A locação topográfica e o acompanhamento dimensional de obra metroviária

Devido à grande expansão das obras metroviárias e assemelhadas, é necessária a aplicação de procedimentos específicos para trabalhos topográficos, trazendo como principal benefício a normalização mínima necessária para execução destes trabalhos. Por exemplo, a via permanente envolve os conjuntos e componentes coordenados entre si de forma a permitir o tráfego de composições ferroviárias e metroviárias. Para a locação de uma obra metroviária há requisitos normativos exigíveis para execução das obras metroviárias e assemelhadas, devendo se utilizar os procedimentos e os equipamentos topográficos que resultem em pleno atendimento aos quesitos exigidos nos trabalhos de cadastro, anteprojeto, projeto, implantação, acompanhamento e levantamento das obras como construídas, visando a melhor qualidade.

Para os túneis e estações em Shield e NATM (new austrian tunneling method), para as operações na superfície do terreno planimétricas, o transporte de direção do túnel tem início na rede GPS, triangulação, trilateração ou poligonal principal ou básica. Destes pontos, quando necessário, medir os ângulos pelo método das direções e as distâncias recíprocas, para no mínimo dois pontos ao nível da superfície e próximos ao poço de emboque do túnel, constituindo assim uma base de primeira ordem.

Da poligonal principal ou da base de primeira ordem implantar um ponto próximo ao poço e medir os ângulos pelo método das direções e as distâncias recíprocas, para dois fios de aço pendurados da superfície ao fundo do poço. Com esta operação determinam-se as coordenadas planas dos fios. Os fios de aço são posicionados através de roldanas afixadas em cavaletes metálicos, tensos com pesos compatíveis com a profundidade do poço, imersos em óleo para evitar o efeito pêndulo.

Para as operações altimétricas, a partir da rede de referência de nível metroviária, o transporte de referência de nível no interior do túnel deve ser feito pelo método de nivelamento e contranivelamento geométrico, com referências de nível (RRNN) espaçadas em no máximo 60 m, sendo realizada uma verificação geral da rede a cada duas referências implantadas. As estações projetadas na superfície e/ou elevadas são referenciadas a eixos longitudinais e transversais, sendo que os eixos longitudinais são demarcados a partir dos pontos notáveis do eixo da via permanente e os transversais a partir dos eixos dos pilares.

Deve-se implantar marcos topográficos no prolongamento destes eixos para locar e/ou verificar toda a obra. Estes marcos têm origem na poligonal principal. Implantar RRNN, na obra, em lugares sem influência de recalque, a partir da rede de referência de nível e com os mesmos critérios de sua implantação.

Para o aparelho de mudança de via (AMV), a locação deve ser feita pelo método da irradiação de pontos a partir de dois vértices da poligonal de entrevias, que caminha próxima ao eixo a ser locado, de modo que o AMV fique contido entre eles. O método consiste no cálculo das projeções das estacas neste intervalo, obtendo as ordenadas, as abscissas, as distâncias e os ângulos dessas estacas do eixo da via. Com essa planilha (anexo E), locar as estacas do eixo de via, a partir do primeiro vértice da poligonal de entrevias até próximo da metade do intervalo considerado. Em seguida, locar as demais estacas a partir do vértice seguinte, conferindo a última estaca locada pelo vértice anterior para que não ocorra eventual descontinuidade da via, conforme figura abaixo.

As estacas de eixo de via são materializadas com piquetes de madeira, sendo que o espaçamento adotado entre elas é o definido na planta de instalação do AMV. Os pontos de começo de mudança de via (CMV) e fim de mudança de via (FMV) são materializados com marcos definitivos em perfil metálico.

A inspeção em uma obra metroviária deve ser realizada com o objetivo de assegurar o desenvolvimento dos serviços segundo as prescrições e recomendações desta norma e o estabelecido na seção 7 da NBR 13133:1994, no que couber. Os marcos da rede GPS, triangulação e/ou trilateração são inspecionados anualmente e, se constatada alguma anomalia (destruído, removido, deslocado, não intervisível), estes marcos devem ter tratamento adequado, ou seja, reimplantado, substituído ou eliminado.

Os vértices da poligonal principal são inspecionados visualmente a cada três meses. Caso seja encontrada alguma irregularidade, fazer as correções mantendo as precisões originais. Os marcos da rede de referência de nível são inspecionados antes de sua utilização.

A NBR 15309 de 12/2005 – Locação topográfica e acompanhamento dimensional de obra metroviária e assemelhada – Procedimento fixa os requisitos exigíveis para locação topográfica e acompanhamento dimensional de obra metroviária e assemelhada em vala a céu aberto, túnel, estação, superfície e elevado, destinada a: apoiar a construção e atualizar o cadastro de obras metroviárias e assemelhadas; controlar todos os serviços topográficos de cadastramento, anteprojeto, projeto, implantação, acompanhamento e levantamento de obras como construídas (as built) no sistema metroviário e assemelhados; servir de parâmetro para todos os serviços de topografia, os quais envolvem obras referentes ao sistema metroviário e assemelhadas. Os equipamentos de medição empregados devem ter precisão compatível, segundo a NBR 13133, com as exigências dos serviços contemplados por esta norma. Devem ter sua precisão real atestada por instituição oficial, não devendo ser aceita sua precisão nominal. Os equipamentos de medição devem ser apresentados ao órgão fiscalizador com os devidos atestados de revisão/retificação, no início dos trabalhos.

Os requisitos exigíveis para execução de obras metroviárias e assemelhadas devem utilizar procedimentos e equipamentos topográficos que resultem em pleno atendimento aos quesitos exigidos nos trabalhos de cadastro, anteprojeto, projeto, implantação, acompanhamento e levantamento das obras como construídas, visando a melhor qualidade, e devem atender aos procedimentos estabelecidos nesta norma. Para a adequada gestão da obra, deve ser projetada e realizada uma rede de apoio geodésico vinculada ao sistema geodésico brasileiro (SGB) oficialmente em vigor. Deve ser realizado o projeto básico e executivo da rede, antevendo as necessidades em termos de apoio, localização dos marcos, tipo de monumentação, condicionamento da rede, metodologia de observação, equipamentos e logística.

A tolerância em posição dos vértices desta rede, considerando o ajustamento livre, é de 5 ppm, observando o limite máximo de 0,05 m para o desvio em posição, considerando um nível de confiança de 95% após o ajustamento vetorial pelo método dos mínimos quadrados. O espaçamento máximo entre os vértices deve ser de 2 km.

A monumentação deve ser realizada por pilar de concreto armado e centragem forçada, marco de concreto armado com chapa convexa de latão ou aço inox, ou ainda somente a chapa cravada em estrutura considerada estável. Da quantidade de injunções do SGB, proceder conforme descrito a seguir. Para a rede distante até 100 km dos pontos de apoio do SGB, o apoio deve ser realizado por no mínimo dois pontos das redes, global positioning system (GPS), estaduais ou da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC). Nas redes distantes até 100 km dos pontos do SGB, a tolerância em posição é de 10 ppm, observando-se o limite máximo de 0,10 m para o desvio em posição, considerando-se um nível de confiança de 95% após o ajustamento vetorial pelo método dos mínimos quadrados.

Para as redes distantes mais de 100 km dos pontos do SGB, a tolerância é de 10 ppm, observando-se o limite máximo de 0,50 m para o desvio em posição, considerando-se um nível de confiança de 95% após o ajustamento vetorial pelo método dos mínimos quadrados. Na integração ao SGB de duas ou mais redes de apoio geodésico, deve-se contemplar também como injunções os vértices da rede do SGB já empregados no ajustamento anterior.

É parte integrante da rede de apoio geodésico a rede altimétrica ou rede de referência de nível metroviária, materializada por pontos distintos da rede planimétrica. A monumentação da referência de nível (RN) deve ser feita por marco de concreto, pino convexo de aço inox ou chapa convexa de latão ou aço inoxidável.

A altitude ortométrica de cada RN da rede altimétrica tem tolerância de 6 mm √K, considerando-se um nível de confiança de 95% após o ajustamento pelo método dos mínimos quadrados. Após os ajustamentos da rede de apoio geodésico, deve ser definido um número conveniente de planos topográficos locais (PTL), com dimensão máxima de 30 km, conforme a NBR 14166.

Os elementos constantes já descritos são representados em planta na escala 1:25 000 ou maior, contendo cada marco indicação da intervisibilidade entre eles, seu número de monografia e o perímetro do plano topográfico, sempre representados por convenções adequadas, tendo como finalidade principal a visualização de conjunto. Na região ao longo da obra deve ser materializada uma rede de apoio topográfico definindo as linhas básicas para a execução da obra.

A monumentação deve ser realizada por marco de concreto armado ou chapa convexa de latão ou aço inox, de acordo com a finalidade. A rede de apoio topográfico, quando executada por metodologia topográfica clássica, deve seguir os critérios da classe IIP da NBR 13133. Qualquer que seja a tecnologia empregada, os lados da rede topográfica devem medir no mínimo 50 m e no máximo 300 m.

A posição planimétrica de cada ponto do apoio topográfico tem tolerância de 33 ppm, observando o limite máximo de 0,035 m para o desvio em posição, considerando-se um nível de confiança de 95% após o ajustamento pelo método dos mínimos quadrados. Todos os pontos do apoio topográfico devem ter a altitude ortométrica no SGB.

A altitude ortométrica de cada ponto de apoio topográfico tem tolerância de 12 mm √K (nivelamento I N da NBR 13133), considerando-se um nível de confiança de 95% após o ajustamento pelo método dos mínimos quadrados. A poligonal destinada ao trabalho de locação de projeto e levantamento como construído é apoiada na rede de apoio topográfico e desenvolvida conforme a classe IIP da NBR 13133, observando-se as adequações descritas a seguir.

A monumentação deve ser realizada por chapa convexa de latão ou aço inox, ou pino de aço cravado em estrutura. O comprimento mínimo dos lados deve ser de 30 m e suas medidas lineares devem ser realizadas com leituras recíprocas. A medida angular deve ser realizada através do método das direções em três séries de leituras conjugadas.

O desvio em posição planimétrica de cada ponto de apoio topográfico deve ter tolerância de 50 ppm e no limite máximo de 0,015 m, considerando-se um nível de confiança de 95% após o ajustamento pelo método dos mínimos quadrados. Em situações especiais, quando a única alternativa para o levantamento for o emprego de ponto polar ou auxiliar, constituindo um polígono aberto ou lado irradiado da poligonal do apoio topográfico, devem ser implantados no máximo dois pontos e adotados os procedimentos descritos a seguir.

A medida angular é determinada através do método das direções com duas séries de leituras conjugadas (direta e inversa), horizontal e vertical, com teodolito classe 2. A medida linear é realizada com leituras recíprocas (vante e ré) com distanciômetro eletrônico classe 1 trena de aço aferida com correções de dilatação, tensão, catenária e redução ao horizonte. A extensão máxima entre pontos é de 100 m.

Deve-se materializar com marcos de concreto ou pinos de aço. As monografias, tanto da rede de apoio geodésico quanto da rede de apoio topográfico, devem conter as seguintes informações: identificação do vértice; localização, contendo estado, município, bairro, etc.; especificação de mapa ou carta que contenha a área (maior escala); data da observação; responsável técnico; contratante; coordenadas cartesianas e geodésicas no Datum WGS 84; coordenadas geodésicas, UTM, topográficas locais com sua origem no sistema geodésico brasileiro; desvio-padrão após ajustamento por mínimos quadrados, com nível de confiança de 95%; azimutes geodésicos e distância zenital, para as miras e marcos intervisíveis; duas fotos do marco, uma próxima contendo a identificação e outra panorâmica; croqui de localização que pode ser parte de aerofoto, guia, carta, etc.; duas miras de azimute com respectivas fotografias (panorâmicas) tomadas do ponto de vista do marco monografado.

