indicada em 4.2 a) e a fonte de ignição indicada em 4.2 b) sejam tão pequenas que possam ser consideradas aceitáveis. Tais medidas podem ser utilizadas individualmente, se consideradas confiáveis e seguras, ou combinadas para obter um nível equivalente de segurança.

Os equipamentos e cabos elétricos devem, tanto quanto possível, ser instalados em áreas não classificadas. Quando isto não for possível, eles devem ser localizados na área classificada de menor risco. Para unidades de pequeno porte, quando limitações de espaço requerem instalações em áreas classificadas, é aceitável a existência de uma geração de energia ou distribuição de força instalada em tais áreas, desde que todos os equipamentos possuam um tipo de proteção “Ex” adequado ou sejam instalados em módulos com um sistema de sobrepressão.

Os requisitos de 4.2 a) podem ser atendidos por meios de ventilação ou exaustão adicionais para a diluição da atmosfera explosiva que possa ocorrer. Os elementos básicos para a definição das zonas de uma área classificada são: identificação da fonte de liberação e determinação do grau de liberação. Uma vez que uma atmosfera explosiva de gás somente pode ser formada se um gás ou vapor inflamável estiver presente com ar, é necessário avaliar a probabilidade de alguma substância inflamável estar presente na área sob estudo.

Em linhas gerais, gases, vapores e líquidos inflamáveis e sólidos que possam produzi-los ficam contidos dentro dos equipamentos de processo que podem ser ou não totalmente fechados. É necessário identificar a probabilidade de presença de uma atmosfera inflamável dentro de uma instalação de processo, ou quando uma liberação de materiais inflamáveis puder criar uma atmosfera inflamável fora dos limites da instalação de processo.

Se for estabelecido que o equipamento de processo pode liberar substâncias inflamáveis para a atmosfera, é necessário, antes de tudo, determinar o grau de liberação de acordo com as definições, estabelecendo as prováveis frequências e duração da liberação. Convém reconhecer que a abertura de partes de sistemas fechados de processo (por exemplo, durante trocas de filtros ou enchimento de lotes) seja considerada como possível fonte de liberação quando feita a classificação de área. Devido a esta condição, cada fonte de liberação deve ser especificada como “contínua”, “primária” ou “secundária”. Uma vez tendo sido estabelecido o grau de liberação, é necessário determinar a taxa de liberação e outros fatores que possam influenciar o tipo e a extensão da zona.

Se a quantidade total de material inflamável disponível para liberação for pequena, por exemplo, aplicação em laboratório, mesmo que exista um risco potencial, pode não ser apropriado classificar a área. Em tais casos, devem ser considerados os riscos específicos envolvidos. Na classificação de área de equipamentos de processo em que material inflamável seja queimado, por exemplo, aquecedores com chamas, fornos, caldeiras, turbinas a gás etc., é recomendado que sejam considerados os ciclos de purga e as condições de partida e parada.

As névoas que possam ser formadas devido à liberação de líquidos pressurizados podem ser inflamáveis mesmo se a temperatura do líquido estiver abaixo do seu ponto de fulgor (flashpoint). A probabilidade de presença de uma atmosfera explosiva de gás e, consequentemente, a zona dependem principalmente do grau de liberação e da ventilação. As áreas classificadas podem ter a sua extensão limitada por meio de medidas construtivas, como por exemplo, anteparas ou pisos.

A ventilação ou aplicação de um gás de proteção pode reduzir a probabilidade de presença de uma atmosfera explosiva de gás, de forma que as áreas de maior risco possam ser transformadas em áreas de menor risco ou até em áreas não classificadas. Normalmente um grau de liberação contínuo indica uma zona 0, um grau primário indica uma zona 1 e um grau secundário indica uma zona 2 (ver Anexo A). Entretanto, a disponibilidade e o grau de ventilação influenciam diretamente a extensão da zona, podendo mesmo levar a uma zona de maior ou menor risco

Se o gás ou vapor for significativamente mais leve que o ar, este tende a se mover para cima. Se for significativamente mais pesado que o ar, este tende a se acumular ao nível do piso. A extensão horizontal da zona ao nível do piso cresce com o aumento da densidade relativa, e a extensão vertical acima da fonte aumenta com a redução da densidade relativa.

Para aplicações práticas, um gás ou vapor que tenha densidade relativa abaixo de 0,8 é considerado mais leve que o ar. Se a densidade relativa for maior que 1,2, o gás ou vapor é considerado mais pesado que o ar. Entre estes valores, convém que seja considerado o comportamento próximo ao do ar. Para gases ou vapores mais leves que o ar, uma liberação em baixa velocidade tende a ser rapidamente dispersada para cima.

A presença de um teto, entretanto, pode aumentar a área de acumulação abaixo deste. Se a liberação for em forma de jato livre, em alta velocidade, a ação do jato, embora misturando o ar que dilui o gás ou vapor, pode aumentar a distância em que a mistura gás/ar permanece acima do seu limite inferior de explosividade. Para gases ou vapores mais pesados que o ar, uma liberação em baixa velocidade tende a fluir para baixo e pode percorrer longas distâncias horizontais sobre o piso antes de ser disperso, com segurança, por difusão atmosférica.

Portanto, especial atenção necessita ser dada ao arranjo de qualquer instalação que estiver sendo considerado. Se a liberação for em forma de jato livre, em alta velocidade, a ação de arraste do jato misturando com o ar pode reduzir bastante a mistura gás/ar abaixo do seu limite inferior de explosividade em uma distância muito menor do que no caso de liberação em baixa velocidade.

Os resíduos sólidos urbanos para fins energéticos

Considerando a crescente preocupação da sociedade com relação às questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável, tornou-se necessária a criação de uma norma sobre o aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos, que promova a sua utilização de forma segura e sustentável, aumentando a confiabilidade das práticas de recuperação energética.

A NBR 16849 de 02/2020 – Resíduos sólidos urbanos para fins energéticos – Requisitos estabelece os requisitos para aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos com ou sem incorporação de outros resíduos classe II – Não perigosos, abrangendo os aspectos de elegibilidade de resíduos, registros e rastreabilidade, amostragem e formação dos lotes, armazenamento, preparo de resíduos sólidos urbanos para fins energéticos (RSUE), classificação dos lotes gerados e uso do RSUE nas unidades de recuperação energética (URE), conforme a cadeia de custódia, respeitando a hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduos. Não é aplicável aos processos de recuperação energética que utilizam resíduos sólidos urbanos: bruto, sem qualquer tipo de preparo; sem recuperação energética; com preparação prévia, mas sem formação de lote e especificação mínima de qualidade para uso como RSUE.

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Qual seria o processo de avaliação da elegibilidade para o emprego de resíduos classe II – não perigosos?

Quais os limites para classificação dos RSUE?

Quais as especificações complementares para os lotes de RSUE na expedição?

O que deve estabelecer o plano de amostragem?

Considerando a crescente preocupação da sociedade com relação às questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável, tornou-se necessária a criação de uma norma sobre o aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos, que promova a sua utilização de forma segura e sustentável, aumentando a confiabilidade das práticas de recuperação energética. Esta norma visa facilitar a comunicação entre as partes interessadas envolvidas na cadeia de custódia de seleção, preparação e uso para fins energéticos do resíduo sólido urbano, bem como facilitar a interação com questões ambientais.

O uso racional de resíduos na preparação e o emprego de tecnologias adequadas de queima são, portanto, essenciais para alcançar os objetivos desta norma. Da mesma forma, definições claras e abrangentes sobre os requisitos de aceitação de resíduos para o preparo de resíduos sólidos urbanos para fins energéticos (RSUE), bem como a definição das classes dos lotes desse tipo de resíduo, são de grande importância para a promoção de práticas seguras de recuperação energética.

Assim, ela estabelece os requisitos para aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos com ou sem incorporação de outros resíduos classe II – não perigosos, abrangendo os aspectos de elegibilidade de resíduos, registros e rastreabilidade, amostragem e formação dos lotes, armazenamento, preparo de RSUE, classificação dos lotes gerados e uso do RSUE nas unidades de recuperação energética (URE), conforme a cadeia de custódia descrita na figura a abaixo, respeitando a hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduos.

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Já a figura abaixo apresenta o macroprocesso de seleção, preparo e uso de resíduos sólidos urbanos, com ou sem incorporação de outros resíduos não perigosos ao longo de sua cadeia de custódia, a partir da UP-RSUE até a URE. Este macroprocesso tem como objetivo assegurar a destinação ambientalmente adequada de resíduos sólidos urbanos, misturados ou não a outros resíduos classe II – não perigosos, por meio de recuperação energética.

