A segurança ambiental em sistemas de refrigeração e bombas de calor

Saiba quais são as especificações para os aspectos de segurança e ambientais em relação à operação, manutenção e reparo de sistemas de refrigeração, recolhimento, reutilização e descarte de todos os tipos de fluidos refrigerante, óleo lubrificante, fluido de transferência de calor, sistema de refrigeração e parte deles.

A NBR ISO 5149-4 de 11/2020 – Sistemas de refrigeração e bombas de calor – Segurança e requisitos ambientais – Parte 4: Operação, manutenção, reparo e regeneração especifica os requisitos para aspectos de segurança e ambientais em relação à operação, manutenção e reparo de sistemas de refrigeração, recolhimento, reutilização e descarte de todos os tipos de fluidos refrigerante, óleo lubrificante, fluido de transferência de calor, sistema de refrigeração e parte deles. Estes requisitos destinam-se a minimizar os riscos de ferimentos a pessoas e de danos à propriedade e ao meio ambiente, resultantes do manuseio inadequado dos fluidos refrigerantes ou de contaminantes que levem à quebra do sistema e à consequente emissão do fluido refrigerante. As subseções 4.1.1, 4.1.2, 4.3, 5.1.1 a 5.1.4, 5.2, 5.3.1, 5.3.3 e 6.6 desta Parte da NBR ISO 5149 não são aplicáveis aos sistemas unitários com cabo de alimentação sendo produzidos e selados na fábrica e em conformidade com as séries IEC 60335.

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Qual seria um fluxograma do fluido refrigerante recolhido?

Quais os ensaios para reutilização de fluidos refrigerantes halocarbonos?

Quais são os requisitos para equipamentos e procedimentos de recolhimento e reciclagem do fluido refrigerante?

O que é um recipiente de fluido refrigerante?

Quais são os requisitos para equipamentos de recolhimento de fluidos refrigerantes/óleo do sistema?

Deve-se tomar cuidado para garantir que o profissional encarregado da operação, supervisão e manutenção do sistema de refrigeração seja adequadamente instruído e capacitado em relação às suas tarefas. O instalador do sistema de refrigeração deve chamar a atenção para a necessidade de instruções adequadas do profissional de operação e supervisão. Os requisitos típicos de inspeção em serviço são mostrados no Anexo D.

O profissional encarregado do sistema de refrigeração deve ter conhecimento e experiência no modo de funcionamento, operação e monitoramento diário desse sistema. A mistura de diferentes fluidos refrigerantes dentro de um sistema não pode ser permitida sob circunstância alguma. A mudança do tipo de fluido refrigerante deve estar de acordo com o item mudança do tipo de fluido refrigerante nessa norma.

Antes de um novo sistema de refrigeração ser colocado em serviço, o responsável por colocar o sistema em operação deve garantir que o profissional operacional seja instruído com base no manual de instruções sobre a instalação, supervisão, operação e manutenção do sistema de refrigeração, bem como conforme as medidas de segurança a serem observadas e as propriedades e manuseio do fluido refrigerante usado. Recomenda-se que o profissional de operação esteja presente durante os processos de vácuo, carga de fluido refrigerante e ajuste do sistema de refrigeração, bem como durante a montagem no local.

A parte interessada deve manter um registro de operação do sistema de refrigeração. No registro de operação as seguintes informações devem ser registradas: os detalhes de todos os trabalhos de manutenção e reparo; a quantidade e tipo de fluido refrigerante (novo, reutilizado ou reciclado) que foram carregados em cada ocasião e as quantidades de fluido refrigerante que foram transferidas do sistema em cada ocasião (ver também 6.6); a análise química de qualquer fluido refrigerante reutilizado, se disponível, cujos resultados também devem ser mantidos no registro de operação; a origem do fluido refrigerante reutilizado; as mudanças e as substituições de componentes do sistema; os resultados de todos os ensaios periódicos de rotina; e o registro de períodos significativos de parada.

O registro de operação deve ser mantido na sala de máquinas ou os dados devem ser armazenados em um computador da parte interessada, com uma impressão em papel na sala de máquinas; neste caso, as informações devem estar acessíveis ao profissional capacitado durante a manutenção ou ensaio. Cada sistema de refrigeração deve ser submetido à manutenção preventiva de acordo com o manual de instruções (ver NBR ISO 5149-2).

A frequência desta manutenção depende do tipo, tamanho, idade, uso etc. do sistema. Em muitos casos, é necessário mais de um serviço de manutenção no decorrer de um ano, de acordo com os requisitos legais. O profissional responsável pelo sistema de refrigeração deve garantir que o sistema seja inspecionado, supervisionado e mantido regularmente.

Quando o fluido refrigerante empregado for reciclado, o profissional habilitado ou a empresa capacitada, deve informar ao seu cliente ou o seu representante, a sua origem, o resultado dos ensaios ou, se necessário, da análise. A manutenção regular que não inclua interferência nem ajuste no sistema de refrigeração e que não exija conhecimento especializado algum em engenharia de refrigeração deve ser realizada por uma pessoa com a competência apropriada empregada pelo profissional responsável.

A manutenção deve ser realizada de forma que: os acidentes com pessoal sejam evitados; os danos às mercadorias sejam evitados; os componentes do sistema permaneçam em boas condições de funcionamento; o objetivo e a disponibilidade do sistema sejam mantidos; os vazamentos de fluido refrigerante ou óleo sejam identificados e remediados; o desperdício de energia seja minimizado. A extensão e o cronograma da manutenção devem ser totalmente descritos no manual de instruções (ver NBR ISO 5149-2).

Se a linha de descarga de um dispositivo de alívio de pressão estiver conectada a uma linha de descarga comum e a válvula for desmontada temporariamente por razões de ensaio e manutenção, as extremidades de conexão das extremidades restantes que entram no coletor de descarga comum devem ser bloqueadas. Quando um sistema secundário de refrigeração ou aquecimento é usado, o meio de transferência de calor deve ser inspecionado periodicamente, de acordo com as instruções do fabricante para a sua composição, e o sistema secundário deve ser ensaiado e inspecionado quanto à presença de fluido refrigerante do circuito primário.

Devem ser realizados ensaios regulares de vazamento, inspeções e verificações do equipamento de segurança (Ver Anexo D). Quando o óleo é drenado de um sistema de refrigeração, ele deve ser realizado com segurança, de acordo com o manual de instruções. É fornecido um procedimento no Anexo A. Os reparos nos componentes que contêm fluido refrigerante devem ser realizados na seguinte ordem, se aplicável: as instruções da equipe de manutenção; o esvaziamento, recolhimento e processos de vácuo; a desconexão e proteção dos componentes a serem reparados (por exemplo, conjunto de acionamento, vaso de pressão, tubulação); a limpeza e purga (por exemplo, com nitrogênio); a permissão para reparo; a realização do reparo; o ensaio e verificação do componente reparado (ensaio de pressão, vazamento e operacional) ver NBR ISO 5149-2; a substituição, realização do vácuo e recarregamento com fluido refrigerante.

Para soldar ou usar aparelhos que produzam arco e chama, são requeridas aprovações específicas do profissional e dos procedimentos de soldagem ou brasagem. Os vazamentos de refrigerante devem ser identificados e reparados o mais rápido possível por um profissional capacitado, e o sistema deve ser colocado em operação quando todos os vazamentos tiverem sido reparados.

Durante cada manutenção periódica e após cada reparo, conforme necessário, pelo menos as seguintes tarefas devem ser executadas: todos os dispositivos de segurança, controle e medição, bem como sistemas de alarme, devem ser verificados quanto à sua operacionalidade e se estão dentro do período de calibração; devem ser realizados ensaios de vazamento na parte reparada relevante do sistema de refrigeração ou de todo o sistema; e realizar o processo de vácuo e refazer o isolamento da parte reparada do sistema de refrigeração. A manutenção e reparo que exijam a assistência de outro profissional qualificado (como soldadores, eletricistas, especialistas em medição e controle) devem ser realizados sob a supervisão de um profissional habilitado.

A soldagem e a brasagem devem ser realizadas somente por profissional qualificado e somente após a seção ter sido purgada de acordo com um procedimento aprovado. As substituições de componentes ou alterações no sistema de refrigeração devem ser solicitadas e realizadas por um profissional habilitado ou por um centro de serviço de reparo autorizado para sistemas que não exijam manutenção periódica.

Depois que uma válvula de alívio de pressão, que descarrega para a atmosfera, for acionada, ela deve ser substituída se estiver vazando. No caso de uma alteração do tipo de fluido refrigerante usado no sistema de refrigeração, devem ser seguidas as etapas de planejamento e execução. Antes de alterar o tipo de fluido refrigerante, um plano deve ser preparado.

Deve-se incluir pelo menos as seguintes ações: verificar se o sistema de refrigeração e os componentes são adequados para a alteração do tipo de fluido refrigerante; examinar todos os materiais utilizados no sistema de refrigeração para garantir que sejam compatíveis com o novo tipo de fluido refrigerante; determinar se o tipo de óleo lubrificante existente é adequado para uso com o novo tipo de fluido refrigerante; verificar se a pressão permitida pelo sistema (PS) não pode ser excedida; verificar se a capacidade de descarga da válvula de alívio é adequada para o novo tipo de fluido refrigerante; verificar se as correntes do motor e do quadro elétrico são adequadas para o novo tipo de fluido refrigerante; verificar se o reservatório de líquido é suficientemente grande para a nova carga de fluido refrigerante; se o novo fluido refrigerante tiver uma classificação diferente, verificar se as consequências da alteração da classificação do fluido refrigerante são abordadas.

As orientações sobre a adequação do equipamento para a mudança do tipo de fluido refrigerante podem ser solicitadas ao fabricante original do equipamento, do novo fluido refrigerante e dos lubrificantes apropriados. Para a execução da mudança de tipo de fluido refrigerante, deve-se seguir as recomendações do fabricante do equipamento, do compressor, do fornecedor de fluido refrigerante ou aplicar o procedimento de acordo com o plano desenvolvido conforme o tem planejando a mudança do tipo de fluido refrigerante.

