A correta apresentação em folhas de desenho

Todas as folhas de desenho devem ter margens e quadro limitando o espaço para desenho. A margem esquerda deve ter 20 mm de largura para permitir que a folha seja perfurada e arquivada.

A NBR 16752 de 01/2020 – Desenho técnico — Requisitos para apresentação em folhas de desenho especifica o formato das folhas de desenho e os elementos gráficos, a localização e a disposição do espaço para desenho, espaço para informações complementares e legenda, o dobramento de cópias e o emprego de escalas a serem utilizadas em desenhos técnicos.

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O que é uma escala de ampliação?

Como deve ser feita a indicação do dobramento das folhas?

Qual seria um exemplo de legenda?

Quais seriam os exemplos de disposição das informações complementares?

O formato básico para folha de desenho é o retângulo com área igual a 1,0 m2 e de lados medindo 841 mm × 1.189 mm, mantendo entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e a sua diagonal (ver figuras abaixo).

Para os formatos 2A0 e 4A0, aplicam-se os mesmos requisitos estabelecidos nesta norma para o formato A0. Para os formatos A5 e A6, os requisitos estabelecidos nesta norma são orientativos, podendo ser desconsiderados ou adaptados. Estes formatos, menos utilizados, também pertencem à série ISO-A.

Todas as folhas de desenho devem ter margens e quadro limitando o espaço para desenho. A margem esquerda deve ter 20 mm de largura para permitir que a folha seja perfurada e arquivada. Todas as outras margens devem ter 10 mm de largura. Nas folhas de desenho, quatro marcas de centro devem ser aplicadas para facilitar o posicionamento, quando reproduzido ou microfilmado.

Estas marcas são posicionadas nas extremidades dos eixos de simetria horizontal e vertical da folha. As marcas são construídas com linhas contínuas de 0,7 mm de largura, iniciando na extremidade da malha de referência, estendendo-se 10 mm além do quadro. Formatos maiores que A0 requerem marcas de centro adicionais no ponto médio de cada seção a ser microfilmada ou reproduzida.

Para identificar as malhas, devem ser utilizadas letras e números. Os campos individuais devem ser referenciados de cima para baixo com letras maiúsculas (as letras I e O não podem ser utilizadas), e da esquerda para a direita com números, em ambos os lados da folha. Para o formato A4, utilizam-se apenas o lado superior e o lado direito.

As letras e os números devem ser executados em escrita vertical e tamanho nominal de 3,5 mm. Se o número das divisões exceder o número de letras do alfabeto, adotar para as letras de referência a seguinte forma: AA, AB, AC, e assim sucessivamente. A identificação do formato deve ser indicada no campo inferior direito da malha.

O espaço da folha de desenho é dividido em: espaço para desenho; legenda; espaço para informações complementares, quando necessário. O desenho deve ser realizado no espaço para desenho. Havendo mais de um desenho, eles devem estar dispostos ordenadamente na horizontal e na vertical, sendo o desenho principal, se houver, posicionado acima e à esquerda deste espaço.

A legenda deve ser elaborada na forma de um quadro subdividido em campos de dados, contendo informações, indicações e identificações relevantes associadas ao desenho. Os seguintes campos de dados devem constar na legenda: proprietário legal e/ou empresa (nome, marca fantasia ou logotipo); título; número de identificação; tipo de documento; responsável (eis) pelo conteúdo; autor e aprovador; projetista, desenhista e verificador; data da emissão; escala; número ou indicação sequencial da folha; nome do responsável técnico, título profissional e registro no órgão de classe, quando aplicável.

Outros campos podem ser adicionados à legenda para atender às necessidades específicas do desenho, por exemplo: subtítulo; dados do projeto (nome, localização, fase ou outro); classificação ou palavra-chave (identificação, números, registros ou códigos); local, data e assinatura; indicação do método de projeção; nome do arquivo eletrônico; unidade de medida utilizada, se aplicável; índice da versão ou revisão; total de folhas; idioma. A legenda deve estar posicionada na horizontal e situada no canto inferior direito do quadro, apresentando, em todos os formatos, 180 mm de comprimento e altura variável.

Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do desenho devem ser inseridas no espaço para informações complementares, independentemente da ordem de apresentação, exceto aquelas que necessitem estar posicionadas junto ao desenho. São normalmente colocadas neste espaço: explicações; instruções; referências gerais; desenho esquemático; lista de itens; tabela de revisões.

O espaço para informações complementares normalmente deve ser alocado próximo à margem direita e acima da legenda. A largura do espaço deve ser no máximo igual à largura da legenda, ou seja, 180 mm. Se o desenho ocupar a largura completa do espaço para desenho, o espaço para informações complementares deve ser colocado próximo à margem inferior do espaço para desenho.

A altura do espaço para informações complementares pode ser escolhida, conforme necessário. O espaço para informações complementares deve ser dividido em colunas, com larguras apropriadas. Referências dos itens são designadas para componentes ou materiais de montagens.

A finalidade é associar os itens do desenho com os itens da lista. Itens idênticos no desenho devem ter a mesma referência. Se nenhuma referência for utilizada, o campo pode ser deixado em branco ou a coluna pode ser omitida. A quantidade expressa o número de itens necessários para uma montagem específica. As colunas para quantidade e unidade podem ser combinadas na mesma coluna. O número aplicado nesta coluna pode ser peça, volume, comprimento, massa ou outra quantidade requerida.

Quando a quantidade exata de um item não for conhecida, um dos seguintes métodos pode ser utilizado: colocar “CR” (conforme requerido) sem informar a quantidade; colocar “EST” (estimado) na coluna de unidade ou na coluna combinada de quantidade e unidade. Se necessário, as abreviaturas podem ser explicadas na lista de itens.

A unidade é uma grandeza adotada como a base ou padrão de medida. Se a unidade for referente à peça, este campo pode ter a sua indicação abreviada (pç). Esta coluna deve conter a grandeza utilizada para mensurar a quantidade, conforme a NBR ISO 80000 (todas as partes).

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Dicas para desenvolver a trabalhabilidade

Segundo a especialista Carla Béck, diretora da Infinita Engenharia do Potencial Humano e Master Coach, hoje é importante que o profissional tenha trabalhabilidade. Ou seja, veja o trabalho além do emprego. Para ela, ter trabalhabilidade é se manter produzindo economicamente além do escritório, seja como empreendedor, consultorias, parcerias, ou hobbies que podem se tornar fonte de renda no futuro. “O profissional reconhecido por sua capacidade de gerar receita, por suas competências, por sua experiência, independentemente da forma como ele é contratado. É um conceito que estabelece uma nova forma de percepção e relação com o trabalho”, explica Carla.

A primeira dica para desenvolver trabalhabilidade, é imprescindível investir em autoconhecimento, seja com cursos, consultorias, coaching. São ferramentas que auxiliam na construção de aproveitamento do potencial de cada um. A segunda é: reflita sobre a sua vida profissional e estabeleça metas de crescimento pessoal e profissional, dessa maneira, o indivíduo cria para si e para o mercado maior valor e, claro, consegue melhores propostas e trabalhos.

Ter diploma universitário já foi garantia de conquistar um bom emprego, com salário alto e a tão sonhada estabilidade. Até pouco tempo atrás, era muito comum que as pessoas trabalhassem em uma única empresa por toda a vida. Inclusive era a forma mais garantida de crescimento e promoções nas empresas: o chamado “tempo de casa”.

Com o advento da tecnologia, principalmente da internet e meios de comunicação, as relações se tornaram mais fluidas, dinâmicas e com contornos mais amplos. Por exemplo, já não é mais necessário estar numa sala ou escritório para fazer uma ligação, enviar um documento ou mesmo uma reunião. Smartphones, notebooks, softwares de mensagens e vídeo, wi-fi e 3G vieram para ficar e mudar as relações de trabalho.

Em tempos de redes sociais, internet e comunicação cada vez mais instantânea, é preciso encontrar profissionais que acompanhem esse processo. Essas novidades mudaram não só a forma como trabalhamos, mas a importância e valor de algumas características e habilidades do trabalhador. “Por exemplo, é imprescindível no mercado atual que o profissional saiba se adaptar rapidamente às mudanças, saiba antever dificuldades e buscar soluções por conta própria. A terceira dica é: seja proativo! No mundo 2.0, isso significa buscar respostas diferentes para a mesma pergunta”, acrescenta a especialista.

Os serviços de design

Se o serviço é o processo de realização de um trabalho para satisfazer a necessidade de um consumidor ou para agregar valor a determinado tipo de produto, sendo que o seu resultado poderá ser tangível ou intangível, o design é a ferramenta estratégica para empresas que atuam nos segmentos de serviços. Pode-se dizer que o design é a atividade intelectual, técnica, criativa, de planejamento, projeto e desenvolvimento, que une elementos estéticos, simbólicos, funcionais, produtivos e do usuário, em sistemas, produtos, serviços, comunicação ou ambientes, cujo objetivo principal é criar valor e sentido, produzindo adequação, melhoria e/ou inovação.

