Determinando o teor de bifenilas policloradas (PCB) em líquidos isolantes

A NBR 13882 de 09/2021 – Líquidos isolantes elétricos – Determinação do teor de bifenilas policloradas (PCB) especifica um método para determinação do teor de bifenilas policloradas (PCB) em líquidos isolantes não halogenados, por cromatografia gasosa com coluna capilar de alta resolução, usando detector de captura de elétrons. Não é aplicável aos fluidos de silicone. As PCB são compostos químicos gerados quando os átomos de hidrogênio da bifenila são parcialmente ou completamente substituídos por átomos de cloro, desde a substituição de apenas um hidrogênio até a substituição total dos 10 átomos. Já os líquidos isolantes elétricos são os aplicados em equipamentos elétricos como fluidos isolantes entre as partes metálicas, podendo ser sintéticos ou naturais.

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Como determinar a linearidade?

Como executar a verificação da resolução?

Como fazer a preparação da amostra de óleo para análise (clean-up da amostra)?

Como realizar a determinação do tempo de retenção relativo experimental (ERRT)?

As bifenilas policloradas (PCB) são uma família de hidrocarbonetos aromáticos clorados sintéticos, com boas propriedades térmicas e elétricas. Essas propriedades, combinadas com a excelente estabilidade química, tornaram as bifenilas úteis em numerosas aplicações comerciais.

Entretanto, sua estabilidade química e resistência à biodegradação deram origem à preocupação relacionada à poluição ambiental, higiene e segurança do trabalho. Com a preocupação crescente sobre o impacto ambiental das PCB no Brasil, foi publicada, em 1981, a Portaria Interministerial 019, que proíbe a comercialização e uso de PCB em todo o território nacional.

Em 2005, o país ratificou a Convenção de Estocolmo, com o compromisso da retirada total de uso de PCB até o ano de 2025. O teor de PCB do óleo em equipamentos novos pode ser medido para confirmar se o óleo está isento de PCB. Daí em diante, sempre que houver um risco de contaminação potencial (tratamento de óleo, reparos em transformador, etc.), o óleo pode ser analisado conforme descrito nesta norma.

As amostras de óleo mineral isolante ou óleo vegetal isolante nas quais serão realizados os ensaios de PCB devem ser coletadas conforme a NBR 8840. O princípio do método envolve os congêneres de PCB são determinados por cromatografia gasosa de alta resolução, objetivando a melhor separação dos congêneres da mistura.

Um procedimento de preparação das amostras (clean-up) é utilizado para remover a maioria das impurezas que interferem na determinação analítica. Os compostos de referência são utilizados para permitir o cálculo do tempo de retenção relativo experimental (ERRT), que será comparado com a tabela teórica dos tempos de eluição de cada pico, para identificar o congênere individual ou mistura de congêneres. Um padrão interno é adicionado para a quantificação.

Os fatores de resposta relativos (RRF) são corrigidos pelo fator de resposta relativo experimental (ERRF) obtido pelos compostos de referência, utilizado para quantificar congêneres individuais ou em grupos, e os valores das concentrações obtidas individualmente de cada congênere são somados e fornecem o conteúdo total de PCB. Os controles de qualidade são introduzidos junto com as amostras para garantir a correta quantificação.

Os solventes, os reagentes, as vidrarias e os materiais podem contaminar ou interferir na preparação da amostra. A avaliação desses materiais deve ser feita por uma análise de uma amostra em branco do método, para demonstrar que estes estão livres de contaminantes e interferentes.

O analista deve tomar cuidado para a possibilidade de contaminação cruzada entre as amostras. Na técnica de cromatografia gasosa pode haver identificação incorreta de picos no cromatograma. Para minimizar esse efeito, recomenda-se que o analista possua treinamento ou experiência suficiente em cromatografia gasosa.

Um possível interferente na análise de PCB está relacionado à oxidação do óleo isolante. Quanto mais oxidado estiver o óleo, maior a probabilidade de interferência analítica. A matriz da amostra pode conter componentes que interferem no desempenho da medição, que podem aumentar ou reduzir a magnitude do sinal, sendo que este comportamento pode depender da concentração deles.

A sensibilidade do detector de captura de elétrons (ECD) pode ser reduzida pela presença de óleo mineral. Deve ser considerada e inserida no processo uma limpeza adicional na amostra antes da finalização do preparo.

Quanto à aparelhagem, reagentes e materiais, como os padrões e reagentes, incluir a água deionizada isenta de compostos orgânicos, para lavagem de vidrarias, gás hélio, pureza mínima de 99,999%, gás nitrogênio, pureza mínima de 99,999%, hexaclorobenzeno, concentração de 0,001 μg/mL, n-hexano, grau resíduo ou equivalente, líquido mineral isolante isento de PCB, solução padrão de Aroclor 1242, 1254 e 1260, em óleo mineral isolante a 50 mg/L, solução congênere 30 (C30) a 100 mg/L em hexano e/ou isooctano, solução congênere 209 (C209) DCB a 100 mg/L em hexano e/ou iso-octano, solução padrão de calibração mix dos congêneres a 10 mg/L cada, contendo os seguintes congêneres: 18, 28, 31, 44, 52, 101, 118, 138, 149, 153, 170, 180, 194 e 209 em hexano e/ou isooctano, sulfato de sódio anidro e ácido sulfúrico concentrado P.A.

Todos os reagentes e materiais indicados abaixo, incluindo os utilizados na preparação das amostras, devem ser isentos de interferentes ou compostos sensíveis ao detector: balão volumétrico de 5 mL,10 mL, 20 mL, 25 mL, 50 mL e 100 mL, cartucho de Florisil (SPE) com tamanho adequado (é recomendado 1 g/6 mL), pipeta volumétrica e micropipeta, para volumes variados, ponteira descartável com volumes variados, frasco tipo vial de vidro, com tampa e volumes variados, microsseringa com volumes variados, funil de separação, copo de béquer de volumes variados.

Incluir como aparelhagem um cromatógrafo gasoso (GC) com detector de captura de elétrons (ECD) e sistema de dados, um amostrador automático (opcional), uma bomba de vácuo, um sistema de extração manifold, para SPE (extração em fase sólida) (opcional), uma balança analítica, uma coluna capilar adequada ao método, de tal forma que promova a separação cromatográfica adequada dos picos. A coluna capilar deve ser de sílica fundida revestida com fase estacionária de 5 % fenil-metil silicone ou similar de baixo sangramento, comprimento de 30 m a 60 m, diâmetro interno de 0,1 mm a 0,35 mm e espessura do filme de 0,1 μm a 0,25 μm.

O laboratório deve manter um programa de garantia da qualidade dos ensaios realizados e meios para o armazenamento de todos os dados gerados, a fim de assegurar controles analíticos com critérios de aceitação estabelecidos. Os controles de qualidade sugeridos para este método incluem amostra em branco, padrões de verificação, repetibilidade (precisão) e exatidão.

Para a amostra em branco de óleo isento de PCB, recomenda-se a análise para cada nova utilização de branco, a fim de demonstrar estar livre de contaminação. A amostra em branco deve passar por todas as etapas da preparação. Para a amostra em branco de solvente, recomenda-se que seja analisada antes do início do ciclo de análise e, aproximadamente, a cada 20 amostras ou para cada novo lote de reagente, a fim de demonstrar que os equipamentos e reagentes utilizados estão livres de contaminação.

Para um padrão de verificação, recomenda-se que seja analisado antes do início do ciclo de análise e, aproximadamente, a cada 20 amostras com material de referência certificado de fonte e concentrações diferentes das utilizadas na calibração. Para a repetibilidade, recomenda-se que seja avaliada no momento da verificação de desempenho do sistema e do método.

Uma amostra que já tenha sido analisada deve ser preparada de forma independente, com periodicidade estabelecida pelo laboratório. Para a exatidão, recomenda-se que seja avaliada por meio da tendência, demonstrando o grau de proximidade dos resultados obtidos pelo método. Podem ser utilizados materiais de referência e participação em comparações interlaboratoriais.

Os métodos são baseados nas boas práticas de laboratório (BPL) e nas recomendações da NBR ISO/IEC 17025. O critério de aceitação para cada controle de qualidade deve ter padrão de verificação, repetibilidade e exatidão definidos pelo laboratório, não sendo maior do que ± 10% de seu valor teórico.

Quando o resultado obtido estiver fora deste critério, o analista deve investigar o motivo e corrigi-lo, a fim de assegurar a confiabilidade dos resultados obtidos. Recomenda-se que o analista avalie a área do pico do padrão interno, bem como o tempo de retenção. Um critério para a avaliação destes itens deve ser estabelecido no programa de garantia da qualidade.

Cada laboratório deve estabelecer um programa de controle do desempenho de seus equipamentos para a rotina de análise e em momentos específicos, como após manutenção ou substituição de componentes críticos, como detector ou coluna cromatográfica. O laboratório deve estabelecer condições para o equipamento que promovam uma melhor resolução e maior sensibilidade na separação e quantificação dos picos.

As informações contidas no Anexo D podem ser utilizadas como orientação. Fica a critério do laboratório a escolha das melhores condições de operação do cromatógrafo. O detector de captura de elétrons (ECD) deve ter sensibilidade suficiente para fornecer uma relação sinal/ruído adequada.

A verificação é realizada pela injeção de uma solução de 1 pg de hexaclorobenzeno em n-hexano, de tal forma que a relação sinal/ruído seja de pelo menos 20. Recomenda-se a utilização de um volume de injeção de no mínimo 1 μL. Outros volumes de injeção podem ser utilizados, desde que fique demonstrada uma sensibilidade adequada para os compostos de interesse. As condições de operação do equipamento devem ser as mesmas utilizadas tanto para os padrões da curva de calibração quanto para as amostras analisadas.

