A conformidade das curvas por indução para os dutos da indústria de petróleo

A NBR 15273 de 06/2021 – Curvas por indução para sistema de transporte de petróleo, derivados e gás natural por dutos estabelece os requisitos técnicos para o fornecimento de curvas feitas pelo processo de curvamento por indução para utilização em sistemas de transporte dutoviário na indústria de petróleo, derivados e gás natural. O processo de fabricação utiliza aquecimento indutivo para aquecer uma faixa estreita de 360°em volta do tubo, no ponto de curvamento, enquanto o tubo está sendo empurrado e/ou puxado com velocidade constante pela bobina de indução. Após o material passar pela bobina, ele é resfriado por meio de jato de ar comprimido ou jato de água, ou ainda é deixado esfriar no ambiente. Curvas por indução de qualquer espessura e diâmetro produzidas desta forma são abrangidas por esta norma.

Esta norma é aplicável às curvas por indução feitas a partir de tubos, com ou sem costura, de aços não ligados ou de baixa liga. Não é aplicável às curvas produzidas a partir de tubos com solda helicoidal para utilização em ambientes sour service e offshore service. Nessa norma, os termos sour service e offshore service são condições de serviço. Pode-se definir o curvamento por indução como o processo de curvamento contínuo que utiliza aquecimento por indução para criar uma faixa aquecida e estreita no entorno do material que está sendo curvado.

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Quais são os símbolos e os termos abreviados usados nessa norma?

Qual é o sumário dos ensaios e inspeções requeridos?

Qual é a localização dos corpos de prova e os tipos de ensaios destrutivos nas curvas de qualificação para os tubos com solda longitudinal ou sem costura?

Para os ensaios mecânicos, como deve ser a preparação dos corpos de prova?

O comprador deve fornecer as seguintes informações, quando da encomenda, na sequência a seguir: número desta norma e ano de publicação; identificação das curvas; quantidade de curvas; fornecimento do tubo-mãe: pelo comprador ou pelo fabricante; dimensões das curvas, incluindo o diâmetro interno ou externo; espessura mínima de projeto (t mín); raio; ângulo; comprimento das tangentes; preparação das extremidades; nível de especificação do produto (PSL 1, PSL 2 e PSL 2S).

Onde aplicável, o comprador deve fornecer as seguintes informações suplementares: temperatura mínima de projeto; temperatura máxima de projeto e qualquer requisito para ensaio de tração em alta temperatura; espessura máxima da parede; requisitos dimensionais especiais; requisitos suplementares de inspeção e ensaios; requisitos de calibração e outros requisitos dimensionais diferentes do especificado nesta norma; normas de projeto do duto ou premissas de projeto; condições de operação do duto; requisitos do tratamento térmico após o curvamento, quando aplicável; propriedades mecânicas na temperatura máxima de projeto; temperatura e critérios de aceitação do ensaio de impacto Charpy; requisitos para o teste hidrostático; pontos a serem testemunhados e aprovados pelo comprador; condição da superfície da curva; requisitos de revestimento ou pintura; requisitos de marcação, se diferentes do previsto nesta norma; instruções de embalagem, transporte e armazenamento; indicação sobre quem irá efetuar a inspeção de terceira parte; requisitos para o formato e conteúdo adicionais para os documentos de inspeção; requisitos para o ensaio de dureza; procedimento de soldagem e composição química do metal de solda para tubos SAW; e outros requisitos especiais.

Quando o tubo-mãe for fornecido pelo comprador, as seguintes informações devem ser dadas ao fabricante: especificação do material; diâmetro nominal ou externo do tubo; espessura nominal ou mínima da parede do tubo; comprimento dos tubos; fabricante dos tubos; número do tubo e corrida; certificado de fabricação dos tubos, contendo, quando aplicável, tratamentos térmicos, composição química completa (incluindo o carbono equivalente), propriedades mecânicas, resultados dos ensaios não destrutivos (incluindo os requisitos) e dimensões; procedimento de soldagem e composição química do metal de solda; procedimento de reparo da junta soldada.

O tubo-mãe deve ser fabricado de acordo com a API SPEC 5L, a menos que previamente acordado entre as partes. O tubo-mãe pode ser fornecido tanto pelo comprador como pelo fabricante. O tubo-mãe não pode conter reparos por solda em seu corpo. O tubo-mãe não pode conter solda circunferencial ou solda de ponta de tira e chapa (strip/plate end welds).

A espessura da parede do tubo-mãe deve ser adequada para permitir a redução da parede no extradorso, devido ao curvamento por indução, de tal forma que seja garantida a espessura mínima de projeto. A contaminação da superfície do tubo-mãe antes ou durante o curvamento por metais de baixa temperatura de fusão (por exemplo, cobre, latão, zinco/galvanização, alumínio etc.) pode trazer graves efeitos ao processo de curvamento ou às propriedades da curva acabada.

O contato com tais materiais não é permitido. O tubo-mãe deve ser fornecido sem qualquer tipo de revestimento ou pintura. Para aplicação em ambientes offshore, o tubo-mãe deve ser fabricado de acordo com a API SPEC 5L:2018, Anexo J.

As curvas de qualificação devem ser fabricadas de acordo com uma especificação preliminar do procedimento de fabricação (pMPS), estabelecida por escrito antes do começo do curvamento de qualificação. A especificação do procedimento de fabricação (MPS) deve ser emitida a partir da especificação preliminar, que deve ser modificada, se necessário, com base nos parâmetros registrados durante o curvamento de qualificação, antes do começo do curvamento de produção.