A NBR 16585 de 05/2017 – Serviços de design – Diretrizes para boas práticas fornece diretrizes para boas práticas utilizadas nos serviços de design. Destina-se a incentivar a aplicação de tais práticas por designers, empresas de design, prestadores de serviços, clientes e organizações envolvidas com as diversas áreas do design.

A norma apresenta as boas práticas para prestação de serviços de design. Estas práticas colaboram de modo decisivo no resultado final da prestação do serviço, com a redução de erros e inconsistências no resultado do projeto, aumentando sua assertividade e melhorando a organização das informações, contribuindo assim para o seu sucesso.

Propõe organizar a relação entre os envolvidos na prestação dos serviços de design, bem como suas atuações em cada momento do projeto. Os conceitos e práticas descritos podem ser aplicáveis a todas as formas de serviço de design.

Recomenda-se que os serviços de design sigam a sequência de boas práticas apresentadas na norma, que representam uma metodologia abrangente e compartilhada entre as diversas áreas do design. A figura abaixo apresenta a estrutura de boas práticas dos serviços de design.

Clique na figura para uma melhor visualização

Diferentes modelos metodológicos podem ser aplicados no desenvolvimento do projeto de design. Convém que estes modelos sejam entendidos como balizadores do processo, e nunca como fórmulas de prescrição. Recomenda-se a elaboração do briefing de projeto, que anteceda e oriente a preparação de proposta de serviços e o contrato entre as partes.

Dessa forma, o briefing é elaborado pelo cliente e convém que seja assistido por um designer. Convém que o prestador de serviço verifique e revise se as informações fornecidas pelo cliente são suficientes para a elaboração da proposta comercial. Recomenda-se que a proposta aprovada seja assinada pelo cliente ou o aceite seja formalizado por outro meio inequívoco, antes do início da prestação dos serviços.

Convém que a proposta aprovada e assinada, seja objeto de contrato escrito entre as partes e orientado por um profissional de Direito, redigido de forma clara evitando ambiguidades e omissões e contemplando algumas especificações. Por exemplo, a qualificação das partes, especialmente, a verificação de quem representa cada uma das partes contratantes. Recomenda-se manter junto com o contrato a cópia dos documentos que dão poderes à pessoa física para agir em nome da pessoa jurídica e, juntamente, a documentação desta pessoa física. Se o contrato for assinado por um procurador, anexar cópia da procuração.

Igualmente, deve-se fazer a transcrição dos elementos que constam na proposta comercial; a previsão de penalidades em caso do descumprimento de alguma obrigação do contratante e do contratado, sempre visando um equilíbrio na relação que já foi negociada; a previsão e as condições para distrato; o foro, a data e as assinaturas.

Recomenda-se realizar reunião entre o prestador de serviço, o cliente e outros profissionais envolvidos no projeto, para aprofundar o entendimento da demanda e dos problemas a serem resolvidos. Convém que o prestador de serviço valide as informações do briefing e colete outras informações mais aprofundadas, conhecidas e desejadas pelo cliente, pertinentes ao negócio do cliente e do projeto, como: investimentos e verbas previstos; objetivos estratégicos do projeto; público-alvo e usuários pretendidos pelo cliente; processos construtivos existentes; processos construtivos a serem desenvolvidos para implementação do projeto.

Recomenda-se que o serviço de design seja remunerado como forma de valorização do trabalho intelectual e que os princípios éticos profissionais sejam respeitados em qualquer concorrência de serviços de design. Recomenda-se que não sejam realizadas concorrências especulativas, nas quais se desenvolvem soluções ou projetos para uma demanda, sendo remunerada apenas a solução vencedora.

Convém que os serviços de design se desenvolvam a partir de orçamento previamente aprovado e acertado entre as partes e que todo trabalho seja remunerado, na forma de valores definidos e negociados caso a caso, ou de taxas proporcionais ao desafio, ou ainda, em valores idênticos para todos os concorrentes selecionados. Convém, como boas práticas, que a proposta comercial de serviços de design contemple alguns aspectos, de acordo com a natureza do projeto.

Assim, devem ser especificada a contratação e gestão de terceiros: engenheiros, consultores, fotógrafos, tradutores, revisores de texto, modelistas, profissionais de implementação, entre outros; previsão de despesas de viagem: deslocamento, alimentação, hospedagem; remessas de volumes por transportadoras e serviços de entregas; observação, aquisição e indicação de normas específicas; pagamento de taxas em órgãos certificadores e outros; registro de marcas, patentes e busca de anterioridade no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) ou em outros órgãos ou entidades Internacionais.

Quanto às questões de cessão de direito autoral, propriedade intelectual, condições de exposição do projeto em portfólio, uso de marca, divulgação da autoria, participação em concursos, entre outros, também devem ser especificadas. Assim, como os registros e licenças: domínio, hospedagem de site, compra e assinatura de licenças, entre outros; fotografias, imagens, ilustrações, textos (criação, revisão e versões em outros idiomas), maquetes (físicas ou eletrônicas), provas digitais, impressões, cópias, plotagens, protótipos, mockups, materiais de implementação do projeto, entre outros.

Também deve constar a existência de custo adicional por retomada do projeto, caso haja interrupções no processo por parte do cliente; retorno a fases e etapas já validadas; solicitação de atividades que não estejam descritas no objeto ou escopo da proposta comercial; indicação da forma de correção dos valores da proposta; indicação de que o cliente não tem o direito de uso das alternativas geradas no processo que não aquela adotada e aprovada para o desenvolvimento do projeto; indicação de que o cumprimento do cronograma está vinculado aos prazos do cliente na avaliação, aprovação e fornecimento de informações e materiais inerentes ao projeto; observação dos termos de confidencialidade das informações tratadas; e a aprovação do projeto junto aos órgãos competentes.

Qual é o seu coeficiente de criatividade no trabalho?

Clicando aqui é possível ter conhecimento dos Projetos de Normas Brasileiras e Mercosul, disponíveis para Consulta Nacional. Selecione o Comitê Técnico desejado e clique sobre o código ou título para consultar e votar.

Ernesto Berg

Quanto mais você desenvolve a capacidade de produzir ideias novas e aperfeiçoadas, mais você aumenta o seu valor profissional e seu nível de participação na empresa. Este questionário permite avaliar seu grau de criatividade no ambiente de trabalho. Responda como você realmente age e não como você entende que seria melhor.

S = SIM        N = NÃO         AV = ÀS VEZES

  1. Você encara desafios e barreiras como algo que possa trazer oportunidades, mais do que possa trazer problemas?

S     N    AV

  1. Ao procurar soluções com  o  grupo de trabalho, para  determinados  problemas, você faz uso de processos e técnicas criativas de tomada de decisão?

S     N    AV

  1. Você costuma ter ideias criativas para resolver problemas intrincados?

S     N    AV

  1. Quando alguém lhe traz uma ideia criativa para resolver um problema, você usa frases do tipo “não vai  dar  certo”, ou “não vale a pena”?

S     N    AV

  1. Você costuma implantar novas alternativas e processos que auxiliam na agilização dos trabalhos ou a tomada de decisão?

S     N    AV

  1. Você já ignorou boas ideias suas porque não tinha recursos ou não sabia como implantá-las?

S     N    AV

  1. Para você e a equipe com a qual trabalha, tudo tem que ser sempre muito prático, objetivo e rápido, sem dar lugar a novos processos mais criativos e compensadores?

S     N    AV

  1. Quando tenta resolver um problema você se inspira em soluções que deram certo em outros setores, ou empresas?

S     N    AV

  1. Você se interessa por processos criativos que utilizam novas ideias e oportunidades para serem implantadas na organização (ou em seu setor)?

S     N    AV

  1. Você exercita sua mente regularmente em pensar fora da “caixa”, isto é, imaginar as coisas de uma perspectiva fora dos paradigmas?

S     N    AV

  1. Você sabe utilizar instrumentos criativos de tomada de decisão ou de resolução de problemas como, por exemplo, o brainstorming?

S     N    AV

  1. Você se considera criativo?

S     N    AV

  1. Você já teve a oportunidade de implantar soluções criativas em seu ambiente de trabalho que se mostraram eficazes?

S     N    AV

  1. Para você é uma perda de tempo procurar soluções novas para situações indesejáveis que acontecem dentro da organização?

S     N    AV

  1. Quando seu trabalho sai da rotina habitual e você é obrigado a enfrentar circunstâncias imprevistas, você se sente inseguro ou desconfortável?

S     N    AV

Faça a sua autoavaliação

Marque um ponto para cada resposta SIM dada às seguintes questões: 1, 2, 3, 5, 8, 9, 10, 11, 12, 13

Marque um ponto para cada resposta NÃO dada às seguintes questões: 4, 6, 7, 14, 15

Marque meio ponto para cada resposta MAIS OU MENOS.

TOTAL  DE  PONTOS________

De 13 a 15 pontos. Ótimo. A criatividade e a inovação estão entre os seus pontos fortes. Para que seus resultados melhorem ainda mais envolva seus colegas e membros de equipe nos processos de criatividade e inovação, pois beneficiarão seu setor e toda a organização.