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A conformidade da reciclagem de fluidos refrigerantes

A NBR 15960 de 06/2021 – Fluidos refrigerantes – Recolhimento, reciclagem e regeneração (3R) – Procedimento estabelece os métodos e os procedimentos a serem adotados na execução dos serviços de manutenção quanto ao recolhimento, reciclagem, armazenagem, regeneração e disposição final de fluidos refrigerantes em equipamentos e instalações de refrigeração e ar-condicionado. O fluido refrigerante é o fluido frigorífico usado para transferência de calor em um sistema de refrigeração, que absorve calor a baixa temperatura e a baixa pressão, e rejeita-o a uma temperatura mais alta e a uma pressão mais alta, geralmente envolvendo mudanças de fase do fluido refrigerante. O fluido refrigerante não é consumido no processo e reciclar é reduzir os contaminantes dos fluidos refrigerantes usados, como umidade, acidez, óleo e material particulado.

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Qual é o fluxograma de processo de recolhimento ativo por transferência de líquidos?

Como deve ser executado o recolhimento do fluido, por bomba, sem mudança de fase?

Qual é o fluxograma do processo de reciclagem?

Qual é o fluxograma do processo de regeneração?

É considerado profissional habilitado para execução dos serviços objetos desta norma aquele que possuir conhecimentos de base sobre fluidos refrigerantes e sobre o sistema da cadeia do frio que ele se propõe a operar, devidamente treinado para o uso dos equipamentos de recolhimento. Para o recolhimento do fluido refrigerante (recolhimento ativo), o equipamento deve ser projetado para recolher o fluido refrigerante de um sistema de refrigeração por meio mecânico, sem a capacidade de processá-lo ou limpá-lo, utilizando um cilindro apropriado.

Os fluidos refrigerantes líquidos à temperatura ambiente requerem equipamento apropriado. O desempenho destes equipamentos deve atender aos requisitos da NBR ISO 11650. Para o recolhimento com reciclagem, o equipamento deve e reciclar o fluido refrigerante automaticamente após sua entrada. O fluido refrigerante descontaminado deve ser depositado em recipiente adequado ou reutilizado no equipamento de origem.

O desempenho destes equipamentos de recolhimento com reciclagem deve atender aos requisitos da NBR ISO 11650 e um equipamento com a capacidade de carregar e medir a quantidade da carga nos sistemas de refrigeração com o fluido descontaminado. O fluido refrigerante deve atender às especificações da NBR 16667 e as propriedades dos fluidos devem estar em conformidade com a NBR 16666.

Para a regeneração do fluido refrigerante, o equipamento deve ser projetado para regeneração dos fluidos refrigerantes, conforme a NBR 16667. O fluido refrigerante regenerado deve vir acompanhado de certificado de análise, assinado por engenheiro químico, comparando com os padrões da NBR 16667.

Os fluidos refrigerantes regenerados devem ser analisados e identificados por análise cromatográfica. Como materiais e componentes, o reservatório deve ser os cilindros recarregáveis, de aço, com costura, com registro e válvula de segurança. É também admissível o uso de cilindros dosadores.

A construção e os ensaios do cilindro devem atender aos requisitos da NBR ISO 4706 e a legislação vigente. A mangueira com registro possui terminais com rosca SAE ¼” e pino depressor, com registro, e classe de pressão de 40 bar (600 psig). A válvula perfuradora e alicate perfurador são ferramentas usadas para obter o acesso das mangueiras ao sistema de refrigeração sem o escape de fluido frigorífico.

As ferramentas para perfuração de tubos devem ser utilizadas somente para instalação temporária no sistema, caso contrário será uma fonte potencial de vazamento de fluido. Deve-se usar os óculos de proteção, também conhecidos como óculos de segurança, que são Equipamentos de Proteção Individual (EPI), utilizados para proteção da visão contra eventuais impactos de partículas volantes multidirecionais, luminosidade intensa, radiação ultravioleta, respingos de produtos químicos e de processos de solda, sua utilização deve estar em conformidade com as legislações vigentes.

As luvas de segurança são um equipamento de proteção individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos, conforme legislação vigente. A balança ou cilindro dosador deve ter escala graduada e é utilizado para medir a quantidade correta de fluido refrigerante adicionado ou removido do sistema, fabricado conforme legislação vigente.

O manifold é um conjunto de dois manômetros, adequados ao fluido refrigerante, com registros e mangueiras, utilizado para medir a pressão e definir o fluxo do fluído refrigerante. Os manômetros devem estar aferidos/certificados, com a data de aferição e a data da nova aferição, conforme a legislação vigente.

O fluido refrigerante deve ser recolhido em qualquer intervenção em um sistema de refrigeração em que seja identificado o mínimo risco de vazamento de fluido refrigerante durante o processo, conforme a NBR ISO 5149-4. O método de recolhimento passivo não é recomendado, pois não retira totalmente o fluido refrigerante do sistema de refrigeração.

O método de recolhimento ativo é o recomendado nesta norma, devendo atingir menos 25 psig no manômetro e ser adequado ao fluido refrigerante do equipamento. O fluido refrigerante recolhido pode ter as seguintes destinações: reciclagem no próprio local com equipamento adequado; ser destinados às unidades de reciclagem ou centrais de regeneração; e ir para tratamento térmico.

A mistura de diferentes fluidos refrigerantes onera sua regeneração e pode inviabilizar a sua reutilização, e por isso deve ser evitada. Quando houver misturas de diferentes fluidos refrigerantes, estas devem ser armazenadas adequadamente e ter destinação final ambientalmente adequada, conforme legislação vigente. No caso de vazamento parcial de fluidos refrigerantes formulados com duas ou mais substâncias (blends), o fluido recolhido deve ser analisado a fim de definir sua destinação. Para a recolhimento ativo por transferência de vapor, quando houver mudança de fase do fluido refrigerante, deve-se observar o esquema de recolhimento por transferência de vapor, apresentado na figura abaixo.

O procedimento para recolhimento ativo por transferência de vapor consiste na extração do fluido refrigerante do sistema de refrigeração, por meio de equipamento apropriado e armazenagem do fluido recolhido em cilindros retornáveis em conformidade com normas e legislações vigentes. Não pode haver reutilização de cilindros descartáveis para recolhimento de fluidos refrigerantes.

O procedimento deve seguir as orientações de montagem e aplicações indicadas pelo fabricante do equipamento de recolhimento, de acordo no mínimo, mas não limitado a isso, com o fluxograma da figura acima. Além disso, deve-se seguir algumas recomendações. O aparelho de refrigeração: é necessário identificar a válvula de processo ou tubo de acesso para perfuração por equipamento apropriado, evitando vazamentos.

O filtro (opcional) deve estar de acordo com as recomendações do fabricante, e deve-se verificar a necessidade de uso de filtro intermediário para retenção de partículas sólidas que podem danificar o aparelho de recolhimento. Deve-se usar o cilindro recarregável de diversas capacidades que atendam às NBR ISO 9809-1 e NBR 16357 ou internacionais e/ou legislações vigentes sobre uso, ensaios de desempenho e segurança destes equipamentos.

A balança para controle de enchimento do cilindro de recolhimento, até os limites de enchimento, deve ser estabelecida pelas normas brasileiras ou internacionais e/ou legislações vigentes e as mangueiras e seus registros devem ser de menor extensão possível, para evitar perdas e vazamentos de fluidos durante os processos. O cilindro de recolhimento deve ser equipado com dispositivo de controle de nível desliga automaticamente quando o cilindro atinge 80% de sua capacidade, conforme legislação vigente.

No caso de cilindros de recolhimento sem dispositivo de controle de nível, é aceitável o uso de balança programável, que deve interromper de forma automática o fluxo do fluido refrigerante para a máquina ou equipamento ou aparelho de recolhimento, após o cilindro atingir um peso correspondente a não mais do que 80% de sua capacidade. O procedimento de recolhimento rápido deve ser executado por profissional treinado e capacitado.

O procedimento de recolhimento ativo por transferência de líquidos consiste na extração do fluido refrigerante do sistema de refrigeração por meio de equipamento apropriado, utilizando um cilindro intermediário, e na armazenagem do fluido recolhido em cilindros e/ou cilindros recarregáveis. Um cilindro intermediário com válvula de líquidos (pescador) é conectado entre o aparelho de refrigeração e a máquina recolhedora. O cilindro intermediário extrai o fluido refrigerante por meio da válvula de líquidos (fase líquida) do aparelho de refrigeração.

As características dos refinadores de grãos do alumínio e suas ligas

A NBR 15698 de 05/2021 – Alumínio e suas ligas – Refinadores de grãos AlTi e AlTiB, nas formas de vergalhões, lingotes e barras – Composição química, tamanho de grão e microestrutura estabelece a composição química, o tamanho de grão e a microestrutura dos refinadores de grãos AlTi e AlTiB, nas formas de vergalhões, lingotes e barras, utilizados no refino de grão do alumínio e suas ligas.

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Para o ensaio de refino de grão, como deve ser feita a amostragem?

Quais são os reagentes e materiais usados no ensaio de refino de grão?

Como deve ser o molde para o ensaio de refino de grão?

Para a análise metalográfica, como deve ser feita a amostragem?

A composição química para os refinadores de grãos, bem como os seus respectivos códigos de cores para identificação, de acordo com o escopo desta norma, está especificada no Documento International Designations and Chemical Composition Limits for Aluminum Hardeners – North American and International Registration Record, publicado pela Aluminum Association [1400 Crystal Drive, Suite 430 – Arlington, VA 22202, EUA], também conhecido como Gray Sheets. Os refinadores de grãos com limites de composição química não listados no referido documento podem ser utilizados, desde que seja acordado previamente entre o fornecedor e o comprador.

O tamanho médio dos grãos, ensaiados de acordo com o Anexo A, deve ser menor ou igual a 140 μm. Outros tamanhos de grãos podem ser aceitos, desde que acordado entre o fabricante e o consumidor. As amostras para análise de microestruturas devem ser preparadas de acordo com o Anexo B.