Caso seja especificado pelo comprador, a qualificação e/ou a fabricação não podem ter início até que a MPS seja aprovada pelo comprador. A MPS deve especificar os seguintes detalhes: informações sobre o tubo-mãe: nome do fabricante; especificação do material; processo de fabricação do tubo; dimensões do tubo; composição química (quando aplicável); carbono equivalente (CE IIW ou Pcm, o que for aplicável); propriedades mecânicas (quando aplicável); técnicas de inspeção e relatórios para a junta soldada e o corpo da curva; condições do tratamento térmico (quando aplicável); número da corrida e número do tubo; quantidade e dimensões das curvas de qualificação e produção; requisitos de ensaio e inspeção para as curvas de qualificação; as curvas de produção; os resultados de ensaios e inspeções do processo de qualificação; os detalhes do processo de curvamento: o método de limpeza do tubo antes do curvamento; identificação da máquina de curvamento; o método de medição e controle de temperatura durante o curvamento.

Deve-se incluir os valores dos parâmetros de curvamento (ver tabela abaixo), incluindo os valores registrados na qualificação, além da margem de variação permissível dos parâmetros durante o curvamento de produção, respeitando os limites indicados na tabela abaixo. Especificar o aquecimento e o resfriamento das tangentes da curva (quando aplicável) e os detalhes do tratamento térmico após o curvamento (quando aplicável).

Deve-se ser especificados os tipos de tratamentos térmicos; a temperatura a partir da qual deve ser realizado o controle durante aquecimento e/ou resfriamento; a taxa de aquecimento, temperatura, tempo de patamar e taxa de resfriamento; o tipo e localização dos termopares; tempo de transferência entre o forno e o tanque de resfriamento, no caso de têmpera; os métodos de acabamento (calibração e arredondamento); os  requisitos adicionais do comprador (como preparação das extremidades, revestimento e identificação).

A fabricação das curvas deve ser efetuada conforme a MPS, cujo procedimento deve ser qualificado de acordo com esta Subseção, antes do início da produção. Uma curva de qualificação, com um comprimento de arco suficiente para permitir a extração dos corpos de prova necessários, deve ser fabricada de acordo com a MPS preliminar.

A inspeção e o ensaio da curva de qualificação devem incluir as tangentes e zonas de transição, se incluídas nas curvas de produção. A curva de qualificação deve ser ensaiada e inspecionada de acordo com a Seção 7. A MPS a ser usada para produção deve, para cada variável essencial indicada na tabela abaixo, especificar: os valores registrados durante a fabricação da curva de qualificação; a margem de variação permissível durante o curvamento de produção, que não pode exceder os limites permitidos na tabela abaixo. Caso algum parâmetro estabelecido na tabela abaixo exceda a variação máxima permitida, uma nova curva de qualificação deve ser produzida.

A interrupção da operação de curvamento por indução deve implicar em rejeição da curva, a menos que acordado entre o fabricante e o comprador. Neste caso, uma qualificação específica deve ser realizada na região onde o curvamento foi interrompido e reiniciado. Os ensaios específicos devem ser estabelecidos por acordo.

O tratamento térmico após o curvamento não é um requisito obrigatório para atender esta norma. Quando aplicável, o tratamento deve atender aos limites estabelecidos na tabela acima.

O tratamento térmico após o curvamento pode ser efetuado para alcançar as propriedades requeridas para o material, melhorar resistência à corrosão, remover zonas de transição nas extremidades do arco da curva ou aliviar tensões residuais. A temperatura e o tempo de cada fornada devem ser monitorados por meio de termopares conectados diretamente nas curvas, e os seus valores devem ser registrados.

O tipo, o número e a localização dos termopares devem ser conforme especificado na MPS. No caso dos tratamentos térmicos de têmpera, revenimento e normalização, não é requerido o registro da taxa de resfriamento, tanto na curva de qualificação quanto na de produção.

No caso específico de têmpera, o tempo gasto entre a saída do forno e a completa imersão no tanque de resfriamento deve ser monitorado e registrado durante a qualificação, bem como a temperatura do banho na entrada e na saída da peça. Os valores anotados não podem ser excedidos durante a produção.

Os fornos de tratamento térmico devem ser qualificados conforme a API 6A. Os termopares e os equipamentos que registram o tratamento devem estar calibrados. A conformação a quente após o curvamento ou após o tratamento térmico (quando aplicável), incluindo aquecimento localizado, ou calibração a quente, não é permitida.

A conformação ou a calibração a frio, sem tratamento térmico posterior, é permitida, desde que promova uma deformação permanente que não exceda 1,5%. As curvas devem ser fornecidas com extremidades retas, exceto se especificado em contrário pelo comprador.

Para os tubos com solda longitudinal, a junta soldada deve ser posicionada dentro do limite de ± 15º em relação à linha neutra da curva. A elaboração da MPS, a qualificação do procedimento de fabricação e a fabricação das curvas para sour service devem incluir os requisitos suplementares estabelecidos no Anexo A.

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API STD 2350: a prevenção de transbordamento de tanques de armazenamento em instalações petrolíferas

Essa norma, editada pelo American Petroleum Institute (API) em 2020, ajuda os proprietários e operadores de tanques de armazenamento de óleo de implementar um sistema de prevenção contra transbordo abrangente, que garante que o petróleo e outros produtos petrolíferos são transferidos com segurança para tanques de armazenamento. A nova edição aumenta os esforços em tempos de reação a alarmes e ênfase em programas de prevenção, sistemas de gerenciamento e muito mais.

A API STD 2350:2020 – Overfill Prevention for Storage Tanks in Petroleum Facilities ajuda os proprietários e operadores de tanques de armazenamento de óleo de implementar um sistema de prevenção contra transbordo abrangente, que garante que o petróleo e outros produtos petrolíferos são transferidos com segurança para tanques de armazenamento. A nova edição aumenta os esforços em tempos de reação a alarmes e ênfase em programas de prevenção, sistemas de gerenciamento e muito mais.