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Condomínio é condenado por danos morais por descumprir as normas técnicas

Um menor de idade sofreu um escorregão no gramado do playground infantil de um condomínio e, devido à velocidade do deslize, chocou-se com uma torre de iluminação, ocorrendo corte profundo abaixo do joelho devido ao impacto com parafusos de fixação existentes e totalmente desprotegidos. Em razão de rebarbas metálicas, a pele do menor sofreu um corte profundo na altura do joelho. Houve um processo e, em primeira instância, o condomínio foi condenado a pagar uma indenização de indenização de R$ 7.000,00 ao menor pelo não cumprimento das normas técnicas: NBR 9050 de 08/2020 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos e NBR 16747 de 05/2020 – Inspeção predial – Diretrizes, conceitos, terminologia e procedimento. Houve recurso em segunda instância, mas a sentença foi confirmada. Conheça o acórdão.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho

Não custa repetir: mesmo que algumas instituições continuem a defender, de forma irresponsável, a voluntariedade das normas técnicas, elas são elaboradas em procedimento de consenso pelos diferentes setores, com representantes da atividade privada, consumidores e representantes de órgãos públicos, que compõem a atividade produtiva e de serviço. Afirmar que a norma é, por princípio, de uso voluntário, mas quase sempre é usada por representar o consenso sobre o estado da arte de determinado assunto, obtido entre especialistas das partes interessadas é uma defesa do caos do mercado de produtos e serviços no Brasil. É um crime contra a nação.

As normas são impositivas para todos os setores, uma vez que são homologadas e publicadas, em razão do fundamento de sua expedição e de sua finalidade. Em razão dessa expressa atribuição normativa, contida em textos legais e regulamentares, e qualificada como atividade normativa secundária, delegada pelo poder público, a norma técnica brasileira tem a natureza de norma jurídica, de caráter secundário, impositiva de condutas porque fundada em atribuição estatal, sempre que sinalizada para a limitação ou restrição de atividades para o fim de proteção de direitos fundamentais e do desenvolvimento nacional.

Essas funções são eminentemente estatais o que quer dizer que as normas podem ser equiparadas, por força do documento que embasa sua expedição, à lei em sentido material, uma vez que obriga o seu cumprimento. O estabelecimento das normas técnicas tem a finalidade de garantir a saúde, a segurança, o exercício de direitos fundamentais em geral das pessoas, além de ser o balizamento nos projetos, na fabricação e ensaio dos produtos, no cumprimento dos mesmos pelos compradores e consumidores e na comercialização interna e externa de produtos e serviços.

E não foi caso do condomínio que não observou as normas técnicas obrigatórias. A perícia, realizada no local dos fatos, constatou que no local há talude sem proteção, rebarbas na base do poste de iluminação decorrentes do corte dos parafusos, parafusos sem proteção na área de lazer do empreendimento. Tanto em primeira instância, quanto na segunda, a decisão se baseou no laudo do perito que, após vistoria realizada no imóvel, concluiu que, de acordo com a NBR 9050, não há proteção no talude, ao redor da área de lazer do empreendimento, sendo assim, não está em conformidade com a norma, pois apresenta risco de queda.

Igualmente, conforme a NBR 16747, os furos e postes devem ter tampas, o sistema de fixação não pode permitir a soltura da tampa e não podem ficar desniveladas, portanto, também não foi respeitada a norma técnica. Também, o acesso ao campo de futebol não está em conformidade com as referidas normas e foi constatado que não há guarda corpo nos taludes, para proteção contra quedas.

Os furos e postes devem ter tampas, o sistema de fixação não pode permitir a soltura da tampa e não podem ficar desniveladas, portanto, também não foi houve obediência ao processo de normalização. O juiz foi claro e objetivo: dada a negligência do condomínio em manter os elementos de suas dependências de acordo com as regras de segurança, ocorreu a lesão do autor em maior intensidade, ainda que não se trate de gravidade extraordinária.

Nessa linha de raciocínio, de rigor deve-se concluir que há responsabilidade do condomínio na ocorrência do acidente, que poderia ter sido evitada com a colocação de proteção no talude e preenchimento adequado dos furos e parafusos da base do poste de iluminação. Por isso, resolveu condenar os condôminos ao pagamento de indenização por danos morais ao menor de idade.

Em resumo, as normas técnicas são imperativas em seu cumprimento e acarretam, também por expressa determinação legal ou regulamentar, em caso de descumprimento, a aplicação de penalidades administrativas – e eventualmente até de natureza criminal – que dependem do documento legal que as abriga no ordenamento brasileiro. A lei impõe obrigações e restrições e a ninguém é dado escusar-se ao seu cumprimento alegando ignorância, também com relação às normas técnicas brasileiras prevalece o mesmo princípio. Isso é o que a justiça brasileira vem reconhecendo de forma constante e repetitiva.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho é jornalista profissional, editor da revista digital AdNormas https://revistaadnormas.com.br , membro da Academia Brasileira da Qualidade (ABQ) e editor do blog  https://qualidadeonline.wordpress.com/ — hayrton@hayrtonprado.jor.br

A Qualidade das fontes de soldagem a arco elétrico e dos processos associados

A soldagem a arco exige um equipamento como fonte de energia ou máquina de soldagem especialmente projetado para esta aplicação e capaz de fornecer tensões e corrente cujos valores se situam, em geral, entre 10 e 40 V e entre 10 e 1.200 A, respectivamente. Desde as últimas décadas do século passado, tem ocorrido um desenvolvimento ou evolução no projeto e construção de fontes para soldagem associados com a introdução de sistemas eletrônicos para o controle nestes equipamentos.

Uma fonte de soldagem a arco é um equipamento que fornece corrente e tensão, com as características exigidas para a soldagem a arco elétrico e os processos associados. Também pode fornecer serviços a outros equipamentos e auxiliares, por exemplo, energia auxiliar, líquido de resfriamento, eletrodo consumível de soldagem e gás para proteger o arco e a área de soldagem.

Assim, uma fonte de energia para soldagem a arco deve produzir saídas de corrente e tensão nos valores desejados e com características adequadas para o processo de soldagem; permitir o ajuste destes valores de corrente e/ou tensão para aplicações específicas; variar a corrente e tensão durante a operação de acordo com os requisitos do processo de soldagem e aplicação.

Adicionalmente, o projeto da fonte precisa atender a outros requisitos tais como: estar em conformidade com exigências de normas e códigos relacionados com a segurança e funcionalidade; apresentar resistência e durabilidade em ambientes fabris, com instalação e operação simples e segura.; possuir controles/interface do usuário de fácil compreensão e uso; quando necessário, ter interface ou saída para sistemas de automação. Para a proteção contra choque elétrico em serviço normal (contato direto), em relação à proteção fornecida pelo invólucro, as fontes de soldagem especificamente projetadas para uso interno devem ter no mínimo grau de proteção IP21S, usando os procedimentos de ensaio e as condições da NBR IEC 60529.

As fontes de soldagem especificamente projetadas para uso externo devem ter um grau de proteção de IP23S mínimo, usando os procedimentos de ensaio e as condições da NBR IEC 60529. As com grau de proteção IP23S podem ser armazenadas, mas não são destinadas a uso externo durante precipitações, a não ser que estejam protegidas por uma cobertura.

O invólucro deve oferecer drenagem adequada. A água retida não pode interferir na operação correta do equipamento ou prejudicar a segurança. A quantidade de água que pode entrar no invólucro não é limitada.

As conexões do circuito de soldagem devem ser protegidas, como especificado na norma técnica. Os controles remotos para fontes de soldagem devem ter no mínimo grau de proteção IP2X, usando os procedimentos e as condições de ensaio da NBR IEC 60529. A conformidade deve ser verificada pelo ensaio descrito a seguir.

Uma fonte de soldagem deve ser submetida ao ensaio de água apropriado, sem ser energizada. Imediatamente após o ensaio, a fonte de soldagem deve ser levada a um ambiente seguro e submetida ao ensaio de resistência de isolação e ao ensaio de rigidez dielétrica. Além disso, o circuito de soldagem deve ser isolado do circuito de alimentação e de todos os outros circuitos que possuem tensão maior que a tensão a vazio permitida da fonte de soldagem, como, por exemplo, os circuitos de alimentação auxiliares, por isolação reforçada ou dupla, ou por meios equivalentes que atendam aos requisitos da norma.

Se outro circuito for conectado ao circuito de soldagem, a energia do outro circuito deve ser fornecida por um transformador de isolação ou por meio equivalente. O circuito de soldagem não pode ser conectado internamente aos meios de conexão para o condutor de proteção externo, o invólucro, a estrutura ou núcleo da fonte de soldagem, exceto, se necessário, por uma rede de supressão de interferência ou por um capacitor de proteção.

Para o ensaio de aquecimento, ao colocar os dispositivos de medição no interior da fonte de soldagem, o único acesso permitido deve ser por meio de aberturas com placas de cobertura, portas de inspeção ou painéis de fácil remoção, providos pelo fabricante. A ventilação na área de ensaios e os dispositivos de medição não podem interferir na ventilação normal da fonte de soldagem ou causar uma transferência de calor anormal para ou a partir dela.

A fonte de soldagem deve ser operada em sua tensão nominal de alimentação, com corrente constante em um ciclo de tempo de (10 ± 0,2) min: com a corrente nominal de soldagem (i2) a 60% e/ou a 100% do ciclo de trabalho, conforme apropriado; com a corrente nominal máxima de soldagem (i2máx.) no ciclo de trabalho correspondente. Se for conhecido que nem o descrito anteriormente, deve-se oferecer o aquecimento máximo, então um ensaio deve ser feito no ajuste dentro da faixa avaliada que oferece o aquecimento máximo.

No caso de uma fonte de soldagem para solda TIG AC com gás inerte estar sendo avaliada, uma carga desbalanceada pode causar aquecimento máximo. Neste caso, um ensaio deve ser executado conforme o Anexo C descrito na NBR IEC 60974-1. A condição de temperatura ambiente deve ser atendida. É possível obter aquecimento máximo na condição sem carga. Os ensaios, se pertinentes, podem ocorrer um após o outro, sem a fonte de soldagem retornar para a temperatura ambiente.

A NBR IEC 60974-1 de 03/2022 – Equipamento de soldagem a arco – Parte 1: Fontes de soldagem é aplicável às fontes de soldagem a arco elétrico e aos processos associados projetados para usos industrial e profissional, e alimentados por uma tensão que não exceda a 1.000 v, alimentados por bateria ou acionados por meios mecânicos. Especifica os requisitos de segurança e desempenho de fontes de soldagem e de sistemas para corte por plasma e não é aplicável às fontes de soldagem de operação limitada e às fontes de corte por plasma que foram projetadas principalmente para uso por leigos e projetadas de acordo com a IEC 60974-6.

Este documento inclui requisitos para as fontes de soldagem alimentadas por bateria e bancos de baterias, os quais são fornecidos no Anexo O. Não é aplicável aos ensaios de fontes de soldagem durante a manutenção periódica ou depois de reparos. Os processos típicos associados são corte a arco elétrico e pulverização a arco e os sistemas de corrente alternada com tensão nominal entre 100 V e 1.000 V são apresentados na IEC 60038:2009, Tabela 1. Não inclui os requisitos de compatibilidade eletromagnética (EMC).

Uma fonte de soldagem a arco é um equipamento para fornecer corrente e tensão, com as características exigidas para a soldagem a arco elétrico e os processos associados. Também pode fornecer serviços a outros equipamentos e auxiliares, por exemplo, energia auxiliar, líquido de resfriamento, eletrodo consumível de soldagem e gás para proteger o arco e a área de soldagem.