Os requisitos de microestrutura podem ser acordados entre o fabricante e o consumidor em função da criticidade do processo de produção. Na ausência deste acordo, são aplicáveis os requisitos estabelecidos nessa norma. A análise do TiB2 deve ser realizada com aumento de 1.000 vezes, e o tamanho da partícula individual do TiB2 deve ser de no máximo 50,0 μm, sendo a maioria no mínimo de 90 %, entre 0,5 μm e 2,0 μm. As partículas devem estar dispersas e distribuídas na matriz de alumínio, e os aglomerados de TiB2 devem atender aos limites sugeridos na tabela abaixo.

A fase titânio-alumínio (TiAl3) deve estar presente na forma de finas plaquetas, cujo tamanho máximo depende da concentração e do tipo de Ti utilizado como matéria prima. As partículas devem estar dispersas e distribuídas na matriz de alumínio e não podem conter aglomerados de TiAl3 e titânio não dissolvido.

As características microestruturais desses refinadores devem ser determinadas previamente entre o fabricante e o consumidor. A presença de TiB2 é aceitável, desde que atenda aos valores especificados na tabela acima. O tamanho máximo das plaquetas deve ser acordado entre o fabricante e o consumidor.

Na ausência deste acordo, deve-se atender ao seguinte: para o refinador TiAl 6%, as plaquetas não podem exceder 100 μm na largura e 300 μm no comprimento; para o refinador TiAl 10%, as plaquetas não podem exceder 1.000 μm na largura e 3.000 μm no comprimento. A microestrutura do refinador de grãos deve estar isenta de grafite, sais não dissolvidos de Ti-B, escória e refratário.

A presença de outras inclusões na microestrutura do refinador, como carbetos, óxido de alumínio (α-Al2O3) e boreto de alumínio (AlB12), deve ser controlada, sendo que os limites aceitáveis devem ser acordados entre o fornecedor e o comprador. A análise dos filmes óxidos deve ser realizada com 100 vezes de aumento.

O comprimento dos filmes deve ser somado e dividido pela área total analisada, obtendo o comprimento médio em micrômetros por centímetro quadrado (μm/cm²), cujo número não pode ser superior a 3.000 μm/cm². Além disso, o comprimento individual deve ser menor que 5 000 μm. Estes limites de comprimento devem ser acordados entre o fabricante e o consumidor.

A conformidade dos projetos de estruturas de bambu

Deve-se conhecer os parâmetros para o projeto de estruturas feitas com colmos de bambu, abordando as propriedades físicas e mecânicas, a servicibilidade e a durabilidade das estruturas de bambu e os métodos de ensaio para determinação das propriedades físicas e mecânicas do colmo ou de parte dele.

A NBR 16828-1 de 12/2020 – Estruturas de bambu – Parte 1: Projeto estabelece os requisitos básicos para projeto de estruturas feitas com colmos de bambu, abordando as propriedades físicas e mecânicas, a servicibilidade e a durabilidade das estruturas de bambu. Não é aplicável às estruturas de bambu laminado colado, nem às estruturas em que o bambu faz parte de compósitos e não inclui requisitos para evitar os estados-limite gerados por certos tipos de ações, como aquelas provenientes de sismos, impactos e explosões.

A NBR 16828-2 de 12/2020 – Estruturas de bambu – Parte 2: Determinação das propriedades físicas e mecânicas do bambu especifica métodos de ensaio para determinação das propriedades físicas e mecânicas do colmo ou de parte dele, para servirem de base ao projeto de estruturas de bambu. Os resultados dos ensaios também podem ser usados para estabelecer a relação entre as propriedades mecânicas e de fatores como teor de umidade, massa volumétrica, local de crescimento, posição ao longo do colmo, presença de nó e entrenó, etc., para fins de controle de qualidade das construções de bambu. Esta norma também especifica os métodos de ensaio para avaliar: as propriedades físicas do bambu: teor de umidade, massa por volume, retração; e as propriedades mecânicas: resistência à compressão paralela às fibras, resistência à flexão do colmo, resistência ao cisalhamento paralelo às fibras, resistência à tração paralela às fibras.

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Qual é a simbologia usada nesta norma?

Quais são as propriedades mecânicas do bambu?

Quais são as propriedades geométricas do bambu?

Quais são as características das vigas compostas por um único colmo?

Como deve ser feita a seleção dos colmos para os ensaios?

Qual o método de ensaio para a determinação do teor de umidade?

O projeto das construções de bambu deve ser baseado no método dos coeficientes parciais aos estados-limites. Uma estrutura ou parte dela atinge um estado-limite quando deixa de satisfazer as condições para qual foi projetada. Os estados-limites são classificados em: estados-limites últimos (ELU), e estados-limites de serviço (ELS) ou de utilização.

Os estados-limite últimos são aqueles associados com o colapso ou com outras formas de falha estrutural que possam por em perigo a segurança das pessoas. Estados de pré-ruptura, que por simplicidade são considerados como colapso, são tratados como estados limites últimos.

Os estados-limite últimos que devem ser considerados são os seguintes: perda da capacidade resistente por tensões ou deformações excessivas em seções críticas dos elementos estruturais; perda de resistência por tensões ou deformações excessivas nas conexões; perda de equilíbrio de elementos comprimidos – flambagens global e/ou local; perda de equilíbrio da estrutura, ou de parte dela, por hipostaticidade. Os estados-limite de serviço ou de utilização correspondem a situações além das quais um critério especificado já não é satisfeito.

Os estados-limite de serviço que requerem consideração são os seguintes: deformações ou deflexões que afetem a aparência ou o efetivo uso da estrutura (incluindo mau funcionamento de máquinas ou de serviços), ou causem danos a elementos não estruturais, como paredes de fechamento, forros de gesso e esquadrias; vibrações que causem desconforto aos usuários, danos à construção ou aos seus componentes, reduzindo-lhes a durabilidade. O valor-limite dos deslocamentos excessivos de vigas de bambu pode ser admitido igual a L/300, sendo L o vão do elemento estrutural.

A verificação do estado limite de serviço por deslocamento excessivo (flecha) é feita com a combinação quase permanente de ações da NBR 8681. No projeto aos estados-limites últimos, a combinação normal de ações da NBR 8681 deve ser considerada. Na fase de construção, pode ser empregada a combinação especial de ações da NBR 8681. A possibilidade de desvio da posição das ações diretas (forças) deve ser considerada.

O valor da ação permanente devida ao peso próprio do bambu deve ser obtido considerando o peso específico dos colmos a serem utilizados. Na falta de dados experimentais, pode adotar o peso específico das paredes de colmos secos, na umidade de equilíbrio com a atmosfera, igual a 0,8 kN/m³. Para o cálculo do peso próprio da estrutura de bambu, devem ser considerados eventuais pesos de ligações e de materiais de preenchimento.

Os valores das demais ações permanentes e acidentais são aqueles especificados na NBR 6120. As ações do vento devem ser consideradas conforme NBR 6123. Os cálculos são realizados por meio de modelos de projeto apropriados (complementados, caso seja necessário, por ensaios experimentais), envolvendo todas as variáveis pertinentes.

Os modelos são suficientemente precisos para predizer o comportamento estrutural, considerando o padrão a ser atingido pela mão de obra que permita a confiabilidade das informações sobre as quais o projeto é baseado. Os colmos de bambu são analisados como tubos não perfeitamente retilíneos, com espessura da parede variável e forma troncocônica (diâmetro diferente nas duas extremidades do elemento estrutural).

Na verificação de flexão e flambagem, elementos com comprimento L ≤ 65D , sendo D a média dos diâmetros externos médios extremos, podem ser tratados como tubulares, com espessura da parede igual ao seu valor médio no trecho considerado. As conexões, diferentemente, devem considerar as espessuras de parede locais. Por simplificação de fabricação e inspeção e de forma a reduzir o número de verificações localizadas, os elementos devem ser selecionados de forma a atender a uma espessura mínima de parede.

Os métodos de análise estrutural convencionais dos elementos são utilizados definindo-se uma imperfeição acidental mínima igual a L/100 para elementos comprimidos, ou segundo seleção prévia do responsável técnico ou executor. O diâmetro externo médio D e a espessura média de parede t são consideradas como sendo a média dos valores médios nas extremidades. As juntas de ligação dos colmos entre si e a ligação destes com os apoios devem ser consideradas do segundo gênero (rotação livre), a menos que se disponham de dados que assegurem um apoio tipo mola ou engaste.

O teorema de Bernoulli das seções planas é válido no cálculo das estruturas de bambu. Para o dimensionamento, devem ser escolhidas dimensões dos colmos que atendam à segurança estrutural. Normalmente, indicam-se os valores mínimos requeridos para o diâmetro externo, Dmín, e a espessura da parede do colmo, tmín.

Considera-se que a segurança está satisfeita quando, em uma seção crítica, a tensão de cálculo (obtida pela majoração das ações) é menor ou igual à correspondente resistência de cálculo (obtida pela minoração das resistências do bambu), ou, de maneira equivalente, quando o esforço solicitante de cálculo é menor ou igual ao esforço resistente de cálculo (esforço significando momento fletor, esforço cortante, esforço normal, momento torsor). A escolha das dimensões dos colmos (diâmetro mínimo e espessura mínima da parede) pode ser feita a partir da igualdade da tensão solicitante de cálculo com a resistência correspondente de cálculo (ou da igualdade entre o esforço solicitante de cálculo com o esforço resistente de cálculo).

É permitida a aplicação de métodos de projeto alternativos diferentes do indicado nesta norma, desde que eles mostrem estar de acordo com os princípios estruturais mais relevantes e pelo menos equivalentes em relação à resistência, servicibilidade e durabilidade, obtidas pela estrutura projetada de acordo com esta norma. O atestado de que a estrutura satisfaz os requisitos citados anteriormente deve ser dado por profissional habilitado que atenda às atribuições previstas por seu respectivo conselho.

As estruturas de bambu devem atender aos requisitos mínimos de qualidade durante sua construção e serviço, e aos requisitos adicionais estabelecidos em conjunto entre o responsável projeto estrutural e o contratante. Os requisitos descritos a seguir devem ser obtidos pela escolha satisfatória dos materiais, por projeto e detalhamento apropriados, pela especificação dos métodos de controle da produção de colmos e da construção em si, e pelo uso adequado da estrutura.