Deve-se registrar um conjunto completo de parâmetros operacionais do sistema para estabelecer o padrão de desempenho; reparar quaisquer problemas identificados; realizar uma verificação completa de vazamentos e identificar quaisquer juntas e vedações a serem substituídas; recuperar o fluido refrigerante original; drenar o óleo lubrificante; verificar se o óleo lubrificante está em boas condições. Caso contrário, remover o óleo lubrificante residual do sistema.

Deve-se, ainda, trocar as juntas, vedações, dispositivos de indicação e controle, filtros, filtros de óleo, filtros secadores e válvulas de alívio, conforme necessário; evacuar o sistema para pressão absoluta inferior a 132 Pa; carregar com óleo lubrificante; carregar com fluido refrigerante; ajustar os dispositivos de indicação e controle, incluindo modificações de software, se necessário; alterar todos os registros quanto ao tipo de fluido refrigerante utilizado, incluindo o registro de operação e a documentação no local; realizar uma verificação completa de vazamentos e reparar todas as juntas e vedações, conforme necessário; registrar um conjunto completo de parâmetros operacionais do sistema para comparar com o desempenho-padrão anterior.

O descarte de sistemas e peças de refrigeração deve ser realizado de acordo com os regulamentos nacionais. O recolhimento, reutilização, reciclagem, regeneração e descarte somente devem ser realizados por profissional habilitado. Ver figura abaixo para o relacionamento entre os processos.

Todas as partes dos sistemas de refrigeração, por exemplo, fluido refrigerante, óleo lubrificante, meio de transferência de calor, filtro, filtro secador e material de isolamento, devem ser recuperadas, reutilizadas e/ou descartadas adequadamente, de acordo com os regulamentos nacionais (ver 6.5). Todos os fluidos refrigerantes devem ser recolhidos para reutilização, reciclados ou regenerados para reutilização ou devem ser descartados adequadamente de acordo com os regulamentos nacionais.

A destruição de fluido refrigerante deve ser realizada em uma instalação certificada para destruição. O método de manuseio do fluido refrigerante deve ser estabelecido antes de ser removido do sistema de refrigeração ou do equipamento (ver também Anexo C). Esta decisão deve se basear em considerações, incluindo o histórico do sistema de refrigeração; o tipo e disposição do fluido refrigerante no sistema de refrigeração; o motivo para a remoção do fluido refrigerante no sistema de refrigeração; a condição do sistema de refrigeração ou do equipamento e se deve ou não retornar ao serviço.

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A instalação em conformidade dos aparelhos a gás

Conheça os parâmetros de projeto, construção, reforma, adequação e inspeção, para instalação de aparelhos a gás. Estabelece os requisitos de instalação de aparelhos a gás com pressão nominal não superior a 2,0 kPa para gás natural (GN) e 2,8 kPa para gás liquefeito de petróleo (GLP). 

A NBR 13103 de 08/2020 – Instalação de aparelhos a gás — Requisitos estabelece os requisitos de projeto, construção, reforma, adequação e inspeção, para instalação de aparelhos a gás. Estabelece os requisitos de instalação de aparelhos a gás com pressão nominal não superior a 2,0 kPa para gás natural (GN) e 2,8 kPa para gás liquefeito de petróleo (GLP). Estabelece requisitos de instalação para os seguintes aparelhos a gás: a) aparelho de cocção (domestic gas cooking appliance) (NBR 13723-1); aquecedor de água a gás tipo instantâneo (instantaneous water heater) (NBR 8130); aquecedor de água a gás tipo acumulação (storage water heater) (NBR 10542); aquecedor de ambiente domésticos não ligados à chaminé (space heaters not vented) (NBR 15203); secadora de roupa a gás (laundry/clothes dryers) (EN 1458, ANSI Z21.5.1 e ANSI Z21.5.2); lareira a gás (gas-fired room heaters/gas fireplaces vented) (ANSI Z21.11.2); aparelho a gás para preparação de refeições (gas food service equipment) (ANSI Z83.11); aquecedor de piscina (gas-fired pool heaters) (ANSI Z21.56); aquecedor radiante (gas-fired outdoor infrared patio heaters) (ANSI Z83.20); chama decorativa externa (outdoor decorative gas appliance) (ANSI Z21.97); aquecedor de ambiente ligados à chaminé (vented gas-fired space heating appliances (ANSI Z21.86).

Os requisitos de construção e ensaios dos aparelhos a gás listados são estabelecidos nas normas específicas indicadas e apresentadas na Bibliografia. Esta norma não se aplica a instalação de aparelhos a gás em ambientes móveis (por exemplo veículos, motor home, etc.). A não ser que seja especificado de outra forma por regulamentação legal, os requisitos desta norma não são aplicáveis aos projetos que já estejam concebidos e protocolados junto às autoridades competentes (prefeituras, corpo de bombeiros, concessionárias de distribuição de gás, entre outros) e às instalações que já existiam ou que tiveram as condições de ambiente e aparelhos a gás aprovados anteriormente à data de publicação desta norma.

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Quais devem ser os requisitos de proteção?

Quais são os requisitos para renovação de ar de ambientes?

Qual o volume bruto mínimo para ambientes que contenham aparelhos a gás do tipo A?

Quais os requisitos para o ambiente externo exclusivo para instalação de aparelhos (área técnica)?

A instalação dos aparelhos a gás deve considerar os seguintes aspectos: tipo do aparelho a gás (ver Anexo A); potência do aparelho a gás a ser instalado; volume do ambiente de instalação; área, tipo e condições de ventilação do ambiente de sua instalação; exaustão dos produtos da combustão; recomendações do fabricante do aparelho a gás. Recomenda-se que sejam mantidos disponíveis no local da instalação os seguintes documentos: especificação ou projeto do(s) sistema(s) que usa(m) gás combustível e indicação de responsabilidade técnica associada; lista de verificação de instalação e ensaio de funcionamento do(s) aparelho(s) a gás; indicação de responsabilidade técnica associada ao serviço de instalação do (s) aparelho (s) a gás; avaliação da conformidade da instalação do (s) aparelho (s) a gás. As características dos tipos de aparelhos a gás estão relacionadas na tabela abaixo.

A especificação ou projeto de sistemas que usam gás combustível, incluindo definição de tipo e dimensionamento de aparelhos a gás, dimensionamento de sistemas de exaustão e condições do ambiente de instalação, deve ser realizada por profissional habilitado. A verificação, ou eventual adequação, do ambiente de instalação de aparelhos a gás deve ser realizada por profissional qualificado, sob supervisão ou responsabilidade de profissional habilitado e/ou agente habilitado. A execução da instalação e o ensaio de funcionamento de aparelhos a gás devem ser realizados por profissional qualificado, sob supervisão ou responsabilidade de profissional habilitado e/ou agente habilitado.

Recomenda-se que os aparelhos a gás possuam sua conformidade atestada em relação aos requisitos de suas respectivas normas técnicas. Recomenda-se que o agente habilitado possua sua conformidade atestada em relação aos requisitos de qualidade, segurança e meio ambiente, bem como mão de obra empregada para a realização de cada tipo de serviço de instalação executado. Recomenda-se que sejam realizadas inspeções periódicas conforme a NBR 15923.

Os aparelhos a gás, cuja instalação é contemplada nesta norma, são classificados em função das suas características de combustão e de exaustão dos produtos da combustão. A designação dos aparelhos a gás é descrita no Anexo A. O tipo de aparelho a gás determina as características do ambiente onde ele será instalado, assim como os requisitos para exaustão dos gases de combustão. Os aparelhos a gás devem ser conforme as normas técnicas aplicáveis. Recomenda-se verificar a existência de sistemas de segurança intrínsecos (por exemplo, sensor supervisor de chama, sensor de oxigênio, etc.) nos aparelhos a gás, e a sua compatibilização com o ambiente, instalação e uso.

A designação e os requisitos de aberturas para ventilação, utilizados nesta norma, são apresentados no Anexo B. Para a determinação de tipo e da potência dos aparelhos a gás, o somatório de potências nominais dos aparelhos a gás instalados em um ambiente deve ser no máximo de 75 kW (64 488 kcal/h). Para o somatório de potências nominais superior a 75 kW, deve ser elaborado um projeto detalhando os tipos de aparelhos a serem instalados, condições de ventilação, requisitos específicos para o ambiente e dimensionamento do sistema de exaustão (quando existente).

O consumo máximo do (s) aparelho (s) a gás a ser (em) instalado(s) deve ser verificado para garantir que esteja compatível com: o conjunto de armazenamento do gás (quando existente); a rede interna de distribuição; o medidor de gás ou sistema de medição; os reguladores de pressão. Os aparelhos a gás devem ser instalados de acordo com os requisitos desta norma e das instruções e/ou manual do fabricante. Como restrições de instalação de aparelhos a gás, o ambiente interno de instalação sanitária (por exemplo, banheiros, lavabos, saunas) não pode receber o (s) aparelho (s) a gás em seu interior, exceto dos tipos C1, C3 e C5, que atendam aos requisitos de 6.5.

O ambiente interno de permanência prolongada não pode receber o (s) aparelho (s) a gás em seu interior, exceto dos tipos C1, C3 e C5, que atendam aos requisitos de 6.5. O ambiente multiuso não pode receber o (s) aparelho (s) a gás em seu interior, exceto nas condições citadas em 6.2.2.3 e aparelhos dos tipos C1, C3 e C5, que atendam aos requisitos de 6.5 Recomenda-se que o local de instalação de aparelhos a gás tenha advertências ao consumidor, se a opção for de embutir, quanto à necessidade de verificar os cuidados em relação ao material, ventilações, acesso ao registro de bloqueio e distâncias mínimas de instalação.

O aparelho a gás não pode ser instalado em ambiente distinto daquele para que foi projetado e fabricado. O aparelho a gás não pode ser instalado em escadas e rotas de fuga. O local de instalação deve permitir acesso para manutenção e inspeção. O aparelho a gás conectado à instalação elétrica deve ser provido de isolação elétrica adequada. Se necessário conexão à instalação elétrica, deve ser prevista uma tomada elétrica exclusiva, com distância máxima de 1 m do aparelho a gás. A tomada deve ser conforme a NBR 14136.