Deve ser capaz de fornecer as suas saídas nominais nos ciclos de trabalho nominais, quando as seguintes condições ambientais prevalecerem: faixa de temperatura ambiente: durante a operação: – 10 °C a + 40 °C; umidade relativa do ar: até 50 % a 40 °C; até 90 % a 20 °C; ar ambiente, livre de quantidades anormais de pó, ácidos, gases ou substâncias corrosivas etc., outros que não aqueles gerados pelo processo de soldagem; altitude acima do nível do mar até 1.000 m; base da fonte de soldagem inclinada até 10°.

As fontes de soldagem devem suportar armazenagem e transporte a uma temperatura ambiente de – 20 °C a + 55 °C, sem quaisquer danos às funções ou ao desempenho. Diferentes condições ambientais podem ser acordadas entre o fabricante e o comprador, e a fonte de soldagem resultante é identificada de acordo com essa norma.

Exemplos destas condições são: a alta umidade, vapores excepcionalmente corrosivos, vapor, vapor de óleo em excesso, vibração ou choque anormal, pó em excesso, condições meteorológicas extremas, condições litorâneas ou de navegação incomuns, infestação por pragas e ambiente favorável ao crescimento de mofo. Os requisitos de distância de separação e de distância de escoamento neste documento permitem o uso até 2.000 m acima do nível do mar. Os ensaios devem ser realizados em fontes de soldagem novas, não úmidas e completamente montadas.

O ensaio de aquecimento especificado nessa norma e o ensaio de proteção térmica especificado nessa norma devem ser realizados em ambiente com temperatura de 40 °C (ver tolerâncias nessa norma), com exceção de fontes movidas a motores e equipamento de instalação fixa, os quais devem ser ensaiados conforme a especificação do fabricante. Outros ensaios devem ser realizados a uma temperatura de ar ambiente, de (25 ± 10) °C.

As fontes de soldagem refrigeradas por líquido devem ser ensaiadas com as condições especificadas pelo fabricante. Salvo disposição em contrário, o equipamento deve ser alimentado por uma tensão nominal de alimentação com tolerância de ± 5%.

A precisão dos instrumentos de medição deve ser: instrumentos de medições elétricas: classe I (± 1% do fundo de escala), exceto para a medição da resistência de isolação e ensaio de rigidez dielétrico, em que a precisão dos instrumentos não é especificada, mas deve ser considerada para a medição; termômetro: ± 2 K; tacômetro: ± 1% do fundo de escala. Todas as medições elétricas podem ser realizadas com uma incerteza máxima de medição de 5%.

Os componentes e os subconjuntos que, devido à falha, podem criar um risco, como fontes de alimentação de energia e equipamentos integrados de tecnologia da informação, devem ser utilizados de acordo com seus parâmetros especificados, a menos que uma exceção específica seja feita. Eles devem estar em conformidade com um dos seguintes itens: os requisitos de segurança aplicáveis de uma norma IEC pertinente.

A conformidade com outros requisitos da norma do componente não é exigida. Se necessário para a aplicação, os componentes devem ser submetidos aos ensaios deste documento, exceto quando estes ensaios forem idênticos ou equivalentes aos exigidos para verificar a conformidade com a norma relevante do componente.

Por exemplo, se os componentes atenderem aos requisitos de segurança da IEC 60950-1, mas forem classificados para um ambiente menos severo que o ambiente aplicável descrito nessa norma, eles também devem atender aos requisitos adicionais aplicáveis deste documento. Os requisitos deste documento e, onde for necessário para a aplicação, quaisquer requisitos adicionais de segurança aplicáveis da norma IEC pertinente do componente, se não houver norma IEC aplicável, os requisitos deste documento devem ser obedecidos.

Os requisitos de segurança aplicáveis de uma norma não IEC que sejam pelo menos tão exigentes quanto os da norma IEC pertinente, desde que o componente tenha sido aprovado para a norma não IEC por uma autoridade de ensaios reconhecida. Os ensaios realizados por uma autoridade de ensaios reconhecida, a qual valida a conformidade com os requisitos de segurança não são repetidos, mesmo se os ensaios forem realizados utilizando uma norma não IEC.

A figura abaixo é um fluxograma mostrando os métodos de verificação da conformidade. A conformidade é verificada por inspeção visual e, se necessário, por ensaio.

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A não ser que especificados de outra maneira, os ensaios deste documento são ensaios de tipo. A fonte de soldagem deve ser ensaiada com qualquer acessório que possa afetar os resultados dos ensaios. Todos os ensaios de tipo devem ser executados na mesma fonte de soldagem, exceto onde for especificado que um ensaio deve ser executado em outra fonte de soldagem.

Como uma condição de conformidade, os ensaios de tipo fornecidos a seguir devem ser executados nessa sequência, sem tempo de secagem: inspeção visual geral; resistência de isolação; invólucro; meios de manuseio; resistência à queda; proteção fornecida pelo invólucro; resistência de isolação; rigidez dielétrica; e inspeção visual geral. Os outros ensaios incluídos neste documento e não listados aqui devem ser executados, mas podem ser executados em qualquer sequência conveniente.

Todos os ensaios de rotina devem ser executados em cada fonte de soldagem. Recomenda-se a seguinte sequência: inspeção visual de acordo com a especificação do fabricante; continuidade do circuito de proteção; rigidez dielétrica; tensão a vazio: tensão nominal a vazio por medição apenas, ou se aplicável, tensão nominal reduzida a vazio; ou se aplicável, tensão nominal de comutação a vazio; ensaio para garantir os valores nominais mínimo e máximo de saída, de acordo com essa norma.

O fabricante pode escolher entre carga convencional, carga de curto-circuito ou outras condições de ensaio. Em curto-circuito e em outras condições de ensaio, os valores de saída podem ser diferentes dos

valores de carga convencional. Se especificado pelo projeto, os valores medidos podem ser compensados devido a variações da rede de alimentação.

Para a proteção contra choque elétrico, a maioria das fontes de soldagem se enquadram na categoria de sobretensão III, de acordo com a IEC 60664-1; motossoldadoras se enquadram na categoria de sobretensão II. Todas as fontes de soldagem devem ser projetadas no mínimo para uso em condições ambientais de grau de poluição 3.

Os componentes ou subconjuntos com distância de separação ou distância de escoamento correspondentes ao grau de poluição 2 são permitidos, se o microambiente do componente ou submontagem for melhorado (por meios como filtragem, revestimento, encapsulamento, moldagem), sendo que assim somente a poluição não condutiva ou condutiva temporária ocasional causada por condensação pode ocorrer. Os componentes ou subconjuntos com distância de separação ou distância de escoamento correspondentes ao grau de poluição 1 são permitidos, se eles estiverem totalmente revestidos, encapsulados ou moldados de acordo com a IEC 60664-3.

Conheça um método para a contagem de E. coli e bactérias coliformes na água

A NBR ISO 9308-2 de 09/2021 – Qualidade da água – Enumeração de Escherichia coli e bactérias coliformes – Parte 2: Método do número mais provável especifica um método para a contagem de E. coli e bactérias coliformes na água. O método é baseado no crescimento de organismos-alvo em meio líquido e no cálculo do número mais provável (NMP) de organismos por referência às tabelas de NMP. Este método pode ser aplicado a todos os tipos de água, incluindo aquelas contendo uma quantidade considerável de matéria suspensa e altas contagens de fundo de bactérias heterotróficas.

Contudo, não pode ser usado para a contagem de bactérias coliformes na água do mar. Ao usar para a enumeração de E. coli em águas marinhas, uma diluição de 1→10 em água estéril é normalmente necessária, embora o método tenha mostrado funcionar bem com algumas águas marinhas que têm uma concentração de sais inferior ao normal. Na ausência de dados para apoiar o uso do método sem diluição, uma diluição de 1→10 é usada.

Este método se baseia na detecção de E. coli com base na expressão da enzima β-D-glucuronidase e, consequentemente, não detecta muitas das cepas entero-haemorágicas de E. coli, que normalmente não expressam essa enzima. Além disso, há um pequeno número de outras cepas de E. coli que não expressam β-D-glucuronidase.

A escolha dos ensaios usados na detecção e confirmação do grupo de bactérias coliformes, incluindo E. coli, pode ser considerada parte de uma sequência contínua. A extensão da confirmação com uma amostra particular depende em parte da natureza da água e em parte dos motivos do ensaio. O ensaio descrito nesta parte fornece um resultado confirmado sem necessidade de confirmação adicional de poços positivos. Embora este método descreva o uso de um dispositivo de enumeração que está disponível comercialmente, o meio descrito também pode ser usado em um formato padrão NMP.

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Para o ensaio, como deve ser feita a inoculação do meio?

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Quais são as informações microbiológicas sobre as bactérias coliformes?

Como fazer a validação de Colilert8) – 18/Quanti-Tray8 para a enumeração de E.coli e bactérias coliformes da água?

A presença e extensão da poluição fecal são um fator importante na avaliação da qualidade de uma massa de água e no risco de infecção para a saúde humana. O ensaio de amostras de água para a presença de Escherichia coli (E. coli), que normalmente habita o intestino do homem e de outros animais de sangue quente, fornece uma indicação dessa poluição.

O ensaio de bactérias coliformes pode ser mais difícil de interpretar, porque algumas bactérias coliformes vivem no solo e na superfície da água doce e nem sempre são intestinais. Portanto, a presença de bactérias coliformes, embora não seja uma prova de contaminação fecal, pode indicar uma falha no tratamento ou entrada de água no sistema de distribuição.

Chama-se a atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem estar sujeitos a direitos de patente diferentes daqueles identificados acima. A ABNT não pode ser responsabilizada pela identificação de qualquer ou todos esses direitos de patente.

De acordo com a ISO, desenvolvedora do documento original sendo adotado (ISO 9308-2), a conformidade com este documento pode envolver o uso de patentes relativas à Colilert-18 e Quanti-Tray e Quanti-Tray 2000 fornecidas nesta Norma. A ABNT não se posiciona a respeito da evidência, validade e escopo desses direitos de patente.

O detentor deste direito de patente garantiu à ISO, elaboradora original do documento sendo adotado, que ele está disposto a negociar licenças gratuitamente ou sob termos e condições razoáveis e não discriminatórios com requerentes em todo o mundo. A este respeito, a declaração do titular deste direito de patente é registrada na ISO. As informações podem ser obtidas em: IDEXX Laboratories, Inc., One IDEXX Drive, Westbrook, Maine 04092 USA. A ISO (http://www.iso.org/patents) e a IEC (http://patents.iec.ch) mantêm bases de dados online de patentes relevantes para suas normas.

Os usuários são incentivados a consultar as bases de dados para obter as informações mais atualizadas sobre patentes. Um flaconete de meio desidratado é adicionado a uma amostra de água (100 mL), ou a uma diluição de uma amostra feita até 100 mL. A amostra e o meio de cultura são agitados suavemente para garantir a mistura adequada e para permitir a dissolução do meio. A amostra e o meio são, então, vertidos assepticamente em uma cartela Quanti-Tray1) ou cartela Quanti-Tray/20001), para enumerar até 201 organismos ou 2.419 organismos por 100 mL, respectivamente.

As cartelas são seladas com um selador Quanti-Tray1) e então incubadas a (36 ± 2) °C, por 18 h a 22 h. Após a incubação, os poços de amostra que têm uma cor amarela de intensidade igual ou superior à dos poços comparadores são considerados positivos para bactérias coliformes.

Os poços amarelos que também exibem qualquer grau de fluorescência são considerados positivos para E. Coli. Por meio de tabelas estatísticas, ou um simples programa de computador, pode-se determinar o número mais provável (NMP) de bactérias coliformes e E. coli em 100 mL da amostra.

A coloração amarela pode ser vista a olho nu e resulta da clivagem do ortonitrofenol galactosídeo pela enzima β-D-galactosidase. A fluorescência é demonstrável sob luz ultravioleta (365 nm) e se origina da clivagem da molécula 4 metilumbeliferil glucuronídeo (MUG) pela enzima β-D-glucuronidase, para produzir o composto fluorescente metilumbeliferona.