As estruturas de colmos de bambu devem estar de acordo com esta norma. A estrutura deve ser projetada e construída de forma a apresentar os seguintes requisitos: capacidade resistente, que consiste basicamente na segurança quanto aos estados-limites de resistência estabelecidos para elementos, conexões e estabilidade local e global; desempenho em serviço, que consiste na capacidade de a estrutura manter-se em condições plenas de utilização, não podendo apresentar deformações e vibrações excessivas; durabilidade, que consiste na capacidade de a estrutura resistir ao ataque biológico e às influências ambientais ao longo do tempo considerando o fim para o qual a estrutura foi projetada, distinguindo-se edificações temporárias de edificações permanentes.

As estruturas de bambu devem ser projetadas de forma a resistir com segurança às ações normais, decorrentes do uso da construção e a ações especiais, principalmente aquelas decorrentes de construção e montagem. No caso de ações excepcionais, decorrentes de sismos, impactos, explosões e incêndio deve-se recorrer a normas específicas já elaboradas para outros materiais, principalmente a madeira.

O potencial de dano deve ser evitado por apropriada escolha de uma ou mais das seguintes características: projetar sistemas estruturais que tenham baixa sensibilidade a sofrer colapso progressivo; projetar sistemas estruturais que possam suportar a remoção acidental de um elemento individual sem ocorrer colapso global; projetar sistemas estruturais que promovam uma suficiente continuidade entre os elementos individuais; e evitar as ações a que a estrutura possa ser submetida de forma perigosa.

O bambu passa pelas seguintes etapas que podem influenciar na sua durabilidade antes de ser empregado nas construções, conforme a seguir: seleção dos colmos; corte; tratamentos preservativos; secagem. Somente colmos maduros devem ser selecionados no bambuzal para corte e emprego na construção, o que ocorre geralmente com idade entre três anos e sete anos, dependendo da espécie de bambu considerada.

Os colmos que não atingiram a maturação, além de menor resistência mecânica, apresentam pouca durabilidade. O corte do bambu das touceiras deve ser feito sem choques para evitar fissuração dos colmos. O corte deve ser feito rasando um nó na base do colmo, de forma a evitar acúmulo de água na parte remanescente, que pode levar a apodrecimento e danificação dos rizomas.

Somente colmos maduros e secos devem ser usados nas estruturas, para se minimizarem as variações dimensionais, a fluência dos elementos construtivos e para aumento de resistência mecânica. Pode-se considerar que o bambu esteja seco quando se encontra na umidade de equilíbrio com o ambiente, ou seja, quando não apresenta mais variação significativa de massa ao longo do tempo.

Durante o processo de secagem podem ocorrer fissuras nos colmos. As peças para uso estrutural podem apresentar fissuras apenas nos entrenós. Não pode ser utilizado colmo que tenha fissuras que ultrapassem dois nós consecutivos. Os colmos que apresentem fissuras cuja soma dos comprimentos atinja 20% do comprimento da peça, ou com fissuras perimetrais nos nós devem ser reprovados para uso estrutural.

Os colmos não podem apresentar perfurações causadas por insetos ou trecho com sinais de apodrecimento. Algumas espécies de bambu são particularmente sensíveis ao ataque de insetos. O bambu deve receber um tratamento preservativo a menos que ele tenha durabilidade natural adequada para o uso desejado (por exemplo, estruturas temporárias de curta vida útil).

Atenção deve ser dada aos aspectos ambientais e de saúde dos trabalhadores e do usuário da estrutura, durante qualquer processo de aplicação de preservativos no bambu. Para assegurar uma adequada durabilidade para a estrutura de bambu, os seguintes fatores devem ser considerados no projeto conforme a seguir: vida útil de serviço esperada; utilização da estrutura; desempenho requerido; condições ambientais previstas; propriedades e desempenho dos materiais; forma dos elementos estruturais e seu detalhe; qualidade da mão de obra e nível de controle dos materiais e da construção; medidas de proteção particulares; manutenção preventiva durante a vida útil desejada.

As condições ambientais devem ser consideradas na fase de projeto para se avaliar o significado delas em relação à durabilidade e se tomar providências adequadas de proteção dos materiais. Deve-se evitar que os colmos da estrutura de bambu fiquem expostos à incidência direta do sol por longos períodos. Do mesmo modo, a incidência da chuva deve ser evitada por meio de adequada proteção definida em projeto.

Em relação aos métodos de ensaio, antes de cada ensaio, as dimensões de cada corpo de prova devem ser obtidas com precisão de: 10 mm, para comprimento da vara; 1 mm, para o comprimento ou altura do corpo de prova, paralelo ao eixo do colmo; 1 mm, para o diâmetro externo; para cada seção transversal, o diâmetro deve ser medido duas vezes em direções perpendiculares entre si em cada uma das extremidades do corpo de prova; 0,1 mm, para a espessura da parede; em cada seção transversal onde está sendo medida a espessura da parede, fazer quatro leituras, uma em cada ponto onde foi medido o diâmetro externo.

O peso do corpo de prova deve ser determinado com precisão de: 1 gf, para corpo de prova de massa igual ou superior a 100 g; 0,1 gf, para corpo de prova de massa inferior a 100 g. Os corpos de prova para os diversos ensaios devem ser cortados da vara segundo o tipo de ensaio a ser feito e identificados adequadamente com marcador permanente.

A sequência dos ensaios deve ser tal que elimine o máximo possível de variações das propriedades devidas ao armazenamento e condições ambientais que possam afetar a comparação dos resultados. O número de corpos de prova em cada ensaio não pode ser inferior a 12. Para evitar variações significativas nos valores de resistência mecânica, todos os ensaios devem ser feitos à temperatura de (27 ± 2) °C e umidade relativa de (70 ± 5) %. Isto permite a comparação de resultados de ensaios em todo o mundo, assim como a sua reprodutibilidade.

No entanto, se os ensaios forem realizados no local de uso, ou se o laboratório for incapaz de controlar a temperatura e a umidade do local, o relatório de ensaios deve apresentar estes parâmetros com seus valores explicitados. O equipamento de ensaio deve ter um dos pratos rotulado, de forma a permitir pequenas rotações e acomodações dos corpos de prova. A velocidade de aplicação de carga não pode variar mais que ± 20 % da velocidade especificada para o ensaio. O carregamento deve ser aplicado continuamente sem variação na velocidade requerida para o ensaio.

O relatório de ensaio deve incluir: nome e endereço do laboratório, data e nome do técnico responsável; referência a esta norma; informações sobre a origem dos corpos de prova, como mencionado em 5.3, e posição ao longo do colmo; temperatura e umidade do ar no ambiente de ensaio; equipamento utilizado e qualquer outra informação que possa influenciar a utilização dos resultados de ensaio; teor de umidade das peças ensaiadas, conforme a Seção 5; valor individual da propriedade medida, valor médio, desvio-padrão e coeficiente de variação, com precisão de uma casa decimal para propriedades mecânicas, em megapascals, e coeficiente de variação, em porcentagem.

O comportamento ao fogo de telhados e revestimentos de cobertura

Saiba como especificar um método para avaliação do comportamento ao fogo de telhados e revestimentos de cobertura submetidos a uma fonte de ignição externa. Os produtos são considerados em relação à sua aplicação de uso final.

A NBR 16841 de 06/2020 – Comportamento ao fogo de telhados e revestimentos de cobertura submetidos a uma fonte de ignição externa especifica um método para avaliação do comportamento ao fogo de telhados e revestimentos de cobertura submetidos a uma fonte de ignição externa. Os produtos são considerados em relação à sua aplicação de uso final. Esta norma não é aplicável às coberturas constituídas por membranas poliméricas e/ou componentes individuais das coberturas. Nestes casos, a avaliação e a classificação são realizadas de acordo com a NBR 16626.

Em complemento, a NBR 16626 de 11/2017 – Classificação da reação ao fogo de produtos de construção estabelece os procedimentos para a classificação da reação ao fogo dos produtos de construção, incluindo produtos incorporados dentro dos elementos construtivos. Não se aplicam a produtos empregados nas instalações elétricas e hidráulicas das edificações, exceto produtos de isolamento térmico. Os produtos classificados de acordo com esta norma são considerados em relação à sua aplicação de uso final, e são divididos em três categorias que são tratadas separadamente nesta Norma: produtos de construção de forma geral (excluindo revestimentos de pisos e produtos de isolamento térmico de tubulações); revestimentos de pisos; e produtos de isolamento térmico de tubulações. Um produto pode ter mais de uma classificação de acordo com sua aplicação final e a forma que é aplicado.

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Como pode ser definido o campo direto de aplicação?

O que são os danos internos?

O que é a propagação interna do fogo?

O que deve apresentar o relatório de classificação?

Deve ser empregado o ensaio 1 da CEN/TS 1187:2012, que avalia o comportamento do telhado e de revestimentos de coberturas sob condições de exposição de uma massa de palha de madeira em chamas. O desempenho de telhados e revestimentos de coberturas expostos a um foco externo de incêndio que alcance a superfície externa está condicionado a aspectos como propagação de chamas na superfície interna e externa, danos externos e internos, penetração do fogo e ocorrência de gotejamento ou queda de materiais ignizados.

Este desempenho não depende apenas do comportamento da superfície exposta ao foco, mas também da influência dos diversos componentes do telhado ou do revestimento da cobertura, como a sua inclinação, a natureza e a espessura das camadas de isolamento e de barreira de vapor juntamente com os componentes de sustentação. Também pode depender da forma de ligação entre estes componentes, como adesivos ou fixações mecânicas.