Este documento se aplica a tanques de armazenamento atmosférico associados ao refino, comercialização, dutos e terminais que contêm líquidos NFPA Classe I ou Classe II. Esta norma não se aplica a tanques de 1.320 galões americanos (5.000 litros) ou menos, a menos que estejam conectados a um transportador ou sistema de entrega marítima; a tanques que são cobertos pelo PEI RP 600; a tanques cheios exclusivamente de veículos com rodas (ou seja, caminhões-tanque ou vagões-tanque ferroviários), onde a taxa de enchimento é inferior a 630 bbl/h (440 gpm) (100 m³/hora); a tanques de alívio de dutos dedicados; e a tanques de armazenamento de GLP e GNL.

O objetivo desta norma é auxiliar os proprietários/operadores e o pessoal de operação na prevenção do transbordamento do tanque por meio da implementação de um sistema abrangente de prevenção de transbordamento (overfill prevention system – OPS). O objetivo é receber o produto no tanque de armazenamento pretendido sem encher demais ou causar danos mecânicos.

Conteúdo da norma

1 Escopo. . . . . . . . . . . . 1

1.1 Escopo… . . . . . .. 1

1.2 Requisitos mínimos… . . . 1

2 Referências normativas… . . .. 1

3 Termos, definições e acrônimos… . . .. 2

3.1 Termos e definição… . . . . . . . . . 2

3.2 Siglas. . …. . . . . . . . . .. 6

4 Sistema de prevenção de transbordamento (Overfill Prevention System – OPS) . . . . . .. 7

4.1 Visão geral. . . . . . . . . . . .. 7

4.2 Requisitos para o sistema de gestão… . . . 8

4.3 Requisitos para avaliação de risco.  . . . . . . . . . 9

4.4 Definindo os parâmetros operacionais. . . . . . . . . . . . 10

4.5 Requisitos para os procedimentos do sistema de prevenção de transbordamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 14

5 Sistemas de prevenção de transbordamento. . …….. . . 20

5.1 Tipos de sistemas de prevenção de transbordamento.  . . . . 20

5.2 Critérios de categoria de tanque. . ………… . . 21

5.3 Instrumentos e equipamentos usados para prevenção de transbordamento…  . . . . . . . . . . . . . . . 22

Anexo A (normativo) Sistemas automatizados de prevenção de transbordamento (AOPS).  . . . . . . . . . . . . . . . . 26

Anexo B (informativo) Sistemas de gestão (excluído).  . . . . . 30

Anexo C (informativo) Considerações sobre instrumentação de nível de líquido. . . . . . . . .. 31

Anexo D (informativo) Determinando os níveis de preocupação e capacidade do tanque. . . . . . . . . . . . . . . 33

Anexo E (informativo) Avaliação de risco.  . . . . . . . . . . . . 44

Anexo F (informativo) Interface do transportador/proprietário/operador. . . . . . . . . . . . 52

Anexo G (normativo, se usado) Categorias de tanques. . . . . . 55

Teste de prova do anexo H (informativo). . . . . . . . . . . .. 62

Bibliografia. . …. . . . . . . . . …. 64

Essa norma é um dos requisitos mínimos. As abordagens alternativas ou variações nos princípios desta norma que fornecem prevenção de transbordamento equivalente ou mais robusta são aceitáveis. Abordagens alternativas podem ser necessárias quando o sistema do tanque difere das configurações típicas descritas nesta norma.

A justificativa para a implementação de cada processo de prevenção de transbordamento (OPP) deve ser documentada e mantida pelo proprietário / operador. Esta norma não se destina a impedir o uso de sistemas, métodos ou dispositivos de qualidade, eficácia, durabilidade e segurança equivalentes ou superiores aos fornecidos nesta norma. Quando as regras do API 2350 entrarem em conflito com os regulamentos locais, estaduais ou federais, os regulamentos terão precedência sobre o API 2350. No caso de haver conflitos, os requisitos mais rigorosos da API 2350 ou os regulamentos devem ser aplicados.

ASME B31.9: os serviços de construção de tubulações

Essa norma, editada em 2020 pela American Society of Mechanical Engineers (ASME), contém regras para a construção de tubulação em edifícios industriais, institucionais, comerciais e públicos, e residências com várias unidades, que não requerem a gama de tamanhos, pressões e temperaturas cobertas na norma B31.1. Ela prescreve os requisitos para o projeto, materiais, fabricação, instalação, inspeção, exame e ensaio para os serviços de construção de sistemas de tubulações.

A ASME B31.9:2020 – Building Services Piping contém regras para a construção de tubulação em edifícios industriais, institucionais, comerciais e públicos, e residências com várias unidades, que não requerem a gama de tamanhos, pressões e temperaturas cobertas na norma B31.1. Ela prescreve os requisitos para o projeto, materiais, fabricação, instalação, inspeção, exame e ensaio para os serviços de construção de sistemas de tubulações. Inclui os sistemas de tubulação no edifício ou dentro dos limites da propriedade.

Ela se junta a muitas outras normas de segurança da ASME que regem a indústria da construção, incluindo a série A17 em elevadores e escadas rolantes; a série B30 em guindastes, guinchos e elevadores; e a série A112 no encanamento. Também serve como um complemento para outros códigos B31 da ASME em sistemas de tubulação. Juntos, eles continuam sendo referências essenciais para qualquer pessoa envolvida com tubulação.

As principais mudanças nesta revisão incluem a adição de tensões permitidas para aços inoxidáveis (austeníticos) à Tabela I-1 e revisões das referências no Apêndice III Obrigatório. A aplicação cuidadosa desses códigos B31 ajudará os usuários a cumprir os regulamentos aplicáveis em suas jurisdições, ao mesmo tempo em que podem obter os benefícios operacionais, de custo e de segurança a serem obtidos com as muitas práticas recomendadas do setor detalhadas nesses volumes. É destinada a projetistas, proprietários, reguladores, inspetores e fabricantes de dutos de construção industrial, institucional, comercial e pública.