Como requisitos de conexão com rede de distribuição interna de gás, deve ser instalada válvula de bloqueio para eventuais manutenções permitindo isolamento ou retirada do aparelho a gás sem a interrupção do abastecimento de gás aos demais aparelhos a gás existentes. A válvula deve ser compatível com a característica do aparelho a gás. O aparelho a gás deve ser instalado a no máximo 0,6 m do ponto de utilização.

A interligação da rede de distribuição interna gás com o aparelho a gás deve ser realizada com uma das seguintes opções: o aparelho a gás que possa ser movimentado deve ser conectado à rede de distribuição interna por meio de elemento de interligação flexível, conforme a seguir: a mangueira flexível de borracha, compatível com a pressão de operação, conforme a NBR 13419; tubo flexível metálico, conforme a NBR 14177; tubo flexível de borracha para uso em instalações de GLP e GN, conforme a NBR 14955.

O aparelho a gás deve ser rigidamente fixo e não sujeito à vibração deve ser conectado à rede de distribuição interna por meio de elemento de interligação flexível ou elemento rígido, conforme a seguir: mangueira flexível de borracha, compatível com a pressão de operação, conforme a NBR 13419; tubo flexível metálico, conforme a NBR 14177; tubo flexível de borracha para uso em instalações de GLP e GN, conforme a NBR 14955; tubo de condução de aço-carbono, conforme a NBR 5580, no mínimo classe média; tubo de condução de aço-carbono, conforme a NBR 5590 no mínimo classe normal; tubo de condução de aço carbono, API 5-L grau A com espessura mínima correspondente a SCH40, conforme a ASME/ANSI B36.10M; tubo de condução de cobre rígido, sem costura, conforme a NBR 13206; tubo de condução de cobre flexível, sem costura, classes 2 ou 3, conforme a NBR 14745. Devem ser verificados os limites de pressão, temperatura, movimentação e demais condições de utilização dos elementos de interligação.

Deve ser verificado o prazo de validade de componentes de interligação, caso seja aplicável. O aparelho a gás não pode ser fixado a estruturas de material combustível, exceto os aparelhos de cocção e aquecedores de ambiente fabricados para instalações em unidades de embutimentos (nichos), concebidos e confeccionados para tal aplicação, conforme instruções do fabricante. Quando o aparelho a gás for fixado em parede, esta deve possuir estrutura para suportar a carga do aparelho a ser fixado. O material não pode ser combustível e deve ser resistente ao calor.

A fixação dos aparelhos a gás em parede deve utilizar elementos de fixação adequados a carga e ao tipo de material da parede (por exemplo, alvenaria, drywall, cimentícia ou outro). Deve-se assegurar que as entradas de ar para o processo de combustão do aparelho a gás não sejam obstruídas. Os aparelhos a gás devem ser comissionados por profissional qualificado, sob supervisão ou responsabilidade de profissional habilitado e/ou agente habilitado. O processo de purga de ar da rede de instalação interna e admissão do gás combustível até o ponto de utilização deve ser realizado conforme a NBR 15526.

O aparelho deve ser colocado em funcionamento (ou comissionamento), devendo ser realizadas as seguintes etapas: após a abertura do gás, verificação da estanqueidade do ponto de interligação da rede de gás com o aparelho a gás; acionamento do aparelho a gás; funcionamento do sistema de acendimento do aparelho a gás (manual ou automático); identificar que a ignição ocorra sem explosões, sem oscilação e em toda área da combustão do aparelho; verificação das condições da chama (por exemplo, cor, deslocamentos, falhas); funcionamento do aparelho em regime de carga mínima e máxima; verificação dos botões de regulagem e elementos de controle; verificação das condições de uso e funcionamento. Recomenda-se que sejam observadas as atividades de inspeção conforme a NBR 15923.

A segurança dos sistemas de refrigeração e das bombas de calor

Entenda os requisitos para a segurança das pessoas e bens, a orientação para a proteção do meio ambiente, estabelecendo procedimentos para a operação, manutenção e reparo de sistemas e a recuperação de fluidos refrigerantes, além das especificações, a classificação e o critério de seleção aplicável a sistemas de refrigeração e bombas de calor.

A NBR ISO 5149-1 de 04/2020 – Sistemas de refrigeração e bombas de calor — Segurança e requisitos ambientais – Parte 1: Definições, classificação e critérios de seleção especifica os requisitos para a segurança das pessoas e bens, fornece orientação para a proteção do meio ambiente, estabelecendo procedimentos para a operação, manutenção e reparo de sistemas e a recuperação de fluidos refrigerantes. especifica a classificação e o critério de seleção aplicável a sistemas de refrigeração e bombas de calor. Esta classificação dos critérios de seleção é utilizada nas ISO 5149-2, NBR ISO 5149-3 e ISO 5149-4. Essa parte é aplicável a: sistemas de refrigeração, estacionários ou móveis, de todas as dimensões, inclusive as bombas de calor; refrigeração do sistema secundário ou sistemas de aquecimento; localização dos sistemas de refrigeração; peças substituídas e componentes adicionados após a adoção desta parte, se não forem idênticos na função e na capacidade.

Esta parte é aplicável a sistemas fixos e móveis, exceto para sistemas de ar condicionado automotivo ou produtos com Normas específicas como, por exemplo, as ISO 13043 e SAE J 639. É aplicável aos novos sistemas de refrigeração, extensões ou modificações de sistema existentes e a sistemas já usados, transferidos e operados em outro local e aplica-se no caso da conversão de um sistema para outro fluido refrigerante. O Anexo A especifica os limites para a quantidade de carga de fluido refrigerante permitida nos sistemas em vários locais e classes de ocupação. O Anexo B especifica os critérios de segurança e considerações ambientais de diferentes fluidos refrigerantes utilizados nos sistemas de refrigeração e de ar-condicionado. Os sistemas contendo fluidos refrigerantes que não estão listados na ISO 817 não estão cobertos nesta parte.

A NBR ISO 5149-3 de 04/2020 – Sistemas de refrigeração e bombas de calor — Segurança e requisitos ambientais – Parte 3: Local de instalação aplicável para o local de instalação (espaço da planta e serviços). Ela especifica os requisitos para a segurança do local, que podem ser necessários devido ao sistema de refrigeração e seus componentes auxiliares, assim como os não diretamente conectados a estes. Esta parte é aplicável aos novos sistemas de refrigeração, extensões ou modificações do sistema existente e sistemas que estão sendo transferidos e operados em outro local. Também é aplicável no caso da conversão de um sistema de refrigeração para outro.

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Quais os termos e abreviaturas usados nessa série de normas?

Como deve ser classificado um sistema indireto fechado ventilado?

Como devem ser realizados os cálculos do volume do ambiente?

Como deve ser gerenciada a ocupação de casas de máquinas e casas de máquinas especiais?

Como devem ser especificadas as portas, paredes e dutos?

Qual é o fluxo de ar necessário para ventilação mecânica de emergência?

O objetivo destas normas é promover a segurança no projeto, na construção, no descarte, na instalação e na operação dos sistemas de refrigeração. A resposta da indústria à questão do clorofluorcarbono (CFC) acelerou a introdução de fluidos refrigerantes alternativos. A entrada de novos fluidos refrigerantes e misturas no mercado e a introdução de novas classificações de segurança levaram à elaboração desta norma.

Esta norma é direcionada para a segurança de pessoas e propriedades onde as instalações de refrigeração estão localizadas. Inclui especificações para fabricar um sistema estanque. Destina-se a minimizar possíveis riscos para pessoas, propriedades e meio ambiente de sistemas de refrigeração e fluidos refrigerantes. Estes perigos estão essencialmente associados às características físicas e químicas dos fluidos refrigerantes, bem como às pressões e temperaturas que ocorrem nos ciclos de refrigeração (ver Anexo A).

Atenção para riscos comuns a todos os sistemas de compressão, como alta temperatura na descarga, golpe por inundação de líquido, operação incorreta ou redução na resistência mecânica causada por corrosão, erosão, estresse térmico, fadiga, golpe de aríete ou vibração. A corrosão, no entanto, deve ter uma consideração especial, uma vez que as condições específicas dos sistemas de refrigeração surgem devido alternância entre o congelamento e o descongelamento ou na aplicação de isolamento no equipamento.

Os fluidos refrigerantes comumente usados, exceto o R-717, são mais densos que o ar. Deve-se ter cuidado para evitar a formação de bolsões estagnados de vapores de fluido refrigerante, pela localização adequada das aberturas de entrada e exaustão da ventilação. Todas as salas de máquinas devem ter ventilação mecânica controlada por alarmes de concentração de oxigênio e/ou de vapor de fluido refrigerante. Para o propósito desta norma, a classificação de ocupação deve ser determinada de acordo com a tabela abaixo. As casas de máquinas não podem ser consideradas como espaço ocupado, exceto conforme definido na NBR ISO 5149-3:2020, 5.1.

Os sistemas são classificados de acordo com: o método de extração de calor do ambiente (refrigeração); o método de adição de calor para o ambiente (aquecimento); a substância a ser tratada; o vazamento de fluido refrigerante entrando no espaço ocupado. O sistema direto deve ser classificado como um sistema de liberação direta se uma única ruptura do circuito de fluido refrigerante resultar em uma liberação para o espaço ocupado, independentemente da localização do circuito de fluido refrigerante.

Um sistema aberto de pulverização é classificado como direto se o meio de transferência térmica estiver em comunicação direta com partes do circuito que contenham fluido refrigerante e o circuito indireto estiver aberto para um espaço ocupado. Os sistemas de pulverização aberto devem estar localizados no local de classificação I.

O sistema direto com dutos deve ser classificado como um sistema de liberação direta se o ar condicionado estiver em contato direto com componentes do circuito contendo fluido refrigerante e é fornecido para um espaço ocupado. Um sistema de pulverização aberto com respiro deve ser classificado como um sistema de liberação direta se o meio de transferência de calor estiver em contato direto com partes do circuito que contenham fluido refrigerante e o circuito indireto estiver aberto em um espaço ocupado.

O meio de transferência de calor deve ser ventilado para fora do espaço ocupado, mas existe a possibilidade de que uma única ruptura do circuito possa resultar em uma liberação de fluido refrigerante para o espaço ocupado. Um sistema indireto deve ser classificado como sistema fechado indireto se o meio de transferência de calor estiver em comunicação com um espaço ocupado, e um vazamento de fluido refrigerante no circuito indireto puder entrar no espaço ocupado se o circuito indireto também vazar ou purgar.