Os corpos de prova devem ser representativos da cobertura que se deseja avaliar, incluindo todos os detalhes, como substrato, juntas, espessura, número de camadas e forma de fixação entre elas. A inclinação da cobertura também exerce grande influência nos resultados dos ensaios. Os corpos de prova devem ser preparados, condicionados e montados de acordo com as condições estabelecidas na CEN/TS 1187:2012, ensaio 1 e com as especificações técnicas do fornecedor ou fabricante do produto. Os corpos de prova devem ser representativos do sistema avaliado, considerando: substrato empregado na cobertura; tipo, número e conjunto de todas as camadas que compõem o telhado ou o revestimento de cobertura; forma de fixação entre as camadas.

Com o propósito de reduzir a quantidade de ensaios, o método de ensaio propõe avaliações empregando montagens-padrão de corpos de prova cobrindo um campo de aplicação mais amplo, tendo como referência o emprego de substrato-padrão, tipos e posicionamento de juntas. Os corpos de prova devem ter comprimento e largura mínimos de, respectivamente, 1,80 m e 0,80 m. Com o propósito de reduzir o número de ensaios, algumas inclinações-padrão são estabelecidas cobrindo um espectro amplo de aplicações. As inclinações-padrão são 0°, 15° e 45°.

Os ensaios realizados na inclinação a 0° aplicam-se às coberturas com inclinação menor que 5°; aqueles realizados na inclinação a 15° aplicam-se às coberturas com inclinação menor que 20°; e os ensaios realizados com inclinação a 45° aplicam-se às coberturas com qualquer inclinação maior ou igual a 20°. Pode-se realizar o ensaio com inclinações específicas da cobertura, limitando a aplicação da classificação a elas. No caso de coberturas com inclinações variáveis, os corpos de prova devem reproduzir o trecho mais íngreme das coberturas. Devem ser ensaiados três corpos de prova para cada inclinação considerada. Caso existam juntas na cobertura, estas devem ser reproduzidas fielmente e devem fazer parte dos corpos de prova, privilegiando-se sempre a situação considerada mais crítica.

Como pressupostos, para todos os produtos de construção, a consideração é de um incêndio, iniciado em um recinto, que pode crescer e, eventualmente, atingir a inflamação generalizada (flashover). Este cenário inclui três situações de incêndio, correspondentes aos três estágios no desenvolvimento de um incêndio. A primeira fase inclui o início do fogo pela ignição de um produto, com uma pequena chama, em uma área limitada de um produto.

O segundo estágio aborda o crescimento do fogo, chegando à inflamação generalizada. Ele é simulado por um único item queimando em um canto do recinto, criando um fluxo de calor em superfícies adjacentes ou pelo fogo se intensificando no recinto criando um fluxo de calor sobre os revestimentos associados a uma chama intensa atingindo a extremidade do produto. Para revestimentos de piso, considera-se que o fogo está crescendo no recinto de origem, criando um fluxo de calor sobre os revestimentos em um recinto adjacente ou corredor.

Na fase posterior à ocorrência da inflamação generalizada (pós-flashover), todos os produtos combustíveis contribuem para a carga de incêndio. As diferentes classes propostas se referem à exposição do produto em diferentes estágios de desenvolvimento de incêndio nos três estágios indicados de desenvolvimento do incêndio. Não há relação inequívoca entre diferentes características de comportamento, ou entre características similares sob diferentes exposições ao fogo, válida para todos os produtos.

Diferentes classes abordam diferentes exposições e diferentes características de comportamento. No entanto, uma classificação mais elevada deve representar pelo menos o mesmo desempenho em cada característica relevante, mas também deve representar um melhor desempenho, se forem considerados todos os aspectos comportamentais relevantes para determinada classe. Considera-se que produtos classificados como I (incombustíveis) não tenham nenhuma contribuição para o crescimento de fogo ou para incêndio totalmente desenvolvido.

Além disso, considera-se que não apresente nenhum perigo de fumaça. Um princípio que deve ser considerado é que ensaios realizados em condições mais severas são aceitos como válidos para todos os menos severos. Em alguns casos, um uso final típico pode cobrir uma utilização mais severa. Por exemplo, as EN 13823 e EN ISO 11925-2 propõem que os ensaios sejam realizados em orientação vertical, e são válidos para todas as outras orientações.

Da mesma maneira, os ensaios de um produto de frente para um espaço aberto são usados para o mesmo produto exposto dentro de vazios verticais e horizontais. Existem duas possibilidades para desenvolvimento e implementação de regras de aplicação direta. A primeira é quando as regras são desenvolvidas por um comitê de normalização e redigidas na forma de uma especificação técnica harmonizada. Essas regras são então aplicadas por todos os usuários da especificação técnica.

A segunda é quando um fabricante específico, na ausência destas regras ou limites, desenvolve suas próprias regras para um produto ou grupo de produtos em particular. No desenvolvimento de regras de aplicação direta, o conceito de “pior” desempenho é importante. Isso significa que qualquer mudança no produto ou na forma de aplicação final que aponte para o aprimoramento do desempenho quanto à reação ao fogo pode ser aplicada com relativa facilidade.

Mudanças que apontem na direção da redução do desempenho devem ser tratadas com cuidado de forma a garantir que não haja redução suficiente para levar ao enquadramento em uma classe de desempenho inferior. Cada parâmetro de desempenho deve ser considerado independentemente. As regras de aplicação direta podem ser aplicadas em um produto isoladamente ou a um grupo de produtos, cada uma associada à forma de aplicação final destes.

Enquanto houver vantagens comerciais e técnicas em tentar desenvolver limites para aplicação direta para todos os produtos cobertos por uma especificação técnica harmonizada não haverá requisitos específicos para fazê-lo. Também não há qualquer requisito específico para definir limites para todos os parâmetros de um produto ou de sua aplicação final que tenham efeitos no desempenho quanto à reação ao fogo. Quando os parâmetros não forem dados em uma especificação harmonizada de produtos, os fabricantes devem desenvolver suas próprias regras ou limites específicos.

BS EN 1706: a composição química do alumínio e suas ligas

Essa norma europeia, editada pelo BSI em 2020, especifica os limites da composição química das ligas de fundição de alumínio, e as propriedades mecânicas dos provetes vazados separadamente para essas ligas. O Anexo C é um guia para a seleção de ligas para um uso ou processo específico.

A BS EN 1706:2020 – Aluminium and aluminium alloys. Castings. Chemical composition and mechanical properties abrange os limites de composição química e propriedades mecânicas das ligas de fundição de alumínio. Essa norma é uma atualização abrangente da versão 2010. Essa norma é indicada para quem faz casting em engenharia, aqueles que fazem fundição em engrenagens automotivas e aeroespaciais, para quem faz investimentos, designers, arquitetos.

Esta norma europeia especifica os limites de composição química das ligas de fundição de alumínio e as propriedades mecânicas dos provetes vazados separadamente para essas ligas. O Anexo C é um guia para a seleção de ligas para um uso ou processo específico. Essa norma fornece orientações particularmente importantes, uma vez que a maioria do alumínio, em alguns países, é reciclada. Além disso, o seu uso cria condições equitativas entre rodízios, produtores e designers; ajuda na criação de melhores produtos; aumenta a confiança, dando aos usuários finais confiança nos produtos; permite a entrada em novos mercados e facilita o comércio; e gerencia os riscos.

A BS EN 1706:2020 deve ser usada em conjunto com as BS EN 576, BS EN 1559-1, BS EN 1559-4, BS EN 1676 e BS EN ISO 8062-3. Essa norma pode contribuir para que os usuários alcancem o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU em indústria, inovação e infraestrutura, porque promove uma infraestrutura resiliente. Também contribui para o Objetivo 12, sobre consumo e produção responsáveis, porque apoia a reciclagem de alumínio.

A norma em sua edição de 2020 foi amplamente reescrita para atualizá-la com as metodologias atuais. Em comparação com a edição de 2010, foram feitas as alterações significativas. A referência normativa BS EN 10002-1 foi substituída pela BS EN ISO 6892-1. Os termos e definições foram atualizados. Na tabela 1 duas ligas foram excluídas e seis adicionadas, o limite máximo de chumbo foi reduzido para 0,29% e notas de rodapé foram adicionadas e modificadas.

Além disso, foram alterados os limites de composição química das ligas EN AC-43000 [EN AC-Al Si10Mg], EN AC43300 [EN AC-Al Si9Mg] e EN AC-51300 [EN AC-AlMg5]. Na tabela 2, duas ligas foram excluídas e três adicionadas, foi adicionada uma nova nota de rodapé e as propriedades mecânicas das ligas já existentes EN AC-42100 [EN AC-Al Si7Mg0,3], EN AC-43300 [EN AC-Al Si9Mg] e EN AC-71100 [EN AC-Al Zn10Si8Mg] foram modificadas.

Na tabela 3, duas ligas foram excluídas e duas adicionadas, as propriedades mecânicas das ligas já existentes EN AC-46200 [EN AC-Al Si8Cu3], EN AC-43300 [EN AC-Al Si9Mg] e EN AC-71100 [EN AC-Al Zn10Si8Mg] foram modificadas. Na Tabela A.1, uma liga foi excluída e três adicionadas, as propriedades mecânicas das ligas já existentes EN AC-43500 [EN AC-Al Si10MnMg], EN AC-46000 [EN AC-Al Si9Cu3 (Fe)] e EN AC-71100 [EN AC-Al Zn10Si8Mg] foram modificadas.

Foi adicionado um novo Anexo B e o antigo Anexo B foi renomeado para Anexo C. Na Tabela C.1, as mesmas ligas da Tabela 1 foram adicionadas ou excluídas, respectivamente. A adequação de alguns métodos de fundição foi revisada para algumas ligas, bem como algumas classificações de propriedades, e as notas de rodapé foram modificadas. O antigo Anexo C foi renomeado para o anexo D e o quadro D.1 foi completamente revisado.