De 10 a 12,5 pontos. Sua criatividade está em fase de progresso. Talvez você até já tenha conseguido algum sucesso, mas pode melhorar bem mais se fizer da criatividade e da inovação um processo constante em suas atividades, e compartilhar ideias com seus colegas e membros da equipe.

Abaixo de 10 pontos. Você está inseguro quanto ao seu talento criativo. Talvez até você se julgue pouco criativo. Seja como for, procure oportunidades para melhorar e colocar em prática formas mais criativas e diferentes de trabalhar as coisas, mesmo que não tenha nenhuma necessidade disso no momento.

Comentários

A necessidade de solucionarmos problemas é um fato real na nossa vida diária, seja em casa, no ambiente de trabalho ou em qualquer outro lugar. Tanto a criatividade como a inovação trazem soluções e compensações para a nossa vida que vão do nível corriqueiro do dia a dia até o ponto mais inusitado e extraordinário de uma descoberta.

Comece a agir mais criativamente

No trabalho existem pessoas que são naturalmente mais criativas do que outras. Isto não significa que não possamos desenvolver capacidades criativas, pois existem instrumentos e técnicas que estimulam e ajudam fortemente o incremento dessas habilidades. O primeiro passo é você treinar sua percepção para as oportunidades de melhorar os sistemas, métodos e procedimentos dos serviços que você faz em seu trabalho. Comece colhendo informações, depois descubra as principais causas dos problemas e dificuldades existentes e, então, comece a gerar e avaliar suas próprias ideias visando implantar melhorias. Apresente suas sugestões de melhoria em reuniões grupais e colha pareceres e ideias dos componentes do grupo. Depois teste o funcionamento e faça os ajustes necessários para em seguida implantar os novos padrões ou procedimentos. Lembre-se que quem mais conhece o seu trabalho é você mesmo e, portanto, é a pessoa mais habilitada para sugerir melhorias e mudanças em sua área. O que você precisa é de argumentos plausíveis e aceitáveis para vender e levar em frente as ideias.

Pessoas criativas agem

Pessoas criativas não permanecem sentadas à espera de que os problemas apareçam. Elas estão atentas a situações que podem provocar eventuais obstáculos e sentem-se motivadas pela oportunidade de mudar as coisas. Não se sentem intimidadas pelas mudanças, antes, provocam-nas e abraçam-nas com satisfação, pois desenvolvem constantemente suas habilidades criativas e adotam atitudes positivas diante das mudanças e problemas que surgem. Elas assumem papel ativo, tanto na identificação de novas oportunidades, quanto em detectar problemas potenciais que possam obstaculizar as atividades da equipe ou da organização.

Ernesto Berg é consultor de empresas, professor, palestrante, articulista, autor de 15 livros, especialista em desenvolvimento organizacional, negociação, gestão do tempo, criatividade na tomada de decisão, administração de conflitos – berg@quebrandobarreiras.com.br

Criatividade e inovação: o mapa da mina para você e sua empresa sobreviverem

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Qual a diferença entre criatividade e inovação?

Ernesto Berg

Existem várias definições sobre criatividade, porém a mais conhecida – e, talvez, a mais esclarecedora – é de Mike Vance, da Walt Disney University: “Criatividade é a configuração do novo e a reorganização do velho”. Isto é, criatividade é o resultado de uma ideia cujo propósito é fazer algo novo, ou, então, de rearranjar habilidosamente coisas já existentes e dar-lhes uma nova configuração.

Entretanto, você pode ter uma grande ideia e não colocá-la em prática, imaginar novidades e não realizá-las. É preciso agir, e fazer com que ela se torne realidade. É aqui que entra em cena a inovação: “Inovar é colocar em prática a ideia criativa que você teve e auferir lucro com ela”. Esse lucro poder ser econômico, social, comunitário ou outro qualquer.

Com base nesse conceito podemos fazer quatro cruzamentos diferentes – os quadrantes – entre criatividade e inovação, e saber dos resultados advindos disso.

Quadrante I – Baixa criatividade e alta inovação.

O resultado desse cruzamento é: qualidade de vida. Mesmo com baixa criatividade, pessoas e empresas situadas nesse quadrante tem alta inovação, porque copiam o que já existe no mercado, reorganizando, readaptando e rearranjando o que outras empresas e países criaram. Foi o que o Japão fez copiosamente nas décadas de 50 e 60 lançando produtos idênticos aos produzidos na Europa e Estados Unidos, a preços (e qualidade) inferiores aos praticados no mercado. Isso ajudou a alavancagem econômica do país do Sol Nascente. A partir dos anos 70 o Japão passou a produzir, também, produtos criativos e de alta qualidade – que, de baratos, se tornaram caros – estabelecendo uma poderosa economia e sólida reputação mundial. Guardadas as devidas proporções, a história se repete no século XXI através da China que fartamente copia os produtos existentes no mercado – fazendo isso com bastante sucesso – e, gradativamente, propiciando melhoria de qualidade de vida de seu povo.

Quadrante II – Baixa criatividade e baixa inovação.

É o quadrante síndrome de Gabriela. Igual à música da novela: “Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim Gabriela, sempre Gabriela”. Pessoas, empresas e economias situadas nesse espaço são vítimas da estagnação: nada muda, nada se cria, nada se inova.

Quadrante III – Alta criatividade e baixa inovação.

É o quadrante do pioneiro frustrado. São indivíduos ou organizações que descobrem ou criam algo novo e diferenciado – às vezes, revolucionário -, mas, pelas mais variadas razões, não conseguem emplacar o que criaram, ou torná-la rentável no contexto em que se encontram. Mais tarde aparecem pessoas que se apropriam da ideia, processo ou tecnologia, fazem as adaptações necessárias e as tornam um extraordinário sucesso econômico.

É o aconteceu, por exemplo, com os irmãos McDonald’s (Dick e Maurice). Em 1953 eles eram donos de dois restaurantes na Califórnia e, para dar conta da grande demanda de fregueses, inventaram o fast food sistema em que os sanduíches e demais alimentos eram previamente aprontados – ou deixados semiprontos -, o que tornava o atendimento extremamente ágil. Porém eles não se interessaram em expandir o negócio. Em 1954, Ray Kroc, um vendedor de batedeiras de milk-shake, percebendo que o sistema dos irmãos poderia fazer um enorme sucesso, adquiriu os direitos de franquia para todo o continente norte-americano, exceto onde os McDonalds já operavam. Do final dos anos 50 em diante, a cadeia de restaurantes de Ray Kroc – que preservou o nome McDonald’s – teve um fenomenal crescimento nos Estados Unidos, seguido da mesma expansão ao redor do mundo a partir da década de 70, tornando Krock bilionário. Atualmente são mais de 34 mil restaurantes franqueados, localizados em mais de 120 países. Em depoimento que deram anos depois, os irmãos McDonald’s, criadores do sistema, afirmaram que jamais imaginaram a dimensão que o negócio acabaria assumindo nas mãos de Ray Kroc. Como diz o ditado popular, o cavalo passou “encilhado” bem diante dos seus olhos, mas eles não perceberam a oportunidade. A história registra centenas de casos semelhantes, de pessoas que não souberam fazer de sua criação ou invento um sucesso – alguns, até mesmo, porque não acreditaram nele -, e posteriormente, pelas mãos de outros, tiveram estrondoso êxito.

Quadrante IV – Alta criatividade e alta inovação.

É o quadrante dos vencedores. São indivíduos que colocam em prática o que criam, isto é, inovam, pois obtêm resultados concretos. Poderiam ser pioneiros frustrados, mas a determinação e perseverança de levar em frente suas ideias ou inventos foram os diferenciais que os fizeram vencedores.

Exemplo disso é o Sterilair, aparelho que elimina ácaros, fungos, mofo e micro-organismos nocivos à saúde, inventado nos anos 80 pelo físico brasileiro Alintor Fiorenzano. Ele foi inteligente ao perceber que seu invento tinha grande poder de comercialização e, por sugestão de um amigo, requereu a patente no Brasil. Entretanto, a microempresa que Fiorenzano criou não conseguia dar conta da demanda, assim, em 1985, procurou uma empresa para expandir o negócio. Segundo ele mesmo afirmou, “alguns executivos nem me recebiam, outros me tratavam como vendedor de bugigangas, e vários me propuseram acordos vergonhosos para a compra da patente”.

Finalmente, dirigiu-se à Yashica do Brasil, em Sorocaba, São Paulo, e após vários contatos com a executiva Mitiko Ogura – que enviou o aparelho para inúmeros testes no Japão -, iniciou sua produção em larga escala a partir de 1989. Hoje, o Sterilair – e aparelhos similares – é vendido mundialmente. Só no Brasil foram comercializados até hoje mais de dois milhões de unidades. A criatividade, aliada à capacidade de inovação, determinação e persistência de Fiorenzano fizeram com que seu invento fosse um grande sucesso.

Criatividade e inovação exigem trabalho; elas não gostam de indivíduos preguiçosos e sonhadores. Ter ideias criativas, é uma coisa; lutar por elas e torná-las realidade, é outra, bem diferente. Juntas, elas representam a garantia de sobrevivência e ascensão de pessoas e empresas. Isoladas, podem representar o fracasso delas.