CONTEÚDO

Prefácio . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vi

Lista do Comitê. . . . .. . . . . . . . …………….vii

Correspondência com o Comitê B31. . . . . . . . . ix

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . XI

Sumário das mudanças . . . . . . . . . . xiii

Capítulo I Escopo e definições. . . . . . . . . . . . . 1

900 General. . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Capítulo II Projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Parte 1 Condições e critérios. .. . . . . . . . . . 9

901 Condições de projeto . . . . . . . . . . . . . . 9

902 Critérios de projeto.. . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Parte 2 Projeto de pressão dos componentes da tubulação…11

903 Critérios para projeto de pressão de componentes de tubulação. . . . . . . . . . . . 11

904 Projeto de pressão dos componentes. .. . . . . . . . . . . 11

Parte 3 Seleção e limitação de componentes. . . .  . . . . . . 14

905 Pipe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

906 Conexões, dobras e interseções. . . . . . . . . . . . . 15

907 Válvulas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

908 Flanges, espaços em branco, juntas e parafusos. .. . . 15

Parte 4 Seleção e limitação de juntas.  . . . . . . . . . . 15

910 Juntas de tubulação. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

911 Juntas soldadas. . . .  . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

912 Juntas flangeadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

913 Juntas mecânicas e proprietárias. . . . . . . . . . 16

914 Juntas rosqueadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

915 Juntas dilatadas, sem flange e de compressão.. . . . . 16

916 Juntas tipo bell e spigot. . .  . . . . . . . . . . . . . . . 16

917 Juntas brasadas e soldadas . . . . . . . . . . . . . . 16

Parte 5 Expansão, flexibilidade e suporte. . . . . . . . . 17

919 Expansão e flexibilidade. . .  . . . . . . . . . . . . . . 17

920 Cargas em elementos de suporte de tubos. . . . . . 20

921 Projeto de elementos de suporte de tubulação. . . . . . . 21

Parte 6 Sistemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

922 Requisitos de projeto relativos a sistemas de tubulação específicos. . . . . . . . . . . . 25

Capítulo III Materiais. …. . . 27

923 Materiais – Requisitos Gerais. . . . . . . . . . . 27

Capítulo IV Requisitos de componentes e práticas padrão. . .29

926 Dimensões e classificações dos componentes. .  . . . 29

Capítulo V Fabricação, montagem e instalação  . . . . . 36

927 Fabricação e soldagem de metais.  . . . . . . . . . . 36

928 Brasagem e soldagem de metais. . . . . . . . . . . . . 42

929 Curvatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

930 Formação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

931 Tratamento térmico. . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

934 Fabricação dos não metálicos . . . . . . . . . . . 43

935 Montegem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

Capítulo VI Inspeção, exame e teste.  . . . . . . . 46

936 Inspeção e exame. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

937 Teste de vazamento. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

Apêndices obrigatórios

I Tabelas de tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

II Pressões permitidas para tubulação de pressão não metálica e não plástica. . . . . . . . . . . . . . 58

III Normas de referência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

IV Preparação de consultas técnicas. . .  . . . . . . . . . 62

Apêndices não obrigatórios

Um programa não obrigatório do sistema de gestão da qualidade. . . .. . . . . . . . . . . . . . . 63

B Projeto sísmico e retrofit de sistemas de tubulação…. . 64

O Código ASME B31 para tubulação de pressão consiste em uma série de Seções publicadas individualmente, cada uma sendo uma norma nacional norte americana. Doravante, nesta Introdução e no texto desta Seção B31.9 do Código, onde a palavra Código é usada sem identificação específica, significa esta Seção do Código. O Código especifica os requisitos de engenharia considerados necessários para um projeto e construção seguros de tubulação de pressão.

Embora a segurança seja a consideração principal, este fator sozinho não governará necessariamente as especificações finais para qualquer instalação de tubulação. O Código não é um manual de projeto. Muitas decisões que devem ser tomadas para produzir uma instalação de tubulação não são especificadas em detalhes nesse Código. O Código não substitui o julgamento de engenharia do proprietário e do projetista.

Na medida do possível, os requisitos do Código para projeto são definidos em termos de princípios e fórmulas básicas. Estes são complementados conforme necessário com requisitos específicos para garantir a aplicação uniforme de princípios e para orientar a seleção e aplicação de elementos de tubulação. O Código proíbe os projetos e práticas reconhecidamente inseguras e contém avisos onde cautela, mas não proibição, é necessária.

Este Código inclui referências a especificações de materiais e normas de componentes aceitáveis, incluindo requisitos dimensionais e classificações de pressão-temperatura; os requisitos para o projeto de componentes e conjuntos, incluindo suportes de tubos; os requisitos e dados para avaliação e limitação de tensões, reações e movimentos associados a pressão, mudanças de temperatura e outras forças; a orientação e as limitações na seleção e aplicação de materiais, componentes e métodos de união; os requisitos para a fabricação, montagem e instalação da tubulação; e os requisitos para exame, inspeção e teste de tubulação.

Pretende-se que esta edição do Código não seja retroativa. A menos que um acordo seja feito especificamente entre as partes contratantes para usar outro problema, ou o órgão regulador com jurisdição impõe o uso de outro problema, a última edição emitida pelo menos seis meses antes da data do contrato original para a primeira fase de atividade cobrindo um sistema de tubulação ou os sistemas devem ser o documento que rege todos os projetos, materiais, fabricação, montagem, exame e teste da tubulação até a conclusão da obra e operação inicial.

Os usuários deste Código são alertados contra o uso de revisões sem a garantia de que sejam aceitáveis pelas autoridades competentes na jurisdição onde a tubulação será instalada. Os usuários do Código notarão que as cláusulas do Código não são necessariamente numeradas consecutivamente. Essas descontinuidades resultam do cumprimento de um esquema comum, na medida do possível, para todas as seções do Código. Desta forma, o material correspondente é correspondentemente numerado na maioria das Seções do Código, facilitando assim a referência por aqueles que têm a oportunidade de usar mais de uma Seção.