Conteúdo da norma

Prefácio da versão europeia………………… … 3

1 Escopo……………………………….. ……………. 6

2 Referências normativas……………………… 6

3 Termos e definições………………………….. 6

4 Informações para pedidos…………………… 8

5 Sistemas de designação…………………….. 8

5.1 Sistema de designação numérica…………… 8

5.2 Sistema de designação baseado em símbolos químicos…………… 8

5.3 Designações de têmpera…………………. 8

5.4 Designações do processo de fundição…………. 9

5.5 Designações a serem incluídas nos desenhos…………… 9

6 Composição química……………… ……………………………. 9

6.1 Geral…………………………………….. ………… 9

6.2 Amostras para análise química…………. 9

7 Propriedades mecânicas…………………….. 15

7.1 Geral……………………………………. ……… 15

7.2 Ensaios de tração…………………………. 19

7.3 Provetes…………………………………. … 19

7.3.1 Geral……………………………. ……….. 19

7.3.2 Amostras de ensaio fundidas separadamente………………….. 19

7.3.3 Provetes retirados de peças vazadas……………….. 20

7.4 Ensaios de dureza………………………………………. 21

8 Regras de arredondamento para determinação da conformidade…………… 21

Anexo A (informativo) Propriedades mecânicas de ligas fundidas sob alta pressão…………………….. 22

Anexo B (informativo) Propriedades mecânicas potencialmente alcançáveis dos provetes coletados de um grupo……………… 23

Anexo C (informativo) Comparação das características de fundição, mecânicas e outras propriedades…………………………….. 25

Anexo D (informativo) Comparação entre as designações de ligas de alumínio fundido………………….. 34

Bibliografia…………………….. 36

A classificação das chapas de gesso diferenciadas para drywall

As chapas de gesso diferenciadas para drywall são as fabricadas industrialmente mediante um processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos, entre duas lâminas de cartão ou véu de fibra de vidro, onde uma é virada sobre as bordas longitudinais e colada sobre a outra.

A NBR 16831 de 05/2020 – Chapas de gesso diferenciadas para drywall — Classificação e requisitos estabelece a classificação e os requisitos das chapas de gesso diferenciadas para com suas características para aplicação e inspeção. Não é aplicável às chapas de gesso para drywall dos tipos standard (ST), resistente à umidade (RU) e resistente ao fogo (RF), sendo seus requisitos encontrados na NBR 14715-1.

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Quais são os valores da carga de ruptura?

Qual é a densidade superficial de massa em função das espessuras das chapas?

Como deve ser feita a identificação das chapas?

Quais são os critérios para aceitação e rejeição?

As chapas de gesso diferenciadas para drywall são as fabricadas industrialmente mediante um processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos, entre duas lâminas de cartão ou véu de fibra de vidro, onde uma é virada sobre as bordas longitudinais e colada sobre a outra. A lâmina ou véu podem variar em função da aplicação de um determinado tipo de chapa, e o núcleo pode conter aditivos a fim de proporcionar características adicionais à NBR 14715-1.

As chapas de gesso diferenciadas para drywall são selecionadas de acordo com o seu tipo, tamanho e espessura. São aplicáveis a ambientes construídos com características específicas demandadas. Devem ser classificadas pelos seguintes tipos indicados na EN 520 2004+A1 e descritas a seguir. As chapas de gesso diferenciadas para drywall do Tipo A para utilização em áreas secas, chapas produzidas para utilização em áreas secas classificadas de acordo com o seu peso e a espessura.

As chapas de gesso diferenciadas do Tipo A devem possuir espessura e/ou densidade superficial de massa e/ou algum requisito adicional, a serem declarados pelo fabricante, que as distinguem das chapas de gesso do tipo standard (ST), especificadas na NBR 14715-1. As chapas de gesso diferenciadas para drywall do Tipo H com absorção d’água reduzida, chapas com capacidade reduzida de absorção d’água adequadas para aplicações em locais sujeitos à umidade por tempo limitado e intermitente ou esporádico. As chapas de gesso diferenciadas do Tipo H devem possuir espessura e/ou densidade superficial de massa e/ou algum requisito adicional, a serem declarados pelo fabricante, que as distinguem das chapas de gesso do tipo resistente à umidade (RU), especificadas na NBR 14715-1.

As chapas de gesso para drywall do Tipo E para utilização em exteriores, chapas produzidas para utilização em áreas externas. Devem sempre ser especificadas com o uso de algum tipo de revestimento ou proteção, a ser indicado pelo fabricante. A exposição da chapa sem revestimento é por tempo limitado, a ser indicado pelo fabricante.

Esta norma não prevê os tipos de revestimento ou proteção. A permeabilidade ao vapor d’água deve ser mínima, bem como a capacidade de absorção d’água reduzida. As chapas de gesso para drywall do Tipo F com coesão do núcleo de gesso para altas temperaturas, chapas que contêm fibras minerais e/ou outros aditivos no núcleo de gesso para melhorar sua coesão às altas temperaturas. Essas características são dependentes dos sistemas construtivos.

As chapas de gesso diferenciadas do Tipo F devem possuir espessura e/ou densidade superficial de massa e/ou algum requisito adicional, a serem declaradas pelo fabricante, que as distinguem das chapas de gesso do tipo resistente ao fogo (RF), especificadas na NBR 14715-1. As chapas de gesso para drywall do Tipo P chapas para serem combinadas mediante colagem a outros materiais em forma de chapas ou painéis ou películas. Esse tipo pode também apresentar furos a fim de melhorar as características acústicas do ambiente construído.

As chapas de gesso para drywall do Tipo D com densidade controlada, chapas que possuem densidade controlada que permitem melhorar algumas aplicações, entre elas as características acústicas do ambiente construído; chapas de gesso para drywall do Tipo R com resistência aumentada, chapas utilizadas para aplicações diferenciadas que requeiram resistência mais elevada às cargas de ruptura tanto no sentido longitudinal quanto no transversal. As chapas de gesso para drywall do Tipo I com dureza superficial aumentada, chapas utilizadas para aplicações diferenciadas que requeiram maior dureza superficial.

As utilizações dos diversos tipos de chapas de gesso diferenciadas para drywall, constantes nesta norma, podem ser combinadas em uma única chapa, neste caso a designação da chapa deve incluir a letra que identifica cada tipo de aplicação. Os tipos D, E, F, H, I, R podem ser combinados e os tipos A e P não podem ser combinados. EXEMPLO: Tipo A3, Tipo A1, Tipo F-H, ou seja, chapa resistente ao fogo com absorção de água reduzida, Tipo D-F-H, ou seja, chapa com densidade controlada, resistente ao fogo e com absorção de água reduzida.

Todos os tipos de chapas de gesso diferenciadas para drywall devem atender à classe IIA de reação ao fogo de acordo com NBR14432 e podem receber em uma das faces acabamentos. Os tipos das chapas de gesso diferenciadas para drywall são classificados nesta norma, de acordo com os requisitos descritos na Seção 5. A carga de ruptura à flexão das chapas de gesso diferenciadas para drywall, constantes nesta norma para os tipos A, D, E, F, H e I, devem estar conforme a NBR 14715-2, não podendo ser inferior aos valores indicados na tabela abaixo. Nenhum resultado individual do ensaio pode ser inferior em mais de 10% dos valores indicados na tabela abaixo.

A densidade da chapa diferenciada para drywall do tipo D ou sua combinação, determinada conforme o método descrito na NBR 14715-2, deve ser no mínimo 0,8 × 103 kg/m³. A dureza superficial aumentada da chapa de gesso diferenciada do Tipo I ou sua combinação é determinada medindo o diâmetro da mossa produzida na superfície, quando ensaiada conforme o método descrito na NBR 14715-2. O diâmetro da mossa não pode ser superior a 15 mm.

As características dimensionais das chapas de gesso diferenciadas para drywall, seus valores e tolerâncias estão especificadas na NBR 14715-1, sendo verificadas conforme a NBR 14715-2. A tolerância na espessura para as chapas de 6,0 mm a 6,5 mm é de ± 0,2 mm. A tolerância na espessura para as chapas de 6,6 mm a 15,0 mm é de ± 0,5 mm.

Outras espessuras nominais são também possíveis, de acordo com a mínima espessura de 6,0 mm. Para espessuras nominais maiores ou iguais a 15,1 mm, as tolerâncias devem ser ± 0,04 × t, arredondadas para o próximo 0,1 mm. A critério do comprador e do fornecedor as análises dimensionais e pesos, podem ser avaliados em função da NBR 5426. Para a amostragem, dez chapas (amostras) devem ser retiradas aleatoriamente do lote declarado pelo fornecedor, constituindo as amostras, sendo cinco chapas à guisa de prova e cinco chapas à guisa de contraprova.

As testemunhas ou contraprovas devem ficar sob a guarda do fabricante. As amostras devem ser identificadas de forma a permitir, inclusive, a rastreabilidade do lote de produção. O local de inspeção deve ser previamente acordado entre o fornecedor e o comprador, podendo ser ou no pátio da fábrica, no distribuidor ou na obra.

Para a inspeção visual, todas as chapas diferenciadas para drywall devem ser submetidas às inspeções conforme determinado na norma, rejeitando-se apenas as chapas que não estiverem conforme. Para as chapas, de per si, devem ser verificadas e comparadas as características expressas indicadas na seção 5, com as Instruções ou declaração do fabricante. Para os sistemas construtivos executados com chapas diferenciadas para drywall, podem ser avaliados por meio de ensaios tipo, estabelecidos de comum acordo entre fabricante e consumidor.

BS EN IEC 62984-2: as baterias secundárias para alta temperatura

Essa norma europeia, editada em 2020 pelo BSI, especifica os requisitos de segurança e os procedimentos de ensaio para as baterias para altas temperaturas para uso móvel e/ou estacionário e cuja tensão nominal não exceda 1.500 V. Este documento não inclui as baterias de aeronaves cobertas pela IEC 60952 (todas as partes) e baterias para propulsão de veículos elétricos rodoviários, cobertas pela IEC 61982 (todas as partes).