As etapas do macroprocesso são as seguintes: seleção dos resíduos (aplicação dos requisitos de elegibilidade); recebimento na UP-RSUE; armazenamento dos resíduos recebidos; planejamento da produção (aplicação das especificações estabelecidas pelo destinador); preparo do RSUE; armazenamento dos RSUE; amostragem; classificação dos lotes de RSUE (aplicação dos critérios de classificação, bem como das demais especificações do destinador); preparo dos lotes para expedição para a URE; expedição para a URE; uso dos lotes de RSUE (recuperação energética) nas URE.

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Os resíduos utilizados para a composição de um lote de RSUE devem ter a sua origem determinada e registrada, constando nos Laudos de Caracterização dos Resíduos as especificações obrigatórias e complementares acordadas entre as partes. As especificações do resíduo devem fazer parte do contrato entre o gerador do resíduo e a UP-RSUE. Esse conjunto de informações deve incluir tanto as especificações obrigatórias quanto as especificações complementares, quando aplicável.

O gerador do resíduo e a UP-RSUE devem estabelecer procedimentos que assegurem a conformidade dos lotes com as especificações estabelecidas e as tratativas, em casos de não conformidade. O gerador do resíduo e a UP-RSUE devem estabelecer um plano de amostragem desses resíduos.

O Laudo de Caracterização do Resíduo de cada lote recebido pode apresentar qualquer das seguintes propriedades, conforme acordado entre as partes: tipo de preparação e tratamento: processo ao qual o resíduo sólido urbano e outros resíduos compatíveis foram submetidos, indicando se houve a preparação de mistura de resíduos; formato predominante das partículas, referente ao resíduo fornecido, por exemplo, pellets, fardos, briquetes, lascas, flocos ou pó; tamanho das partículas; teor de cinzas; teor de umidade; concentração de metais: determinação da concentração de um ou mais metais em base seca e a partir de método analítico apropriado dos seguintes metais: antimônio, arsênio, berílio, cádmio, chumbo, cobalto, cobre, cromo, estanho, manganês, mercúrio, níquel, platina, paládio, ródio, selênio, tálio, telúrio, vanádio e zinco.

Outros metais podem ser acrescentados, mediante manifestação de interesse da UP-RSUE. Outras propriedades e características: o Laudo de Caracterização do Resíduo pode conter características econômicas, técnicas ou ambientais, conforme o interesse do cliente, por exemplo, densidade aparente, teor de voláteis, concentrações dos principais constituintes ou de outros elementos-traço (oligoelementos), presença de elementos específicos, odores característicos, temperatura de ignição, etc.

A correta apresentação em folhas de desenho

Todas as folhas de desenho devem ter margens e quadro limitando o espaço para desenho. A margem esquerda deve ter 20 mm de largura para permitir que a folha seja perfurada e arquivada.

A NBR 16752 de 01/2020 – Desenho técnico — Requisitos para apresentação em folhas de desenho especifica o formato das folhas de desenho e os elementos gráficos, a localização e a disposição do espaço para desenho, espaço para informações complementares e legenda, o dobramento de cópias e o emprego de escalas a serem utilizadas em desenhos técnicos.

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O que é uma escala de ampliação?

Como deve ser feita a indicação do dobramento das folhas?

Qual seria um exemplo de legenda?

Quais seriam os exemplos de disposição das informações complementares?

O formato básico para folha de desenho é o retângulo com área igual a 1,0 m2 e de lados medindo 841 mm × 1.189 mm, mantendo entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e a sua diagonal (ver figuras abaixo).

Para os formatos 2A0 e 4A0, aplicam-se os mesmos requisitos estabelecidos nesta norma para o formato A0. Para os formatos A5 e A6, os requisitos estabelecidos nesta norma são orientativos, podendo ser desconsiderados ou adaptados. Estes formatos, menos utilizados, também pertencem à série ISO-A.

Todas as folhas de desenho devem ter margens e quadro limitando o espaço para desenho. A margem esquerda deve ter 20 mm de largura para permitir que a folha seja perfurada e arquivada. Todas as outras margens devem ter 10 mm de largura. Nas folhas de desenho, quatro marcas de centro devem ser aplicadas para facilitar o posicionamento, quando reproduzido ou microfilmado.

Estas marcas são posicionadas nas extremidades dos eixos de simetria horizontal e vertical da folha. As marcas são construídas com linhas contínuas de 0,7 mm de largura, iniciando na extremidade da malha de referência, estendendo-se 10 mm além do quadro. Formatos maiores que A0 requerem marcas de centro adicionais no ponto médio de cada seção a ser microfilmada ou reproduzida.

Para identificar as malhas, devem ser utilizadas letras e números. Os campos individuais devem ser referenciados de cima para baixo com letras maiúsculas (as letras I e O não podem ser utilizadas), e da esquerda para a direita com números, em ambos os lados da folha. Para o formato A4, utilizam-se apenas o lado superior e o lado direito.

As letras e os números devem ser executados em escrita vertical e tamanho nominal de 3,5 mm. Se o número das divisões exceder o número de letras do alfabeto, adotar para as letras de referência a seguinte forma: AA, AB, AC, e assim sucessivamente. A identificação do formato deve ser indicada no campo inferior direito da malha.

O espaço da folha de desenho é dividido em: espaço para desenho; legenda; espaço para informações complementares, quando necessário. O desenho deve ser realizado no espaço para desenho. Havendo mais de um desenho, eles devem estar dispostos ordenadamente na horizontal e na vertical, sendo o desenho principal, se houver, posicionado acima e à esquerda deste espaço.

A legenda deve ser elaborada na forma de um quadro subdividido em campos de dados, contendo informações, indicações e identificações relevantes associadas ao desenho. Os seguintes campos de dados devem constar na legenda: proprietário legal e/ou empresa (nome, marca fantasia ou logotipo); título; número de identificação; tipo de documento; responsável (eis) pelo conteúdo; autor e aprovador; projetista, desenhista e verificador; data da emissão; escala; número ou indicação sequencial da folha; nome do responsável técnico, título profissional e registro no órgão de classe, quando aplicável.

Outros campos podem ser adicionados à legenda para atender às necessidades específicas do desenho, por exemplo: subtítulo; dados do projeto (nome, localização, fase ou outro); classificação ou palavra-chave (identificação, números, registros ou códigos); local, data e assinatura; indicação do método de projeção; nome do arquivo eletrônico; unidade de medida utilizada, se aplicável; índice da versão ou revisão; total de folhas; idioma. A legenda deve estar posicionada na horizontal e situada no canto inferior direito do quadro, apresentando, em todos os formatos, 180 mm de comprimento e altura variável.

Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do desenho devem ser inseridas no espaço para informações complementares, independentemente da ordem de apresentação, exceto aquelas que necessitem estar posicionadas junto ao desenho. São normalmente colocadas neste espaço: explicações; instruções; referências gerais; desenho esquemático; lista de itens; tabela de revisões.

O espaço para informações complementares normalmente deve ser alocado próximo à margem direita e acima da legenda. A largura do espaço deve ser no máximo igual à largura da legenda, ou seja, 180 mm. Se o desenho ocupar a largura completa do espaço para desenho, o espaço para informações complementares deve ser colocado próximo à margem inferior do espaço para desenho.

A altura do espaço para informações complementares pode ser escolhida, conforme necessário. O espaço para informações complementares deve ser dividido em colunas, com larguras apropriadas. Referências dos itens são designadas para componentes ou materiais de montagens.

A finalidade é associar os itens do desenho com os itens da lista. Itens idênticos no desenho devem ter a mesma referência. Se nenhuma referência for utilizada, o campo pode ser deixado em branco ou a coluna pode ser omitida. A quantidade expressa o número de itens necessários para uma montagem específica. As colunas para quantidade e unidade podem ser combinadas na mesma coluna. O número aplicado nesta coluna pode ser peça, volume, comprimento, massa ou outra quantidade requerida.

Quando a quantidade exata de um item não for conhecida, um dos seguintes métodos pode ser utilizado: colocar “CR” (conforme requerido) sem informar a quantidade; colocar “EST” (estimado) na coluna de unidade ou na coluna combinada de quantidade e unidade. Se necessário, as abreviaturas podem ser explicadas na lista de itens.

A unidade é uma grandeza adotada como a base ou padrão de medida. Se a unidade for referente à peça, este campo pode ter a sua indicação abreviada (pç). Esta coluna deve conter a grandeza utilizada para mensurar a quantidade, conforme a NBR ISO 80000 (todas as partes).

