Uma pesquisa global da Regus, realizada com mais de 12 mil profissionais em todo o mundo mostrou que as empresas brasileiras que operam em mercados internacionais estão alcançando melhores resultados (tendências de receita, de lucro, ou ambos) do que aquelas que concentram seus negócios exclusivamente no mercado nacional. As estatísticas indicam que a expansão no exterior é saudável para os negócios e deve ser considerada em caráter de urgência pelas empresas focadas apenas no cenário doméstico, e que não querem ficar para trás nos mercados de alta competitividade. As evidências da pesquisa enfatizam a importância na tomada de ações e decisões rápidas por parte das empresas concentradas no mercado nacional. Há uma diferença considerável entre a perspectiva das empresas instaladas no Brasil (nacionais e multinacionais) que já operam no exterior – sendo que 96% delas planejam ampliar as ações de expansão -, e a perspectiva daquelas que atuam somente no mercado doméstico (apenas 61% pretendem expandir a atuação para o exterior nos próximos anos). O patrimônio e as pessoas são os obstáculos mais citados e que dificultam o crescimento internacional:
· 45% das empresas declararam que o maior obstáculo para a expansão em território internacional é o desafio de estabelecer uma presença física no país estrangeiro.
· 42% das companhias consideram que ao definir uma operação fora do país o ideal é manter contratos curtos de locação de ativos, uma vez que não podem prever se os negócios crescerão rapidamente ou não.
· A opinião se divide quando o assunto é a naturalidade da gerência sênior para operações no exterior, com 67% declarando-se favorável a um gerente regional que seja do país de origem da organização, e 33% com preferência para um gerente local (do país estrangeiro).
· Existe uma preocupação com relação ao domínio de idiomas pela gerência: 75% dos entrevistados consideram essencial a fluência no idioma local.
“A pesquisa mostra evidências de que, no atual cenário econômico, as empresas brasileiras que expandiram a atuação para novos mercados no exterior estão conseguindo melhores resultados em comparação com as companhias que permanecem atuando em seu próprio mercado de origem. Isso é válido tanto para as pequenas quanto para as grandes empresas, e deve ser visto como um alerta para quem ainda está focado somente no mercado doméstico, para que possam encontrar formas eficazes de ultrapassar as fronteiras para aumentar seus rendimentos e diversificar os riscos”, afirma o diretor Guilherme Ribeiro. Cerca de 44% dos diretores financeiros (CFO) entrevistados no Brasil declararam que fazer negócios no exterior está mais fácil do que há três anos. “Ainda que o espaço patrimonial, equipamentos, profissionais capacitados e treinados sejam apontados como grandes desafios, as opções flexíveis de locais de trabalho em todo o mundo faz a aquisição do ‘patrimônio’ ganhar uma percepção diferente. Já as contratações da equipe devem ser bem avaliadas e ponderadas. A decisão sobre contratar um gestor local ou um gerente do país de origem da organização é crucial, e acreditamos que isso depende muito das vendas estarem nas mãos de alguns poucos distribuidores de grande porte ou da necessidade de um contato direto com uma grande variedade de clientes”, explica Ribeiro.
Principais resultados
Média global | Reino Unido (UK) | EUA | Índia | China | Brasil | Japão | Rússia | |
i) Pretendemos expandir a atuação para o exterior nos próximos anos | 58% | 44% | 43% | 83% | 59% | 65% | 65% | 71% |
ii) O maior obstáculo para a expansão para o exterior é a instalação de um escritório em outro país | 34% | 32% | 29% | 58% | 37% | 45% | 34% | 31% |
iii) Ao expandir para o exterior, nossos compromissos com contraltos de locação precisam ser de curto prazo, pois não é possível prever se os negócios crescerão rapidamente ou não | 63% | 57% | 56% | 78% | 66% | 42% | 56% | 51% |
iv) É difícil formar a equipe ideal quando iniciamos a presença num país estrangeiro | 64% | 60% | 61% | 73% | 59% | 56% | 77% | 58% |
v) É essencial ter uma equipe local quando se inicia uma operação no exterior | 81% | 75% | 76% | 84% | 88% | 77% | 81% | 78% |
vi) É essencial ter um gerente do próprio país de origem da empresa, quando se inicia a operação no exterior | 53% | 43% | 46% | 55% | 76% | 67% | 71% | 50% |
vii) Na nossa empresa apenas gerentes com fluência no idioma local do país são designados para comandar operações no exterior | 48% | 35% | 38% | 43% | 68% | 75% | 35% | 48% |
viii) Conduzimos com sucesso a maioria dos negócios no exterior em inglês, pois é aceito como um idioma global | 73% | 70% | 64% | 91% | 82% | 73% | 64% | 62% |
ix) Não teremos sucesso nas operações no exterior, utilizando somente o inglês, temos que ter fluência no idioma local | 54% | 41% | 46% | 54% | 72% | 57% | 68% | 50% |
x) Indicamos aos nossos gerentes no exterior , quais os melhores locais para alimentação, para que possam conhecer o ambiente e formar uma rede de relacionamentos | 58% | 44% | 53% | 76% | 90% | 50% | 60% | 54% |
xi) Desencorajamos as viagens internacionais e incentivamos as reuniões como outros países, por meio do uso dos recursos tecnológicos | 42% | 32% | 34% | 53% | 90% | 44% | 34% | 62% |
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