A BS EN IEC 62984-2:2020 – High-temperature secondary batteries. Safety requirements and tests especifica os requisitos de segurança e os procedimentos de ensaio para as baterias para altas temperaturas para uso móvel e/ou estacionário e cuja tensão nominal não exceda 1.500 V. Este documento não inclui as baterias de aeronaves cobertas pela IEC 60952 (todas as partes) e baterias para propulsão de veículos elétricos rodoviários, cobertas pela IEC 61982 (todas as partes). As baterias de alta temperatura são sistemas eletroquímicos cuja temperatura operacional interna mínima das células está acima de 100 °C.

CONTEÚDO DA NORMA

PREFÁCIO…………………… 4

1 Escopo……………………… 6

2 Referências normativas………… ….. 6

3 Termos, definições, símbolos e termos abreviados………… 7

3.1 Construção da bateria……………………………………. 7

3.2 Funcionalidade da bateria………………………….. 10

3.3 Símbolos e termos abreviados…………………….. 12

4 Condições ambientais (de serviço)…………………………… 13

4.1 Geral………………………. …………… 13

4.2 Condições normais de serviço para instalações estacionárias……………………. .13

4.2.1 Geral………………… ……… 13

4.2.2 Condições ambientais normais adicionais para instalações internas ……………. 14

4.2.3 Condições ambientais normais adicionais para instalações externas ………….. 14

4.3 Condições especiais de serviço para instalações estacionárias……………………….. .14

4.3.1 Geral…………………. ……… 14

4.3.2 Condições especiais de serviço adicionais para instalações internas………………….. 14

4.3.3 Condições especiais de serviço adicionais para instalações externas………………… 14

4.4 Condições normais de serviço para instalações móveis (exceto propulsão) ………………. 14

4.5 Condições especiais de serviço para instalações móveis (exceto propulsão) ……………… 14

5 Projeto e requisitos……………………… 15

5.1 Arquitetura da bateria……………………. 15

5.1.1 Módulo…………. ………. 15

5.1.2 Bateria………………. ……….. 15

5.1.3 Montagem das baterias………………. 16

5.1.4 Subsistema de gerenciamento térmico……….. 17

5.2 Requisitos mecânicos……………………………. 17

5.2.1 Geral…………………………… ……… 17

5.2.2 Carcaça da bateria………………….. 17

5.2.3 Vibração………………………… …….. 18

5.2.4 Impacto mecânico……………………… 18

5.3 Requisitos ambientais………………………. 18

5.4 Requisitos de Electromagnetic compatibility (EMC)…………….. 18

6 Ensaios……… ……………………… 19

6.1 Geral……………… …………… 19

6.1.1 Classificação dos ensaios………………….. 19

6.1.2 Seleção de objetos de ensaio…………………….. 19

6.1.3 Condições iniciais do DUT antes dos ensaios………………… 20

6.1.4 Equipamento de medição……………. 20

6.2 Lista de ensaios…………….. ……….. 20

6.3 Ensaios de tipo…………….. ………… 21

6.3.1 Ensaios mecânicos………………. 21

6.3.2 Ensaios ambientais…………………………. 23

6.3.3 Ensaios EMC…………………….. ……. 24

6.4 Ensaios de rotina……………… …….. 33

6.5 Ensaios especiais………………. …….. 33

7 Marcações………….. …………………. 33

7.1 Geral……………………………. …………… 33

7.2 Marcação da placa de dados……………………. 33

8 Regras para transporte, instalação e manutenção ……… 33

8.1 Transporte…………………….. …. 33

8.2 Instalação………………. ………. 33

8.3 Manutenção………………… ……. 33

9 Documentação……………………. ………… 33

9.1 Manual de instruções……………………. 33

9.2 Relatório de ensaio……. ……….. 34

Bibliografia……………… ………………….. 35

Figura 1 – Componentes de uma bateria………………….. 16

Figura 2 – Componentes de um conjunto de baterias……….. 16

Figura 3 – Subsistema de gerenciamento térmico……………………. 17

Tabela 1 – Lista de símbolos e termos abreviados………………….. 13

Tabela 2 – Ambientes eletromagnéticos……………. 19

Tabela 3 – Ensaios de tipo…………………….. ………….. 21

Tabela 4 – Ensaio de calor úmido – Estado estacionário…………………………. 23

Tabela 5 – Nível de gravidade dos ensaios EMC………………………… 25

Tabela 6 – Descrição dos critérios de avaliação para ensaios de imunidade…….. …….. 26

Tabela 7 – Parâmetros de ensaio EFT/Burst……………….. 28

Tabela 8 – Níveis de ensaio de surto…………………. ….. 29

Segundo a International Electrotechnical Commission (IEC), as baterias são dispositivos indispensáveis na vida cotidiana: muitos itens que são usados diariamente, desde os telefones celulares até os laptops, dependem da energia da bateria para funcionar. No entanto, apesar de uso mundial, a tecnologia das baterias está subitamente dominando os holofotes porque é usada para alimentar todos os tipos de diferentes veículos elétricos (VE), de carros elétricos a scooters eletrônicas, que estão regularmente nos mercados. Para os ambientalistas, no entanto, a tecnologia da bateria é mais interessante como forma de armazenar eletricidade, à medida que a geração e o uso de energia renovável – que é intermitente – aumentam.

As baterias de íon lítio podem ser recicladas, mas esse processo permanece caro e, por enquanto, as taxas de recuperação de material raramente chegam a 20%. As matérias-primas usadas nas baterias de íon lítio são geralmente níquel, cobalto, manganês e lítio, que são caros de se obter. Algumas dessas matérias primas são escassas e, mesmo que as pesquisas estejam progredindo rapidamente, alguns laboratórios conseguiram atingir 80% dos níveis de recuperação.

Os cientistas também estão analisando as baterias recarregáveis de ar lítio como uma alternativa ao íon lítio. As baterias de íon de lítio usadas em uma aplicação podem ser avaliadas quanto à capacidade de serem usadas em outras aplicações menos exigentes. Uma segunda vida útil possível para as baterias é um componente para estações de carregamento flexíveis.

São estações de carregamento rápido que podem ser operadas de forma autônoma durante eventos de grande escala, como festivais ou eventos esportivos. As baterias de veículos elétricos podem ser reutilizadas em tudo, desde energia de backup para data centers até sistemas de armazenamento de energia. Na Europa, vários fabricantes de veículos, empresas pioneiras no mercado de carros elétricos, instalaram baterias usadas principalmente em diferentes tipos de sistemas de armazenamento de energia, variando de pequenos dispositivos residenciais a soluções maiores em escala de grade em contêiner.

A conformidade dos campos e aventais cirúrgicos, e roupas para sala limpa

Conheça os requisitos de fabricação e processamento, bem como os métodos de ensaio e requisitos de desempenho para campos cirúrgicos, aventais cirúrgicos e roupas para sala limpa de uso único ou reutilizáveis, utilizados como produtos para saúde por pacientes e profissionais de saúde e para equipamentos.

A NBR 16064 de 10/2016 – Produtos têxteis para saúde – Campos cirúrgicos, aventais e roupas para sala limpa, utilizados por pacientes e profissionais de saúde e para equipamento – Requisitos e métodos de ensaio especifica os requisitos de fabricação e processamento, bem como os métodos de ensaio e requisitos de desempenho para campos cirúrgicos, aventais cirúrgicos e roupas para sala limpa de uso único ou reutilizáveis, utilizados como produtos para saúde por pacientes e profissionais de saúde e para equipamentos.

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Qual o método de ensaio para avaliação de limpeza microbiana?

Quais as características e os requisitos de desempenho a serem avaliados para vestimentas para sala limpa cirúrgica?

Quais as características e os requisitos de desempenho a serem avaliados em campos cirúrgicos de paciente?

Quais as características e requisitos de desempenho a serem avaliados em aventais cirúrgicos?

A transmissão de agentes infecciosos durante procedimentos cirúrgicos invasivos pode ocorrer de várias maneiras (ver Anexo B). Campos cirúrgicos estéreis, aventais cirúrgicos estéreis e roupas estéreis para sala limpa são utilizados para minimizar a disseminação de agentes infecciosos das, e para as, incisões cirúrgicas nos pacientes, ajudando assim a prevenir infecções pós-operatórias nas feridas (ver Anexo B).

O desempenho necessário das coberturas para paciente, equipe cirúrgica e equipamento varia de acordo com, por exemplo, o tipo e a duração do procedimento, o grau de umidade do campo de operação, o grau de tensão mecânica em materiais e da suscetibilidade do paciente à infecção. O uso de aventais cirúrgicos com resistência à penetração de líquidos pode também diminuir o risco à saúde da equipe de cirurgia, devido aos agentes infecciosos transportados no sangue ou outros fluidos corporais.

Para atender a esta norma, os produtos devem atender a todos os requisitos especificados nas tabelas abaixo (conforme apropriado para o produto), quando ensaiados de acordo com esta norma em toda a sua vida útil. Caso a finalidade prevista de um produto para saúde especifique o seu uso como um campo estéril, aplicar os requisitos para campos cirúrgicos e coberturas de equipamentos, conforme as tabelas abaixo.

Os requisitos de desempenho são especificados em função da área do produto e do nível de desempenho. No entanto, algumas características de desempenho são aplicadas a todos os níveis de desempenho e áreas do produto para saúde. No Anexo B são dadas as informações sobre características que não são possíveis de serem avaliadas devidamente (como adesão para a fixação com a finalidade de isolamento da incisão ou controle de líquido), ou que não são consideradas passíveis de normalização (como conforto).

Os ensaios para a avaliação do desempenho dos produtos devem ser feitos de acordo com os métodos especificados no Anexo A. Todos os resultados e as condições de ensaio devem ser registrados e arquivados. Os ensaios devem ser realizados no produto acabado. Se o produto for usado após a esterilização, o ensaio deve ser realizado com produtos após a esterilização, com exceção da limpeza microbiana. O ensaio deve incluir potenciais pontos fracos.

Os requisitos de desempenho podem variar em relação às áreas do produto e aos riscos de envolvimento com a transferência de agentes infecciosos para a, ou a partir da, ferida. Para garantir o desempenho do produto, podem ser usadas combinações de materiais ou produtos em sistemas. No caso de kits cirúrgicos, cada componente é considerado um produto, independentemente de tamanho e modelo, desde que não se altere a matéria-prima.