Ernesto Berg é consultor de empresas, professor, palestrante, articulista, autor de 15 livros, especialista em desenvolvimento organizacional, negociação, gestão do tempo, criatividade na tomada de decisão, administração de conflitos – berg@quebrandobarreiras.com.br

 

O extraordinário poder das atitudes certas – conheça as cinco dicas

Ernesto Berg

Autoestima é  a capacidade que uma pessoa tem de confiar em si própria, de valorizar-se, de amar-se, de sentir-se capaz de enfrentar os desafios da vida. Autoestima e autoconfiança são irmãs gêmeas e andam sempre juntas. Não é algo com as quais as pessoas já nascem. Elas resultam de uma combinação de três fatores principais:

  1. Habilidades aprendidas: autoestima – assim com a autoconfiança – é uma combinação de habilidades e competências adquiridas ao longo da vida. Ela pode ser aprendida.
  2. Prática: Pode parecer estranho, mas mesmo que ela dê a impressão de ser algo espontâneo, a autoestima principia e se desenvolve através da prática contínua. Trata-se de atitudes e comportamentos que vão se cristalizando ano a ano até transformarem-se, mais tarde, em hábitos naturais e inconscientes de quem as pratica.
  3. Foco interno: É o principal dos três fatores. Autoestima e autoconfiança resultam do que os psicólogos chamam de foco interno de controle, ou seja, o ponto central do indivíduo. Significa que pessoas que se autodirecionam e responsabilizam-se por suas escolhas e decisões, têm maior autoconfiança e maior autoestima por estarem centradas e alicerçadas em sólidos valores e princípios pessoais de vida. Esse foco interno faz com que você procure conviver com pessoas idênticas ao seu modo positivo de ser e pensar.

Por esse motivo é muito fácil se dar bem com pessoas de elevada autoestima, pois são, habitualmente, pessoas simpáticas, generosas, abertas ao diálogo e dispostas a ouvir e apoiar os outros. Quando cometem um erro admitem o erro e não se sentem ofendidas quando criticadas ou censuradas, pois têm amor-próprio em abundância. Muitos confundem autoestima com egocentrismo ou egoísmo.

O egoísta é centrado em si mesmo e em suas próprias necessidades, enquanto que a pessoa de elevada autoestima ama e respeita a si própria, por isso sabe que os outros merecem igual respeito e têm o mesmo direito de serem felizes e realizados. Outros confundem autoestima com autoarrogância e autossuficiência, acreditando que impondo-se aos outros, ou exibindo-se, estão sendo respeitados e admirados.

Na realidade, pessoas que têm autoestima são, por natureza, indivíduos humildes, prestativos, realizadores, mas nada têm de arrogantes ou de pretensa autossuficiência. Elas sabem que dependem dos outros, tanto quanto os outros dependem dela. Pessoas que se julgam autossuficientes deveriam fazer a experiência de passar um mês isoladas no Pólo Sul, ou em algum longínquo e tórrido deserto, para ver se sobreviveriam sozinhas.

A fórmula da baixa autoestima

Quando alguém sofre de baixa autoestima tudo parece ser mais difícil. Um simples olhar ou uma palavra grosseira ofende e afeta a pessoa. Ela é hipersensível e até uma simples e inocente observação ela interpreta como sendo uma “indireta”, ou algo com duplo sentido. Pessoas de baixa autoestima podem tornar-se muito reservadas e retraídas, ou então – ao contrário -, podem adotar comportamentos de arrogância e ser briguentas, pois é a forma que encontram de se protegerem e suprir o sentimento de inferioridade.

Existe uma fórmula que define o estado da baixa autoestima: BA=PD. Isto é, Baixa Autoestima (BA) equivale a Problemas e Dificuldades (PD). Se você tem diante de si uma pessoa insegura e amedrontada, ou um indivíduo arrogante e mal educado que quer rebaixá-lo e impor-se a você, tem na verdade, alguém com muito baixo conceito de si mesmo.

Se você for enfrentar o arrogante ou briguento só vai piorar as coisas, porque ele está extravasando desesperadamente sua necessidade de sentir-se importante, ao mesmo tempo que esconde seu medo e sentimento de insegurança. A melhor estratégia, neste caso, é lembrar-se da fórmula BA=PD, porque o indivíduo sofre de baixa autoestima e está expressando apenas seu estado de confusão interno, e você não precisa agravar o problema dele desprezando-o ainda mais. Respostas agressivas ou sarcásticas de sua parte só irão agravar a situação. Você não precisa apresentar argumentos arrasadores só para confrontá-lo ou humilhá-lo.

O que fazer então? Veja as cinco dica

  1. Aplique a fórmula da autoestima positiva

O antídoto é: AAP=RFC. Isto é, Aumentar a Autoestima da Pessoa equivale a Resposta Favorável e Colaborativa. Basta manter uma postura de tranquilidade e respeito pelo interlocutor e, com calma, procure saber a causa da desavença, sem atitudes agressivas ou de censura. A tranquilidade e demonstração de respeito desarmam atitudes agressivas e desanuviam o ambiente. Discussões e argumentos não mudam a pessoa se ela estiver chateada, depressiva ou irritada. Para que haja entendimento entre as duas partes, é preciso que você alcance o coração e a mente do outro, ao mesmo tempo. Respeite a opinião da outra pessoa e considere que ela também pode estar certa, pela ótica dela.

  1. Auxilie a pessoa a aumentar sua autoestima

Alimente a autoestima da pessoa e ela se tornará mais afável, colaborativa e cordial, porque o ser humano age favoravelmente quando sente seu ego respeitado e valorizado. Procure dar às pessoas uma razão para enaltecer seu amor-próprio e terá aplicado o segredo da reciprocidade e do bom relacionamento. Quando você expressa respeito e admiração pelo outro, ele também passará a sentir o mesmo por você. Se você fizer alguma gentileza a alguém – por pequena que seja -, ele também irá querer retribuir, porque sente-se feliz em poder fazê-lo. A chave para elevar a autoestima dos outros é, simplesmente, fazê-los sentir-se importantes – não da maneira bajuladora ou falsa -, mas com sinceridade e de boa-fé. Tudo o que você fizer para que a pessoa sinta-se valorizada e respeitada impulsiona automaticamente a autoestima dela.

  1. Pergunte a opinião

Há um ditado indiano que diz: ”Se você quer que a pessoa compre a fotografia, certifique-se de que ela está no retrato.” Poucas coisas ajudam mais a elevar a autoestima – ou mantê-la – do que perguntar a opinião da pessoa sobre determinado assunto ou problema. Todos gostam de saber que foram inquiridos e que suas opiniões foram levadas em consideração. “Qual a sua opinião sobre…” são cinco palavras poderosas que envolvem as pessoas na questão e pedem que elas contribuam com ideias e sugestões. Não importa o nível social ou o status do indivíduo, todos contribuirão de boa vontade. Procure a opinião de uma pessoa atarefada e ela interromperá o que está fazendo para dar sua opinião. Procure a opinião de um empresário, de um líder ou de um ministro, e todos ficarão contentes de falar com você sobre o assunto. Falo de experiência própria, pois fiz isso muitas vezes e tive acesso fácil a pessoas que, habitualmente, eram quase inacessíveis. Pedir opinião dá à pessoa a sensação de consagração e importância.

  1. Suas atitudes alavancam o relacionamento

Toda pessoa com quem você fala carrega um peso nas costas. É o peso de suas responsabilidades, dificuldades e problemas. Este peso também existe quando se trata da autoconfiança e autoestima. Praticamente todos nós crescemos com algum sentimento de inferioridade em alguma área da nossa vida, e ao longo da nossa existência é importante para nós sermos elogiados e reconhecidos pelos outros. Fato é que, mesmo que uma pessoa seja muito bem-sucedida e vitoriosa, ela sempre continuará necessitando de reforços em sua autoimagem positiva. Os indivíduos mais felizes e realizados são os que fazem as outras pessoas sentir-se bem consigo mesmas, quando na presença deles. Quando você passa pela vida elevando a autoestima de outros, estará alavancando seu relacionamento com as pessoas, e elas tentarão retribuir-lhe de formas que você nem imagina, porque sua presença – isto é, suas atitudes e conduta – faz bem a elas.

  1. Conhecendo as pessoas

Grande parte dos males, dificuldades e problemas que afligem o mundo é causado por pessoas infelizes. E se você mesmo for infeliz e frustrado estará – consciente ou inconscientemente – causando problemas e dificuldades, não apenas para si mesmo, mas também aos outros. Quando você está em paz e em boas relações consigo mesmo, está em paz e em boas relações com os outros. A chave das relações humanas consiste em conhecer o mais que pudermos sobre a natureza humana da forma como ela realmente é, e não como pensamos ou gostaríamos que fosse, porque somente quando entendemos o que estamos enfrentando é que temos as condições apropriadas de enfrentá-lo com sucesso. Fazendo isso estaremos trabalhando a favor da natureza humana e não contra ela. As pessoas que sempre querem que seus princípios, valores e opiniões prevaleçam, que não ouvem ou não aceitam pontos de vista contrários, que se mostram arrogantes e vaidosas, são indivíduos que estão “cheios de si mesmos”, abarrotados e encantados com suas próprias opiniões. Elas não dão espaço para o aprendizado e a humildade, pois revelam desconhecer os mais simples e elementares princípios da natureza humana e o que motiva as pessoas a agirem.