IEC 60598-2-1: os requisitos das luminárias fixas de uso geral

Essa norma internacional, editada em 2020 pela International Electrotechnical Commission (IEC), especifica os requisitos para luminárias de uso geral fixo para uso com fontes de luz elétrica em tensões de alimentação que não excedam 1.000 V. Esta segunda edição cancela e substitui a primeira edição publicada em 1979 e a Alteração 1: 1987.

A IEC 60598-2-1:2020 – Luminaires – Part 2-1: Particular requirements – Fixed general purpose luminaires especifica os requisitos para luminárias de uso geral fixo para uso com fontes de luz elétrica em tensões de alimentação que não excedam 1.000 V. Esta segunda edição cancela e substitui a primeira edição publicada em 1979 e a Alteração 1: 1987. Esta edição constitui uma revisão técnica. Inclui as seguintes alterações técnicas em relação à edição anterior (não há grandes alterações técnicas, consulte o Anexo A): o escopo foi modificado para estar de acordo com a Parte 1, para incluir todas as fontes de luz elétrica, e as referências para a parte 1 foram atualizadas.

CONTEÚDO DA NORMA

PREFÁCIO…………………….. 3

1.1 Escopo….. ………………. 5

1.2 Referências normativas………… 5

1.3 Termos e definições………………. 5

1.4 Requisitos gerais de ensaio……………. 5

1.5 Classificação das luminárias………….. 5

1.6 Marcação…………………. …………….. 5

1.7 Construção…………………….. ……… 5

1.8 Distâncias e folgas de fluência………… 5

1.9 Provisão para aterramento…………….. 5

1.10 Terminais………………….. ………….. 6

1.11 Fiação externa e interna……………….. 6

1.12 Proteção contra choque elétrico………………… 6

1.13 Ensaios de resistência e ensaios térmicos…………….. 6

1.14 Resistência ao pó, objetos sólidos e umidade………….. 6

1.15 Resistência de isolamento e força elétrica, toque em corrente e proteção da corrente do condutor…………………….. .. 6

1.16 Resistência ao calor, fogo e rastreamento………………… 6

Anexo (cronograma informativo) das subcláusulas alteradas que contêm mais requisitos críticos que exigem que os produtos sejam ensaiados novamente………………. 7

O documento a seguir é mencionado no texto de forma que parte ou todo o seu conteúdo constitua requisitos deste documento. Para referências datadas, apenas a edição citada se aplica. Para referências sem data, aplica-se a edição mais recente do documento referenciado (incluindo quaisquer alterações): IEC 60598-1, Luminaires – Part 1: General requirements and tests.

O comissionamento de sistemas elétricos, de instrumentação e de controle de processos industriais

Saiba quais são as fases e marcos específicos (ver figura abaixo no texto principal) para o comissionamento de sistemas elétricos, de instrumentação e de controle de processos industriais. Por exemplo, esta norma descreve as atividades posteriores à etapa de completação da montagem do empreendimento e à etapa de aceitação da instalação pelo proprietário. Tais atividades necessitam ser adaptadas para cada tipo de instalação, processo ou aplicação específica.

A NBR IEC 62337 de 01/2020 – Comissionamento de sistemas elétricos, de instrumentação e de controle de processos industriais – Fases e marcos específicos especifica as fases e marcos específicos (ver figura abaixo no texto principal) para o comissionamento de sistemas elétricos, de instrumentação e de controle de processos industriais. Por exemplo, esta norma descreve as atividades posteriores à etapa de completação da montagem do empreendimento e à etapa de aceitação da instalação pelo proprietário. Tais atividades necessitam ser adaptadas para cada tipo de instalação, processo ou aplicação específica. Esta norma considera que a etapa de “aceitação da instalação” ocorre após os testes de desempenho. Nos casos em que exista um escopo reduzido, convém que esta norma seja adequadamente adaptada. Para aplicações em indústrias farmacêuticas ou em outras indústrias altamente especializadas, convém que orientações adicionais (por exemplo, Good Automated Manufacturing Practice (GAMP)), definições e requisitos sejam aplicados de acordo com as normas existentes, por exemplo, GMP Compliance 21 CFR (FDA) e Standard Operating Procedure of the European Medicines Agency (SOP/INSP/2003).

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Quais as condições para o início dos testes de desempenho?

Como deve ser feita a avaliação e os relatórios dos testes de desempenho?

Quais os documentos técnicos nas fases de pré-comissionamento e de comissionamento?

O que deve constar no certificado de aceitação da instalação?

Existe uma tendência crescente nas indústrias de processo em conceder a construção de instalações completas a uma empreiteira em sistemas “pacote completo” do tipo “chave na mão” (“turn-key”) ou a modelos similares de contratação. A experiência tem mostrado que tanto a indústria de processos (aqui denominada “proprietário”) quanto a empreiteira têm longas e dispendiosas discussões para determinar e acordar de forma clara o escopo das atividades a serem executadas tanto pela empreiteira quanto pelo proprietário, assim como suas responsabilidades, de forma a atingir a entrega da instalação. Esta norma destina-se à obtenção de melhoria e aceleração das fases de negociação e a uma melhor compreensão mútua do escopo das atividades de cada uma das partes. A figura abaixo especifica as fases e marcos específicos (ver figura abaixo no texto principal) para o comissionamento de sistemas elétricos, de instrumentação e de controle de processos industriais.

Os itens indicados a seguir devem ser concluídos de acordo com as responsabilidades estabelecidas no respectivo contrato. Os documentos acordados conforme o indicado em A.1 devem ser emitidos pela empreiteira para o proprietário. O planejamento de mobilização de força de trabalho deve estar disponível a documentação sobre a quantidade acordada de mão de obra requerida a ser alocada tanto pelo proprietário como pela empreiteira, incluindo sua qualificação e sua disponibilidade. Deve estar estabelecida a organização do pessoal durante as atividades de pré-comissionamento, comissionamento e testes de desempenho.

Os equipamentos e ferramentas devem estar disponíveis nas documentações sobre o assunto, acordados a ser fornecidos pelo proprietário e pela empreiteira. Para o fornecimento das matérias-primas e das utilidades acordadas, a empreiteira e o proprietário devem concordar com um cronograma detalhado e com as condições de fornecimento, com tempo suficiente de antecedência antes da completação da montagem.

Para o fornecimento dos catalisadores, lubrificantes, produtos químicos e outros materiais consumíveis requeridos, a empreiteira e o proprietário devem concordar com um cronograma detalhado e com as condições detalhadas de fornecimento, com tempo suficiente de antecedência antes da completação da montagem. Após a montagem da instalação, de cada parte do equipamento, da instalação ou parte específica ou unidade da instalação, devem ser executadas verificações mecânicas pela empreiteira.

As verificações mecânicas e testes devem verificar se a instalação está montada de acordo com o diagrama de tubulação e instrumentação (P&I), planta de arranjo e documentação dos vendedores; os equipamentos estão instalados e operam mecanicamente de acordo com os requisitos gerais de projeto; os códigos e normas aplicáveis, de acordo com os relacionados nos requisitos gerais de projeto, são atendidos para materiais e montagem. Podem ser excluídos os itens que não afetem os requisitos de operação ou de segurança das instalações, como pintura, isolamento térmico e limpeza final. Todos estes itens devem estar relacionados e completados após o pré-comissionamento ou comissionamento dentro do planejamento acordado entre a empreiteira e o proprietário, porém antes da aceitação das instalações.

O seguinte procedimento é aplicável a empreiteira deve elaborar e manter em campo os relatórios de ensaios e os registros, os quais devem incluir as seguintes informações: descrição do tipo de teste ou de verificação; data e horário do ensaio ou da verificação; identificação do equipamento e das instalações; teste de pressão, se aplicável, dados e resultados dos testes, incluindo observações, caso existam; assinatura do representante do proprietário que tenha testemunhado os dados registrados, se requerido. Dessa forma, as verificações, ensaios e registros devem ser executados pela empreiteira. Independentemente de o representante do proprietário testemunhar ou atestar as verificações ou testes, o proprietário deve participar destas verificações e testes.

Para este objetivo, a empreiteira deve manter o proprietário informado no cronograma diário do planejamento de inspeções, testes e verificações. Convém que o cronograma do plano de inspeção e testes seja constantemente revisado e atualizado, de forma a refletir o progresso atual dos trabalhos de montagem e de testes. Qualquer item encontrado incompleto ou que necessite de reparo ou ajustes deve ser relacionado em uma lista de pendência separada (punch-list) e periodicamente encaminhado para o proprietário e a empreiteira responsável pela respectiva área da montagem. O campo da verificação da lista de pendência deve ser deixado em branco até que os problemas, reparos ou ajustes tenham sido solucionados.