Um sistema indireto deve ser classificado como sistema de ventilação indireta se o meio de transferência de calor estiver em comunicação com um espaço ocupado, e um vazamento de fluido refrigerante no circuito indireto puder sair para atmosfera fora do espaço ocupado. As cargas-limite definidas para os sistemas de refrigeração devem ser calculadas de acordo com a classe de localização, conforme especificado nessa norma, e a toxicidade e/ou a inflamabilidade do fluido refrigerante, como especificado no Anexo A.

Se todos os componentes contendo fluido refrigerante estiverem localizados em espaços ventilados, os requisitos para uma classe IV devem ser aplicados. Os espaços ventilados devem atender aos requisitos das ISO 5149-2 e ABNT NBR ISO 5149-3. Se todos os componentes contendo fluido refrigerante estiverem localizados em uma casa de máquinas ou ao ar livre, os requisitos para o local de classe III devem ser aplicados. As casas de máquinas devem atender aos requisitos da NBR ISO 5149-3. Se todos os compressores e vasos de pressão estiverem localizados em uma casa de máquinas ou ao ar livre, os requisitos para o local de classe II devem ser aplicados, a menos que o sistema esteja em conformidade com os requisitos de 5.3.3. Os trocadores de calor e tubulações, incluindo as válvulas, podem estar localizados em um espaço ocupado.

Se os sistemas de refrigeração ou partes que contenham fluido refrigerante estiverem localizados no espaço ocupado, o sistema é considerado de Classe I, a menos que o sistema esteja em conformidade com os requisitos de 5.3.4. A classificação do fluido refrigerante deve estar de acordo com a ISO 817:2014. A quantidade de carga de fluido refrigerante que possa entrar no espaço ocupado deve ser determinada conforme a seguir.

Para espaços ocupados, a quantidade de fluido refrigerante não pode exceder os valores especificados nas Tabelas A.1 e A.2 (disponíveis na norma). A quantidade de fluido refrigerante que pode ser liberada em um espaço ocupado deve ser a maior carga de qualquer sistema de refrigeração. O equipamento de refrigeração pode ser instalado fora da edificação, ao ar livre, em uma casa de máquinas específica, em áreas ocupadas, ou em áreas não ocupadas, não designadas como casa de máquinas.

O equipamento de refrigeração pode ficar contido em um determinado espaço ventilado fornecido pelo fabricante. Os requisitos para este espaço são fornecidos na ISO 5149-2:2014, 2.5.17. Os sistemas de refrigeração instalados ao ar livre devem ser posicionados para evitar o vazamento de fluido refrigerante na construção ou expor pessoas ao risco. Se instalado no teto, o fluido refrigerante não pode ser capaz de fluir através do teto em qualquer abertura para ventilação de ar fresco, porta, alçapão, ou abertura similar em caso de um vazamento.

Quando um abrigo for fornecido para o equipamento de refrigeração instalado ao ar livre, este deve ter ventilação natural ou forçada. Um local onde a maior parede estiver exposta ao ar externo por meio de aberturas com 75% de área livre e a cobertura cobrir ao menos 80% da área do local (ou equivalente, se mais da metade da parede estiver para fora) é considerada como estando ao ar livre.

Quando uma casa de máquinas for escolhida como a localização do equipamento de refrigeração, ela deve cumprir os requisitos especificados em 5.1 a 5.14. Se a carga de fluido refrigerante estiver acima do limite prático especificado na NBR ISO 5149-1, o sistema de refrigeração deve estar localizado em uma casa de máquinas, salvo se as fontes de ignição na casa de máquinas atenderem aos requisitos em 5.3, 5.4 e 5.14.4.

Podem ser necessários requisitos adicionais para sistema de refrigeração contendo R717 ou outros fluidos refrigerantes B2L, B2, B3, A2L, A2 e A3 e especificados em 5.12. Quando o abrigo em torno do equipamento de refrigeração é suficientemente grande para que as pessoas possam entrar, o abrigo é considerado como uma casa de máquinas e os requisitos para as mesmas se aplicam.

Para o equipamento de refrigeração localizado no espaço ocupado, os requisitos devem obedecer atender ao especificado no NBR ISO 5149-1:2020, Anexo A. Para o equipamento de refrigeração localizado em áreas não ocupadas e não designadas como casa de máquinas, se a área for isolada de qualquer área ocupada, todos os requisitos devem ser idênticos aos de uma casa de máquinas. Se a área pode não ser isolada a partir de qualquer espaço ocupado, o equipamento de refrigeração deve ser considerado como localizado em um espaço ocupado e os requisitos para esses espaços devem ser aplicados.

Para o equipamento de refrigeração localizado em um espaço ventilado dentro de uma área ocupada, o espaço ventilado contendo o sistema de refrigeração deve ter um duto de ventilação conforme especificado pelo fabricante. O duto não pode ser de maior comprimento e não pode ter mais curvas que o número máximo especificado pelo fabricante. O local em que o espaço ventilado está instalado deve ter pelo menos dez vezes o volume do espaço e deve ter ar de reposição suficiente para substituir qualquer ar expelido. A ventilação do compartimento deve ser para ar externo ou para uma área contendo o volume mínimo especificado no NBR ISO 5149-1:2020, 2.5.17, para uma área ocupada.

IEC 60704-2-7: o ruído acústico em ventiladores

Essa norma internacional, editada em 2020 pela International Electrotechnical Commission (IEC), aplica-se a ventiladores elétricos (incluindo seus acessórios e seus componentes) para uso doméstico e similar, projetados para alimentação ca ou cc. O motor, o impulsor e seu alojamento, se houver, devem formar uma única unidade.

A IEC 60704-2-7:2020 – Household and similar electrical appliances – Test code for the determination of airborne acoustical noise – Part 2-7: Particular requirements for fans aplica-se a ventiladores elétricos (incluindo seus acessórios e seus componentes) para uso doméstico e similar, projetados para alimentação ca ou cc. O motor, o impulsor e seu alojamento, se houver, devem formar uma única unidade.

Esses requisitos específicos se aplicam a: ventiladores convencionais, ventiladores de mesa, ventiladores de pedestal, ventiladores de teto, ventiladores sem pás, ventiladores de suporte de parede, ventiladores de suporte de teto, ventiladores de persiana, ventiladores de torre, ventiladores de ventilação e de partição. Não se aplica a: ventiladores que fazem parte de um sistema de ventilação, ventiladores projetados exclusivamente para fins industriais, ventiladores que fazem parte de um aparelho (por exemplo, ventiladores de refrigeração), ventiladores com funções adicionais (por exemplo, aquecimento, umidificação).

As limitações para o uso deste código de ensaio são fornecidas no escopo da IEC 60704-1. Esta segunda edição cancela e substitui a primeira edição publicada em 1997. Esta edição constitui uma revisão técnica. Esta edição inclui algumas alterações significativas em relação à edição anterior.

Foi incluída a categorias de ventiladores adicionais, conforme definido na IEC 60879: 2019 e IEC 60665: 2018 e incluídos os desvios padrão dos níveis de potência sonora em 1.3; além de adicionado um método de comparação.

As referências normativas foram atualizadas (ISO 3744: 2010 e ISO 3743-1: 2010) e foi ajustado os requisitos em relação à IEC 60704-1: 2010. Esta norma deve ser usada em conjunto com IEC 60704 1:2010, Household and similar electrical appliances – Test code for the determination of airborne acoustical noise – Part 1: General requirements. Esta Parte 2-7 complementa ou modifica as cláusulas correspondentes na IEC 60704-1: 2010, de modo a estabelecer o código de ensaio para os ventiladores.

CONTEÚDO DA NORMA

PREFÁCIO……………………………… 3

1 Escopo e objeto…………………… 6

2 Referências normativas………… ….. 7

3 Termos e definições…………….. 8

4 Métodos de medição e ambientes acústicos………… 10

5 Instrumentação………………………………… 10

6 Operação e localização dos aparelhos em ensaio………………. 10

7 Medição dos níveis de pressão sonora………………. 12

8 Cálculo da pressão sonora e dos níveis de potência sonora……… 13

9 Informações a serem gravadas……………………… 13

10 Informações a serem relatadas………………. 13

Anexos. ……………………..15

Anexo B (normativo) Gabinete de ensaio………………….15

Bibliografia…………………………15

Figura 101 – Superfície de medição – hemisfério – com dez posições de microfone para ventiladores de divisória (parede e janela) e para ventiladores de mesa de parede……………………..14

Tabela 101 – Desvios padrão dos níveis de potência sonora……………7

Tabela 102 – Desvios padrão para declaração e verificação………….7

As condições de medição especificadas nesta parte 2-7 fornecem precisão suficiente na determinação do ruído emitido e na comparação dos resultados das medições realizadas por diferentes laboratórios, simulando, tanto quanto possível, o uso prático dos ventiladores domésticos. Recomenda-se considerar a determinação dos níveis de ruído como parte de um procedimento de ensaio abrangente, cobrindo muitos aspectos das propriedades e desempenho dos ventiladores domésticos. Conforme declarado na introdução da IEC 60704-1, este código de ensaio está relacionado apenas ao ruído aéreo.

Manutenção dos sistemas de climatização: já era obrigatório o cumprimento das normas técnicas, agora lei federal reforça essa imposição

A falta de uma manutenção correta e constante dos sistemas de climatização ou ar condicionado não apenas diminui a renovação do ar, mas provoca um acúmulo de sujeira. Também, durante o processo de refrigeração ocorre a condensação de água que, líquida, acaba por se acumular no interior do sistema, favorecendo o surgimento de muitos fungos e bactérias. Esses fatores costumam agravar os quadros de moléstias respiratórias como asma, rinite, sinusite e doença pulmonar obstrutiva crônica dos ocupantes das edificações.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho, jornalista profissional registrado no Ministério do Trabalho e Previdência Social sob o nº 12.113 e no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo sob o nº 6.008

O governo sancionou a Lei nº 13.589, de 4 de janeiro de 2018, que dispõe sobre a manutenção de instalações e equipamentos de sistemas de climatização de ambientes. Se antes já era obrigatório o cumprimento das normas técnicas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC – Lei 8.078 de 1990), agora uma lei federal específica vem reforçar essa obrigatoriedade. Assim, todos os edifícios de uso público e coletivo que possuem ambientes de ar interior climatizado artificialmente devem dispor de um Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) dos respectivos sistemas de climatização, visando à eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde dos ocupantes.