Ernesto Berg é consultor de empresas, professor, palestrante, articulista, autor de 15 livros, especialista em desenvolvimento organizacional, negociação, gestão do tempo, criatividade na tomada de decisão, administração de conflitos – berg@quebrandobarreiras.com.br

As 12 características das pessoas altamente criativas

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Ernesto Berg

Pessoas criativas têm várias características e qualidades específicas que as diferenciam bastante de indivíduos menos criativos. Certamente, o tipo e o grau de criatividade variam de um indivíduo para outro, e nem todas as pessoas criativas possuem uniformemente, e no mesmo nível, todas as características aqui enumeradas, mas todas têm facilidade de lidar com esses métodos e ideias por ser parte integrante de suas habilidades cotidianas. Além do que, conhecendo essas características e desenvolvendo-as conscientemente, todos nós acabaremos incorporando automaticamente esses atributos e habilidades às nossas competências profissionais e pessoais.

1. Abertura para o inconsciente

Nosso cérebro pulsa e emite vibrações contínua e regularmente. É composto por cerca de 100 bilhões de células nervosas, chamadas neurônios, que emitem pequenas correntes eletromagnéticas, as ondas cerebrais, as quais se alteram de acordo com nosso estado de consciência. O eletroencefalograma detecta perfeitamente essas ondas que sãop medidas em ciclos por segundo (CPS), ou Hertz.

Existem quatro categorias de ondas cerebrais: Beta, Alfa, Teta e Delta. Quanto mais alta a ciclagem por segundo, mais despertos estamos; é o estado Beta (13 a 40 CPS). Ciclagens mais baixas evidenciam estados menos ativos de consciência. O Alfa (8 a 12 CPS) é uma onda cerebral mais lenta, estável e rítmica. É o nível do estado mental de serenidade, paz e quietude. Ocorre durante o relaxamento induzido em estado de vigília – quando fechamos os olhos – e, também, quando praticamos visualização criativa, meditação e técnicas de auto-sugestão. A criatividade é fortemente despertada no nível Alfa porque, no estado de quietude por ele provocado, pensamentos e imagens antes impedidos de aflorarem por causa da agitação mental do estado Beta, ficam liberados e emergem até o nível consciente. É aquela ideia ou palpite que surge repentinamente e que dá certo; é o “eureca, achei!”; é o insight.

2. Base de conhecimentos essenciais                                                    

Quanto mais ampla a faixa de conhecimentos em outras áreas, maior a capacidade criativa do indivíduo. Pessoas que se interessam por outros assuntos (ou que praticam outras atividades) além de suas atividades habituais levam grande vantagem criativa sobre as que não procedem assim. Você não pode retirar da sua mente o que não foi colocado antes lá dentro. A qualidade dos depósitos efetuados na nossa mente é que irá determinar a qualidade das ideias e insights que surgirão. Nenhum especialista ou profissional é capaz de fazer contribuições expressivas sem que tenha conhecimento de inúmeros outros assuntos paralelos à sua especialização. Sem estudo e aprendizagem contínuos em áreas diferentes, é impossível produzir resultados criativos ou inovativos, pois a criatividade é fortemente estimulada pelo conhecimento e vivência em outros campos de atividade, além dos da sua especialidade.

3. Capacidade de análise e síntese

A capacidade de fazer análises – e também de sintetizar – é uma habilidade típica de pessoas criativas. Embora a análise possa dar a impressão de ser algo não criativo, ela é uma fase fundamental do processo de concepção, pois permite avaliar problemas ou obstáculos e dividi-los em partes menores essenciais e enxergar a relação entre a parte e o todo. Indivíduos criativos dedicam muito tempo a análise e síntese de solução de problemas, porque dessas observações depende a qualidade das decisões criativas que serão tomadas, enquanto que pessoas menos criativas parecem querer “arrancar” a solução – sem perder tempo com análises -, antes mesmo de compreenderem a estrutura do problema ou do desafio.

4. Capacidade de perceber e solucionar problemas

Teorias, hipóteses e fatos poucas vezes estimulam a criatividade. O grande combustível da criatividade são as situações problemáticas, aquelas que requerem soluções que aparentemente não têm saída, ou situações difíceis de resolver. É aqui que se revela o diferencial da criatividade e que a torna tão especial através do uso de métodos lineares (isto é, lógicos) e intuitivos. As técnicas ESCUTAR, Quadro de Ideias, Brainstorming, Incubação, são algumas das metodologias criativas extremamente práticas para solucionar problemas e muito fáceis de usar.

Indivíduos criativos possuem grande habilidade de perceber problemas e desafios que escapam à maioria das pessoas. Eles têm uma sensibilidade de entender aspectos menos óbvios ou os pontos mais promissores de uma situação, aquelas oportunidades ocultas que poucos notam. Não por acaso Martinho Lutero disse: “Se você está procurando uma grande oportunidade, descubra um grande problema”.

5. Curiosidade

Curiosidade é ter interesse pelas coisas. Pessoas curiosas não ficam quietas esperando que as coisas aconteçam. Ser curioso permite que o indivíduo esteja aberto a novas experiências, a conhecer novos lugares, pessoas, objetos, vivenciar novas situações. É algo que vamos perdendo à medida que crescemos, pois já catalogamos, mentalmente, tudo o que julgamos ser importante para nós; desse modo, entramos num rotina diária apenas repetindo as experiências e deixamos de lado o fascínio da curiosidade e a busca pelas coisas novas.

6. Flexibilidade

Pessoas criativas têm grande flexibilidade de raciocínio e conseguem  enfocar problemas por vários ângulos diferentes. Quando surgem novos fatos ou circunstâncias, adaptam-se rapidamente à nova situação, não hesitando em abandonar uma linha de raciocínio, substituindo-a por outra mais plausível. Elas gostam de testar, examinar, avaliar, imaginar diversas alternativas e configurações antes de se decidirem por aquela que consideram a melhor solução para resolver o problema ou descobrir oportunidades. Uma das áreas em que o indivíduo flexível mais se dedica é a de fazer perguntas. “E se fizéssemos desse jeito, em vez daquele?”, “Se olhássemos a situação de outro ângulo, o que aconteceria?”

7. Fluência

A fluência é uma das características fundamentais para a resolução criativa de problemas ou descobrir novas alternativas. Pessoas criativas conseguem gerar muitas ideias diferentes para as mais variadas situações, e não se deixam levar pelo tradicionalismo ou por rotinas estabelecidas. Por exemplo: Quantos usos diferentes você daria a um clipe, além de prender papel? Eis algumas possibilidades: palitar dentes, limpar ouvidos, pendurar roupa, gancho, anzol, molho de chaves, marcador de página de livro, desentupir tubo de cola, limpar unhas etc. Certa ocasião, em um curso de criatividade que ministrei, um dos participantes relacionou mais de 50 usos para um clipe, em menos de cinco minutos. Especialistas afirmam que existem mais de 500 utilidades para o clipe. Quantas você consegue encontrar?

8. Habilidade de raciocinar por metáforas

O que as seguintes frases têm em comum?  “Tempo é dinheiro”. “Barriga da perna”, “Na flor da idade”, “Cheque sem fundo”, “Esfriar a cabeça”, “Dente de alho”. Resposta: todas elas são metáforas. A metáfora é uma figura de linguagem que interliga diferentes realidades através de suas semelhanças. Ela ajuda a compreender uma ideia recorrendo a outra ideia. Ela é um dos instrumentos mais úteis ao trabalho criativo, qualquer que seja o campo de atuação profissional. Utilizamos a metáfora o tempo todo. Ela é importantíssima na comunicação do dia a dia. É quase impossível nos comunicarmos sem recorrer à metáfora. Pesquisas revelam que, durante as conversações, usamos de 3 a 4 metáforas por minuto, através de simbologias, comparações e analogias. O GPS – ou um mapa – também é uma metáfora, pois embora não seja uma cidade, ele representa graficamente a estrutura viária da cidade, o que permite encontrar facilmente o endereço desejado.

A parábola também é uma metáfora, pois através dela são ensinados ou expostos conceitos, às vezes complexos, que de outra forma seriam difíceis de entender. Por isso mesmo Jesus Cristo utilizou inúmeras parábolas para ilustrar melhor suas mensagens e facilitar a compreensão delas pelas pessoas.

9. Motivação

Pessoas altamente criativas criam, não porque alguém exigiu que criassem algo, mas porque sentem necessidade de fazê-lo. O desejo e a motivação de criar são elementos básicos para elas. Não importa as dificuldades e obstáculos, o indivíduo criativo seguirá em frente sem desanimar, pois seus estímulos são internos, não externos. Ele é movido por entusiasmos internos. Pessoas criativas encontram no trabalho que elas escolheram o caminho mais importante para alcançar sua realização pessoal. De tão motivadas e concentradas, elas, não raro, perdem a noção de tempo e espaço ao se envolverem com suas atividades.