Durante a fabricação e processamento, o ensaio deve ser realizado de acordo com as orientações do fabricante e do sistema de qualidade do processador. Podem ser utilizados métodos de ensaio alternativos para monitoramento, desde que sejam validados e abordem as mesmas características, e desde que os resultados se correlacionem com os métodos de ensaio apresentados nesta norma.

O fabricante e o processador devem documentar se os requisitos estabelecidos nesta norma foram atendidos e se foi estabelecida a adequação para a finalidade pretendida para cada uso, tanto para produtos para saúde de uso único como para reutilizáveis. É recomendável um sistema de qualidade. Devem ser utilizados os procedimentos de fabricação e processamento validados. Uma especificação de fabricação e processamento deve ser concebida e validada para o produto, incluindo limpeza visual e higiênica.

A validação deve incluir todas as etapas de fabricação e processamento. A frequência de revalidação deve ser determinada durante a validação e deve ser reavaliada após qualquer mudança de fabricação ou processamento que possa afetar o produto. As principais variáveis de fabricação e processamento devem ser identificadas, monitoradas e registradas. O tipo e a frequência de monitoramento de rotina devem ser documentados.

Os resultados da validação e do controle de rotina devem ser registrados e armazenados. É recomendado dar preferência a ensaios biológicos, químicos e/ou físicos quantitativos para os processos de validação e de monitoramento. Durante a fabricação e processamento, o controle de descontaminação, os procedimentos de desinfecção e a rastreabilidade da esterilização devem ser registrados e armazenados. Quanto à informação a ser fornecida pelo fabricante ou processador, deve ser feita de acordo com a legislação vigente, referente a correlatos médicos e produtos para saúde.

Se houver diferença de áreas críticas e menos críticas do produto, fornecedor e/ou convertedor devem fornecer estas informações para identificá-las. As seguintes informações adicionais são fornecidas, se solicitadas: identidade ou informações sobre os métodos de ensaio utilizados; resultados dos ensaios e condições para as características dadas na Seção 4.

A conformidade da produção do adobe ou tijolo de barro

Conheça os requisitos para a produção de adobe e execução da alvenaria, além dos métodos de ensaio para sua caracterização física e mecânica, não sendo aplicável à edificação com parede em alvenaria estrutural de adobe superior a dois pisos, assim como à execução de arcos, abóbadas e cúpulas.

A NBR 16814 de 01/2020 – Adobe — Requisitos e métodos de ensaio estabelece os requisitos para a produção de adobe e execução da alvenaria, além dos métodos de ensaio para sua caracterização física e mecânica. Esta norma não é aplicável à edificação com parede em alvenaria estrutural de adobe superior a dois pisos, assim como à execução de arcos, abóbadas e cúpulas. Esta norma não é aplicável aos projetos elaborados com alcance e base diferentes das considerações aqui estabelecidas. Esta norma contribui com a ampliação de alternativas de materiais e técnicas de construção, principalmente para produção de habitação de interesse social, especialmente em regiões nas quais existe a tradição de uso do adobe como material de construção, como forma de qualificar esta prática.

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Como se define o adobe e o adobe estabilizado?

Qual deve ser a argamassa de assentamento do adobe?

Qual deve ser o número de adobes dos lotes e da amostragem?

Como deve ser executada a inspeção por ensaios?

Em geral, as técnicas de construção com terra são de baixo impacto ambiental negativo, principalmente pela produção local e em pequena escala, reduzido gasto energético com transporte, utilização de matéria prima local e abundante, reduzido consumo de energia para produção, baixo nível de geração de resíduos da construção e demolição, e elevado potencial de reciclagem. Assim sendo, estes materiais atendem às principais premissas do desenvolvimento sustentável, reduzindo os impactos ambientais negativos produzidos pela construção civil, uma das grandes preocupações da atualidade.

Entre as inúmeras técnicas de construção com terra encontradas ao redor do mundo, destacam-se três, que foram introduzidas no Brasil pelos colonizadores portugueses, no século XVI: taipa (ou taipa de pilão): solo predominantemente arenoso, com umidade próxima ao teor de umidade ótima de compactação, compactado em camadas no interior de formas móveis (taipal), conformando paredes consideradas monolíticas; adobe: solo arenoargiloso, em estado plástico firme (barro), moldado em formas, desmoldado logo em seguida e colocado para secar naturalmente, para produção de elementos de alvenaria (blocos ou tijolos); e pau a pique (ou taipa de mão, ou taipa de sopapo, ou técnica mista): solo argiloso, em estado plástico mole, preenchendo os espaços formados por um entramado de madeira de pequena seção (fixado em uma estrutura de pilares e vigas de madeira), aplicado em várias camadas, intercaladas por processo de secagem.

Posteriormente, notadamente nos anos 70 e 80, e com a popularização do uso do cimento na construção civil, outra técnica de construção com terra foi incentivada no Brasil. Trata-se dos blocos de terra comprimida (BTC), estabilizados com cimento. Não existiam normas brasileiras para as três técnicas anteriores, quer seja para caracterização dos materiais ou para sua aplicação na elevação de paredes.

Em outros países, existem algumas normas para construção com adobes, ou com taipa, porém de difícil adaptação à realidade brasileira, porque são países com considerável vulnerabilidade sísmica e/ou solos muito diversos dos encontrados no Brasil. Para avaliação da adequação do solo para a produção de adobe, devem ser realizados ensaios de laboratório, cujos resultados atendam aos seguintes requisitos: a composição granulométrica da terra, determinada conforme as NBR 6457 e NBR 7181, deve atender preferencialmente aos seguintes parâmetros: areia: entre 45% e 65%; silte: até 30%; e argila: entre 25% e 35%.

Para os solos fora dos parâmetros indicados ou com presença de sais, realizar ensaios de comportamento físico e mecânico de adobes produzidos experimentalmente, os quais devem atender às especificações de desempenho desta norma e não utilizar solos orgânicos (ou contendo matéria orgânica em decomposição) ou com comportamento expansivo.

A composição granulométrica do solo pode ser corrigida com adição de areia, ou com mistura de dois ou mais tipos de solos. A água a ser utilizada deve atender aos mesmos requisitos daquela aplicada nos concretos e argamassas. Caso seja necessário, podem ser utilizados estabilizantes, desde que sejam realizados ensaios de comportamento físico e mecânico de adobes produzidos experimentalmente, para verificação do atendimento dos parâmetros de desempenho desta norma.

Para as características visuais do adobe, para seu emprego, o adobe deve estar seco, livre de materiais estranhos, trincas ou outros defeitos que possam comprometer sua resistência ou durabilidade. Recomenda-se que o adobe tenha a forma externa de um paralelepípedo retangular, sendo suas dimensões nominais ajustadas às seguintes condições, de acordo com a figura abaixo: comprimento do adobe (C), correspondente à maior dimensão das faces de assentamento, preferencialmente igual ao dobro da largura (L), sendo acrescida de uma vez a espessura da junta vertical de assentamento (j), em que as juntas de assentamento horizontais e verticais não podem exceder 20 mm de espessura e devem ser preenchidas completamente; altura do adobe (H), correspondente à distância entre as faces de assentamento, preferencialmente igual à metade da largura e maior ou igual a 7 cm.

Para as dimensões efetivas do adobe são admitidas as seguintes tolerâncias, com relação às dimensões nominais: a tolerância de dimensões individuais efetivas do adobe, para H, L e C, estabelecidas em 4.3.1 e determinadas de acordo com o procedimento estabelecido no Anexo A, é de ± 5 mm; a tolerância de dimensões médias da amostra para Hm, Lm e Cm, é de ± 5 mm. Para atender às necessidades específicas de projeto, por exemplo, paredes curvas ou formação de ângulos diferentes de 90º entre si, é permitida a produção de adobes com formatos especiais, desde que sejam asseguradas as mesmas características físicas e mecânicas dos demais adobes de uma mesma edificação.

O adobe deve ser maciço, sendo permitidos um ou dois furos perpendiculares à face de assentamento, para passagem de tubulações ou grauteamento para reforço estrutural. O diâmetro do furo (d) deve ser de no máximo metade da largura do adobe, conforme a figura abaixo.

O barro para moldagem do adobe deve ser preparado de acordo com as seguintes etapas: o material seco deve ser destorroado e homogeneizado, antes da adição da água; adicionar água, homogeneizando a mistura (amassamento) até obter a consistência apropriada para a moldagem; deixar o barro em repouso por cerca de 24 h, coberto com lona plástica, e amassá-lo novamente, antes do uso.

Devem ser tomados os seguintes cuidados na moldagem do adobe: o barro deve preencher completamente o volume do molde; desmoldar o adobe logo após a sua conformação, sobre uma superfície nivelada; se necessário, utilizar desmoldante. O tempo de secagem varia em função das condições climáticas da região. Deve-se atentar para: proteger o adobe das intempéries; evitar a secagem acelerada no início do processo; assegurar que a secagem seja uniforme em todas as faces do adobe.

A umidade e a erosão produzidas nas paredes de terra são as principais causadoras da deterioração destas construções, sendo necessário protegê-las por meio de elementos construtivos, como: argamassas para emboços e rebocos de terra, que podem ser estabilizadas nos ambientes internos molhados, quando expostas ao contato direto com a água, ou quando houver necessidade; nas paredes externas, expostas às chuvas, estas argamassas devem ser estabilizadas com materiais que garantam melhor proteção mecânica, como a cal, por exemplo; revestimentos com outros materiais para proteção mecânica das paredes, desde que assegurem seu comportamento higroscópico; parede assentada em uma base de material que impeça a ascensão capilar de água e proteja a base da alvenaria; calçadas perimétricas; sistema de drenagem apropriado no entorno imediato da construção; beirais de cobertura. Não podem ser empregadas argamassas de cimento e areia para o revestimento de paredes de adobe.