Como aparelhagem e utensílios de vidro, utilizar instrumental de laboratório microbiológico e, em particular, o descrito a seguir. Como aparelho para esterilização por vapor (autoclave), os materiais e vidrarias não fornecidos estéreis devem ser esterilizados de acordo com as instruções fornecidas na ISO 8199. Forno de ar quente, para esterilização por calor seco. Incubadora, termostaticamente controlada a (36 ± 2) °C. Selador Quanti-Tray2). Frascos estéreis com boca larga de pelo menos 110 mL. Comparador Quanti-Tray2). Lâmpada ultravioleta, de 365 nm. Quanti-Tray2) ou Quanti-Tray/20002), ver o Anexo B. (Quanti-Tray é uma marca comercial ou marca registrada da IDEXX Laboratories, Inc. ou de suas afiliadas nos Estados Unidos e/ou em outros países. Esta informação é dada para facilitar aos usuários desta parte e não constitui um endosso por parte da ABNT ao produto citado).

Para os meios de cultura e reagentes, como materiais básicos, o método utiliza Colilert3)-18 um meio baseado na Tecnologia de Substrato Definido disponível para uma amostra de 100 mL como um pó pronto para uso distribuído em flaconetes. Cada flaconete contém meio suficiente (2,8 g) para um único ensaio.

O meio deve ser armazenado em condições ambientais (2 °C a 25 °C) longe da luz solar direta, e convém que seja utilizado antes da data de vencimento indicada no flaconete. O meio é composto por dois componentes para fornecer as concentrações finais conforme mostrado no Anexo C.

Para diluições a serem usadas com Colilert3)-18, utilizar apenas água estéril, não inibitória e livre de oxidantes (deionizada ou da torneira). O uso de diluentes contendo tampão, solução salina ou peptona interfere no desempenho do ensaio.

O antiespumante B é uma suspensão 10% ativa de silicone solúvel em água. Coletar as amostras e entregá-las ao laboratório de acordo com a ISO 19458. Para a avaliação dos resultados, avaliar o Quanti-Tray4) ou Quanti-Tray4)/2000 após a incubação de 18 h a 22 h e considerar como reações positivas para bactérias coliformes os poços que estiverem com uma coloração amarela igual ou maior que a coloração do comparador Quanti-Tray.

Avaliar as cartelas sob luz ultravioleta (365 nm) em uma sala escura ou em uma câmara que obscureça a luz do ambiente. Considerar todos os poços amarelos que também exibirem qualquer grau de fluorescência como positivos para E. coli. Se os resultados forem ambíguos após 18 h (ou seja, se a coloração amarela for menor do que a do comparador), convém que a incubação seja estendida até 22 h. Os resultados positivos para bactérias coliformes e E. coli observados antes de 18 h de incubação, bem como resultados negativos observados após 22 h, também são válidos.

O relatório de ensaio deve conter pelo menos as seguintes informações: método de ensaio usado, juntamente com uma referência a esta parte da NBR ISO 9308; todas as informações necessárias para a identificação completa da amostra; os resultados expressos de acordo com a Seção 9; qualquer(quaisquer) ocorrência(s) particular(es) observada(s) durante o andamento da análise e qualquer(quaisquer) operação (ões) não especificadas nesta parte que possam ter influenciado os resultados. O laboratório deve ter um sistema de controle da qualidade claramente especificado para garantir que a aparelhagem, os reagentes e as técnicas sejam adequados para o ensaio. A utilização de controles positivos, controles negativos e brancos é parte do ensaio.

Os requisitos normativos para o lastro ferroviário de rocha britada (LP)

A NBR 5564 de 10/2021 – Via férrea – Lastro ferroviário – Requisitos e métodos de ensaio estabelece os requisitos e métodos de ensaio para o lastro ferroviário de rocha britada (LP). Os parâmetros e os valores apresentados nesta norma são de referência. Cabe ao consumidor adaptá-los às características regionais das jazidas e das condições de aplicação.

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Como deve ser feita a distribuição granulométrica do lastro ferroviário?

Qual deve ser a aparelhagem para se realizar a determinação da massa específica aparente, porosidade aparente e absorção de água?

Como executar a determinação da resistência à intempérie?

Por que fazer o ensaio para rochas básicas (basalto, diabásio e gabro)?

O lastro ferroviário deve ser constituído por fragmentos formados pela britagem de material extraído de rocha dura e sã, reconhecida como de característica petrográfica, própria ao uso em lastro na via férrea. O comprador pode exigir do fornecedor a comprovação da capacidade técnica de fornecimento do volume de lastro ferroviário.

O comprador deve solicitar ao fornecedor os estudos geológicos das jazidas, realizados por entidades especializadas, de acordo com as NBR 6490 e NBR 7389-2. A análise da jazida deve compreender, no mínimo: a descrição geológica da pedreira; o estudo das ocorrências de rochas exploráveis entre as rochas existentes; a apreciação quantitativa das ocorrências de rochas provavelmente inadequadas para LP; o exame das possibilidades de produção de LP.

As jazidas devem produzir partículas: homogêneas; livres de materiais orgânicos e outras impurezas; com resistência à compressão uniaxial no estado saturado, mínima de 100 MPa, devendo ser realizada de acordo com o Anexo D. O LP deve ser isento de todo resíduo estéril da pedreira, material vegetal, solo e quaisquer outras impurezas que possam colmatá-lo.

Sempre que houver mudança na frente de lavra, o fornecedor deve atender ao descrito nessa norma. O lastro ferroviário deve apresentar as características relacionadas na tabela abaixo. Opcionalmente, a critério do comprador, podem ser solicitados os ensaios relacionados na tabela abaixo. Em regiões com restrições ambientais, as partículas devem ser lavadas com jato de água abundante, para remoção do pó.

A amostragem deve ser feita de acordo com a NBR 6490, para: o reconhecimento e caracterização da jazida; verificação das características relacionadas na tabela acima. A amostragem do lastro ferroviário deve ser na proporção acordada entre comprador e fornecedor, e de acordo com o Anexo G, devendo ser apresentada uma amostragem inicial, independentemente da quantidade a ser fornecida.

Quando o lastro ferroviário for fornecido na condição de colocado no veículo, recomenda-se que a amostragem seja realizada no veículo. Caso seja fornecido na condição de colocado em determinado local, recomenda-se que a amostragem seja realizada no local.

Antes de qualquer verificação, todas as amostras de cada lote devem ser submetidas a inspeções visuais de aspecto, forma e dimensão. Somente a amostra e/ou o lote não rejeitados, de acordo com estas inspeções, devem ser submetidos aos ensaios. Quanto à movimentação e estocagem do lastro, recomenda-se que: o lastro ferroviário seja movimentado e estocado de modo que se mantenha limpo e isento de segregação; o lastro seja transportado de modo que a sua granulometria não seja alterada, além de ser mantido livre de alterações de suas características originais; seja dada especial atenção quanto à distribuição das partículas de lastro ferroviário no veículo em que for carregado, objetivando a homogeneidade entre elas.

A determinação da forma dos fragmentos de rocha britada por meio do paquímetro estabelece o método de ensaio para determinação da forma dos fragmentos de rocha britada por meio do paquímetro. Para a execução do ensaio, é necessária a seguinte aparelhagem: paquímetro com precisão de 0,1 mm, calibrado; peneiras de malhas quadradas, com caixilhos metálicos e aberturas nominais, em milímetros, inclusive tampa e fundo, de acordo com as NBR NM ISO 3310-1 e NBR NM 248; agitador para peneiras com dispositivo para fixação, desde uma peneira até seis, inclusive tampa e fundo; balança com precisão de 0,5% da massa da amostra; estufa capaz de manter a temperatura em (110 ± 5) °C.

Para a preparação dos corpos de prova, quartear a amostra inicial, conforme a NBR 16915, até alcançar aproximadamente 35 kg. Posteriormente, secar a amostra em estufa a (110 ± 5) °C, até massa constante. Realizar a análise granulométrica da amostra, de acordo com a NBR NM 248, nas peneiras de 63 mm, 50 mm, 38 mm, 25 mm, 19 mm e 12,5 mm.

Desprezar as frações passantes na peneira de 12,5 mm e aquelas frações que retiverem menos que 10 % em massa. Determinar a porcentagem de massa retida em cada peneira. Cada fração obtida deve ser quarteada (quando necessário), até que sejam obtidas 100 partículas para cada fração de tamanho a ser avaliado.

Caso a fração não alcance a quantidade de 100 partículas e a massa retida seja superior a 10%, ela deve ser avaliada. Para o procedimento, medir as dimensões a, b e c de cada corpo de prova, com paquímetro, em milímetros, considerando um paralelogramo onde o fragmento possa ser circunscrito.

A dimensão a é a distância entre dois pontos A e B do corpo de prova (maior distância); a dimensão b é a distância entre duas retas paralelas à reta que passa por A e B, tangenciando C e D do corpo de prova (média distância); a dimensão c é a maior distância entre dois planos paralelos às retas AB e CD, que tangenciem a superfície do corpo de prova (menor distância). Calcular as relações b/a e c/b para cada fragmento do corpo de prova, arredondadas em um décimo.

Classificar a forma de cada fragmento do corpo de prova, com base nas relações b/a e c/b. Calcular a média aritmética das relações b/a e c/b do corpo de prova, classificar a forma média, contar os indivíduos classificados como cúbicos e não cúbicos (alongados, lamelares e alongados lamelares) e calcular as suas porcentagens.

O relatório de ensaio deve conter: o nome e o endereço do laboratório responsável pelo ensaio e número do relatório; o nome e o endereço do contratante; a indicação da procedência da amostra (estado, cidade, mina, local de coleta, etc.); tipo petrográfico presumido e/ou designação da amostra; as dimensões dos fragmentos, em milímetros; as relações b/a e c/b individuais e respectivas médias destas; as classes das formas individuais e da forma média; média aritmética dos resultados, respectivo desvio-padrão e coeficiente de variação; data da finalização do ensaio; nome e assinatura do responsável pelo ensaio; referência a esta norma; e as observações complementares necessárias.

Como desenvolver uma estratégia para o facility management

A NBR ISO 41014 de 10/2021 – Facility management – Desenvolvimento de uma estratégia para facility managementfornece as diretrizes para o desenvolvimento de uma estratégia para o facility management (FM) quando a organização pretende assegurar o alinhamento entre os requisitos de FM e os objetivos, necessidades e restrições do negócio principal da organização demandante; deseja melhorar a utilidade e os benefícios fornecidos pelas instalações para o aperfeiçoamento da organização demandante e de seu negócio principal; visa atender às necessidades das partes interessadas e provisões aplicáveis de maneira consistente; visa ser sustentável em um ambiente globalmente competitivo.

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Qual deve ser a estratégia do negócio?

Qual deve ser a base para medir o sucesso?

Qual é a relação entre atividades principais e não principais?

Quais devem ser os alvos para melhoria?

Por que o risco pode ser considerado como ameaça e oportunidade?

O FM integra múltiplas disciplinas para ter uma influência sobre a eficiência e a produtividade das economias de sociedades, comunidades e organizações, bem como a maneira pela qual os indivíduos interagem com o ambiente construído. O FM afeta a segurança do trabalho, o bem-estar e a qualidade de vida de grande parte das sociedades e da população em todo o mundo por meio dos serviços que gerencia e entrega (ver NBR ISO 41001).

O FM é definido como uma função organizacional que integra pessoas, local e processo dentro do ambiente construído com o propósito de melhorar a qualidade de vida das pessoas e a produtividade do negócio principal (ver NBR ISO 41011:2019, 3.1.1). Ele é de importância estratégica porque apoia diretamente a estratégia do negócio principal da organização demandante, permitindo que seus objetivos e planos sejam realizados por meio da gestão das instalações que sejam seguras, confiáveis, eficientes, rentáveis e sustentáveis.