10. Originalidade

Ser original significa livrar-se de estereótipos, ir além do comum e corriqueiro, e imaginar soluções diferentes, mais avançadas e singulares para problemas existentes ou oportunidades que surgem. Pessoas criativas conseguem desestruturar sistemas e processos tradicionais e enxergar além das limitações impostas por regras e regulamentos, criando novas combinações e novas alternativas. Indivíduos que pensam de forma original quebram paradigmas. Em outras palavras: elas pensam “fora da caixinha”. Elas fazem conexões e associações mentais entre coisas muito diferentes entre si dando origem a eventos, fenômenos e experiências totalmente novas ou inusitadas. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a cirurgiã-dentista Beatriz Zorowich, cuja empregada vivia entupindo a pia da cozinha quando lavava arroz. Então, uma noite, assistindo televisão, Beatriz teve um “estalo” e veio a ideia completa de como  fazer um lava-arroz.  Auxiliada pelo marido, colocou papel-alumínio em duas tigelas, grampeou uma na outra e fez furos com prego. Pronto! Estava inventado o protótipo do escorregador de arroz, útil também para escorrer verduras, feijão, morango etc. O invento foi aperfeiçoado, patenteado e passou a ser produzido industrialmente pela Trol S/A, tornando-se um extraordinário sucesso de vendas, rendendo polpudos dividendos à inventora. Algo simples e útil, no qual ninguém ainda havia pensado antes.

11. Percepção

Um dos pontos-chave da criatividade é a percepção. É aquilo que muitas vezes está bem à nossa frente, mas não enxergamos.  Vemos, mas não percebemos, olhamos, mas não distinguimos. A pessoa perceptiva enxerga além das coisas, além do óbvio, além das aparências. Foi o que Ray Krock viu no sistema de fast food criado pelos irmãos McDonalds. Os irmãos haviam criado o processo, mas não haviam se dado conta do alcance do seu invento. Ray Krock  percebeu suas imensas possibilidades e adquiriu os direitos de terceirização da metodologia, implantando-o em seus restaurantes e lanchonetes, tornando-se proprietário da maior cadeia de lanchonetes do mundo.

12. Perseverança e concentração.

Pode-se afirmar categoricamente que perseverança e concentração são dois componentes fundamentais e indispensáveis da criatividade e inovação. Muitos imaginam que ser criativo é sentar na poltrona, relaxar, dar vazão às ideias e que, depois disso, as coisas se concretizarão automaticamente como num passe de mágica. Nada mais distante da realidade. Ter ideias é uma coisa, colocá-las em prática, é outra, bem diferente. Por isso mesmo, criatividade não é para preguiçosos e indolentes. Ela exige esforço e trabalho concentrado tanto na fase de experimentação quanto na implantação.

Thomas Edison, que patenteou 1.093 inventos, afirmava que a perseverança era uma de suas maiores armas para descobrir novos dispositivos. A lâmpada elétrica, por ele inventada em 1879, teve cerca de 1.300 experiências fracassadas, antes do primeiro sucesso. Ele considerava os malogros apenas etapas indispensáveis para o triunfo final. Logo, quando Edison afirmava que a genialidade é 1% inspiração e 99% transpiração, ele queria dizer que a ideia representava somente 1% do processo, os outros 99% eram de pura transpiração para concretizá-la, isto é, tinha que “suar a camisa”.  Pessoas criativas demonstram persistência inabalável perante obstáculos e frustrações.

O raciocínio ininterrupto e trabalho continuado estão entre suas melhores características. Einstein observou: “Eu penso sem parar durante meses e anos. 99 vezes a conclusão é errada. Na centésima vez eu acerto.” Mentes produtivas são disciplinadas e concentradas naquilo que fazem, a ponto de, às vezes, perder a noção de tempo e desligar-se do que acontece à sua volta.

Ernesto Berg é consultor de empresas, professor, palestrante, articulista, autor de 14 livros, especialista em desenvolvimento organizacional, negociação, gestão do tempo, criatividade na tomada de decisão, administração de conflitos.  Graduado em Administração e Sociologia,  Pós-graduado em Administração pela FVG de Brasília. Foi executivo do Serpro em Brasília por 10 anos e consultor Senior da Alexander Proudfoot Company de São Paulo.

Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI)

Coletânea Série Trabalhos Acadêmicos
Ao fazer um trabalho acadêmico ou um projeto de pesquisa, é provável que se tenha de seguir o que determina a Associação Brasileira de Normas Técnicas. Para fazer isso corretamente foram publicadas em 2011, a ABNT NBR 14724 – Informação e documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação e a NBR 15287 – Informação e documentação – Projeto de pesquisa – Apresentação são duas normas muito importantes para o mundo acadêmico e científico. Enquanto a primeira estabelece os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros), visando sua apresentação à instituição (banca, comissão examinadora de professores, especialistas designados e/ou outros), a segunda Estabelece os princípios gerais para apresentação de projetos de pesquisa. Clique para mais informações

Sou jurado do Prêmio Mario Covas, que promove as boas práticas de gestão pública voltadas à excelência e inovação, que aprimorem a qualidade dos serviços e elevem o bem-estar dos cidadãos, e esse ano o projeto que mais me impressionou e que ficou apenas com menção honrosa foi o do Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI). Mesmo não sendo um dos vencedores, o grande mérito da proposta é tentar oferecer um pouco de qualidade de vida e carinho às vítimas. Uma coisa bastante complicada quando você é a vitima. O CRAVI foi criado em julho de 1998 e tem como objetivo geral promover o reconhecimento e o acesso aos direitos das vítimas de violência, visando à consolidação dos direitos humanos e o exercício da cidadania. Suas ações buscam contribuir para a superação dos danos causados pela violência, bem como apoiar aqueles que desejam contribuir para a sua prevenção, a promoção da Justiça, e na visibilidade das vítimas e suas demandas, inclusive daquelas indiretamente afetadas, como é o caso dos familiares, amigos e colaboradores. Assim, o CRAVI tem por missão ser referência para ações e políticas públicas que visem superar os ciclos de violência e promover reconhecimento, cidadania e acesso aos direitos de vítimas de crimes violentos.

Desde sua fundação, acolheu 1.775 pessoas e realizou 16.484 atendimentos (até 20 de dezembro de 2010). No ano de 2010, o CRAVI realizou 1488 atendimentos a 388 pessoas (acolhendo 284 usuários novos), atendendo prioritariamente casos de homicídio tentado e consumado, latrocínio, violência sexual, violência doméstica, roubo, extorsão e ameaça. O atendimento é realizado por uma equipe multidisciplinar composta por assistentes sociais, psicólogos, defensores públicos e oficiais administrativos. Foram cumpridas as metas do Plano Plurianual e, desde o mês de julho, com a implantação de alguns ajustes técnicos, o CRAVI vem aumentando progressivamente o número de atendimentos: junho (67), julho (68), agosto (118), setembro (154), outubro (173), novembro (204), com queda no mês de dezembro (131), em razão das festas de final de ano e férias.

Há vários anos o CRAVI vem observando que no Complexo Judiciário Criminal Ministro Mário Guimarães – maior Fórum Criminal da América Latina – circulam cerca de milhares de (verificar no Google) pessoas diariamente, muitas delas vítimas de violência, cumprindo os ritos onerosos e maçantes característicos do acesso ao Judiciário. Desde o ano 2000, o CRAVI planeja a implantação de um posto de atendimento neste espaço. Em 2007 o CRAVI Fórum foi aberto pela primeira vez, mas questões metodológicas e estruturais impediram a continuidade do projeto. Do final de 2009 ao primeiro semestre de 2010 o CRAVI Fórum permaneceu praticamente inativo.

Em agosto de 2010, o projeto foi reformulado aos moldes atuais, no intuito de facilitar o acesso das vítimas de violência aos serviços de assistência e proteção. O desafio era ampliar o público atendido e a capacidade de atendimento sem prejuízo da qualidade, marca registrada do CRAVI desde a sua criação. Assim, foi reformulada a função da unidade do CRAVI Fórum Criminal, definindo-lhe a missão de acolher as vítimas de crime, conciliando a escuta qualificada e o diagnostico preliminar, de modo a facilitar o acesso do usuário à rede de serviços.

Esta unidade, estrategicamente instalada no Fórum Criminal, também atua como um pólo integrador de instituições, programas e ações de assistência e proteção, multiplicando naquele privilegiado espaço público da Justiça, o cuidado e a sensibilidade, princípios básicos da assistência á vitima. Atualmente, o CRAVI tem duas unidades localizadas na Capital: unidade CRAVI Fórum Criminal, e unidade CRAVI Barra Funda. A unidade CRAVI Fórum foi idealizada para realizar o primeiro atendimento, composto por acolhimento, triagem e encaminhamento. Atende casos de vítimas de crimes violentos, especificamente os seguintes tipos penais: roubo, extorsão, homicídio, latrocínio, violência sexual e violência doméstica. Após o atendimento inicial, a vítima é encaminhada a outros serviços especializados, e também é convidada a participar das atividades programadas pelo CRAVI tais como palestras e oficinas focadas em temas de interesse das vítimas de violência. Esta unidade também concentra a realização de eventos e atividades da rede solidária, e atendimentos em grupo.