A lei traz algumas definições importantes. Por exemplo, os ambientes climatizados artificialmente são os espaços fisicamente delimitados, com dimensões e instalações próprias, submetidos ao processo de climatização por meio de equipamentos.

Os sistemas de climatização são o conjunto de instalações e processos empregados para se obter, por meio de equipamentos em recintos fechados, condições específicas de conforto e boa qualidade do ar, adequadas ao bem-estar dos ocupantes.

Já a manutenção inclui as atividades de natureza técnica ou administrativa destinadas a preservar as características do desempenho técnico dos componentes dos sistemas de climatização, garantindo as condições de boa qualidade do ar interior.

Fundamental na lei é a especificação de que os padrões, valores, parâmetros, normas e procedimentos necessários à garantia da boa qualidade do ar interior, inclusive de temperatura, umidade, velocidade, taxa de renovação e grau de pureza, são os regulamentados pela Resolução n  9, de 16 de janeiro de 2003, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e posteriores alterações, assim como as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Ou seja, a ABNT, dentro do contexto do Estado, é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, que exerce uma função delegada pelo Estado brasileiro como organismo de normalização no Brasil. Nasceu como associação civil sem fins lucrativos, todavia, posteriormente foi declarada de utilidade pública por exercer função delegada do Estado, por meio do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro).

Igualmente, o Código de Defesa do Consumidor define como prática abusiva e explicitamente vedada colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas da ABNT. A própria administração pública, por força de dispositivo expresso na Lei de Licitações Públicas, se obriga à obediência da norma brasileira (NBR). Assim, se ela é vinculante e se sua homologação está afeta à ABNT, fica evidente que essa instituição age como agente público que é.

Ou seja, sujeitam seus gestores ao arcabouço de deveres dos demais agentes públicos. Reconhecendo o inteiro teor de um texto de norma brasileira como um documento normativo, uma vez que se trata de norma de padronização brasileira, caberia aos administradores da entidade zelar para que seu conteúdo não contivesse declaração falsa de reserva de direitos autorais no intuito de prejudicar o direito do consumidor em dispor livremente do conteúdo, criar obrigação ilegal e ao mesmo tempo alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante – a inexistência de direitos autorais.

As normas técnicas brasileiras, que alcançam todo o território nacional e se impõem aos órgãos públicos e privados por expressa disposição legal ou regulamentar, podem impor comportamentos – imperativas em seu cumprimento e acarretam, também por expressa determinação legal ou regulamentar, em caso de descumprimento, a aplicação de penalidades administrativas – e eventualmente até de natureza criminal.

Assim, as NBR são regras de conduta impositivas para os setores produtivos em geral, tendo em vista que, além de seu fundamento em lei ou atos regulamentares, tem em vista o cumprimento da função estatal de disciplinar o mercado com vistas ao desenvolvimento nacional e à proteção de direitos fundamentais tais como os direitos relativos à vida, à saúde, à segurança, ao meio ambiente.

Quanto às normas técnicas referenciadas e obrigatórias na lei, a NBR 15848 de 06/2010 – Sistemas de ar condicionado e ventilação – Procedimentos e requisitos relativos às atividades de construção, reformas, operação e manutenção das instalações que afetam a qualidade do ar interior (QAI) estipula procedimentos e requisitos relativos às atividades de operação e manutenção, para melhoria dos padrões higiênicos das instalações de ar-condicionado e ventilação, contribuindo desta forma para a qualidade do ar (QAI).

A NBR 16401-3 de 08/2008 – Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e unitários – Parte 3: Qualidade do ar interior especifica os parâmetros básicos e os requisitos mínimos para sistemas de ar-condicionado, visando à obtenção de qualidade aceitável de ar interior para conforto.

A NBR 14679 de 06/2012 – Sistemas de condicionamento de ar e ventilação — Execução de serviços de higienização estabelece os procedimentos e diretrizes mínimas para execução dos serviços de higienização corretiva de sistemas de tratamento e distribuição de ar caracterizados como contaminados por agentes microbiológicos, físicos ou químicos.

Enfim, a norma técnica brasileira tem uma natureza jurídica, de caráter secundário, impositiva de condutas porque fundada em atribuição estatal, sempre que sinalizada para a limitação ou restrição de atividades para o fim de proteção de direitos fundamentais e do desenvolvimento nacional, que são funções do Estado. Pode ser equiparada, por força do documento que embasa sua expedição, à lei em sentido material, vez que obriga o seu cumprimento. Mesmo que muitas instituições e especialistas afirmem o contrário. Mas, a Justiça brasileira vem reconhecendo isso como uma verdade fundamentada.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho é jornalista profissional, editor da revista digital Banas Qualidade e editor do blog https://qualidadeonline.wordpress.com/hayrton@hayrtonprado.jor.br 

Verão: estresse térmico pode reduzir produtividade do trabalhador

Versões de normas técnicas em outros idiomas

A Target, com uma ampla experiência na área de normalização, oferece aos seus clientes o serviço de tradução e formatação de normas técnicas. Profissionais especializados fazem uma tradução eficiente e segura das normas internacionais e estrangeiras para o padrão brasileiro de normas e, de acordo com a necessidade do cliente,  também traduzem as normas brasileiras para outras línguas, facilitando o acesso à informação crítica da norma, com toda segurança e garantia de qualidade Target.

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Empresas devem garantir manutenção de temperatura prevista na NR 15

Com a chegada do verão, aumenta a preocupação dos gestores empresariais em manter um ambiente termicamente confortável para os seus colaboradores. Segundo informações do Instituto Climatempo, 2015 registrará temperaturas mais altas do que o ano anterior. Desmaios, desidratação, sudorese intensa e exaustão são alguns dos reflexos que o estresse térmico pode ocasionar em situações ocupacionais.

De acordo com a legislação trabalhista vigente, nos escritórios e setores administrativos, a temperatura efetiva deve permanecer entre 20º C e 23ºC. “Recomendamos que as empresas monitorem a temperatura do ambiente. Isso garante o conforto térmico no local de trabalho, proporciona o bem estar aos funcionários e mantém a produtividade”, explica a engenheira do trabalho do Imtep, Carolina Arsie Cardoso. Nas indústrias, onde ocorre exposição ao calor em função de fontes artificiais, o cuidado deve ser o mesmo, sempre respeitando o tempo de descanso, o qual deve ocorrer em local com temperatura amena, definido em função do tipo de atividade realizada.

Segundo Carolina, por meio de uma análise quantitativa do calor, é possível verificar se os índices aos quais os trabalhadores estão expostos são adequados para as atividades exercidas. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o colaborador, à altura da região do corpo mais atingida. Após a análise dos resultados, devem ser definidos, seguindo as instruções da Norma Regulamentadora n° 15 anexo 3, os períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço.

Algumas medidas contribuem para tornar o ambiente de trabalho mais confortável, como a execução de tarefas mais pesadas durante o período da manhã, ventilação adequada com renovação do ar, adoção de uniformes mais leves e utilização de barreiras nas fontes de calor. O Imtep, um dos maiores grupos de saúde ocupacional do país, oferece todo o suporte para diagnosticar e auxiliar as organizações na promoção de um ambiente de trabalho seguro, confortável e que garanta a qualidade de vida do capital humano. Abaixo, algumas dicas de como amenizar o calor e assegurar um local de trabalho termicamente correto.

– Execute tarefas mais pesadas no período da manhã, quando as temperaturas estão mais amenas;

– As pausas devem ser realizadas conforme legislação vigente, em função da atividade realizada (leve, moderada e pesada);

– Realize rodízios dos trabalhadores;

– Promova a renovação do ar. Ventiladores são indicados apenas para locais com temperaturas inferiores a 29ºC;

– Controle a umidade relativa do ar;

– Adote uniformes mais leves no verão;

– Hidrate-se! Para os trabalhadores é necessária a reposição de sódio para atividades com carga solar ou realizadas com exposição a fontes artificiais de calor.

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A instalação correta de chuveiro elétrico e aquecedor

CURSOS DISPONÍVEIS PELA INTERNET

A Target preparou um programa especial de cursos pela Internet, contemplando as últimas tendências do mercado. Com o objetivo de facilitar a participação daqueles que possuem uma agenda de compromissos complexa, a Target criou a opção para que o cliente possa assistir aos cursos através da transmissão pela Internet. Fique atento aos cursos que estão disponíveis. Clique aqui e veja um exemplo de como funciona o recurso. Garanta a seu desenvolvimento profissional adquirindo os cursos pela Internet da Target: https://www.target.com.br/produtossolucoes/cursos/gravados.aspx

Quando o frio chega, a vontade de tomar um banho mais quente e demorado ou ligar o aquecedor de ambientes é uma tentação. O conforto, no entanto, tem um preço, observado no aumento das contas de energia elétrica e de água, neste ano, acompanhado do risco de racionamento de água e energia, devido à estiagem vivida em algumas regiões do país. Para aliar economia, calor e segurança, a SIL, fabricante de fios e cabos elétricos de baixa tensão, dá algumas dicas para a correta escolha e utilização de chuveiros elétricos e aquecedores de ar.

O mercado dispõe de diversos modelos, com vazões, potências e capacidades para as mais variadas necessidades. Quanto maior a potência, maior a capacidade de gerar calor e, também, o gasto de energia elétrica; e quanto mais elevada a vazão,  maior o consumo de água. Em tempos de estiagem, os banhos rápidos são ainda mais recomendáveis tanto no que se refere aos recursos hídricos, como energéticos.

A escolha do aparelho, no entanto, precisa estar compatível com a instalação elétrica do imóvel. Todas as informações necessárias para a instalação e a correta utilização dos produtos são apresentadas nas embalagens ou manuais dos produtos e devem ser seguidas por uma questão de segurança e de economia.