A empreiteira deve executar e acompanhar os trabalhos de solução de todas as tarefas pendentes relacionadas aos serviços incompletos, reparos ou ajustes da lista de pendência, e deve manter estes registros e relatórios atualizados. Os procedimentos de verificação devem ser periodicamente repetidos até que todos os itens da lista de pendência tenham sido equacionados. Na completação de cada teste, o proprietário deve atestar no relatório que os testes foram satisfatórios. Caso contrário, a empreiteira deve repetir os testes. Uma vez que os novos testes de completação tenham sido considerados satisfatórios, um novo certificado deve ser respectivamente aceito pelo proprietário.

Um conjunto completo de relatórios deve ser apresentado para o proprietário e, naquela data, deve ser considerada atingida a completação da montagem. Após a completação da montagem, as atividades de pré-comissionamento relacionadas no procedimento apresentado no Anexo B e as etapas finais relacionadas aos procedimentos devem ser executadas de acordo com o contrato, de forma a tornar a instalação mecanicamente completa e pronta para a etapa de comissionamento. Os documentos a serem utilizados são relacionados no Anexo A.

A empreiteira responsável pelas verificações, testes e registros dos relatórios da completação da montagem deve também ser a responsável pela completação de qualquer trabalho ou atividade, ajuste ou reparos dos equipamentos relacionados na lista de verificação do pré-comissionamento e pela atualização e manutenção dos registros apropriados. Convém que o representante designado pela empreiteira para o comissionamento também participe da etapa de pré-comissionamento, de forma a verificar o desempenho satisfatório dos equipamentos e da instalação.

Durante as atividades de verificações e de testes, a empreiteira que realiza o pré-comissionamento é responsável pelo treinamento da equipe do proprietário sobre a operação da instalação, de acordo com o determinado no contrato. O proprietário ou a empreiteira deve disponibilizar a equipe responsável pela operação e manutenção, de acordo com o planejamento de alocação de mão de obra, de forma a executar aquela parte dos trabalhos de pré-comissionamento, os quais devem ser acordados como sendo de responsabilidade do proprietário, de acordo com o Anexo B.

A empreiteira deve assegurar que a sua equipe trabalhe em conjunto com a equipe do proprietário, por meio do fornecimento de supervisão e orientações, sempre que necessário. A empreiteira deve elaborar procedimentos detalhados para cada uma das atividades de pré-comissionamento relacionadas no Anexo B. Estes procedimentos devem ser atualizados ou complementados pela empreiteira, como necessário, para servir de base para qualquer trabalho adicional.

A completação mecânica deve ser confirmada para cada parte, seção, unidade ou instalação individual. Um cronograma detalhado para o pré-comissionamento de cada parte, seção, unidade ou instalação individual deve ser elaborado pela empreiteira e submetido ao proprietário, antes da completação da montagem. Na completação das atividades de pré-comissionamento de cada parte, seção, unidade ou instalação individual, a empreiteira deve submeter por escrito ao proprietário uma notificação de completação mecânica.

Isso deve incluir as seguintes informações: identificação da parte, seção, unidade ou instalação individual considerada mecanicamente completa; uma cópia de todos os relatórios de ensaios pertinentes concluídos; data na qual a completação dos testes foi realizada; uma lista de verificação; uma solicitação de aceitação de um certificado de completação mecânica, com relação àquela de cada parte, seção, unidade ou instalação individual. Dentro de um período de tempo acordado entre a data do recebimento da notificação da empreiteira, por escrito, o proprietário deve, no caso de aceitação, assinar o certificado de completação mecânica, similar àquele apresentado no Anexo C; ou, em caso de objeção, submeter uma declaração da rejeição, relacionando os itens remanescentes a serem concluídos, defeituosos ou deficientes a serem corrigidos antes que a condição de completação mecânica possa ser aceita.

Quando o proprietário rejeitar a notificação da empreiteira, esta deve efetuar todas as ações necessárias para completar ou corrigir os itens relacionados e encaminhar para o proprietário uma notificação subsequente da completação mecânica. O proprietário deve assinar o certificado de completação ou emitir uma declaração de rejeição dentro de um período acordado após a data da notificação subsequente de completação mecânica.

Após a aceitação pelo proprietário do certificado de completação mecânica da última parte, seção, unidade ou instalação individual, o proprietário deve, dentro de um período acordado, aceitar o certificado de completação mecânica aplicável à instalação, similar àquele apresentado no Anexo C. O comissionamento deve ser realizado na seguinte sequência: colocando em operação o sistema de aquecimento ou de resfriamento; operando inicialmente com a utilização um meio de teste como água ou outra substância inerte; executando os ajustes operacionais; alimentando a carga ou a matéria prima; carregando a carga ou a matéria-prima até a capacidade de projeto; executando os ajustes finais.

Em todas as etapas da sequência de comissionamento, a instalação deve ser operada nas condições otimizadas e seguras. Para que isto seja assegurado, a empreiteira pode fazer ajustes ou atualizações para as condições indicadas no manual de operação e nos diagramas de fluxograma de processo, como necessário.

A empreiteira deve especificar, para cada parte discreta da instalação, os dados operacionais a serem registrados e o modo como os dados devem ser tomados. Todos os dados operacionais devem ser registrados pelo proprietário sobre as formas ou sobre os formulários predefinidos a serem mutuamente acordados. Uma cópia do registro de operação e dos dados analíticos da operação inicial por meio da completação de um teste de desempenho deve ser apresentada pelo proprietário para a empreiteira, para avaliação.

Quando qualquer parte da instalação for pressurizada ou colocada em alinhamento a quente de processo, verificações regulares sobre a expansão térmica, vibração, ruído e outras variáveis similares de processos devem ser executadas pela empreiteira. Os métodos e processos detalhados de cada teste de comissionamento e das operações devem ser especificados pela empreiteira no manual de operação ou emitidos pelo proprietário como procedimentos adicionais de trabalho.

A empreiteira deve providenciar a presença dos representantes dos vendedores ou licenciadores na instalação para auxiliar ou supervisionar o pessoal da empreiteira, sempre que necessário. Convém que a equipe de montagem designada da empreiteira para o pré-comissionamento permaneça na instalação para executar quaisquer ajustes necessários e trabalhos de correção ou de reparos. Todas as alterações e modificações efetuadas durante a etapa de comissionamento devem ser documentadas.

A biocompatibilidade de vias de gás de respiração

Deve-se conhecer os princípios gerais em relação à avaliação de BIOCOMPATIBILIDADE de materiais de PRODUTO PARA A SAÚDE, que compõem a VIA DE GÁS, mas não cobre os PERIGOS biológicos que surgem de qualquer falha mecânica, a não ser que a falha introduza um RISCO de toxicidade (por exemplo, pela geração de PARTÍCULAS).

A NBR ISO 18562-1 de 01/2020 – Avaliação de biocompatibilidade de vias de gás de respiração em aplicações de cuidados à saúde – Parte 1: Avaliação e ensaio dentro de um processo de gerenciamento de risco especifica os princípios gerais que governam a avaliação biológica dentro de um processo de gerenciamento de risco vias de gás produtos para a saúde, suas partes ou acessórios, que são destinadas a fornecer cuidado respiratório ou fornecer substâncias por meio do trato respiratório ao paciente em todos os ambientes; a categorização geral de vias de gás com base na natureza e na duração do seu contato com o fluxo de gás; a avaliação de dados existentes pertinentes de todas as fontes; a identificação de lacunas no conjunto de dados disponíveis sobre a base de uma análise de risco; a identificação de conjuntos de dados adicionais necessária para analisar a segurança biológica via de gás; a avaliação da segurança biológica da via de gás.

Este documento abrange os princípios gerais em relação à avaliação de BIOCOMPATIBILIDADE de materiais de PRODUTO PARA A SAÚDE, que compõem a VIA DE GÁS, mas não cobre os PERIGOS biológicos que surgem de qualquer falha mecânica, a não ser que a falha introduza um RISCO de toxicidade (por exemplo, pela geração de PARTÍCULAS). As outras partes da ISO 18562 abrangem ensaios específicos que tratam de substâncias potencialmente perigosas que são adicionadas ao fluxo de gás respiratório e estabelecem critérios de aceitação para estas substâncias.