A unidade CRAVI Barra Funda é composta por uma equipe especializada no atendimento de casos de violência fatal. “Violência fatal” é a violência com resultado morte, ou quase morte, independente da origem da violência, se decorrente de roubo, tráfico, violência sexual ou doméstica. Assim, o atendimento dos casos de violência fatal possibilita a compreensão dos ciclos de violência que as originaram. Do ponto de vista clínico, o atendimento é voltado para a elaboração do luto, a compreensão social da violência, o resgate da cidadania e a participação qualificada no sistema de justiça.

Como um programa de atendimento a vítima, foi idealizado para acolher a vítima de violência num primeiro momento, quando as mesmas se encontram num estado de fragilidade total. A partir da escuta inicial a equipe identifica as necessidades emergentes dos usuários e partindo desta identificação são montadas as estratégias de direcionamento da demanda apresentada. A providência inicial é orientar as vítimas no sentido de encaminhá-las de acordo com a especificidade de seu caso para a o atendimento junto à rede de serviços sócio-assistenciais disponíveis, e nos casos de recorte de crime contra a vida, o encaminhamento para a unidade especializada do CRAVI Barra Funda.

Quando se iniciaram os atendimentos na unidade do CRAVI Fórum havia uma demanda de vítimas em lista de espera para acolhimento, com uma previsão de atendimento de até dois meses. Esta demanda foi sanada com eficiência em um curto espaço de tempo. O acolhimento das vítimas passou a ser realizado com maior celeridade, inclusive com pronto atendimento, garantindo o acesso à prestação de serviços de assistência.

A percepção da equipe do CRAVI acerca do grau de satisfação do usuário é que, em geral, o usuário fica bastante satisfeito com o atendimento. Tal percepção é confirmada através dos contatos das instituições componentes da rede de apoio. Desde a implantação da unidade CRAVI Fórum, no final do mês de agosto de 2010, até o mês de fevereiro de 2011, foram atendidas 183 pessoas, sendo 142 mulheres e 41 homens. Destes, entre outros, foram atendidos 30 casos de homicídio, 1 de latrocínio, 53 de violência doméstica, 34 de abuso sexual, 9 casos de ameaça, 2 de seqüestro, 1 de racismo e 3 de homofobia.

O mais legal desse projeto é que ele pode ser reproduzido, pois sustentação desta iniciativa baseia-se na possibilidade de replicar unidades de atendimento a vítimas nas dependências dos Fóruns, sobretudo naquelas cidades que apresentam importantes índices de violência. O foco do trabalho é a conjugação de esforços das instituições estaduais e municipais sensíveis à questão da violência e da vitimização. Assim, as Secretarias Estaduais e Municipais, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Defensoria Pública, dentre outras organizações governamentais e não governamentais poderão constituir seus Centros de Apoio a vítimas de violência com uma estrutura simples e eficaz: um espaço adequado nos Fóruns, uma equipe multidisciplinar psicossocial com apoio administrativo, integração e constituição de uma rede de apoio focada na assistência e acesso a justiça pelas vítimas.

A partir desta primeira configuração estrutural, haverá um fluxo que irá do geral para o especializado, tomando a unidade de assistência e apoio à vítima como referência para a vítima e para a rede. A vítima que segue “desorientada” para o primeiro atendimento (acolhimento) será escutada e seu caso será avaliado. A equipe técnica elaborará um diagnostico preliminar e dará encaminhamento à rede de apoio, constituída por instituições que cuidarão das demandas apontadas pela equipe, aprofundando o diagnostico e seguindo o acompanhamento.

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As mudanças nos tempos atuais

Sonia Jordão

Atualmente, a ocorrência de mudanças é cada vez mais frequente e rápida. Hoje, um conhecimento pode ser considerado defasado em questão de dias. Com isso, há um grande impacto nas pessoas e em seus locais de trabalho, mudando comportamentos e relacionamentos. As mudanças sociais verificadas com a feminização da economia e a flexibilização do trabalho acabaram por universalizar e democratizar o mercado.

As mudanças ocorrem continuamente, por isso é fundamental estarmos atentos ao que acontece a nossa volta. Nesses momentos, o conhecimento se expande e aumenta em valor e poder. A quantidade de informações que temos a nosso dispor é imensa. Passamos de uma economia baseada nas indústrias para uma economia com base em informações.

Ao longo da história da humanidade, as pessoas mais ricas do mundo sempre comandaram os recursos materiais. Hoje, a riqueza está em poder controlar o conhecimento. Uma série de mudanças ocorreu nos últimos tempos e transformou significativamente o mundo, entre elas:

  • Campo social: crescimento populacional acelerado; concentração de renda e empobrecimento; desenvolvimento sustentável; feminização do mercado de trabalho.
  • Campo organizacional: novas tecnologias produtivas (Just-In-Time); administração de resultados.
  • Campo econômico: abertura do mercado chinês; globalização; comércio eletrônico.
  • Campo tecnológico: microeletrônica, circuitos integrados e internet; DNA, engenharia genética, clones e Projeto Genoma Humano; o uso de satélites, melhorando as formas de comunicação; microbiologia, nanotecnologia e biotecnologia.
  • Campo comportamental: programação neurolinguística; gestão do conhecimento.
  • Campo ecológico: aquecimento global e desastres naturais.
  • Campo gerencial: teorias produtivas de gestão; redefinição do conceito de liderança; novas formas de treinamentos; gestão da qualidade, do meio ambiente e da responsabilidade social; qualidade de vida no trabalho.

As mudanças trazem novidade e é preciso humildade para aceitá-las e para começar a fazer o novo. Daí a importância de tentar, começar e aprender a fazer coisas novas, independentemente do que seja, para depois ― certamente ― conseguir fazer bem feito. No começo, é importante não termos pretensões de ser o melhor. É necessária apenas a vontade e a coragem de fazer. Com o tempo, a melhora tende a acontecer naturalmente. É preciso ter consciência da importância da mudança para realizá-la. É bom também procurar descobrir o que pode ser esquecido para, assim, deixar surgir novas oportunidades.

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. – contato@soniajordao.com.br

Desperdício de água durante o banho

Atualmente a grande maioria da população não possui uma maneira fácil e efetiva de controlar o consumo de água em suas casas, um fator que contribui para o seu desperdício é o fato das pessoas não adquirirem o hábito de desligar o chuveiro enquanto se ensaboam, o que provoca diversas vezes um gasto exagerado sem levar em consideração que a nível global recursos hídricos estão sendo desperdiçados. Foi pensando em superar este problema que o inventor Milton Akio Sakurai, desenvolveu o Eco- Banho. O invento tem como principal meta o incentivo do hábito de desligar o chuveiro na hora em que o indivíduo estiver se ensaboando.

O projeto consiste em um recipiente com duas partes: a parte superior recebe a água do chuveiro e a inferior armazena a água recebida. Na parte superior há uma torneirinha com a função de desviar o fluxo da água recebida, e na parte inferior há uma válvula para ser acionada com um leve toque debaixo para cima, fornecendo água em doses conforme pressionado. A ideia surgiu enquanto o inventor esteve no Japão: “No momento de crise mundial, eu precisava economizar o máximo possível, então pensei em um recipiente para reter água quente do chuveiro e ter a minha disposição na fase de lavar, não necessitando assim, deixar a ducha ligada o tempo integral do banho. Desta forma um banho de 15 minutos poderia reduzir o tempo real de gasto em apenas 2 a 3 minutos e ainda por cima ter muito mais eficiência na lavagem por permitir realizar a higienização completa sem a preocupação de ter que fazê-lo com pressa. Daí percebi que ter algo para facilitar o hábito de desligar o chuveiro enquanto se ensaboa poderia causar um grande impacto positivo na economia e ecologia”.

Esse projeto agrega diversos benefícios tais como: incentivo ao uso racional dos recursos água e energia, a nível governamental trará uma enorme economia quanto a investimentos em infra- estrutura, e a nível global menos recursos serão desperdiçados e menos petróleo será queimado para a produção de energia (termoelétricas). Por isso, Milton está em busca de parceiros para o desenvolvimento de modelos. Com patente requerida em todo o território brasileiro, o inventor busca negociá-la ou obter parceria com empresas ligadas ao segmento de equipamentos para banho ou produtos ecológicos, para criar modelos, realizar testes e industrializá-la. Empresários interessados em investir no produto devem entrar em contato com a Associação Nacional dos Inventores pelo telefone (11) 3873-3211.