O gerente da SIL, Nelson Volyk, explica que uma das principais características a serem verificadas é a compatibilidade entre os condutores elétricos (fio ou cabo) do circuito que será utilizado e a potência do aparelho. “É preciso verificar a seção nominal mínima do fio ou cabo a ser utilizado, do contrário pode ocorrer sobrecarga no circuito elétrico, degradando os condutores e elevando o consumo de energia”, afirma. Lembrando que, hoje em dia, um chuveiro chega a ter até 7.500W de potência, valor bem superior quando comparado ao passado.

Para a instalação de chuveiros, o engenheiro da SIL recomenda que sejam seguidas as indicações da NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, que determina o uso de disjuntor e de dispositivo diferencial residual (DR) nos circuitos onde haja utilização de água, como chuveiros, torneiras elétricas e banheiras. São itens de segurança que evitam riscos de choques e incêndios. Atualmente, os aquecedores de ambiente residenciais são comercializados com plugues de 10 e 20 ampères. A tomada de uso geral é a de 10 A e aceita o plugue de 10 A, mas existe a tomada de uso exclusivo de 20 A, que aceita o plugue de 20 A e também o de 10 A.

“Um grande erro é comprar um aquecedor de 1500 W que utiliza plugue de 20 A e ligar em uma tomada de 10 A utilizando um adaptador ou simplesmente forçando o plugue na tomada”, alerta Volyk. “Isso faz com que se sobrecarregue o circuito elétrico podendo gerar curto-circuito. A solução para este caso não é apenas a troca da tomada, para se ter uma tomada de 20 A. O correto é fazer um outro circuito elétrico ligado em outro disjuntor”.

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Os diversos usos do poliuretano, de acordo com as normas técnicas

COLETÂNEAS DE NORMAS TÉCNICAS

Coletânea Série Agregados

Coletânea Digital Target com as Normas Técnicas, Regulamentos, etc, relacionadas à Coletânea de Agregados
Saiba Mais…

Coletânea Série Atmosferas Explosivas

poliuretanoO poliuretano é utilizado como miolo das telhas conhecidas como sanduíche, que possuem chapas de aço galvanizadas na parte externa e miolo em espuma de poliuretano, rígida ou semirrígida. Estas telhas também servem como isolantes termoacústicos. Em 1937, o professor Otto Bayer e sua equipe desenvolveram um processo que, a partir da reação de dois compostos, resultava em um produto de estrutura macromolecular, o poliuretano. Eles são normalmente produzidos pela reação de poliadição de um poliisocianato (no mínimobifuncional) e um poliol ou outros reagentes, contendo dois ou mais grupos de hidrogênio reativos. Os compostos contendo hidroxilas podem variar quanto ao peso molecular, natureza química e funcionalidade. Os isocianatos podem ser aromáticos, alifáticos, cicloalifáticos ou policíclicos. Esta flexibilidade de escolha de reagentes permite obter uma infinita variedade de compostos com diferentes propriedades físicas e químicas, conferindo aos poliuretanos uma posição importante no mercado mundial de polímeros sintéticos de alto desempenho. No final da década de 30, começou na Alemanha a produção comercial de poliuretano: espumas rígidas e adesivos. Na década de 40, surgiram na Alemanha e na Inglaterra os elastômeros e aconteceram as aplicações industriais. Já na década de60, o poliuretano passa a ser utilizado entre duas chapas de aço, para construção de painéis.

Os sistemas principais de obtenção de poliuretanos são: sistema bicomponente de cura ao sistema bicomponente de cura ao ar: poliol + poliisocianato = poliuretano; sistema monocomponente de cura com a umidade do ar: poliisocianato + H2O = poliuretano + CO2; sistema monocomponente de cura em estufa: poliisocianato bloqueado + poliol = poliuretano + agente bloqueante; e sistema não reativo em secagem física: poliuretano em solução + ar ou calor = poliuretano + solvente. Eles são versáteis, mas podem ser definidos em alguns tipos básicos: espumas rígidas: são sistemas bicomponentes normalmente utilizados em sistemas de isolamento térmico e acústico, para modelação, ou para proteção de transportes de peças e equipamentos; espumas flexíveis: são utilizadas em colchões, abafadores, peças automotivas (integral skin),isolamentos acústicos, proteção de equipamentos para transportes,almofadas, bonecos e esculturas, brinquedos, entre outros; elastômeros: utilizados em várias aplicações, como encapsulamentos eletrônicos, amortecedores,sapatas de equipamentos, revestimentos antiderrapantes e resistentes à abrasão, acabamento em produtos promocionais, tubos e dutos,revestimentos de etiquetas, blocos de modelação, entre outros; tintas: normalmente são utilizados em aplicações onde existe a necessidade de bom acabamento, excelente brilho, resistência química, boa aderência, e resistência a UV. Podem ser bicomponentes ou monocomponentes,normalmente os bicomponentes são os de melhor resistência em todos os sentidos.

A espuma rígida de poliuretano é considerada um material de isolamento térmico para a construção civil em geral. Atua como um insumo (componente núcleo) de painéis industrializados, tanto para coberturas como para paredes, estruturais ou de vedação. Quimicamente, o poliuretano é produzido pela reação química entre um isocianato e um poliol e aditivos, onde, dependendo de condições específicas de aplicação e dada a dependência da formulação química, o conjunto formado pelo painel ou placa é denominado de painéis e placas industrializados com espuma rígida de poliuretano, sendo que pode ser aplicado em uma gama extensa de situações.

No caso dos painéis, há três normas técnicas sobre o assunto. A NBR 15366-1 de 05/2006 – Painéis industrializados com espuma rígida de poliuretano – Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio que estabelece requisitos e métodos de ensaios para os painéis fabricados industrialmente com espumas rígidas de poliuretano, bem como para seus componentes. É aplicável aos painéis industrializados com núcleo de espuma rígida de poliuretano para aplicações em edificações e em câmaras frigoríficas. A NBR 15366-2 – Painéis industrializados com espuma rígida de poliuretano – Parte 2: Classificação quanto à reação ao fogo classifica os painéis industrializados com núcleo de espuma rígida de poliuretano quanto à reação ao fogo, aplicáveis à construção civil, e câmaras frigoríficas, compondo paredes, fechamentos laterais e coberturas. E a NBR 15366-3 – Painéis industrializados com espuma rígida de poliuretano – Parte 3: Diretrizes para seleção e instalação em edificações e câmaras frigoríficas que estabelece as diretrizes para a seleção e uso, os procedimentos executivos para instalação dos painéis fabricados industrialmente com espumas rígidas de poliuretano, e as verificações durante os processos executivos dos componentes para aplicações em edificações e em câmaras frigoríficas, e manutenção destes painéis após instalação.

Dessa forma, o poliuretano é utilizado como miolo das telhas conhecidas como sanduíche, que possuem chapas de aço galvanizadas na parte externa do miolo em espuma de poliuretano, rígida ou semirrígida. Estas telhas também servem como isolantes termoacústicos. Pelo seu baixo peso e à auto-aderência durante a espumação, o poliuretano proporciona grande resistência estrutural por um peso baixo por metro quadrado de telhado. Com o seu uso, a perda de materiais, que costuma ter em média de 30% na construção civil, não ocorre, pois o material é fornecido sob medida. A densidade de espuma ideal para telhas é entre 36 e 40 kg/m 3e a exatidão deste valor é determinante para a performance do isolamento termoacústico da telha.

São utilizadas em regiões com elevada concentração de umidade no ar, para evitar o gotejamento interno que ocorre com a condensação da umidade interna quando em contato com as coberturas (quando estas são aquecidas pela ação do sol). Além de solucionar esse tipo de problema, devido o seu isolamento térmico, as telhas sanduíche permitem o uso de menores equipamentos de refrigeração e energia elétrica. Igualmente, o isolamento térmico pode ser feito com placas de poliuretano em tetos, simplesmente colocando a placa na parte interior do telhado. As placas destinadas a esse tipo de isolamento com poliuretano como matéria prima oferecem diversas vantagens, como leveza, fácil manuseio e instalação,resistência, menor volume ocupado, alta durabilidade e baixa condutividade térmica. Dependendo da placa utilizada, pode-se conseguir isolar temperaturas entre -40°C e +120°C.

A espuma rígida de poliuretano é reconhecidamente um dos mais eficientes isolantes térmicos para uso em edificações. Sua propriedade de isolamento com baixas espessuras, oferece, em comparação com outros materiais,vantagens como facilidade de montagem e processamento, baixa condutividade térmica, baixo peso e alta resistência mecânica. Além disso, o isolamento térmico feito com espuma de poliuretano possibilita a redução do consumo de energia elétrica. Segundo os especialistas, é possível obter uma redução do consumo de energia elétrica de 14% a 20%no isolamento térmico de paredes e de 36% a 42% na cobertura com telhas sanduíches.

Um diferencial das espumas de poliuretano é a elevada capacidade de absorção acústica. Essa alta performance está relacionada não só à espuma em si (densidade, passagem de ar), mas também à tecnologia de corte superficial. Como o ruído é emitido em várias faixas de frequência, se estipulou um valor médio de densidade da espuma de poliuretano de modo a abranger o maior número de faixas possíveis. O valor ideal está entre 30 e 36 kg/m 3. Adicionando-se retardantes à chama, obtêm-se espumas de poliuretano autoextinguíveis, as quais também necessitam obter laudos que atestam as normas atendidas já descritas.

Aproveitando a luz natural para a iluminar ambientes conforme as normas técnicas

NORMAS COMENTADAS

NBR 14039 – COMENTADA
de 05/2005

Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Possui 140 páginas de comentários…

Nr. de Páginas: 87

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NBR 5410 – COMENTADA
de 09/2004

Instalações elétricas de baixa tensão – Versão comentada.

Nr. de Páginas: 209

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NBR ISO 9001 – COMENTADA
de 11/2008

Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Versão comentada.