Este documento trata de contaminação potencial do fluxo de gás que surge a partir de VIAS DE GÁS dentro do PRODUTO PARA A SAÚDE, que pode então ser conduzido ao PACIENTE. Este documento é aplicável à VIDA ÚTIL ESPERADA do PRODUTO PARA A SAÚDE em UTILIZAÇÃO NORMAL e leva em consideração os efeitos de qualquer processamento ou reprocessamento destinados. Este documento não trata da avaliação biológica de superfícies de PRODUTOS PARA A SAÚDE que estão em contato direto com o PACIENTE. Os requisitos para superfícies de contato direto são encontrados na série ISO 10993.

Os PRODUTOS PARA A SAÚDE, partes ou ACESSÓRIOS contendo VIAS DE GÁS que são tratados neste documento incluem, mas não se limitam a, ventiladores, estações de trabalho de anestesia (incluindo misturadores de gases), sistemas de respiração, dispositivos de conservação de oxigênio, concentradores de oxigênio, nebulizadores, conjuntos de mangueira de baixa pressão, umidificadores, permutadores de calor e umidade, monitores de gás respiratório, monitores de respiração, máscaras, bocais, ressuscitadores, tubos de respiração, filtros de sistemas de respiração, peças em Y, bem como quaisquer ACESSÓRIOS de respiração destinados à utilização com tais PRODUTOS PARA A SAÚDE. A câmara fechada de uma incubadora, incluindo o colchão, e a superfície interior da tampa de oxigênio, são consideradas VIAS DE GÁS e também são abordadas por este documento.

Este documento não aborda contaminações já presentes no gás fornecido das fontes de gás enquanto os PRODUTOS PARA A SAÚDE estiverem em UTILIZAÇÃO NORMAL. EXEMPLO: a contaminação que atinge o PRODUTO PARA A SAÚDE a partir de fontes de gás, como SISTEMAS DE TUBULAÇÃO DE GÁS MEDICINAL (incluindo as válvulas de retenção nas saídas da tubulação), saídas de reguladores de pressão conectados ou integrantes de um cilindro de gás medicinal, ou ar do ambiente, levado para dentro do PRODUTO PARA A SAÚDE, não é abordada pela ISO 18562 (todas as partes). Partes futuras podem ser adicionadas, de modo a tratar de outros aspectos pertinentes de ensaio biológico, incluindo contaminação adicional que pode surgir da VIA DE GÁS devido à presença de drogas e agentes anestésicos adicionados ao fluxo de gás. Algumas AUTORIDADES COMPETENTES requerem avaliação destes RISCOS como parte da avaliação biológica. Este documento foi preparado para abordar os princípios essenciais pertinentes de segurança e de desempenho, conforme indicado no Anexo B.

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Qual deve ser a seleção de ensaios para a avaliação biológica?

Qual seria um fluxograma do PROCESSO para determinar quais ensaios serão considerados?

Qual seria uma concentração permitida a partir da EXPOSIÇÃO TOLERÁVEL?

Qual seria o limite permitido para PRODUTOS PARA A SAÚDE destinados à utilização de exposição limitada (≤24 h)?

Este documento representa a aplicação da ciência mais bem conhecida, de modo a aprimorar a segurança do PACIENTE, tratando-se do RISCO de substâncias potencialmente perigosas sendo transportadas ao PACIENTE pelo fluxo de gás. Este documento é destinado a abranger a avaliação biológica de VIAS DE GÁS de PRODUTOS PARA A SAÚDE dentro de um PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCO, como parte da avaliação e desenvolvimento geral de PRODUTO PARA A SAÚDE. Esta abordagem combina a revisão e a avaliação dos dados existentes de todas as fontes e, quando necessário, com a seleção e a aplicação de ensaios adicionais.

Em geral, a série ISO 10993 é destinada a cobrir a avaliação biológica de PRODUTOS PARA A SAÚDE. Entretanto, a série ISO 10993 não trata suficientemente a avaliação biológica de VIAS DE GÁS de PRODUTOS PARA A SAÚDE. Antes de este documento ser desenvolvido, certas AUTORIDADES COMPETENTES interpretaram a NBR ISO 10993-1:2013, Tabela A.1, de modo a significar que materiais na VIA DE GÁS formam contato indireto com o PACIENTE, e convém que sejam submetidos aos ensaios equivalentes àqueles requisitados para partes de contato de tecido de PRODUTOS PARA A SAÚDE.

Esta interpretação pode levar a ensaios com benefício questionável e também que possíveis PERIGOS não sejam detectados. A NBR ISO 10993-1:2013 afirma que não é destinada a fornecer um conjunto rígido de métodos de ensaio, uma vez que isto pode resultar em uma limitação desnecessária de desenvolvimento e de utilização de novos PRODUTOS PARA A SAÚDE. A NBR ISO 10993-1:2013 também afirma que onde uma determinada aplicação serve de garantia disso, especialistas dos produtos ou da área de aplicação em questão podem escolher estabelecer ensaios e critérios específicos, descritos em uma norma vertical específica do produto.

Esta nova série de normas é destinada a tratar das necessidades específicas para a avaliação de VIAS DE GÁS que não são adequadamente cobertas pela NBR ISO 10993-1:2013. Este documento fornece um guia para o desenvolvimento de um plano de avaliação biológica que minimiza o número e a exposição de ensaios de animais por meio da preferência ao ensaio de constituinte químico e em modelos in vitro. A versão inicial desta série de normas foi destinada a abranger apenas as substâncias encontradas frequentemente que são potencialmente danosas.

Considerou-se que era melhor obter um documento funcional publicado que faria o ensaio de grande parte das substâncias de interesse atualmente conhecidas. Com a utilização da abordagem LPT (LIMIAR DE PREOCUPAÇÃO TOXICOLÓGICA), este documento tem o potencial de ser utilizado para avaliar a segurança de essencialmente qualquer composto liberado de VIAS DE GÁS de PRODUTOS PARA A SAÚDE respiratórios, com pouquíssimas exceções (por exemplo, BCP, dioxinas), e não apenas as substâncias potencialmente danosas encontradas comumente.

Emendas posteriores e partes adicionais estão planejadas para explicitamente abranger substâncias menos comuns. Neste documento, os seguintes tipos de fonte são utilizados: requisitos e definições: letra vertical; especificações de ensaio: em itálico; material informativo que aparece fora de tabelas, como notas, exemplos e referências: em letra menor. Texto normativo de tabelas também está em letra menor; termos definidos na Seção 3 deste DOCUMENTO ou como observado: em versalete.

Neste documento, a conjunção “ou” é utilizada como “ou inclusivo”, de modo que a afirmação é verdadeira se qualquer combinação das condições for verdadeira. As formas verbais utilizadas neste documento estão em conformidade com a utilização descrita na ABNT DIRETIVA 3, 4.4. Para os efeitos deste documento, o verbo auxiliar: “deve” significa que a conformidade com um requisito ou com um ensaio é obrigatória para conformidade com este documento; “convém que” significa que a conformidade com um requisito ou com um ensaio é recomendada, mas não obrigatória para conformidade com este documento; “pode” é utilizado para descrever uma forma permitida de obter conformidade com um requisito ou ensaio.

Um asterisco (*) como o primeiro caractere de um título, ou no começo de um parágrafo ou no título de uma tabela, indica que há orientação ou justificativa relacionada àquele item no Anexo A. Chama-se atenção dos Organismos Membros para o fato de que os fabricantes de equipamentos e organizações de ensaio podem precisar de um período de transição após a publicação de uma nova publicação ABNT, com emendas ou revisada, dentro da qual fazer produtos de acordo com os novos requisitos e para se equipar para conduzir ensaios novos ou revisados. É recomendação do Comitê que o conteúdo desta publicação seja adotado para implementação nacional não antes de três anos a partir de dados de publicação para equipamentos recentemente projetados e não antes de cinco anos a partir de dados de publicação para equipamentos já em produção.

A avaliação de BIOCOMPATIBILIDADE de qualquer material ou de PRODUTO PARA A SAÚDE, parte ou ACESSÓRIO destinado à utilização com PACIENTES deve formar parte de um programa de avaliação de BIOCOMPATIBILIDADE estruturado dentro de um PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RISCO. A avaliação de BIOCOMPATIBILIDADE deve ser planejada, realizada e documentada por profissionais bem informados e com experiência. A figura abaixo ilustra este PROCESSO. O programa de avaliação deve incluir decisões informadas, documentadas, que avaliem as vantagens/desvantagens e a pertinência de: características físicas e químicas dos materiais candidatos variados sobre a VIDA ÚTIL ESPERADA do PRODUTO PARA A SAÚDE. Quando estas informações já estiverem documentadas no ARQUIVO DE GERENCIAMENTO DE RISCO para o PRODUTO PARA A SAÚDE, elas podem ser incluídas por referência.