O ensaio não destrutivo por ultrassom de phased array em juntas soldadas

Deve-se compreender os requisitos para a realização do ensaio não destrutivo por meio de ultrassom computadorizado pela técnica de phased array em juntas soldadas em materiais metálicos.

A NBR 16339 de 01/2021 – Ensaios não destrutivos – Ultrassom – Phased array para inspeção de solda estabelece os requisitos para a realização do ensaio não destrutivo por meio de ultrassom computadorizado pela técnica de phased array em juntas soldadas em materiais metálicos.

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O que é o time corrected gain?

Qual deve ser a correção de sensibilidade e escala?

Qual deve ser o incremento de varredura x espessura?

Como deve ser feito o planejamento da inspeção?

A técnica de phased array pode ser usada como técnica única ou combinada com outros métodos ou técnicas de ensaio não destrutivo, tanto para inspeção de fabricação quanto para inspeção em serviço. Essa norma descreve as capacidades específicas e as limitações da técnica de phased array para detecção, localização, dimensionamento e caracterização de descontinuidades em juntas soldadas por fusão.

A pessoa que executa o ensaio de ultrassom deve atender aos requisitos da NBR NM ISO 9712. O ensaio phased array deve ser realizado de acordo com um procedimento escrito, que deve conter no mínimo os requisitos listados na tabela abaixo.

A qualificação do procedimento deve ser realizada antes da execução dos serviços, e no procedimento qualificado devem constar no mínimo os requisitos descritos na tabela acima. Todos os procedimentos de ensaio devem ser qualificados por profissional nível 3, de acordo com a norma específica do produto, e as evidências da qualificação devem estar disponíveis para apreciação da contratante.

A norma específica do produto pode ser uma norma de projeto, construção, fabricação, montagem e inspeção em serviço, que estabeleça os requisitos técnicos referentes ao material, montagem e inspeção nos projetos de fabricação e construção de produtos ou equipamentos. Quando não especificado na norma específica do produto, a qualificação do procedimento deve ser efetuada em corpos de prova acordados entre cliente e fabricante, e representativos do ensaio a ser efetuado.

Em casos de aplicação de critérios de aceitação baseados na mecânica da fratura, a qualificação deve ser efetuada em corpos de prova representativos da inspeção, com características idênticas e em quantidade suficiente para que, no processo de qualificação, se possa demonstrar que o ensaio apresenta características de repetitividade, incerteza de medição, PoD e PoR compatíveis com a inspeção e critérios adotados na avaliação de descontinuidades especificadas. A probabilidade de detecção (PoD) é a probabilidade de detecção da menor descontinuidade permitida pelo critério de aceitação acordado. A probabilidade de rejeição (PoR) é a probabilidade de rejeição de um defeito a partir da amplitude do sinal recebido e do seu dimensionamento.

Sempre que qualquer variável da tabela acima for alterada, deve ser emitida uma revisão do procedimento. Se a variável for essencial, o procedimento deve ser requalificado e revalidado. Devem ser informados o material a ser inspecionado, os detalhes dimensionais da junta, a faixa de espessura, o processo de soldagem e as superfícies de acesso para varredura.

O instrumento de medição de phased array deve ser do tipo pulso-eco e deve ser equipado com um controle de ganho, em decibéis, com incrementos de no mínimo 1 dB, contendo múltiplos canais independentes de emissor/receptor. O sistema deve ser capaz de gerar e exibir imagens A-scan, B-scan, C-scan, D-scan e S-scan, que podem ser armazenadas e recuperadas para posterior análise.

O sistema de medição de phased array deve possuir software de geração própria de leis focais, que permita modificações diretas nas características do feixe sônico. Leis focais específicas podem ser geradas pelo próprio sistema de medição ou ser importadas.

O sistema de medição de phased array deve ter um meio de armazenamento para arquivar dados de inspeção, incluindo o A-scan completo da região de interesse. Dispositivos de armazenamento externo de dados ou um computador remoto portátil ligado ao instrumento podem também ser utilizados para este fim.

As linearidades vertical e horizontal do instrumento de medição de phased array devem ser verificadas pelo menos semestralmente, de acordo com a ASTM E 2491. O instrumento deve ser capaz de operar pelo menos com frequências nominais de 1 MHz a 10 MHz.

O instrumento deve ser capaz de digitalizar o sinal A-scan com uma frequência de pelo menos cinco vezes a frequência nominal do cabeçote utilizado. A amplitude do sinal deve ser digitalizada com uma resolução de pelo menos 8 bits, isto é, 256 níveis.

O instrumento deve ser capaz de igualar a resposta de amplitude a partir de um alvo com um percurso sônico fixo para cada ângulo usado na técnica de ganho corrigido pelo ângulo (ACG – angle corrected gain), proporcionando assim a compensação de atenuação na sapata em diferentes ângulos. Em instrumentos que não possuam este recurso, onde o ajuste seja extrapolado para uma determinada faixa de ângulos a partir de um ângulo fixo, esta faixa deve ser de no máximo 10°.

O instrumento deve também possuir facilidades para equalizar as amplitudes dos sinais pela base de tempo (TCG) ou corrigir a amplitude em relação à distância (DAC). Os requisitos de aplicação vão determinar o cabeçote de phased array a ser empregado, que pode ter sapata removível ou fixa, e ser de contato direto ou imersão.

Os cabeçotes de phased array para a inspeção de solda podem gerar ondas longitudinais ou transversais e ser de arranjo 1D, 1,5D ou 2D. O número de elementos do cabeçote de phased array, as dimensões dos elementos e o passo devem ser selecionados com base nos requisitos da aplicação e nas recomendações do fabricante.