Uma organização demandante é uma entidade que tem uma necessidade e autoridade de incorrer em custos para que tenham os requisitos atendidos (ver NBR ISO 41011:2019, 3.3.1.1). Por exemplo, o proprietário de uma instalação, operador, operador-proprietário, locatário ou, em alguns casos, um agente de gestão que atua em nome de um proprietário.

Este documento se refere à organização demandante e à organização responsável por FM e serviços de facility. Uma distinção é necessária devido à natureza variável em que o FM é organizado e onde os serviços de facility são entregues por meio das pessoas dentro da organização demandante, por meio de prestadores de serviços externos ou uma combinação dos dois.

As orientações neste documento se aplicam principalmente à organização responsável por FM. Em situações onde não exista atualmente nenhuma organização formal para esta finalidade, convém que uma pessoa (ou órgão) seja indicada(o) para desempenhar uma função ativa no desenvolvimento da estratégia de FM. A NBR ISO 41001 faz referência a uma estratégia para FM e estabelece isto no contexto de um sistema de gestão de facility management (FM).

Os benefícios de desenvolvimento de uma estratégia para FM incluem: melhor entendimento dos objetivos, necessidades e restrições da organização demandante e uma abordagem apropriada ao FM e serviços de facility; probabilidade reduzida de uma desconexão entre os objetivos e as necessidades da organização demandante e os meios para apoiá-los; alinhamento entre os requisitos de FM e as atividades do negócio principal da organização demandante; melhor eficiência na gestão de FM em geral e na entrega de serviços de facility em particular; práticas de gestão consistentes a partir de uma metodologia para o desenvolvimento de uma estratégia para FM que seja transparente, reproduzível e mensurável; uma base inicial para medir a melhoria na efetividade operacional de FM e sua contribuição para o negócio principal da organização demandante; contribuição para a rentabilidade da organização demandante e, quando aplicável, sua competitividade; contribuição para a sustentabilidade por meio do uso mais eficiente de recursos escassos.

Esse documento é destinado a preencher uma lacuna no fornecimento atual de orientações para permitir que a abordagem mais apropriada de FM e serviços de facility seja determinada. O objetivo é promover a conscientização, o desenvolvimento de competências e o conhecimento pelo fornecimento de recomendação estratégica nas decisões que afetam a gestão das instalações e/ou a entrega de serviços de facility.

Especificamente, esse documento é aplicável a qualquer organização para FM que deseja: utilizar uma metodologia para desenvolver uma estratégia de FM; assegurar-se do alinhamento da estratégia de FM com a estratégia do negócio principal da organização demandante; demonstrar conformidade com este documento: realizando uma autodeterminação e autodeclaração; buscando confirmação de sua conformidade pelas partes que tenham interesse na organização de FM; e buscando confirmação de sua autodeclaração por uma parte externa à organização de FM.

Este documento fornece orientação para programas de auditoria interna ou externa. Os usuários deste documento podem comparar práticas para o desenvolvimento de uma estratégia para seu FM com um referencial internacionalmente reconhecido, fornecendo princípios sólidos para a gestão efetiva destas práticas.

Este documento provê uma base comum para o entendimento dos fatores que convém que a organização de FM considere quando desenvolver uma estratégia para FM. Este documento promove uma metodologia para auxiliar a organização de FM em determinar a abordagem mais apropriada e os arranjos para o desenvolvimento de uma estratégia como uma base para a subsequente implementação de requisitos táticos e operacionais de FM para apoiar o negócio principal da organização demandante, principalmente suas atividades de negócios.

Este documento enfatiza as decisões, atividades, informações, dados e partes interessadas que têm de ser coordenados em um processo gerenciável para o desenvolvimento de uma estratégia para FM e os estágios dentro desta estratégia, incluindo: entender a organização demandante: contexto, governança, gestão de riscos e alinhamento estratégico (ver Seção 4); desenvolver os requisitos de FM: interesse em instalações, maturidade de FM, partes interessadas, prioridades, requisitos funcionais, serviços, opções de entrega e fornecimento (ver Seção 5); formular a estratégia de FM: compilando a estratégia, seu formato e conteúdo, requisitos orçamentários, compras, comunicação, feedback e implementação (ver Seção 6); gerenciar o desempenho: monitoramento e controle, indicadores de desempenho, medição, revisão, ações corretivas e lições aprendidas (ver Seção 7); melhorar os resultados: aplicando as lições aprendidas, reavaliando saídas (consequências) e alvo, atualizando a estratégia e a política (ver Seção 8).

Quando for adotada uma abordagem do processo para o desenvolvimento de uma estratégia, pode ser útil considerar três fases: análise, solução e implementação. Estas fases são abrangidas nas Seção 4, Seção 5 e Seções 6 a 8, respectivamente. A metodologia é destinada para ser escalável, significando que as provisões deste documento são aplicáveis a qualquer organização de FM em maior ou menor grau.

Como tal, a organização de FM pode determinar quais das provisões se aplicam total ou parcialmente ao desenvolvimento da estratégia de FM alinhadas com os objetivos, necessidades e restrições do negócio principal da organização demandante e o tipo, tamanho, complexidade, condição e localização geográfica de suas instalações. De maneira similar, a responsabilidade pela análise, solução e implementação da estratégia de FM pode variar dentro das organizações, dependendo de sua estrutura e escopo contratual.

Uma matriz de atribuição de responsabilidade pode ser utilizada para alocar funções dentro do negócio principal, na organização de FM e prestadores de serviços, como apropriado, para o desenvolvimento da estratégia de FM. Muitas organizações existem em um ambiente de mudança dinâmica. Não há, provavelmente, duas organizações iguais e o que faz sentido para uma organização poderia ser inapropriado para outra.

Entendendo como uma organização demandante antecipa, planeja e responde às mudanças, especialmente as mudanças que poderiam afetar a sua necessidade e o impacto no FM e nos serviços de facility, é uma consideração chave para sua alta direção. Alinhando as estruturas e a entrega de FM e serviços de facility com as atividades de negócio da organização demandante é, portanto, crítica para a conquista do sucesso de seus objetivos do negócio principal. Isto se aplica se a organização demandante for um órgão público ou privado, e é independente do setor na qual ela opera.

No entanto, sua estrutura organizacional, pessoas, valores, cultura, estilo de gestão e contexto tem um efeito sobre como ela lida com uma ampla variedade de fatores e suas decisões em relação à necessidade e uso das instalações. Cada vez mais, as organizações demandantes estão trabalhando através de regiões geográficas e em diferentes culturas.

Elas podem experimentar diferenças nas influências culturais que as afetam de um local para outro. Isto pode enriquecer o ambiente de trabalho e a qualidade do trabalho, porém pode requerer uma abordagem modificada por parte da alta direção. Estes fatores e as decisões relacionadas que a organização demandante enfrenta são tipicamente tornadas explícitas em sua estratégia do negócio principal ou em uma declaração da política dela derivada.

Convém que a estratégia do negócio principal da organização demandante reconheça a contribuição que é esperada do FM para o sucesso de seu negócio principal, todavia o sucesso é definido. Da mesma forma, convém que a estratégia para FM reflita os objetivos, necessidades e restrições do negócio da organização demandante e convém que seja capaz de traduzi-los em requisitos de FM.

Fazendo assim reduz muito a probabilidade de uma desconexão entre os objetivos, necessidades e restrições do negócio e os meios para apoiá-los na forma de instalações apropriadas e serviços de facility. Convém que considerações sejam dadas a quaisquer planos de negócios que impactariam nas necessidades em relação ao uso atual e futuro de instalações e serviços de facility e os horizontes de planejamento do negócio sobre os quais estes poderiam ocorrer (por exemplo, curto, médio e longo prazo, conforme definido pela organização demandante). Em termos práticos, a estratégia do negócio principal está preocupada como as pessoas na organização demandante tomam decisões e alocam recursos para alcançar os objetivos do negócio e o planejamento requerido para esta finalidade.

Os objetivos podem ser alcançados por meio de ações que incluem, porém não se limitam a formular a estratégia de FM em alinhamento com a estratégia do negócio principal da organização demandante; elaborar as políticas; determinar as normas e as diretrizes internas (por exemplo, ativos, espaço, atividades e serviços de facility); assegurar às pessoas a saúde, a segurança do trabalho e a segurança patrimonial dentro e nas proximidades das instalações; realizar uma gestão proativa de eventos de risco; assegurar a continuidade do negócio no evento de interrupção ao uso normal das instalações; apoiar a recuperação de desastres; prover apoio prático para a gestão de mudanças da organização demandante; avaliar o impacto das instalações nas atividades do negócio, meio ambiente e comunidade; manter as relações com autoridades e outras partes interessadas; aprovar planos do negócio e orçamentos; adquirir bens e serviços; e prover uma resposta resiliente e sustentável.

Convém que a organização de FM esteja ciente a medida em que convém endereçar os problemas neste documento, para ajudar a satisfazer os objetivos e necessidades do negócio da organização demandante. Convém que o objetivo da organização de FM seja considerar cada problema suficientemente para chegar a um entendimento equilibrado das necessidades.

Quando informações e dados solicitados pela organização de FM não podem ser providos pela organização demandante, convém que suposições apropriadas sejam feitas e declaradas explicitamente na documentação e comunicação relativa à estratégia de FM. A natureza, o porte e a estrutura da organização demandante têm um impacto direto na necessidade de instalações e serviços de facility, e, portanto, convém que a estrutura organizacional atual e futura sejam definidas quando praticável.

Convém que quaisquer mudanças na estrutura organizacional existente (por exemplo, expansão, redução, realocação, desinvestimento ou reestruturação) e no prazo envolvido sejam documentados. Em uma situação ideal, as instalações e os serviços de facility da organização demandante se ajustariam à estrutura organizacional atual e antecipariam mudanças dentro de limites razoáveis.

Quando esta condição não estiver sendo alcançada ou não puder ser alcançada, convém que a organização demandante documente as razões e algumas preferências que fecham a lacuna entre as instalações e os serviços de facility existentes e aqueles considerados como os mais adequados. Convém que consideração seja dada à política da organização demandante nas instalações e espaço sustentáveis como parte de qualquer avaliação de seu planejamento do negócio de longo prazo. Convém que qualquer lacuna seja documentada e disponibilizada para o desenvolvimento da estratégia de FM.

A segurança do trabalho, o bem-estar e a eficiência das pessoas da organização demandante são fatores-chave de contribuição para o seu sucesso. Existe uma relação próxima entre a estrutura organizacional e as pessoas em muitos aspectos, não menos importante o equilíbrio entre o trabalho requerido e outras atividades ou funções centralizadas no ser humano e a disponibilidade de pessoas devidamente qualificadas e competentes.

Convém que os planos da organização demandante para o seu pessoal, atualmente e no futuro, sejam estabelecidos juntamente com o prazo previsto. Convém que estes planos reflitam qualquer crescimento, redução, reimplantação ou realocação de pessoas e as razões (por exemplo, recrutamento para atingir novos mercados e maior rotatividade ou número de funcionários reduzido e menor despesa operacional).

Um sistema de valor representa o conjunto de crenças e comportamentos que as pessoas compartilham e está intimamente associado à cultura de uma organização, o qual agrega dimensões sociais e psicológicas. Coletivamente, eles podem ser expressos como a maneira na qual as coisas são feitas em uma organização.

Mais formalmente, eles são utilizados para definir uma abordagem para trabalhar ou outras atividades e funções centradas no ser humano. Exemplos são encontrados em declarações de políticas, normas e procedimentos internos que mapeiam as crenças, atitudes, comportamentos, funções e responsabilidades das pessoas dentro de uma organização e as relações com órgãos externos.