A avaliação deve incluir qualquer histórico de dados de exposição humana; e qualquer toxicologia existente e outros dados de segurança de BIOCOMPATIBILIDADE sobre o produto e materiais componentes, produtos de decomposição e metabólitos. Convém que todos os PRODUTOS PARA A SAÚDE sejam avaliados para BIOCOMPATIBILIDADE, mas a avaliação não necessariamente implica submeter tudo a ensaio. Dependendo da FORMULAÇÃO final, da fabricação ou aplicação, uma avaliação pode resultar na conclusão de que nenhum ensaio ou nenhum ensaio adicional é necessário.

EXEMPLO: o PRODUTO PARA A SAÚDE tem uma similaridade demonstrável em uma função especificada e em uma forma física, tem FORMULAÇÃO idêntica, não contém nenhuma substância química adicional e utiliza os mesmos PROCESSOS de fabricação, de modo que é equivalente a uma parte do PRODUTO PARA A SAÚDE ou a um ACESSÓRIO que já tenha sido avaliado. Verificar conformidade por inspeção do plano de GERENCIAMENTO DE RISCO e do ARQUIVO DE GERENCIAMENTO DE RISCO.

Os ensaios descritos neste documento são ENSAIOS DE TIPO. ENSAIOS DE TIPO são realizados sobre o PRODUTO PARA A SAÚDE final, um componente do PRODUTO PARA A SAÚDE ou uma amostra representativa do PRODUTO PARA A SAÚDE, parte ou ACESSÓRIO sendo avaliado. Se amostras representativas forem utilizadas (ou seja, fabricadas ou processadas por métodos equivalentes), convém considerar se as diferenças entre a amostra representativa e o PRODUTO PARA A SAÚDE final ou componente poderiam ou não afetar os resultados do ensaio.

Convém que o ensaio de amostras representativas (fabricadas ou processadas por métodos equivalentes), em vez do PRODUTO PARA A SAÚDE final, seja corroborado por uma descrição de quaisquer diferenças entre a amostra representativa e o PRODUTO PARA A SAÚDE final, e uma justificativa detalhada do motivo pelo qual não se espera que cada diferença impacte a BIOCOMPATIBILIDADE do PRODUTO PARA A SAÚDE final. Algumas AUTORIDADES COMPETENTES avaliam estas diferenças e justificativas. Identificar todos os possíveis PERIGOS relacionados à BIOCOMPATIBILIDADE que podem chegar ao PACIENTE por meio das VIAS DE GÁS durante a utilização do PRODUTO PARA A SAÚDE.

Todos os possíveis PERIGOS relacionados à BIOCOMPATIBILIDADE conhecidos devem ser levados em consideração para cada material e para o PRODUTO PARA A SAÚDE final, parte ou ACESSÓRIO. Isto não implica que o ensaio para todos os PERIGOS possíveis seja necessário ou praticável. A NBR ISO 10993-1:2013, Seção 5 e Seção 6, apresenta requisitos adicionais para tipos adicionais e para durações de exposição do PACIENTE. EXEMPLO: para o PRODUTO PARA A SAÚDE (como uma máscara) que tem contato direto com o PACIENTE em adição ao contato com a VIA DE GÁS, uma avaliação da conformidade com as NBR ISO 18562‑1 e NBR ISO 10993‑1 pode ser requerida. Na seleção dos materiais a serem utilizados na fabricação de VIA DE GÁS, convém que a primeira consideração seja a adequação à finalidade em relação às características e às propriedades dos materiais, o que inclui as propriedades físicas, mecânicas, químicas e toxicológicas.

Convém que os materiais utilizados para fabricação dos componentes nas VIAS DE GÁS sejam adequados para a UTILIZAÇÃO DESTINADA e utilizem materiais com histórico demonstrável de utilização segura na aplicação destinada ou comparável, sempre que possível. O seguinte deve ser levado em consideração por sua relevância na avaliação biológica geral da VIA DE GÁS: material (is) de fabricação; aditivos destinados, contaminantes e resíduos de PROCESSO; substâncias liberadas na UTILIZAÇÃO NORMAL; produtos de degradação a partir da UTILIZAÇÃO NORMAL, que podem passar para o PACIENTE por meio das VIAS DE GÁS. A ISO 10993‑9 contém requisitos para os princípios gerais e as ISO 10993‑13, ISO 10993‑14 e NBR ISO 10993-15 contêm requisitos para produtos de degradação de polímeros, cerâmicas e metais, respectivamente.

Se ensaio para degradação usar apenas calor seco, então não há necessidade de aplicar as ISO 10993‑13, a ISO 10993‑14 e a NBR ISO 10993-15. A UTILIZAÇÃO NORMAL pode incluir utilização com gás de respiração aquecido e umidificado. Ensaios são realizados com a configuração de “pior cenário”. Isto pode significar ensaio de média com e sem calor e sem umidificação para estabelecer o pior cenário. Pode-se acrescentar que outros componentes e suas interações no PRODUTO PARA A SAÚDE final, parte ou ACESSÓRIO; o desempenho e características do PRODUTO PARA A SAÚDE final, parte ou ACESSÓRIO; as caraterísticas físicas do PRODUTO PARA A SAÚDE, parte ou ACESSÓRIO, incluindo, sem se limitar a estes: porosidade, tamanho e formato de partícula; e os efeitos de quaisquer etapas de processamento higiênico requerido antes da utilização ou da reutilização, se aplicável.

Verificar a conformidade por inspeção do plano de GERENCIAMENTO DE RISCO e do ARQUIVO DE GERENCIAMENTO DE RISCO. Para uma extensão da DETERMINAÇÃO DE RISCO, uma análise deve ser realizada sobre os PERIGOS identificados em 4.3, e deve ser determinado o RISCO que o PERIGO representa ao PACIENTE. Os resultados devem ser documentados. A NBR ISO 10993-1:2013, Figura 1, é uma representação gráfica do PROCESSO DE DETERMINAÇÃO DE RISCO. O rigor necessário da avaliação biológica é principalmente determinado pela duração e frequência de exposição e dos PERIGOS identificados para o PRODUTO PARA A SAÚDE.

As informações necessárias para corroborar a avaliação biológica, incluindo qualquer dado de ensaio, devem levar em consideração as características químicas e físicas dos materiais, a natureza eletromecânica do PRODUTO PARA A SAÚDE, bem como a frequência, duração e condições de exposição do PACIENTE ao gás a partir da VIA DE GÁS Isto permite a categorização de utilizações para facilitar a seleção de ensaios apropriados, se requerido. A NBR ISO 10993-1:2013, Seção 5, contém requisitos adicionais.

Para o plano de avaliação de BIOCOMPATIBILIDADE, tendo identificado os possíveis PERIGOS DE BIOCOMPATIBILIDADE e determinado os RISCOS que estes podem representar ao PACIENTE, para a sua criação deve-se detalhar o que é atualmente conhecido sobre a FORMULAÇÃO do material, aditivos e PROCESSOS auxiliares utilizados na fabricação das VIAS DE GÁS do PRODUTO PARA A SAÚDE e, portanto, deve identificar lacunas no conhecimento que podem ser preenchidos por trabalhos adicionais. Se um PERIGO em potencial for identificado, mas se puder demonstrar que o RISCO que representa ao PACIENTE é desprezível (por exemplo, a dose que PACIENTE recebe é menor do que a EXPOSIÇÃO TOLERÁVEL), então nenhum trabalho adicional sobre o PERIGO é requerido. A decisão deve ser documentada.

Se um PERIGO em potencial foi identificado, mas o RISCO que representa ao PACIENTE não for desprezível, ou o RISCO for desconhecido, então trabalhos adicionais para caracterizar ou atenuar o PERIGO são requeridos. Esta etapa pode envolver referências aos PRODUTOS PARA A SAÚDE prévios e similares e aos métodos de fabricação, acesso às informações confiáveis no domínio público ou realização de ensaios para coleta dos dados. Convém que todos os PRODUTOS PARA A SAÚDE sejam avaliados para BIOCOMPATIBILIDADE, mas a avaliação não necessariamente implica em ensaio.