Quando sapatas de refração são utilizadas para inclinação do feixe, o ângulo de incidência natural da sapata deve ser selecionado de modo que a faixa angular de inspeção não exceda as limitações inerentes ao transdutor e ao modo de transmissão (longitudinal ou transversal). Em superfícies curvas, se a abertura entre a sapata e a superfície da peça ensaiada for superior a 0,5 mm em qualquer ponto, a sapata de refração usada deve ser modificada para proporcionar acoplamento adequado.

A temperatura de ensaio deve estar entre 0 °C e 60 °C. Fora desta faixa, a adequação dos cabeçotes e do acoplante deve ser verificada. Os itens do sistema de medição que devem ser periodicamente calibrados são o instrumento, o bloco-padrão e o bloco de referência, quanto ao dimensional, por laboratórios que atendam aos requisitos apresentados na NBR ISO/IEC 17025.

A matéria prima utilizada na confecção dos blocos deve possuir certificação quanto à composição química do material. A periodicidade de calibração do bloco-padrão depende da frequência e das condições de utilização. Recomenda-se que a periodicidade de calibração atenda ao especificado na NBR ISO 10012.

Qualquer avaria observada no bloco-padrão implica na necessidade de nova calibração, independentemente da periodicidade estabelecida. Para a verificação do sistema de medição, deve ser verificado o correto funcionamento de todos os canais, cabeçotes e cabos do sistema de inspeção. Esta verificação deve ser realizada diariamente, antes e após cada ensaio.

No caso de alguma ação corretiva ser necessária, todas as soldas devem ser reinspecionadas desde a última verificação satisfatória. A avaliação inicial da atividade de cada elemento do transdutor deve ser feita em conformidade com o Anexo A3 da ASTM E 2491. Recomenda-se que esta verificação seja semanal ou quando da verificação periódica da perda de sensibilidade.

O instrumento deve ser ajustado utilizando A-scan para cada lei focal, fornecendo leitura da indicação real do percurso sônico no material. A escala deve incluir correção do atraso (delay) do tempo do percurso sônico da sapata. A visualização corrigida B-scan ou S-scan deve indicar a profundidade real de refletores conhecidos, com tolerância de 5% da escala ou 3 mm, o que for menor.

A escala deve ser estabelecida utilizando as superfícies cilíndricas de blocos de referência, como o bloco IIW do mesmo material da peça de ensaio ou acusticamente semelhante. Para a execução do ensaio devem ser estabelecidos níveis de referência por meio de curvas DAC ou TCG obtidas a partir de blocos de referência.

Os blocos de referência devem ser fabricados com material acusticamente similar (velocidade sônica e coeficiente de atenuação) à peça a ser ensaiada, além de apresentar condição superficial semelhante. Os blocos de referência para ajuste da sensibilidade devem ser concebidos de modo que a sensibilidade não varie ao longo do ângulo do feixe.

Os refletores-padrão podem ser: lateral de furos paralelos às superfícies de varredura e perpendiculares ao feixe sônico; fundo plano de um furo nos ângulos de ensaio; refletores de mesmo raio na faixa de ângulos utilizados; e outros refletores recomendados, conforme a norma específica do produto. O ajuste deve incluir todo o sistema de medição de phased array e deve ser realizado em toda a faixa de espessura a ser inspecionada, antes da utilização do sistema de medição.

O ajuste deve ser realizado na superfície do bloco (com ou sem revestimento; convexa ou côncava) correspondente à superfície do componente a partir da qual o ensaio deve ser executado. O mesmo acoplante que será usado durante o ensaio deve ser utilizado para o ajuste. As mesmas sapatas ou sistema de imersão usados no ajuste devem ser utilizados para o ensaio.

As mesmas leis focais utilizadas no ajuste devem ser utilizadas para o ensaio. Qualquer controle que afete a amplitude do instrumento (por exemplo, duração de pulso, filtros etc.) deve permanecer na mesma posição de ajuste e do ensaio. Qualquer controle que afete a linearidade do instrumento (por exemplo, rejeição, supressão) não pode ser utilizado.

A tubulação em polietileno para líquidos inflamáveis e combustíveis

Saiba quais são os requisitos de desempenho da tubulação não metálica, fabricada em polietileno de alta densidade (PEAD), aplicada às instalações subterrâneas de transferência de combustível líquido, seus vapores e ARLA 32, em sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) e em sistemas de armazenamento aéreo de combustíveis (SAAC).

A NBR 14722 de 07/2020 – Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis — Tubulação não metálica subterrânea — Polietileno especifica os requisitos de desempenho da tubulação não metálica, fabricada em polietileno de alta densidade (PEAD), aplicada às instalações subterrâneas de transferência de combustível líquido, seus vapores e ARLA 32, em sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) e em sistemas de armazenamento aéreo de combustíveis (SAAC), estabelecendo ensaios que garantam sua funcionalidade, segurança e proteção ambiental. Não é aplicável à tubulação destinada à condução de Gás Natural (GN) e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). A tubulação deve ser um conjunto de tubo, conexão e transição, projetados e ensaiados em conjunto, conforme estabelecido nesta norma.

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Qual deve ser o método para o ensaio de pressão negativa?

Qual deve ser o método para ensaio de compressão diametral em temperatura elevada?

Como deve ser executado o ensaio de resistência à perfuração?

Qual é a máxima permeabilidade aos fluidos de ensaio?

Todo tubo, conexão e transição devem ser submetidos aos ensaios de qualificação para demonstrar a sua adequabilidade a esta norma. Os ensaios de qualificação devem ser efetuados sempre que houver qualquer alteração na matéria prima, no processo de fabricação ou no projeto. Os tubos, conexões e transições disponibilizados para uso devem ser produzidos conforme processo e materiais aprovados nos ensaios de qualificação. Considerar o Anexo A para avaliação da conformidade, listando ensaios para qualificação, ensaios de controle de fabricação e ensaios de auditoria. A matéria prima para fabricação dos tubos deve ser o composto de polietileno, contendo somente aditivos e pigmentos necessários para atender aos requisitos desta norma na fabricação e aplicação do tubo, incluindo processabilidade, homogeneidade e uniformidade do composto.