Ao documentar tal abordagem, convém que sejam levados em consideração os impactos interculturais reais ou potenciais. Convém que a organização de FM identifique aquelas políticas, normas e procedimentos internos existentes que orientam o negócio do dia-a-dia da organização demandante, incluindo aqueles relacionados às instalações e serviços de facility, e convém que sejam levados em consideração quando desenvolver a estratégia de FM.

Convém que qualquer lacuna na cobertura de disposições essenciais relacionadas às instalações ou serviços de facility seja documentada. Convém que detalhes sejam disponibilizados para desenvolver a estratégia de FM.

A maneira na qual os objetivos do negócio de uma organização demandante são realizados por seus gestores define seu estilo de gestão. Isto varia de organização para organização, setor para setor e local para local, até mesmo de um gestor para outro, e também poderia ser influenciada por fatores externos. É importante não generalizar ou fazer suposições, mas sim identificar como as decisões são tomadas e quem as toma.

As funções e as atividades podem então serem planejadas, com recursos, implementadas e controladas. Convém que os detalhes da tomada de decisão que afetam as instalações e os serviços de facility da organização demandante sejam documentados. Convém que as tarefas que são requeridas para serem realizadas nesse sentido sejam identificadas, juntamente com funções, responsabilidades e deveres associados e, em seguida, registradas em uma matriz de atribuição de responsabilidade (por exemplo, um RACI ou RASCI).

As maneiras pelas quais a organização demandante está sujeita à regulamentação e é responsável perante as suas partes interessadas, criam uma estrutura distinta para seu negócio que é altamente pertinente às suas instalações e serviços de facility. Uma abordagem apropriada à governança da organização demandante é necessária para assegurar que existam consistência e transparência em suas atividades do negócio principal e nas relações com órgãos e indivíduos externos.

Convém que qualquer aspecto da governança da organização demandante que impacte atualmente ou é provável a impactar as instalações e os serviços de facility seja identificado. Convém que o status legal do interesse da organização demandante nas instalações seja identificado (por exemplo, proprietário, locatário, sublocatário ou autorizado). Convém que as maneiras e a extensão para a qual a organização demandante tem o direito a utilizar ou alterar suas instalações sejam documentadas. Convém que um aconselhamento profissional seja considerado em questões relacionadas ao interesse e aos direitos da organização demandante em relação às instalações.

A organização demandante é, em última análise, responsável por todas as decisões que afetam o uso de suas instalações e serviços de facility. Autoridade delegada para operações do dia a dia é esperada. Convém que as funções e as responsabilidades, incluindo deveres, sejam formalizados e comunicados para todas as partes interessadas afetadas. Uma matriz de atribuição de responsabilidade é útil para esta finalidade. Convém que não exista ambiguidade nas funções, responsabilidades e deveres ou quaisquer lacunas entre eles.

As instalações e os responsáveis por elas estão sujeitos a regulamentos e compliance, com extensões variadas, dependendo da localização (isto é, jurisdição). Convém que a organização de FM verifique a extensão para a qual os regulamentos e o compliance afetam as obrigações e deveres com respeito às instalações e serviços de facility.

Convém que as declarações de política, normas internas e documentação processual da organização demandante sejam disponibilizadas, ou solicitadas, para desenvolver a estratégia de FM. Convém que qualquer lacuna na provisão de política, normas ou procedimentos seja identificada e ações sejam tomadas para remediar esta situação antes de continuar com o desenvolvimento da estratégia de FM.

Convém que a maturidade das atividades, processos e sistemas do negócio principal da organização demandante seja avaliada. Um modelo de maturidade de aptidão normalmente descreve um caminho evolutivo em cinco níveis de atividades, processos e sistemas cada vez mais organizados e mais maduros e podem ser úteis nesse sentido.

Os cinco níveis são: inicial, quando os processos são pobremente controlados e imprevisíveis; gerenciado, quando os processos são caracterizados, porém são genéricos e na maioria das vezes reativos; definido, quando os processos são sistemáticos e integrados; medido, quando os processos são avaliados e controlados; otimizado, quando o foco está sobre melhoria contínua. Convém que o nível de maturidade da organização demandante e sua intenção de progredir para um nível mais alto (quando isto for possível), juntamente com o cronograma para que esta mudança seja realizada, sejam determinados.

O contexto para a organização demandante é o ambiente mais amplo em que ela opera e inclui as forças que impactam no negócio principal e os fatores que moldam sua resposta a eles. Convém que a organização de FM identifique estas forças e os fatores que conduzem à gestão de sucesso das instalações e serviços de facility. Igualmente, convém que a organização de FM identifique estas forças e fatores que são prejudiciais e determine respostas apropriadas dentro dos limites de opções disponíveis. Há uma ligação direta para a gestão de riscos.

As vestimentas de proteção contra calor e chama provenientes do fogo repentino

A NBR 16623 de 10/2021 – Vestimentas de proteção contra calor e chama provenientes do fogo repentino – Requisitos estabelece os requisitos de aceitabilidade para a avaliação de desempenho, das vestimentas de proteção, quando são submetidas a ensaios, sob condições controladas, contra os perigos térmicos do calor e das chamas provenientes do fogo repentino, que podem ocorrer de forma fortuita e inesperada em ambientes suscetíveis a atmosferas potencialmente explosivas oriundas de atividades industriais em plantas químicas, petroquímicas, de prospecção de hidrocarbonetos ou de poeiras inflamáveis. Não se aplica à proteção contra chamas oriundas de fogo estrutural, incêndios florestais, resgates técnicos, riscos térmicos de arcos elétricos, respingos de metais fundidos e calor convectivo e irradiado.

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Como deve ser o pré-tratamento e a lavagem do material têxtil?

Qual a condição de ensaio de manequim instrumentado?

O que constar no manual de instruções fornecido pelo fabricante?

Os fabricantes ou os importadores devem assegurar e comprovar que a vestimenta de proteção contra o fogo repentino possui capacidade de isolamento térmico em conformidade com os requisitos dessa norma. Os requisitos gerais de vestimentas de proteção devem estar conforme ao estabelecido na NBR ISO 13688.

Caso as vestimentas de proteção possuam dispositivos de regulagem, estes devem oferecer mecanismos de fixação que impeçam a sua alteração involuntária, após ajustados pelo usuário, desde que observadas as condições previsíveis de utilização, conforme avaliação qualitativa a ser executada pelo laboratório de ensaio. Essas vestimentas de proteção não protegem do risco, mas agem como uma das barreiras para reduzir ou eliminar a lesão ou agravo decorrente de um acidente ou exposição que o trabalhador possa sofrer, em razão dos riscos presentes no ambiente laboral.

As dimensões corporais para o dimensionamento da vestimenta de proteção para o usuário final devem atender à NBR ISO 7250. O usuário pode solicitar demandas específicas, em função da sua utilização e atividades laborais. Os aviamentos adicionados às vestimentas de proteção devem ser avaliados quanto aos requisitos térmicos e devem estar de acordo com a ISO 17493, quando estes forem aplicados externamente ou quando transpassados do interior para o exterior.

Os aviamentos não podem comprometer o desempenho de proteção das vestimentas de proteção. Os corpos de prova devem ser retirados de peças de vestimentas prontas ou montadas em painéis têxteis de mesma composição e gramatura dos tecidos utilizados nas vestimentas, de forma a representar as costuras e os aviamentos aplicados nas peças de vestimentas de proteção prontas.

Os aviamentos como velcro e zíper não podem fundir ou gotejar comprometendo a remoção da vestimenta após o ensaio de manequim instrumentado conforme as ISO 13506-1 e ISO 13506-2. As linhas de costura utilizadas na construção das vestimentas de proteção, resistentes ao calor e à chama, devem ser de fibra inerentemente resistente à chama, e devem atender ao seguinte: ser ensaiadas a uma temperatura de 260 °C, de acordo com a ISO 17493; ser ensaiadas conforme a ISO 15025 e ser aplicadas aos corpos de prova, de forma representativa às peças de vestimenta; posicionadas na vertical, na região onde ocorrerá a incidência da chama.

As faixas retrorrefletivas das vestimentas de proteção devem estar conforme a NBR 15292 e devem ser ensaiadas a 260 °C, conforme a ISO 17493. As vestimentas de proteção devem passar por uma lavagem do material têxtil para a realização dos ensaios mecânicos e químicos, conforme a ISO 6330, Método 6N, com temperatura de secagem de (60 ± 3) °C.

Para a realização desse ensaio, os corpos de prova devem ser lavados com cinco ciclos de lavagem. O usuário pode solicitar demandas específicas, em função da sua utilização e atividades laborais. A lavagem dos corpos de prova para os ensaios conforme a ISO 15025 deve ser realizada em conjuntos de corpos de prova, com cinco e 100 ciclos de lavagem, conforme a ISO 6330, Método 6N, com temperatura de secagem de (60 ± 3) °C.

Os corpos de prova de vestimentas de proteção prontas para ensaio de manequim instrumentado devem ser lavados com cinco ciclos de lavagem, conforme a ISO 6330, Método 6N, com temperatura de secagem de (60 ± 3) °C. Para o condicionamento dos corpos de prova, devem ser observadas as condições indicadas nas

A gramatura do tecido da vestimenta de proteção deve ser avaliada conforme a NBR 10591. A composição do tecido da vestimenta de proteção deve ser avaliada conforme as NBR 11914 e NBR 13538. Na impossibilidade técnica de determinação da composição quantitativa do tecido pelos ensaios citados e comprovados por laudo de laboratório de terceira parte, pode ser aceita uma declaração de primeira parte.

A medida da alteração dimensional deve ser avaliada conforme a ISO 13688. A alteração nas dimensões em virtude das lavagens do tecido da vestimenta de proteção não pode exceder ± 3% para o tecido plano, nos sentidos da trama e urdume. Para outros tecidos, o resultado do ensaio deve ser informado.

Os ensaios de resistência à tração, resistência a rasgos, resistência ao estouro para materiais em malha e costuras, calor convectivo, calor radiante e calor de contato devem ser conforme a tabela abaixo e atender aos requisitos mínimos estabelecidos. Os ensaios dos tecidos ou malhas devem atender aos requisitos estabelecidos nas tabelas abaixo.

O fabricante do EPI deve realizar o ensaio de manequim instrumentado para avaliação têxtil (maior insumo da vestimenta) e da vestimenta completa, pronta no modelo final e que identifique ser mais representativa de seu processo produtivo. Se materiais metálicos forem utilizados, estes não podem entrar em contato com a pele devido à grande probabilidade de que a condução de calor venha a provocar leões.

De acordo com a necessidade do usuário, a avaliação de modelos adicionais ou mesmo a avaliação sem a utilização de roupas sob a peça de vestuário, ou sob a vestimenta-padrão, podem ser solicitadas. Os ensaios de manequim devem ser realizados atendendo aos tamanhos fornecidos pela grade de medidas indicada pelo laboratório.

A vestimenta-padrão consiste em um macacão de mangas longas com fechamento frontal (fecho de contato, zíper ou fechamento por botões), sem bolsos, sem elástico nas costas e sem fechamento nos tornozelos. Para comprovação da proteção contra fogo repentino, os ensaios devem ser realizados na peça de vestuário completa no (s) modelo (s) escolhido (s) pelo fabricante confeccionista.

Para os ensaios em conjuntos de calça e camisa, ou de calça e jaqueta, com o objetivo de avaliar as peças da composição do vestuário (calça, camisa ou calça e jaqueta), o material e a confecção das peças de vestuário devem ser equivalentes, com mesma composição e gramatura; para mais de uma camada, a mesma ordem das camadas na composição da peça de vestuário deve ser seguida.

Os corpos de prova devem receber pré-tratamento e lavagem do material têxtil. Os ensaios devem ser realizados com camiseta interna, tipo t-shirt, 100 % algodão, com gola careca, manga curta e gramatura de (150 ± 10%) g/m², e cueca curta, no mínimo 90% algodão, tipo boxer, e com gramatura de (200 ± 10%) g/m², quando aplicável, para o tipo de vestimenta sob ensaio.