Dependendo da FORMULAÇÃO final, fabricação ou aplicação, uma avaliação pode resultar na conclusão de que nenhum ensaio ou nenhum ensaio adicional é necessário. EXEMPLO: o PRODUTO PARA A SAÚDE tem uma similaridade demonstrável em uma função especificada e em uma forma física, tem FORMULAÇÃO idêntica, não contém substância química adicional e utiliza os mesmos PROCESSOS de fabricação, de modo que é equivalente a uma parte do PRODUTO PARA A SAÚDE, ou a um ACESSÓRIO que já tenha sido avaliado.

Para reduzir o ensaio em animais para VIA DE GÁS que pode ter líquidos de contato, deve ser realizada identificação de constituintes químicos de materiais e a consideração de caracterização química, e apenas se os resultados demonstrarem a presença de substâncias para as quais não existem dados toxicológicos suficientes para permitir a DETERMINAÇÃO DE RISCO, convém que qualquer ensaio biológico seja considerado. Certos efeitos locais, incluindo citotoxicidade, irritação e sensibilização, podem não ser avaliados adequadamente utilizando abordagem de caracterização química/DETERMINAÇÃO DE RISCO.

Como resultado, pode ser necessário a condução de ensaio biológico para avaliar estes pontos finais. Efeitos sistêmicos, incluindo toxicidade aguda, subaguda, crônica ou subcrônica, toxicidade de reprodução e de desenvolvimento, genotoxicidade e carcinogenicidade, podem frequentemente ser avaliados utilizando uma abordagem de caracterização química/DETERMINAÇÃO DE RISCO. Uma avaliação de MATÉRIA PARTICULADA deve ser incluída na avaliação de BIOCOMPATIBILIDADE. Resultados de ensaio não estão aptos a garantir isenção de potenciais PERIGOS BIOLÓGICOS.

Deste modo, investigações biológicas devem ser seguidas por observações criteriosas para reações adversas inesperadas ou para eventos em humanos durante a utilização do PRODUTO PARA A SAÚDE final, parte ou ACESSÓRIO. A gama de possíveis PERIGOS biológicos é ampla e pode incluir efeitos de curto prazo, bem como de longo prazo ou de efeitos tóxicos específicos.

A avaliação biológica de uma VIA DE GÁS deve levar em consideração a natureza e a mobilidade dos constituintes dos materiais utilizados para a fabricação do PRODUTO PARA A SAÚDE, parte ou ACESSÓRIO, e outras informações, outros ensaios não clínicos, estudos clínicos e experiência pós-venda para uma avaliação geral. Esta série não trata atualmente de PERIGOS DE BIOCOMPATIBILIDADE associados às substâncias sendo adicionadas ao fluxo de gás de respiração. Entretanto, quando aplicável, algumas AUTORIDADES COMPETENTES requerem que o FABRICANTE avalie o seguinte: compostos orgânicos semivoláteis e Compostos Orgânicos Muito Voláteis (COMVs); ozônio para VIAS DE GÁS em contato com partes eletromecânicas ou eletrostáticas ativas em CONDIÇÃO NORMAL; CO e CO2 para VIAS DE GÁS em que gases inorgânicos são gerados ou concentrados; PERCOLÁVEIS para VIAS DE GÁS em contato com agentes anestésicos em que o gás pode ser inspirado em CONDIÇÃO NORMAL; PERCOLÁVEIS para VIAS DE GÁS em contato com substâncias destinadas a serem liberadas por meio do trato respiratório (por exemplo, drogas de inalação).

A governança de dados em tecnologia da informação (TI)

Sobre a governança de dados é importante fornecer orientação para uma comunidade mais ampla, incluindo: gerentes executivos, empresas externas ou especialistas técnicos, como especialistas em direito ou contabilidade, associações de retalhistas ou industriais ou organismos profissionais, provedores de serviços internos e externos (incluindo consultores), e auditores.

A NBR ISO/IEC 38505-1 de 01/2020 – Tecnologia da Informação — Governança da TI – Parte 1: Aplicação da ABNT NBR ISO/IEC 38500 à governança de dados fornece princípios orientadores para os membros de estruturas de governança de organizações (que podem incluir proprietários, diretores, parceiros, gerentes executivos ou similares) sobre o uso eficaz, eficiente e aceitável de dados em suas organizações, por meio de: aplicação dos princípios e modelo de governança da NBR ISO/IEC 38500 à governança de dados, asseguramento às partes interessadas de que, se os princípios e práticas propostas por este documento forem seguidos, eles podem confiar na governança de dados da organização, informação e orientação às estruturas de governança sobre o uso e proteção de dados em sua organização, e estabelecimento de um vocabulário para a governança de dados.

Este documento também pode fornecer orientação para uma comunidade mais ampla, incluindo: gerentes executivos, empresas externas ou especialistas técnicos, como especialistas em direito ou contabilidade, associações de retalhistas ou industriais ou organismos profissionais, provedores de serviços internos e externos (incluindo consultores), e auditores. Embora este documento analise a governança de dados e o seu uso em uma organização, a orientação sobre o arranjo de implementação para a governança efetiva da TI em geral é encontrada na ISO/IEC TS 38501. Os construtos na ISO/IEC TS 38501 podem ajudar a identificar os fatores internos e externos relacionados à governança da TI e ajudar a determinar os resultados benéficos e identificar evidências de sucesso.

Este documento se aplica à governança do uso atual e futuro dos dados que são criados, coletados, armazenados ou controlados por sistemas de TI, e afeta os processos de gestão e as decisões relacionadas aos dados. Este documento define a governança de dados como um subconjunto ou domínio da governança da TI, que em si é um subconjunto ou domínio organizacional ou, no caso de uma corporação, governança corporativa. Este documento é aplicável a todas as organizações, incluindo empresas públicas e privadas, entidades governamentais e organizações sem fins lucrativos. Este documento é aplicável às organizações de todos os tamanhos, das menores às maiores, independentemente da extensão e da sua dependência dos dados.

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Quais são os princípios, modelo e aspectos para uma boa governança de dados?

Como pode ser descrita a atividade armazenar?

Como pode ser descrita a atividade distribuir?

Quais as orientações para a governança de dados ‒ princípios?

O objetivo deste documento é fornecer princípios, definições e um modelo para as estruturas de governança usarem ao avaliar, dirigir e monitorar o manuseio e o uso de dados em suas organizações. Este documento é uma norma orientativa de alto nível, com base em princípios. Além de fornecer uma ampla orientação sobre a função da estrutura de governança, incentiva as organizações a usarem normas apropriadas para sustentar a sua governança de dados.

Todas as organizações usam dados e a maior parte desses dados é armazenada eletronicamente nos sistemas de TI. Com o advento da computação em nuvem, a realização do potencial da internet das coisas e o uso crescente de análises de big data, os dados estão se tornando mais fáceis de gerar, coletar, armazenar e extrair para obter informações úteis. Essa enxurrada de dados traz uma necessidade urgente e responsabilidade para as estruturas de governança assegurarem que oportunidades valiosas sejam aproveitadas e que dados confidenciais estejam seguros e protegidos.

Este documento foi preparado para fornecer diretrizes aos membros das estruturas de governança para aplicar uma abordagem baseada em princípios à governança de dados, de modo a aumentar o valor dos dados e, ao mesmo tempo, diminuir os riscos associados a esses dados.

A NBR ISO/IEC 38500 fornece princípios e modelos para as estruturas de governança das organizações orientarem o uso atual e planejarem o uso futuro da tecnologia da informação (TI), e é para esse fim que esse documento se aplica. Assim como na NBR ISO/IEC 38500, este documento é dirigido principalmente à estrutura de governança de uma organização e será aplicado igualmente, independentemente do tamanho da organização ou de sua indústria ou setor.

A governança é distinta da gestão e, portanto, há a preocupação em avaliar, dirigir e monitorar o uso de dados, em vez da mecânica de armazenar, recuperar ou gerenciar os dados. Dito isto, um entendimento de algumas técnicas e técnicas de gerenciamento de dados é descrito para enunciar as possíveis estratégias e políticas que podem ser direcionadas pela estrutura de governança.

A boa governança de dados auxilia as estruturas de governança para assegurar que o uso de dados em toda a organização contribua positivamente com o desempenho da organização por meio de: inovação em serviços, mercados e negócios; implementação e operação apropriadas dos ativos de dados; clareza de responsabilidade e responsabilização pela proteção e pelo potencial para agregar valor; e minimização de consequências adversas ou não intencionais. Convém que as organizações com boa governança de dados sejam: organizações confiáveis para os proprietários de dados e usuários de dados fazerem transações; capazes de fornecer dados confiáveis para compartilhamento; protetoras da propriedade intelectual e outros valores derivados dos dados; organizações com políticas e práticas para dissuadir hackers e atividades fraudulentas; preparadas para minimizar o impacto das violações de dados; cientes de quando e como os dados podem ser reutilizados; capazes de demonstrar boas práticas no manuseio dos dados.