Nr. de Páginas: 28

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luzA luz natural em edificações tem papel importante para atender a uma série de requisitos funcionais, ambientais e econômicos. Portanto, incorporar a luz natural de forma coerente, otimizando seus benefícios e minimizando impactos negativos, torna-se crucial. O uso adequado da iluminação natural no ambiente interno promove o conforto psicológico, tornando o ambiente agradável e produtivo, proporcionando melhores condições de saúde humana, pois exerce influência importante no ciclo biológico das pessoas. Por outro lado, o consumo de energia nas edificações vem crescendo, especialmente em edificações residenciais. O consumo de energia neste setor aumentou 6,5% no último biênio, enquanto no setor industrial caiu 5,5% no mesmo período. O crescimento do consumo no setor residencial ocorreu principalmente devido às políticas de redução de impostos para alguns bens de consumo durante a crise econômica, além do aumento da renda per capita no país.

Apesar da importância da luz natural em edificações para o conforto do usuário e a necessidade de tornar as edificações mais eficientes, o Brasil ainda está em processo de desenvolvimento de estudos que indiquem efetivamente o que projetistas devem considerar para se beneficiar da luz natural. Há uma carência de conhecimento em relação às variáveis arquitetônicas que influenciam no desempenho da luz natural no espaço construído: qual a profundidade máxima do ambiente para que ele seja iluminado adequadamente com luz natural?; e qual o impacto das proteções solares na profundidade alcançada pela luz natural? A NBR 15215-1 de 03/2005 – Iluminação natural – Parte 1: Conceitos básicos e definições estabelece os conceitos e define os termos relacionados com a iluminação natural e o ambiente construído, agrupando-os em três linhas: termos gerais; componentes de iluminação natural; e elementos de controle. Na verdade, essa norma, sob o título geral “Iluminação natural”, contém as seguintes partes: Parte 1: Conceitos básicos e definições; Parte 2: Procedimentos de cálculo para a estimativa da disponibilidade de luz natural; Parte 3: Procedimento de cálculo para a determinação da iluminação natural em ambientes internos; e Parte 4: Verificação experimental das condições de iluminação interna de edificações – Método de medição.

Nos últimos anos, tem renascido o interesse na promoção das boas práticas de projeto de iluminação natural, por razões de eficiência energética e conforto visual. O uso otimizado da luz natural em edificações usadas principalmente de dia pode, pela substituição da luz artificial, produzir uma contribuição significativa para a redução do consumo de energia elétrica, melhoria do conforto visual e bem-estar dos ocupantes. A luz natural possui uma variabilidade e qualidades mais agradáveis e apreciadas que o ambiente proporcionado pela iluminação artificial. Aberturas, em geral, proporcionam aos ocupantes o contato visual com o mundo exterior e permitem também o relaxamento do sistema visual pela mudança das distâncias focais. A presença da luz natural pode garantir uma sensação de bem-estar e um relacionamento com o ambiente maior no qual os ocupantes estão inseridos.

Desta forma, o objetivo maior da NBR 15215-1, e de outras normas que virão para atender aspectos não tratados, é o de apresentar dados, técnicas e informações básicas num formato conveniente para ajudar aqueles profissionais envolvidos no projeto de edificações a lidar com questões relacionadas à iluminação natural destas. Para tanto, disponibilizam-se métodos de cálculo e verificação dos níveis de iluminação natural no interior das edificações, simples, porém com precisão adequada. A luz natural que incide no ambiente construído é composta basicamente pela luz direta do sol e luz difundida na atmosfera (abóbada celeste). O primeiro passo no desenvolvimento do projeto de sistemas de iluminação natural consiste no conhecimento da disponibilidade de luz proporcionada por estas fontes.

A disponibilidade de luz natural é a quantidade de luz em um determinado local, em função de suas características geográficas e climáticas, que se pode dispor por um certo período de tempo. Dados e técnicas para a estimativa das condições de disponibilidade de luz natural são importantes para a avaliação do desempenho final de um projeto em termos de conforto visual e consumo de energia. Isto refere-se à maneira como varia a quantidade de luz durante o dia e épocas do ano, quanto dura essa iluminação ao longo do dia e os motivos pelos quais as localidades dispõem de mais ou menos luz, face aos parâmetros que influem no cálculo da disponibilidade da luz natural, tais como: os dados relativos à posição do sol; as épocas da determinação, como o dia e o mês do ano; latitude e longitude geográficas; e tipo do céu.

A NBR 15215-2 de 03/2005 – Iluminação natural – Parte 2 – Procedimentos de cálculo para a estimativa da disponibilidade de luz natural estabelece os procedimentos estimativos de cálculo da disponibilidade da luz natural em planos horizontais e verticais externos, para condições de céu claro, encoberto e parcialmente encoberto ou intermediário. Ela é uma referência básica para o desenvolvimento de ferramentas de projeto e trabalhos de pesquisa, uma vez que não é direcionada apenas para projetistas, mas também para qualquer pesquisador interessado na área. Os valores estimados da disponibilidade de luz natural para uma localidade qualquer, de acordo com os procedimentos apresentados nesta parte da ABNT NBR 15215, não devem ser entendidos como valores instantâneos, mas como referenciais para projeto. São dados obtidos por algoritmos universalmente aceitos que, por sua vez, derivam de valores medidos e de modelos estimativos desenvolvidos em diversos países ao longo de várias décadas. Os valores assim determinados apresentam boa confiabilidade, pois levam em conta aspectos da órbita solar relativa a cada latitude, dia e mês do ano, assim como distintas condições atmosféricas. Os algoritmos apresentados nesta parte da ABNT NBR 15215 podem ser utilizados no desenvolvimento de programas computacionais.

Para a caracterização das condições do céu, é utilizado o método da cobertura do céu preconizado pela NOAA (EUA), sendo que a cobertura é estimada visualmente pela observação do montante de cobertura de nuvens. Esta cobertura de nuvens é estimada em percentual e expressa numa escala de 0 a 100%. Assim sendo, apresentam-se as seguintes condições de céus: céu claro: 0% a 35%; céu parcial: 35% a 75%; e céu encoberto: 75% a 100%. A abóbada celeste é considerada como um hemisfério de raio infinito e unitário, tendo no centro o ponto de estudo considerado. A iluminância devida a esta abóbada pode ser determinada a partir da distribuição de luminâncias do céu. Ao integrar-se a contribuição de luz proveniente de cada porção da abóbada por todo o hemisfério, através da sua luminância, tem-se a iluminância total no plano horizontal. Para se determinar a distribuição de luminâncias do céu, a abóbada celeste deve ser subdividida em zonas, assumindo-se um valor de luminância único para cada zona. Há uma figura 5 na norma que apresenta uma subdivisão com 220 zonas com variações angulares de altura e azimute múltiplas de 10°; esta é a subdivisão empregada no método gráfico apresentado na ABNT NBR 15215-4. Observa-se que quanto maior a subdivisão maior a precisão atingida.

Enfim, a luz natural proporciona ao ambiente uma variabilidade que depende do percurso do sol, bem como uma qualidade visual mais agradável e apreciada comparado à iluminação artificial. A relação do usuário com um ambiente iluminado naturalmente é, sem dúvidas, mais estimulante e prazeroso que aquele iluminado artificialmente. Estudos já demonstraram que o ser humano e seu relógio biológico reagem favoravelmente aos estímulos naturais que recebem da luz do dia, proporcionando melhor adequabilidade as atividades diárias e boa sensação de bem estar. Para aproveitamento adequado da luz natural, é importante um estudo acertado no desenvolvimento do projeto arquitetônico para se evitar a incidência da luz solar direta sobre os ambientes. A radiação solar pode gerar um superaquecimento do ambiente interno, principalmente em países de clima quente como o Brasil. Nesse sentido, o estudo de orientação da edificação deve ser feito respeitando as características locais do terreno.

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Salas limpas e ambientes controlados

Utilizadas desde o século passado para que a contaminação de partículas não aumente dentro de um recinto ou sala onde a produção não pode ser feita se houver contaminação prejudicial ao produto, as salas limpas eram construídas com uma tecnologia mais antiga (materiais e ar condicionado) e a um custo condizente com isso. O uso de salas limpas no passado era feito por indústrias farmacêuticas, onde o contaminante particulado ou microorganismo era, e é, indesejável, ou pela indústria eletrônica, na produção de disco rígido ou chips para computadores, onde o particulado submicrônico danificava o funcionamento desses produtos. Seu conceito existia, mas não era ampliado nem aplicado em outros ramos industriais por problemas com custo de produção e implantação ou até mesmo por desconhecimento.

Como o conceito de sala limpa não se limita a um único fim, com o advento de boas práticas de produção nas indústrias farmacêuticas, o seu uso se ampliou para outros ramos industriais, especialmente para a mecânica de precisão, implantes ortopédicos e dentários e, principalmente, na indústria de plástico, na área de produção/acabamento, de controle de qualidade/embalamento, de frascos, os mesmos que irão receber os produtos farmacêuticos. Com o desenvolvimento da tecnologia em ar condicionado, que também caminha a passos largos, o conceito de sala limpa, mas em módulos, ganha espaço no conhecimento em diversos ramos industriais. As salas limpas modulares são recintos em módulos, como o nome está dizendo, que, instalados em locais apropriados, promovem a criação de uma sala limpa com a classificação de acordo com a necessidade do cliente. O conceito de salas limpas modulares baseia-se no conceito de “ilha”, ou seja, um recinto único, onde é exercido um trabalho ou estação de trabalho sob uma qualidade do ar especificado, ficando ao seu redor, fora dessa especificação. São construídas com perfis de alumínio para montantes, vigas longitudinais e transversais para fechamento de teto com difusores motorizados de ar limpo que insuflam o ar para dentro da sala, e por painéis (denominados painéis cegos) em chapa de aço galvanizado.

Nas laterais, o fechamento é de cortinas de PVC translúcido em tiras ou vidro temperado ou Lexxan. O montante pode ser colocado sobre rodízios ou pés fixos e a iluminação interna é feita com lâmpadas fluorescentes, tipo gota. Construídas no formato quadrado ou retangular, oferecem opções para o lay-out a ser aplicado no usuário. A sua versatilidade construtiva é enorme, pois além do uso limitado da sala do ambiente fabril que a contém, possibilita ser deslocado para outro local no mesmo ambiente (com rodízios) ou até mesmo ser desmontada e montada novamente em outro local, quando a fábrica muda de localização (de um município para outro), sem perder o equipamento. Esse atributo de mobilidade interna para atender outra estação de trabalho e de montagem/desmontagem em outra localidade é sua grande vantagem em relação à sala limpa convencional, que muitas vezes não permite ser desmontada ou se o faz é com perda de algum material e com custo de desmontagem que não é desprezível.