O composto de polietileno deve ser o fornecido pelo fabricante do polímero, de forma que o fabricante do tubo nada acrescente à matéria prima adquirida. A classificação do composto deve ser comprovada pelo seu fabricante com a apresentação da curva de regressão, para cada código de composto. Os compostos de polietileno devem ser classificados como PE 80 ou PE 100, conforme a ISO 12162, utilizando-se o método de extrapolação da ISO 9080, onde: PE 80: MRS = 8 MPa, quando 8 ≤ LPL < 10 MPa; PE 100: MRS = 10 MPa, quando LPL ≥ 10 MPa. MRS – Minimum required strength/LPL – Lower confidence limit of the predicted hydrostatic strength.

O fabricante do composto deve comprovar que o seu produto atende às características das tabelas abaixo, exceto para o teor de negro de fumo, quando a cor do tubo for diferente de preto. O fabricante do composto de polietileno deve comprovar os resultados dos ensaios indicados nas tabelas por meio de um certificado da qualidade de cada lote produzido, de forma que todas as amostras atendam aos seus requisitos.

O material utilizado para fabricação da camada de barreira físico-química interna (liner) fica a critério de cada fabricante. Os tubos, para os efeitos desta norma, são classificados em classe 1: tubo primário com tubo de contenção secundária, onde o tubo primário é encamisado pelo tubo de contenção secundária no processo de fabricação; classe 2: tubo primário de parede simples. O tubo primário das classes 1 e 2 deve atender aos requisitos descritos abaixo e o tubo secundário (contenção ou segunda parede) da classe 1 deve atender aos requisitos descritos abaixo.

O tubo primário deve ser fabricado com múltiplas camadas, sendo uma camada estrutural de polietileno de alta densidade (PEAD), PE80 ou PE100, e no mínimo uma segunda camada interna visível como barreira físico-química interna contra permeabilidade (liner). O tubo de contenção secundária deve ser fabricado em polietileno de alta densidade (PEAD), PE80 ou PE100, e deve ser capaz de conter e possibilitar a detecção de vazamento. O tubo de contenção secundário não pode ser fornecido separadamente do tubo primário.

Toda tubulação deve possuir conexão que permita a interligação sem vazamento com componentes do SASC. A conexão, seja mecânica ou eletrossoldável, deve ter projeto compatível com o projeto da tubulação que se deseja aplicar. Os tipos de interligações entre tubo, conexão e/ou transição são descritos a seguir. A conexão mecânica e/ou transição mecânica é aplicável à interligação sem aplicação de calor, que assegure estanqueidade e resistência a esforços axiais. A conexão e/ou transição para interligação mecânica deve ser feita em aço inoxidável ou metal niquelado. Os selos de vedação, quando aplicáveis, devem ser de elastômero, polímero, plástico ou metais macios maleáveis, resistentes a combustíveis e fluidos de ensaio.

O processo é executado com conexão que possua filamentos elétricos, nos quais é aplicada uma diferença de potencial elétrico, gerando calor que possibilite a soldagem por fusão da conexão ao tubo ou outra conexão. O diâmetro externo e a espessura da parede do tubo devem ser estabelecidos pelo fabricante, desde que a relação diâmetro externo nominal por espessura mínima da base estrutural (SDR) seja igual ou menor que 17, quando fabricado em PE100, e 13,6, quando fabricado em PE80, para tubo primário, e 26 para tubo secundário. O diâmetro externo e a ovalização máxima permitida devem ser de acordo com a ISO 4427-2. A espessura da camada estrutural do tubo deve ser marcada em milímetros, conforme a Seção 7.

A tubulação deve ser totalmente operacional entre – 20 °C e + 50 °C. A tubulação primária deve ser projetada e fabricada para operar com classe de pressão nominal mínima de PN8 (8 bar). As conexões e transições correspondentes ao tubo devem suportar pressão igual ou superior ao tubo. A classe de pressão do tubo deve ser marcada no tubo conforme a Seção 7.

Pode-se acrescentar que os ensaios de qualificação são realizados para comprovar que o sistema de tubulação (composto por tubos, conexões, transições e respectiva montagem) está em conformidade com os requisitos indicados nesta norma. Os ensaios de qualificação devem ser considerados válidos até que ocorra alteração em algum dos itens a seguir: matéria prima (por exemplo, composto, adesivo e liner): todos os ensaios de qualificação devem ser repetidos; projeto (por exemplo, espessura, diâmetros, transição e conexão): todos os ensaios de qualificação devem ser repetidos; processo de fabricação (por exemplo, alteração de equipamentos e sistema de produção): apenas os ensaios mecânicos devem ser repetidos.

Os ensaios de controle de fabricação (BRT – Batch Release Tests) devem ser realizados pelo fabricante em cada lote de fabricação de tubo. Um lote de fabricação de tubo deve ser liberado para fornecimento quando todos os ensaios e inspeções especificados tiverem sido realizados nas frequências especificadas e forem considerados conformes.

Se um tubo falhar em relação a quaisquer características, o lote de fabricação de tubo deve ser rejeitado ou os procedimentos de reensaio devem ser executados para a característica na qual o tubo falhou. Para cada lote de fabricação de tubo, o fabricante deve gerar um relatório com os resultados dos ensaios, contendo no mínimo o seguinte: diâmetro externo nominal (DE) do tubo; pressão nominal (PN); código de rastreabilidade; data de início da fabricação do lote; identificação do composto de polietileno utilizado e demais matérias primas, com respectivos lotes e certificados do fornecedor; quantidade do lote de fabricação, em metros.