Este documento estabelece princípios para o uso eficaz, eficiente e aceitável de dados. As estruturas de governança, ao assegurar que suas organizações sigam esses princípios, serão auxiliadas na gestão de riscos e no incentivo à exploração de oportunidades decorrentes do manuseio seguro e da interpretação precisa da qualidade dos dados. A boa governança dos dados também ajuda as estruturas de governança a garantirem a conformidade com as obrigações (regulatórias, legislativas, contratuais) referentes ao uso e tratamento aceitáveis dos dados.

Este documento estabelece um modelo para a governança de dados. O risco de as estruturas de governança não cumprirem suas obrigações é mitigado, dando a devida atenção ao modelo, aplicando adequadamente os princípios. A provisão inadequada da governança de dados pode expor uma organização a vários riscos, incluindo: penalidades pelo descumprimento da legislação, especialmente legislação relacionada às medidas de privacidade exigidas; perda de confidencialidade dos dados da empresa, por exemplo, receitas ou especificações de projeto; perda de confiança das partes interessadas, incluindo parceiros comerciais, clientes e público; incapacidade de realizar funções organizacionais críticas devido à falta de dados confiáveis ou pertinentes para os negócios; aumento da concorrência por meio do uso estratégico de dados pelos concorrentes.

As estruturas de governança podem ser responsabilizadas por: violações de privacidade, spam, saúde e segurança, legislação e regulamentos de manutenção de registros; não conformidade com normas obrigatórias relativas à segurança e responsabilidade social; questões relacionadas aos direitos de propriedade intelectual. Os membros da estrutura de governança são responsáveis pela governança dos dados e são responsáveis pelo uso eficaz, eficiente e aceitável dos dados pela organização.

A autoridade, a responsabilidade e a responsabilização da estrutura de governança pelo uso efetivo, eficiente e aceitável de dados surgem de sua responsabilidade geral pela governança da organização e de suas obrigações com as partes interessadas externas, incluindo os reguladores. O foco principal do papel da estrutura de governança de dados é assegurar que a organização obtenha valor dos investimentos em dados e TI associado, enquanto gerencia os riscos e leva em consideração as restrições.

Além disso, convém que a estrutura de governança assegure que haja um entendimento claro de quais dados estão sendo usados pela organização e com que finalidade, e que exista um sistema de gestão eficaz para assegurar que as obrigações, como proteção de dados, privacidade e respeito para propriedade intelectual, possam ser cumpridas. Convém que a estrutura de governança estabeleça mecanismos de supervisão para a governança de dados que sejam apropriados ao nível de dependência do negócio em relação aos dados.

Convém que a estrutura de governança tenha uma compreensão clara da importância dos dados para as estratégias de negócios da organização, bem como o potencial risco estratégico para a organização do uso destes dados. Convém que o nível de atenção que uma estrutura de governança dá aos dados seja baseado nestes fatores. Convém que a estrutura de governança assegure que seus membros e mecanismos de governança associados (como auditoria, gestão de riscos e comitês relacionados), bem como gerentes, tenham o conhecimento e a compreensão necessários sobre a importância dos dados.

A estrutura de governança pode estabelecer um subcomitê para ajudar a estrutura de governança a supervisionar o uso de dados da organização do ponto de vista estratégico. A necessidade de um subcomitê depende da importância dos dados para a organização e seu tamanho. Convém que a estrutura de governança assegure que um framework apropriado de governança seja estabelecido para a governança e gestão dos dados.

Convém que a estrutura de governança monitore a eficácia dos mecanismos de governança e gestão dos dados, requerendo processos como auditorias e avaliações independentes para obter a garantia de que a governança seja eficaz. Os aspectos específicos da governança de dados que são introduzidos neste documento são os descritos a seguir.

– Valor: os dados são a matéria-prima para o conhecimento útil. Alguns dados podem não ser muito valiosos, enquanto outros dados são extremamente valiosos para a organização. No entanto, este valor não é conhecido até que seja usado pela organização e, portanto, todos os dados são de interesse da estrutura de governança, que, em última análise, é responsável por eles. O termo valor, neste caso, também inclui a qualidade e a quantidade dos dados, sua atualidade, o contexto (que é o dado em si) e o custo de seu armazenamento, manutenção, uso e descarte.

– Risco: diferentes classes de dados trazem diferentes níveis de risco, e convém que a estrutura de governança entenda os riscos dos dados e como direcionar os gerentes para gerenciar esses riscos. Os riscos não se manifestam apenas em violações de dados, mas também no mau uso dos dados, bem como nos riscos competitivos envolvidos em não utilizar adequadamente os dados.

– Restrições: A maioria dos dados vem com restrições em seu uso. Algumas delas são impostas externamente à organização por meio de legislação, regulamentação ou obrigações contratuais, e incluem questões de privacidade, direitos autorais, interesses comerciais e assim por diante. Outras restrições sobre os dados incluem obrigações éticas ou sociais ou políticas organizacionais que restringem o uso dos dados. Estratégias e políticas são requeridas para explicar estas restrições em qualquer uso dos dados pela organização.

Os dados e o seu uso pelas organizações estão se tornando cada vez mais importantes para todas as organizações e suas partes interessadas. Ao aplicar os princípios, modelos e aspectos específicos da governança de dados descritos neste documento, convém que as estruturas de governança sejam capazes de realizar ações que maximizem seus investimentos em uso de dados, gerenciem os riscos envolvidos e forneçam boa governança para a sua organização.

A figura acima mostra as áreas de responsabilização de dados dentro de uma organização. Os elementos do mapa são descritos abaixo. Para qualquer organização e para qualquer tipo de negócio, o mapa identifica os tópicos que são de interesse sob uma perspectiva de governança. Embora os processos e implementações reais sejam de responsabilidade do gerenciamento, as linhas indicam tanto o fluxo de dados quanto o mecanismo de bloqueio, onde é necessário assegurar que as políticas e estratégias de governança estejam implementadas e que as responsabilizações sejam atendidas.

Os aspectos específicos de dados da governança no contexto destas responsabilizações são discutidos em mais detalhes na Seção 9. O foco deste documento é a governança dos dados, e convém que não seja confundido com a gestão de dados. Considerando que a estrutura de governança está preocupada com a aplicação dos princípios de governança, conforme descrito na Seção 7, o campo da gestão de dados tem métodos bem definidos para o processamento dos dados, bem como mecanismos para garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade desses dados. Um exemplo de ciclo de vida de gestão de dados é mostrado na figura abaixo

A atividade coletar inclui o processo de aquisição, coleta e criação de dados, aprendendo com decisões anteriores tomadas e contextos adicionais extraídos de outros conjuntos de dados (internos ou externos). Os dados existem em muitas formas e podem ser criados e coletados para uso pela organização de várias maneiras diferentes, incluindo os seguintes aspectos descritos a seguir.

— Entrada de dados: a entrada de dados é obtida usando aplicativos dentro da organização [por exemplo, em um sistema ERP (Enterprise Resource Planning) ou aplicativo de e-mail] ou externamente por meio de um site, aplicativo móvel ou aplicativo similar.

— Transações de outros sistemas: a entrada de dados ou a atualização feita em outros sistemas pode fluir para o sistema da organização por meio do EDI (Electronic Data Interchange) ou outros processos de interface.

— Sensores: uma quantidade crescente de dados é ingerida na organização por meio de sistemas de máquinas, como sensores. Os sensores abrangem uma ampla variedade de dispositivos de aquisição de dados, incluindo registros de sites, fontes de mídias sociais e dispositivos de internet das coisas os quais incluem dispositivos do dia a dia, desde simples sensores de temperatura até TV, carros, semáforos e edifícios. Os dados dos sensores também podem incluir sinais potencialmente urgentes, como alertas e alarmes.

— Novo contexto: os dados dos relatórios podem ser combinados com outros dados para fornecer informações adicionais, que , por sua vez, retornam à organização. Em muitos casos, estes dados adicionais fornecem um novo contexto aos dados originais e podem precisar ser tratados de maneira diferente dos dados originais. Novos dados contextuais podem vir de decisões que podem dar relevância ou valor aos dados existentes.

— Assinatura: os dados podem se tornar disponíveis para a organização por meio de uma assinatura de um feed de dados ou de um armazenamento de dados virtual.