Instalações Elétricas de Média Tensão – Principais soluções para evitar riscos, prejuízos e atender a legislação em vigor – Presencial ou Ao Vivo pela Internet – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

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Portal Target – Saiba como é fácil ter acesso às Informações Tecnológicas

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A comunicação interna precisa estar integrada à gestão do conhecimento nas organizações

NBR ISO/IEC 17021: os requisitos para os organismos de certificação
A certificação de um sistema de gestão, como um sistema de gestão da qualidade ou ambiental de uma organização, é um meio de garantir que a organização implementou um sistema para a gestão dos aspectos pertinentes de suas atividades, alinhados com sua política. Essa norma especifica os requisitos para os organismos de certificação. O atendimento a estes requisitos tem a intenção de assegurar que os organismos de certificação operem a certificação de sistemas de gestão de maneira competente, coerente e imparcial, facilitando, assim, o reconhecimento de tais organismos e a aceitação nacional e internacional de suas certificações. Esta Norma serve como base para facilitar o reconhecimento da certificação de sistemas de gestão, a fim de promover o comércio internacional. Clique para mais informações.

hayrtonHayrton Rodrigues do Prado Filho

A comunicação interna precisa ser entendida como um esforço de uma organização para estabelecer canais que possibilitem o relacionamento, ágil e transparente, em direção aos diferentes públicos internos e entre os próprios elementos que os integram. Ela não se restringe à chamada comunicação descendente, aquela que flui da direção para os empregados, mas inclui, obrigatoriamente, a comunicação horizontal entre os segmentos do público interno e a comunicação ascendente que estabelece o feedback e instaura uma efetiva comunicação. Nas organizações em que se pratica apenas a comunicação descendente, talvez nem seja apropriado falar em comunicação, porque, como um processo, ela precisa realizar-se nos dois sentidos.

Além disso, para ser exteriorizada, ou seja para virar uma comunicação externa, precisa ser alinhada à gestão do conhecimento ou knowledge management que, quando baseada na informação, é um bem dinâmico que possui um valor associado. Toda informação possui um ciclo de vida desde o instante em foi gerada, passando por sua organização, armazenamento, distribuição e utilização, até o instante no qual, eventualmente, perde seu valor e pode ser descartada, quando então se finaliza ciclo. Um fator crítico para o sucesso de empresas é sua habilidade de manipular e utilizar todo artefato de informação disponível.

Há um diferencial de gestão que é alcançado quando os gestores de uma empresa dispõem de mecanismos de acesso a qualquer artefato de informação de maneira contínua e customizada num curto intervalo de tempo, assegurando o uso efetivo de informações pertinentes a web organizacional (sistemas de informação na intranet da organização) e web global. Além disso, a instituição pode prover diferentes níveis de acesso e visibilidade às informações, dependendo das necessidades do usuário e em conformidade com a hierarquia de acesso à informação.

Deve ser salientado que a capacidade de compartilhar o entendimento ou consciência, criar conhecimento promovendo a aprendizagem organizacional, e prover suporte à colaboração permite transformar informação em vantagem operacional para empresa num mercado competitivo. Nesse sentido, há uma constante preocupação em transformar dados em informação e conhecimento de modo a promover um entendimento ou consciência geral de qualquer organização.

Não há dúvida nenhuma de que a comunicação interna, no Brasil, tem sido relegada a um segundo plano no planejamento estratégico das empresas, órgãos ou entidades. Isso ocorre porque falta aos empresários e executivos a consciência de que a comunicação transparente, ágil, democrática e participativa é vital para o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações. Ao se analisar o assunto da perspectiva das lideranças, há algumas justificativas para os problemas de comunicação: excesso de informação; falta de envolvimento e participação das pessoas; falhas na comunicação; inconsistência das mensagens; pouco de trabalho em equipe; dificuldade em personalizar as mensagens para os diferentes níveis de funcionários; e integração da comunicação no processo de planejamento da empresa.

Há que se entender que as mensagens dentro de uma empresa caminham em quatro direções: para baixo, para cima, horizontal e diagonalmente. A comunicação descendente, que viaja para baixo é aquela que parte do superior da empresa para os subordinados – envolve os relatórios administrativos, manuais de políticas e procedimentos, jornais internos, e-news, cartas e circulares, relatórios escritos sobre desempenho, manuais de empregados, etc. O tipo de comunicação mais adequado aos subordinados é aquela que leva mais informações; não apresenta controvérsias e cujo propósito é mais informativo do que persuasivo.

A comunicação ascendente ocorre para cima, do subordinado para o superior. Envolve os memorandos escritos, relatórios, reuniões de equipe, planejadas, conversas informais com o superior, etc. Apresenta propósito informativo e auxilia na tomada de decisão. A horizontal é o envio de informações entre funcionários do mesmo nível organizacional. A diagonal é a transmissão de mensagem de níveis organizacionais mais altos ou mais baixos em diferentes departamentos, demonstrando maior dinamismo no que se refere às decisões da comunicação.

Além disso, existem os canais informais de comunicação que representam a rede de comunicação, não oficial que complementa os canais formais: o corredor e os encontros casuais. O primeiro é um meio de transmissão de boatos e até mesmo pode criar problemas. Boatos falsos podem ser prejudiciais à moral e à produtividade da empresa. Reuniões com empregados para discutir o boato é a melhor forma de evitar que eles comprometam a imagem dos funcionários. Os encontros casuais acontecem entre os superiores e empregados, e podem representar um canal de informação eficiente. Além das reuniões formais, muitas informações valiosas podem ser coletadas nesses encontros casuais. Uma diretoria, preocupada com a comunicação interna, pode utilizar desses canais para coletar informações que ajudem na tomada de decisões importantes.

Importante é as pessoas entenderem que qualquer tipo de comunicação envolve comunicador, mensagem e destinatário. O processo envolve no mínimo duas pessoas ou grupos: remetente (fonte) e o destino (recebedor),, ou seja, o que envia a documentação e o que recebe. O seu conteúdo é geralmente uma mensagem e o seu objetivo é a compreensão por parte de quem recebe. A comunicação só ocorre quando o destino (quem a recebe) a compreende ou a interpreta. Se a mensagem não chega ao destino à comunicação não acontece.

Um problema ou uma solução a mais para empresas: o uso da tecnologia e das redes sociais. A internet com as suas ferramentas está trazendo mais um adendo a todo esse debate: a comunicação tecnológica. Alguns a estão denominando “conteúdo” que pode ser todo e qualquer material que se queira disponibilizar em algum sistema de informação ou site na web. Portanto, deve-se tentar entender as diferenças entre os conceitos essenciais a serem tratados como matérias primas para um sistema. Elas são realizadas em três níveis: dados, informações e conhecimento.

Dado pode ser definido como um conjunto de registros qualitativos ou quantitativos conhecido que organizado, agrupado, categorizado e padronizado adequadamente transformam-se em informação, que então são dados ou matéria informacional relacionada ou estruturada de maneira potencialmente significativa. Por fim, o conhecimento que é definido como uma mistura fluida de experiência condensada, valores, informação contextual e insight experimentado, que proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Ele tem origem e é aplicado na mente dos conhecedores. Nas organizações, ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais.

Enfim, as organizações, de um modo geral, tendem a passar por uma integração cada vez maior de sua equipe de colaboradores e clientes. Nesse sentido pode-se destacar o fato de que as relações estão mais abertas e transparentes, o contato é melhor direcionado, o acesso à informação está mais facilitado, há maior convivência entre pessoas diferentes e a primordial busca constante pela motivação. Todo e qualquer tipo de agregação de valor em produtos e/ou serviços ofertados, passa primeiramente pela estrutura de pessoas que atuam nas organizações, e o que se deseja é transmitir uma boa imagem ao mercado. Os meios utilizados pelas empresas para comunicar eficiência ao público externo (consumidores), aliado ao trabalho do endomarketing é uma das estratégias que visam a potencialização de estímulos dos colaboradores no aumento de seu comprometimento com as atividades que desenvolvem e com o público em geral.

Toda empresa deve e pode se esforçar para proporcionar um ambiente no qual os fatores que estão ligados ao bem-estar físico e psíquico sejam possíveis de serem alcançados, contribuindo significativamente para uma questão considerada complexa e pessoal que é a felicidade, na qual interferem os fatores emocionais, sociais, culturais, e tantas outras questões individuais. Nessa conjuntura, é necessário ter um ambiente de trabalho que motive os colaboradores no desenvolvimento de suas atividades sendo imprescindível para o alcance de resultados apreciativos, a utilização dos meios de comunicação variados, sendo eles capazes de contribuir com o posicionamento de uma imagem positiva de todo e qualquer tipo de empresa no mercado.

Para tanto, é necessário que a organização busque transmitir para todos os públicos, sendo eles interno e externo uma imagem de credibilidade, envolvimento e comprometimento, conduzindo estes públicos a ideia de que a empresa está adotando medidas para fortalecer o relacionamento e o crescimento tanto dos colaboradores quanto de seus consumidores. Portanto, o principal benefício de uma eficiente comunicação interna e externa é o fortalecimento entre ambas e a construção de relacionamentos sólidos, compartilhando os objetivos da empresa e fortalecendo estas relações, visando à satisfação de todos os envolvidos.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho é jornalista profissional, editor da revista Banas Qualidade (www.banasqualidade.com.br), palestrante sobre meio ambiente, qualidade e comunicação nas empresas, editor de jornais digitais, consultor editorial, especialista em jornalismo digital e editor do blog www.qualidadeonline.wordpress.comhayrton@uol.com.br

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