Jornada das Águas vai percorrer dez estados com inaugurações, anúncios e entregas que buscam emancipar a população do semiárido brasileiro

Delimitação do semiárido mantém formação atual e inclui 54 novos municípios  — Português (Brasil)

Nesta segunda-feira (18), o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), dá início à Jornada das Águas, roteiro que partirá da nascente histórica do Rio São Francisco, no norte de Minas Gerais, e percorrerá os nove estados do Nordeste com anúncios e entregas de obras de infraestrutura, preservação e recuperação de nascentes e cursos d’água, saneamento, irrigação, apoio ao setor produtivo e aos municípios, além de mudanças normativas que vão revolucionar a maneira como o brasileiro se relaciona com a água. Serão 10 dias de viagem pela região do semiárido, em que o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, acompanhado de gestores e secretários da pasta, levará a estrutura do governo para apoiar as regiões mais deprimidas economicamente no país.

O conjunto de ações da Jornada das Águas se baseia no entendimento de que é preciso garantir que a água chegue às pessoas, mas também que ela continue disponível para as próximas gerações. “Não existe desenvolvimento econômico sem água. A água é o principal insumo estratégico do Brasil. Ela está nos alimentos que exportamos, na energia, na indústria, na saúde, sem ela não há vida. É por isso que o governo do presidente Jair Bolsonaro vem atuando para garantir que a água chegue às pessoas, mas também para que ela seja preservada e continue disponível para as próximas gerações”, explica o ministro Rogério Marinho.

O roteiro vai começar na cidade de São Roque de Minas, em Minas Gerais, e vai terminar em Propriá, em Sergipe, no dia 28 de outubro. Nesse período, serão promovidas ações que têm como essência quatro eixos: de infraestrutura, com entregas, inaugurações e anúncios de obras que levarão água aos moradores das regiões mais secas do País; de sustentabilidade, com ações de saneamento básico e de preservação, conservação e recuperação de bacias hidrográficas; de desenvolvimento econômico e social, com apoio a projetos de irrigação e para estruturação de cadeias produtivas locais, promovendo a geração de emprego e renda a partir de uma convivência sustentável das comunidades com o meio ambiente; e de melhoria da governança, com a lançamento de normativos estruturantes.

“Nós estamos modernizando a regulação sobre o setor. Começamos com o estabelecimento de um novo marco do saneamento e agora estamos propondo um novo marco hídrico, que vai permitir uma maior participação da iniciativa privada nos investimentos estruturantes de integração e recuperação das nossas bacias hidrográficas, otimizando o uso das suas águas e trazendo mais segurança hídrica, principalmente em época de seca”, explica o ministro. “Precisamos contornar os problemas crônicos de seca no Nordeste com inovação, investimento e, principalmente, com um pacto nacional que priorize enfrentar a questão”, completa o ministro.

Em cada estado visitado pela Jornada das Águas, serão entregues ou iniciadas obras e projetos que viabilizarão a infraestrutura hídrica necessária para que a água chegue às regiões mais secas. Em Pernambuco, a inauguração do Ramal do Agreste marca o início da realização de um sonho da população local. Após a conclusão da Adutora do Agreste, o ramal levará água às casas de mais de 2 milhões de pessoas em 68 cidades da região com mais escassez hídrica do estado. Essa obra significa um investimento de R$ 1,6 bilhão, sendo que R$ 1,3 bi foram aportados no governo Bolsonaro.

Outra obra fundamental é a construção do Ramal do Salgado, no Ceará, que irá beneficiar 4,7 milhões de pessoas em 54 municípios. O anúncio do início das suas obras está confirmado durante a jornada, com investimentos públicos previstos de R$ 600 milhões. Destaque, ainda, para a entrega do subsistema Água Branca, no Canal do Sertão Alagoano, no valor de R$ 52 milhões.

Novos patrocinadores do Programa Águas Brasileiras serão anunciados nesta Jornada e também será publicado o 2º Edital de Chamamento de Projetos do Programa, ampliando a atuação para todas as bacias hidrográficas do País. A Caixa vai patrocinar o projeto Nascentes Vivas, no valor de R$ 10 milhões, para recuperar 1,5 mil nascentes na Bacia do Rio Verde Grande, ao longo de 27 municípios de Minas Gerais. Já a empresa MRV irá apoiar o projeto Agroflorestando Bacias para Conservar Águas, que implantará 60 sistemas agroflorestais em duas comunidades quilombolas do município do Muquém do São Francisco, na Bahia.

Além disso, a revitalização e a preservação dos recursos hídricos do País ganham o reforço de recursos previstos no processo de capitalização da Eletrobras. As bacias do Rio São Francisco e do Rio Parnaíba contarão com investimentos da ordem de R$ 3,5 bilhões, a serem aplicados ao longo de 10 anos. Outros R$ 2,3 bilhões estão previstos para as bacias na área de influência dos reservatórios das usinas hidrelétricas de Furnas.

Na área de desenvolvimento regional, uma das principais ações do MDR é o fomento às Rotas de Integração Nacional, que são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Ao longo da jornada, haverá exposições de produtos produzidos pelas Rotas do Mel, Cordeiro e Leite nas cidades de São Roque de Minas (MG), Sertânia (PE) e Propriá (SE). Também haverá um workshop sobre fruticultura, outra importante frente do projeto, na cidade de Juazeiro (BA).

Obras e investimentos na área de irrigação também serão anunciados, promovendo melhorias nos Perímetros Públicos de Irrigação, que são indutores de desenvolvimento local ao garantir emprego e renda. Na Bahia, será lançado o 1º edital de concessão de um projeto de irrigação em parceria com a iniciativa privada, o Baixio de Irecê, qualificado na carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e que conta com recursos estimados em R$ 700 milhões para ampliação de mais de 30 mil hectares irrigados. Os perímetros irrigados Gorutuba e Jaíba, em Minas Gerais, e Jacaré Curituba, em Sergipe, também serão beneficiados com melhorias.

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) vai apresentar o Plano de Ação Estratégica para a bacia hidrográfica do Rio São Francisco e área de influência do Projeto de Integração do São Francisco e do Rio Parnaíba, que se encontra em elaboração. Outra iniciativa a ser anunciada é a criação de um fundo com o objetivo de viabilizar a estruturação e o desenvolvimento de projetos de concessão e parcerias público-privadas (PPPs) da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios do País. Com a sanção da Lei que converteu a Medida Provisória 1.052/ 2021 e a edição do Decreto de regulamentação, o fundo poderá apoiar todo o ciclo de projetos de concessões e de parcerias público-privadas.

O anúncio do Marco Hídrico durante a Jornada é mais uma ação com objetivo de promover o desenvolvimento e a segurança hídrica no País. Seu principal diferencial é avançar na consolidação de uma política de infraestrutura hídrica, assim como aprimorar a atuação dos órgãos gestores. A proposta permitirá conferir sustentabilidade para o planejamento e a gestão das infraestruturas hídricas que garantem água para a população e a produção, como barragens, canais e adutoras. A proposta também estabelece mecanismos para diversificação dos investimentos, abrindo espaço para a participação da iniciativa privada.

Outro diferencial a ser trazido pelo novo marco é a criação do instrumento da cessão onerosa pelo uso de recursos hídricos, que propõe a realocação negociada da água. Dessa forma, aqueles que já possuem outorgas poderão negociar seu uso com outros usuários, otimizando e valorizando o uso das águas. O instrumento será útil, principalmente em épocas de secas e em bacias com indisponibilidade de água para emissão de novas outorgas.

Além disso, o Ministério do Desenvolvimento Regional dará o pontapé inicial nas discussões sobre o tema do reuso de água, considerado estratégico, sobretudo, para os setores industriais e agrícolas. A medida representa uma ação em resposta ao contexto de escassez hídrica, reforçando a necessidade de otimização do uso da água, reforçando seu aspecto estratégico para o desenvolvimento.

Confira as principais agendas em cada dia da Jornada

18/10 – Minas Gerais

• Anúncio de R$ 5,8 bilhões para a revitalização de Bacias – recursos da Lei de Capitalização da Eletrobras

• Barragem de Jequitaí – Edital de Chamamento Público – PMI e anúncio de R$ 20 milhões de obras complementares

• Publicação e divulgação do 2º Edital de Chamamento de Projetos e anúncio de patrocínios do Programa Águas Brasileiras

• Retomada de obras do Projeto de Irrigação Gorutuba e conclusão do canal de desassoreamento em Jaíba

19/10 – Bahia

• Canal do Sertão Baiano – abertura da licitação para o projeto básico

• Águas Brasileiras – anúncio do patrocínio do Projeto Agroflorestando Bacias para Conservar Águas

• Anúncio do edital para concessão do Perímetro Irrigado do Baixio do Irecê

20/10 – Ceará

• Ramal do Salgado – anúncio da obra

• Reservatório Taquarão – visita a obra de abastecimento

• Barragem Banabuiú – assinatura de Contrato/Ordem de Serviço para recuperação

21/10 – Paraíba e Pernambuco

• Paraíba

Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco – entrega do último trecho do canal

• Pernambuco
Ramal do Agreste – inauguração

22/10 – Rio Grande do Norte

• Barragem de Oiticica – liberação de R$ 10 milhões

• Adutora do Agreste Potiguar – lançamento do edital de licitação para projeto básico

• Lagoa do Bonfim – anúncio do edital de licitação do projeto de revitalização

• Lançamento do Polo da Moda e exposição de produtos locais

• Instalação de 60 cisternas em São Tomé

25/10 – Piauí

• Lançamento do Plano de Ação Estratégica para a bacia hidrográfica do Rio São Francisco e área de influência do Projeto de Integração do São Francisco e do Rio Parnaíba

• Programa Águas Brasileiras – Projeto de Recuperação e Revitalização de Nascente na Bacia do Parnaíba

• Retomada das obras do projeto de irrigação Marrecas

26/10 – Maranhão

• Lançamento do edital dos estudos para a implantação da integração de Bacias do Piauí/Maranhão e demais estados do Nordeste

27/10 – Alagoas

• Canal do Sertão Alagoano — assinatura de OS de três subsistemas do Canal e entrega do subsistema Água Branca

• Anúncio do Fundo de Estruturação de projetos — criado pela MP 1.052

28/10 – Sergipe

• Anúncio do Novo Marco Hídrico

• Canal do Xingó — Apresentação do projeto

Apenas 26% das empresas de óleo e gás utilizam as tecnologias digitais

Uma pesquisa da KPMG apontou que apenas 26% das companhias de petróleo e gás, que participaram do levantamento, aplicam tecnologias disponíveis. Alguns desses recursos são drones, visualização 3D, análise de dados e inteligência artificial utilizados para melhorar a forma como é feita a gestão de ativos, reduzindo o tempo de parada das unidades de processamento e a exposição a riscos. Essas são as principais conclusões do relatório denominado Nos trilhos da jornada digital que tem como objetivo mostrar de forma inédita como essa a indústria está lidando, na era pós-pandemia, com temas como a digitalização, uso de novas tecnologias e de dados.

Segundo o estudo, 29% dos entrevistados possuem uma equipe bem preparada para implantação de um processo de automação na indústria contra 48% que consideram não estarem aptos para aplicar esse método. Quase metade dos entrevistados (42%) afirma que as organizações estão prontas para uma mudança na matriz energética, sendo capazes de repor o portfólio de ativos pelos originados de fontes alternativas de energia.

“O relatório mostrou que um percentual pequeno de empresas de petróleo e gás utiliza as tecnologias disponíveis. Por isso, a indústria ainda tem muito a fazer com relação ao processo de transformação digital que pode aprimorar a gestão do negócio”, afirma o sócio do setor de energia e recursos naturais da KPMG, Anderson Dutra.