A aplicação de rodízios sob os montantes favorece o deslocamento interno, principalmente na indústria de plástico, onde a sala se desloca de uma estação de trabalho de injeção de frascos para outra quando se quer fazer controle de qualidade e embalamento para ganhar versatilidade na produção. O seu custo de implantação é baixo em relação às salas limpas convencionais, o que oferece a esta forma construtiva sua vantagem competitiva. Outros setores industriais deveriam seguir esse conceito de sala limpa modular. Fariam uma economia sensível na implantação e manutenção de sua sala limpa. Dessa forma, o conceito autual de salas limpas envolve os locais onde a qualidade do ar em seu interior é mantida e preservada, através do controle absoluto dos níveis de contaminação e partículas, dentro dos parâmetros (limites) definidos por normativas, para as atividades exercidas no local.

A sala limpa ou clean room é um local de utilização restrita, onde se obter no ar do ambiente, o mais baixo nível de partículas em suspensão, restritas à dimensões previamente estabelecidas. Os hospitais foram os precursores das salas limpas. Cientistas e cirurgiões, descobriram há muitos anos que as bactérias e as infecções estavam intimamente ligadas. Iniciaram então, a redução substancial das infecções, utilizando como anti-séptico, solução de ácido fênico nos instrumentos, no ar e nas mãos dos cirurgiões. Nos hospitais, a área que requer maior atenção no controle das condições de assepsia do ambiente, são os ambientes cirúrgicos. A maior quantidade de bactérias encontradas nos centros cirúrgicos, vem da equipe cirúrgica, sendo resultante de suas atividades durante os procedimentos operatórios. Durante uma cirurgia, a maioria dos membros da equipe cirúrgica está próxima a mesa cirúrgica, criando aumento de concentração de contaminantes, nestes locais, altamente sensíveis.

A aplicação de sistemas de insuflamento pelo forro e de exaustão próximo ao piso, é o preferido pelo corpo médico da área de infectologia, pois propicia maior assepsia na mesa de operação, principalmente quando aplicado concomitantemente como insuflamento laminar e filtros HEPA ou ULPA. As salas limpas de antigamente eram muito similares às de hoje, sendo que a principal causa dos problemas estava justamente na da limpeza do ar, através da ventilação positiva. A utilização do ar exterior também foi importante, pois reduziu a concentração dos fatores contaminantes. Atualmente são muitos os ambientes que necessitam de condicionamento do ar de forma especial, principalmente pela qualidade requerida. Nos hospitais, nos Centros Cirúrgicos, Centros Obstétricos, Centros de Terapia Intensiva, isolamentos de tratamento de doenças infecto-contagiosas, laboratórios de análises e de manipulação. As indústrias microeletrônicas, são umas das mais exigentes, com relação a quantidade de partículas, exigindo um controle rígido dos níveis de possíveis contaminações, visto que na fabricação de circuitos miniaturizados, qualquer partícula, por mais insignificante que possa parecer, pode danificar componentes, interferindo fundamentalmente no padrão de qualidade. Inúmeras vezes já foram constatados problemas sérios, causados pela má qualidade do ar interior em sistemas eletrônicos, devido a grande proliferação de microorganismos em placas, chips, circuitos, etc. Em todos os níveis, com mais ou menos necessidade de controle de contaminação do ar interior, seja por poluentes tóxicos e perigosos, ou por sujidades simples, mas que acabam por macular os processos de fabricação de quaisquer tipos de produtos, ligados ou não diretamente ao sério problema de potencial risco à saúde pública.

Por exemplo, em muitas indústrias de equipamentos pesados, a contaminação passa a ser um problema crítico, em função dos aumentos de custos com devoluções de produtos, pois muitas peças de precisão acabam se deteriorando pela limpeza não eficiente, o que acaba por interferir na qualidade do projeto final. Note-se que neste caso, as salas limpas são também utilizadas nos departamentos de medição, de análises laboratoriais de micro componentes ou de composição de metais em geral. A NBR ISO 14644-4 de 04/2004 – Salas limpas e ambientes controlados associados – Parte 4: Projeto, construção e partida (clique no link para mais informações) especifica os requisitos para o projeto e construção de instalações de salas limpas, porém não prescreve meios tecnológicos ou contratuais específicos para atender à conformidade com esses requisitos. Destina-se a usuários, fornecedores e projetistas de instalações de salas limpas e fornece uma lista de verificação para os parâmetros importantes de desempenho. Proporciona um guia de construção, incluindo requisitos para partida e qualificação. Os elementos básicos de projeto e construção, necessários para assegurar uma operação satisfatória contínua, são identificados levando-se em consideração os aspectos relevantes de operação e manutenção.

A NBR ISO 14644, sob o título geral “Salas limpas e ambientes controlados associados”, deverá conter as seguintes partes: Parte 1: Classificação da limpeza do ar; Parte 2:Especificações para ensaios e monitoramento para comprovar a contínua conformidade com a ISO 14644-1; Parte 3: Metrologia e métodos de ensaio; Parte 4: Projeto, construção e partida; Parte 5: Operação; Parte 6: Terminologia; e Parte 7: Dispositivos de separação (isoladores, miniambientes). As salas limpas e os ambientes controlados associados proporcionam o controle da contaminação por partículas em suspensão no ar, em níveis apropriados, para o desempenho das atividades sensíveis à contaminação.

Entre os produtos e processos que se beneficiam do controle da contaminação do ar estão os de indústrias, tais como, aeroespacial, microeletrônica, farmacêutica, de dispositivos médicos e de tratamento de saúde. Essa parte 4 da ABNT NBR ISO 14644 especifica os requisitos para o projeto e a construção de instalações de salas limpas. Essa norma destina-se a usuários, fornecedores e projetistas de instalações de salas limpas e proporciona uma lista de verificação para os parâmetros importantes de desempenho. Fornece um guia de construção, incluindo requisitos para partida e qualificação. Os elementos básicos de projeto e construção, necessários para assegurar uma operação continuada satisfatória, são identificados levando-se em consideração os aspectos relevantes de operação e manutenção. Essa parte da NBR ISO 14644 é uma de uma série de normas referentes a salas limpas e assuntos correlatos. Vários fatores além do projeto, da construção e da partida devem ser considerados para a operação e o controle das salas limpas e outros ambientes controlados. Esses fatores são tratados com mais detalhes em outras normas internacionais elaboradas pela ISO/TC 209.

A aplicação desta parte da ABNT NBR ISO 14644 restringe-se ao seguinte: os requisitos do usuário são representados pelo comprador ou especificador; os processos específicos a serem alojados dentro das instalações de sala limpa não estão contemplados; a regulamentação de segurança e incêndio não é especificamente considerada. Devem ser respeitados os regulamentos nacionais e locais apropriados; os materiais de processo e as utilidades são considerados somente quanto ao seu encaminhamento entre as diversas zonas de limpeza e dentro destas; quanto à operação inicial e à manutenção, somente são considerados os requisitos específicos de construção da sala limpa. Assim, o item 4 1 em Requisitos diz que devem ser definidos e acordados entre o usuário e o fornecedor os parâmetros listados em 4.2 a 4.18. Nos requisitos abaixo mencionados, são feitas referências aos anexos A a H, os quais são somente informativos.

4.2 Menção do número, da edição e da data de publicação desta parte da ABNT NBR ISO 14644.

4.3 Estabelecimento do papel de terceiros relevantes para este projeto (por exemplo: consultores, projetistas, autoridades reguladoras, organizações prestadoras de serviços). Ver exemplos no anexo C.

4.4 Propósito geral para a utilização da sala limpa, as operações conduzidas em seu interior e quaisquer condições impostas pelos requisitos operacionais (ver exemplos nos anexos A, B e D).

4.5 A classe de limpeza requerida para partículas em suspensão no ar ou exigências requeridas de acordo com as partes relevantes desta Norma (ISO 14644-1, ISO 14698-1, ISO 14698-2 e ISO 14698-3) (ver exemplos no anexo B).

4.6 Os parâmetros ambientais críticos, incluindo seus pontos de ajuste especificados, níveis de alerta e de ação a serem medidos para assegurar a conformidade com os requisitos, junto com os métodos de medição adotados, incluindo calibrações (ISO 14644-2 e ISO 14644-3) (ver exemplos no anexo F).

4.7 O conceito de controle de contaminação, incluindo os critérios de instalação, operação e desempenho, a ser utilizado para alcançar o nível requerido de limpeza (ver exemplos no anexo A).

4.8 Os métodos de medição, controle, monitoramento e documentação requeridos para atingir os parâmetros acordados (ver exemplos nos anexos C e F).

4.9 A entrada ou saída de equipamentos, aparato, suprimentos e pessoal requerido para atender à instalação (ver exemplos no anexo D).

4.10 Os estados de ocupação especificados, selecionados dentre “como construído”, “em repouso” e “em operação”, nos quais os parâmetros requeridos devem ser alcançados e mantidos, incluindo os métodos de controle e as variações em função do tempo (ver exemplos no anexo C).

4.11 O arranjo e a configuração da instalação (ver exemplos no anexo D).

4.12 As dimensões críticas e restrições de peso, incluindo as relacionadas com o espaço disponível (ver exemplos no anexo D).

4.13 Os requisitos de processo e de produto que afetam a instalação (ver exemplos nos anexos B e G).

4.14 A lista de equipamentos de processo com os requisitos de utilidades (ver exemplos nos anexos D, E e H).

4.15 Os requisitos de manutenção da instalação (ver exemplos nos anexos D e E).

4.16 A designação das tarefas para preparação, aprovação, execução, supervisão, documentação, estabelecimento dos critérios, projeto básico, projeto detalhado, construção, ensaios, comissionamento e qualificação (incluindo o desempenho e o testemunho dos ensaios) (ver exemplos nos anexos E e G).

4.17 A identificação e a avaliação das influências ambientais externas (ver exemplos no anexo H).

4.18 As informações adicionais requeridas para aplicações particulares (ver exemplos no anexo H).