Na verdade, as empresas de petróleo e gás estão repensando as suas estratégias, buscando a oportunidade perfeita para reavaliar sua infraestrutura e fazer investimentos inteligentes em tecnologia para trazer seus sistemas para a era moderna. Por exemplo, os investimentos certos em tecnologia da informação e comunicação (TIC) e outras soluções digitais podem contribuir muito para aumentar a lucratividade e impulsionar a eficiência da organização para criar uma operação mais robusta.

De acordo com a McKinsey, investir em tecnologias digitais pode economizar às empresas de gás até 20% em despesas de capital e 5% em custos operacionais upstream. Com isso em mente, pode-se descrever algumas tecnologias nas quais as empresas de petróleo e gás estão cada vez mais investindo.

– Big data e análises – As empresas de petróleo e gás não podem se dar ao luxo de tomar decisões com base em seus instintos. Os projetos de perfuração são empreendimentos que exigem muito capital e maquinário pesado, e as organizações não podem se dar ao luxo de nenhuma margem de erro. É por isso que um número crescente de organizações está coletando mais e mais dados e executando análises para determinar o caminho mais inteligente a seguir. Com big data, pode ser mais fácil tomar as decisões certas.

– IIoT e computação de ponta – A internet das coisas industrial (IIoT) promete otimizar grande parte do setor de petróleo e gás, com dispositivos conectados coletando dados na origem e executando cargas de trabalho de computação de ponta para fornecer às organizações as informações de que precisam para garantir operações eficientes.

– Computação na nuvem – As empresas de petróleo e gás continuam a alavancar o poder da nuvem, aumentando a acessibilidade e disponibilidade de dados e, ao mesmo tempo, criando redundâncias em suas redes.

Inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina – A IA e o aprendizado de máquina estão mudando todos os setores, incluindo petróleo e gás. A IA, por exemplo, permite que as organizações transformem uma realidade prática acessível para qualquer pessoa.

– Robótica e drones – Devido às eficiências operacionais que fornecem, cada vez mais empresas de petróleo e gás estão investindo em robótica e drones. Esta categoria é projetada para ser a área de crescimento mais rápido para a indústria nos próximos três a cinco anos.

– Redes 5G – Na era digital, a velocidade é o que mais importa. É por isso que mais e mais organizações de petróleo e gás estão investindo em redes 5G que fornecem velocidade e conectividade incomparáveis.

– Ferramentas colaborativas – As empresas globais de petróleo e gás têm operações espalhadas por todo o mundo. Ao investir em ferramentas de colaboração, eles são capazes de garantir que todos os funcionários possam permanecer na mesma página – não importa onde estejam.

Para o setor, segundo alguns especialistas, fazer uso de conectividade digital avançada poderá otimizar o rendimento da perfuração e da produção, e melhorar a manutenção e as operações de campo. Esse processo pode agregar até US$ 250 bilhões de valor às operações upstream da indústria até 2030.

Desse valor, entre US$ 160 e US$ 180 bilhões poderiam ser realizados com a infraestrutura existente, enquanto US$ 70 bilhões adicionais poderiam ser desbloqueados com satélites em órbita terrestre baixa e tecnologias 5G de próxima geração. Além disso, as empresas poderiam reduzir custos, incluindo despesas operacionais e de capital, em 20% a 25% cento por barril, contando com conectividade para implantar as ferramentas digitais.

Para ajudar no processo de gestão das indústrias de petróleo e gás, a ABNT ISO/TS 29001 de 10/2010 – Indústrias do petróleo, gás natural e petroquímica – Sistemas de gestão da qualidade específicos do setor – Requisitos para organizações de fornecimento de produtos e serviços especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade, quando uma organização necessita demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam de forma consistente aos requisitos do cliente e requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis. Esta Especificação Técnica tem como objetivo desenvolver um sistema de gestão da qualidade que promova a melhoria contínua, enfatizando a prevenção de defeitos e a redução da variabilidade e de perdas na cadeia de suprimento e na prestação de serviços.

Em conjunto com os requisitos específicos de clientes, define os requisitos fundamentais do sistema de gestão da qualidade para aqueles que adotarem esta especificação técnica que é baseada na NBR ISO 9001. Assim, pode-se evitar múltiplas auditorias de certificação e fornecer uma abordagem comum para um sistema de gestão da qualidade para as indústrias do petróleo, gás natural e petroquímica. O procedimento documentado deve identificar as funções responsáveis pela coleta e manutenção dos registros.

A NBR ISO 14224 de 10/2011 – Indústrias de petróleo e gás natural – Coleta e intercâmbio de dados de confiabilidade e manutenção para equipamentos fornece uma ampla base para a coleta de dados de confiabilidade e manutenção (RM) num formato-padrão para equipamentos em todas as instalações e operações nas indústrias de petróleo, gás natural e petroquímica durante o ciclo de vida operacional dos equipamentos. Ela descreve os princípios da coleta de dados e os termos e definições associados que constituem uma linguagem de confiabilidade que pode ser útil para a comunicação da experiência operacional.

A determinação do coeficiente de permeabilidade de solos à carga constante

A NBR 13292 de 02/2021 – Solo – Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga constante especifica o método para a determinação do coeficiente de permeabilidade (ou coeficiente de condutividade hidráulica) à carga constante, com a água percolando pelo solo, em regime de escoamento laminar. Aplica-se aos solos granulares, contendo no máximo 10 %, em massa, de material que passa na peneira de 0,075 mm.

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Qual deve ser o diâmetro interno do permeâmetro?

Qual deve ser o esquema de montagem para a saturação do corpo de prova?

Como proceder em relação à compacidade relativa próxima de 100%?

Qual é a relação de viscosidades da água?

A realização do ensaio, em regime de escoamento laminar, pressupõe o atendimento das seguintes condições: a continuidade do escoamento, sem variações de volume do solo, durante o ensaio; a saturação total do corpo de prova; o escoamento em regime permanente, sem variações no gradiente hidráulico, durante a sua realização; a existência de proporcionalidade direta entre as velocidades de fluxo e os gradientes hidráulicos.

A aparelhagem necessária à execução do ensaio inclui um permeâmetro do tipo A (ver figura abaixo) ou B a ser utilizado, que deve ter diâmetro interno no mínimo de 8 vezes a 12 vezes a dimensão máxima dos grãos maiores, conforme indicado na tabela abaixo. A sua altura útil deve ser de 1,5 a 2 vezes o diâmetro interno.

O permeâmetro deve ser dotado de disco perfurado ou tela reforçada (no permeâmetro do tipo B, utiliza-se apenas disco perfurado), colocado na base e com permeabilidade superior à do corpo de prova, com abertura suficientemente pequena para evitar a passagem de partículas. A colocação de geotêxtil não tecido, de pequena espessura, entre o corpo de prova e o disco (ou tela), pode auxiliar na redução deste efeito.

No permeâmetro do tipo A, entre a face inferior do permeâmetro e o disco perfurado (ou tela), deve ser colocada uma camada compactada de material granular, com granulometria uniforme, com altura entre 1 cm e 3 cm, conforme a granulometria do material que estiver sendo ensaiado, e permeabilidade superior à do corpo de prova. Incluir as saídas para os manômetros, visando a determinação da perda de carga H, ao longo do comprimento L, o qual deve ser igual ou superior ao diâmetro interno do permeâmetro.

As aberturas para os tubos manométricos devem ser dotadas de telas ou de pedras porosas moldadas com areia e cola à base de resina epóxi, misturadas em proporções adequadas. O disco perfurado ou tela adequadamente reforçada (no permeâmetro do tipo B, utiliza-se apenas disco perfurado) deve ser instalado sobre o topo do corpo de prova e com as mesmas características do colocado na base.

No permeâmetro do tipo A, entre o disco perfurado (ou tela) e a face superior do permeâmetro, deve ser colocada uma camada de material granular, com características semelhantes às da colocada na face inferior, com altura tal que, ao se instalar o prato superior do permeâmetro, este comprima levemente o material subjacente. O reservatório para manutenção de carga constante deve ser dotado de um filtro, constituído por uma camada de areia fina, para retenção de parte do ar contido na água de alimentação do sistema.

Quando disponível, é preferível a utilização de água deaerada. Para verter o material no permeâmetro, deve ser utilizado um funil grande, dotado de um bico com comprimento superior à altura total do permeâmetro. O diâmetro do bico deve ser de 13 mm ou 25 mm, respectivamente, caso a dimensão dos grãos maiores seja de 2,0 mm ou 9,5 mm.

Se necessário, pode ser utilizado um equipamento para compactação do corpo de prova. Recomenda-se a utilização de sapata metálica rígida com 5 cm de diâmetro, conectada a um sistema vibratório; sapata metálica rígida com 5 cm de diâmetro, fixada na extremidade de uma haste-guia. A compactação é provocada por um peso, com massa variando entre 0,1 kg para areias e 1 kg para solos com elevado teor de pedregulhos, que deslize ao longo da haste-guia, a qual deve permitir a ajustagem da altura de queda entre 10 cm para areias e 20 cm para solos com elevado teor de pedregulhos.

Para remoção de ar e saturação do corpo de prova, deve ser utilizada uma bomba de vácuo, capaz de aplicar um vácuo de no mínimo 67 kPa (50 cm de Hg). Entre o permeâmetro e a bomba, deve ser instalado um dispositivo ou reservatório adequado, para evitar a entrada de água na bomba.

Na falta da bomba de vácuo, pode-se permitir a vazão inicial mínima, por contrapressão (de baixo para cima), de modo a retirar todo o ar contido no sistema. Os tubos manométricos devem ser dotados de escala graduada em milímetros, para medição das cargas hidráulicas.

Incluir as balanças que permitam pesar nominalmente 2 kg, 10 kg e 40 kg, com precisão de 1 g, 2 g e 5 g, respectivamente, e sensibilidades compatíveis. A régua deve ser metálica, rígida, com dimensões uniformes e comprimento superior ao diâmetro do permeâmetro.

Para a preparação da amostra, deve-se utilizar o repartidor de amostra, ou por quarteamento, obter uma quantidade suficiente de material, de modo a atender ao especificado nessa norma. A amostra deve ser previamente seca ao ar e conter menos que 10% de material passante na peneira de 0,075 mm.

Antecedendo o ensaio de permeabilidade, proceder à análise granulométrica do material, de acordo com a NBR 7181. Determinar também a massa específica dos grãos do solo, de acordo com a NBR 6458. Por peneiramento, separar os grãos retidos na peneira de 19,0 mm, os quais não podem ser utilizados no ensaio de permeabilidade.

Do material passante na peneira de 19,0 mm, selecionar, com uso do repartidor de amostra ou por quarteamento, uma quantidade aproximadamente igual a duas vezes a necessária para preencher o permeâmetro e homogeneizar em uma bandeja. Para a formação do corpo de prova, deve-se selecionar o permeâmetro e com o uso de paquímetro, medir e registrar o diâmetro interno D do permeâmetro em quatro posições igualmente espaçadas e a distância L entre os centros das aberturas dos tubos manométricos, com precisão de 0,1 cm.

Calcular a área da seção transversal interna S do permeâmetro, utilizando a média das medidas de D. No permeâmetro do tipo A, com a régua metálica apoiada nas bordas da parte superior do permeâmetro, medir e anotar, com auxílio do paquímetro, a profundidade compreendida entre a face superior da régua metálica e o topo do disco perfurado ou tela superior, temporariamente colocada sobre o disco ou tela inferior.

No caso de utilização do geotêxtil não tecido, este também deve ser inserido. Subjacentemente ao disco ou tela inferior, deve ser colocada a camada de material granular. Em seguida, efetuar as medições em quatro posições simetricamente espaçadas, mudando a posição da régua, e anotar a média das medidas, como altura A1, com precisão de 0,1 cm.