A fabricação e a aceitação de tubos de concreto de seção circular

A escolha dos materiais para a preparação do concreto destinado à fabricação dos tubos deve considerar a agressividade do meio interno e externo onde serão instalados os tubos, conforme especificação da NBR 6118.

A NBR 8890 de 03/2020 – Tubo de concreto de seção circular para água pluvial e esgoto sanitário – Requisitos e métodos de ensaios especifica os requisitos para fabricação e aceitação de tubos de concreto de seção circular simples, armados e armados com reforço secundário de fibras, e respectivos acessórios destinados à condução de água pluvial, esgoto sanitário e efluente industrial. estabelece ainda as características dos materiais, parâmetros de dosagem, características do acabamento, método de cura, dimensões e tolerâncias, tipos de junta, instruções para estocagem, identificação e manuseio do produto final, bem como os critérios para inspeção, ensaios e parâmetros para aceitação de lotes de fornecimento de tubos. Não se aplica aos tubos destinados à cravação (pipe jacking), que são especificados na NBR 15319. Para os efeitos desta norma, aplicam-se aos mesmos requisitos aos tubos pré-moldados e aos tubos pré-fabricados de concreto.

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Como deve ser feita a formação de lotes e amostras de tubos e de anéis de borracha?

Quais os requisitos dos ensaios para a aceitação dos tubos?

Quais são as dimensões dos tubos para água pluvial com encaixe ponta e bolsa?

Quais são as dimensões dos tubos destinados a esgoto sanitário e água pluvial com junta elástica?

A escolha dos materiais para a preparação do concreto destinado à fabricação dos tubos deve considerar a agressividade do meio interno e externo onde serão instalados os tubos, conforme especificação da NBR 6118. Para o traço do concreto, a relação água/cimento, expressa em litros de água por quilograma de cimento, deve ser no máximo de 0,50 para tubos destinados a água pluvial e no máximo de 0,45 para tubos destinados a esgoto sanitário, com consumos de cimento de acordo com a NBR 12655.

Na produção do tubo para água pluvial pode ser utilizado qualquer tipo de cimento Portland, de acordo com a NBR 16697. No caso de comprovada agressividade do meio externo ao concreto, deve ser feita uma avaliação conforme as NBR 6118 e NBR 12655, para definição dos parâmetros de preparação do concreto e seleção do cimento. Na produção do tubo para esgoto sanitário, efluente industrial ou drenagem pluvial, nos casos em que seja comprovada a contaminação por esgoto, deve ser usado cimento resistente a sulfatos, conforme NBR 16697.

Deve ser rejeitado, independentemente de ensaios de laboratório, todo e qualquer cimento que indicar sinais de hidratação, ou que esteja acondicionado em sacos que se apresentem manchados, úmidos ou avariados. Os agregados devem atender aos requisitos da NBR 7211, sendo sua dimensão máxima característica limitada ao menor valor entre um terço da espessura da parede do tubo e o cobrimento mínimo da armadura.

No caso de tubos reforçados exclusivamente com fibras de aço, os agregados devem ter sua dimensão máxima característica limitada a um terço da espessura de parede do tubo. Os agregados devem ser estocados de forma a evitar contaminação e mistura de diferentes materiais e atender aos requisitos estabelecidos na NBR 15577-1 com relação ao seu potencial de reatividade com álcalis do concreto. Deve-se proceder às medidas preventivas específicas para cada caso.

A água deve ser límpida, isenta de teores prejudiciais de sais, óleos, ácidos, álcalis e substâncias orgânicas, e não alterar a reologia do concreto, atendendo aos requisitos da NBR 15900-1. Os aditivos utilizados no concreto devem atender ao disposto na NBR 11768 e o teor de íon cloro no concreto não pode ser maior que 0,15%, determinado conforme a NBR 10908. Os aditivos devem ser armazenados em local abrigado de intempéries, umidade e calor, respeitando-se seu prazo de validade.

A armadura principal do tubo deve ser posicionada de forma a garantir o atendimento aos requisitos mínimos de cobrimentos conforme descrito em cobrimento mínimo da armadura. As barras transversais da armadura (barras ou telas) não podem afastar-se entre si ou das extremidades do tubo mais de 150 mm, sendo que na bolsa este afastamento não pode ser maior que 50 mm e na ponta 70 mm, tendo pelo menos duas espiras em sua extremidade. As emendas de barras podem ser feitas por transpasse ou solda, de forma a garantir a continuidade da capacidade estrutural do conjunto, conforme a NBR 6118.

O aço deve atender aos requisitos da NBR 7480, conforme processo de montagem da armadura. A tela de aço soldada deve atender aos requisitos da NBR 7481. Deve ser garantido o posicionamento geométrico das armaduras de maneira uniforme, respeitando o cobrimento interno, que deve ser no mínimo de 20 mm, e o cobrimento externo, que deve ser no mínimo de 15 mm, para os tubos de diâmetro nominal até 600 mm. Para os tubos com diâmetros nominais maiores que 600 mm, o cobrimento interno das armaduras deve ser no mínimo de 30 mm e o cobrimento externo no mínimo de 20 mm.

As fibras de aço devem atender aos requisitos estabelecidos para a Classe A-I da NBR 15530. O tubo deve apresentar arestas bem definidas e ser feito por processo industrial adequado às características do produto final quanto à resistência mecânica, permeabilidade, estanqueidade, absorção, dimensões e acabamento. Após a moldagem, os tubos devem ser curados por método e tempo adequados, de modo a evitar a ocorrência de fissuras e garantir sua capacidade resistente. O Anexo G apresenta recomendações básicas para esse procedimento.

O manuseio dos tubos deve ser feito por procedimentos que não alterem suas características aprovadas na inspeção, em respeito ao projeto. Todos os tubos devem trazer, em caracteres legíveis, gravados em baixo-relevo no concreto ainda fresco, o nome ou marca do fabricante, o diâmetro nominal, a classe a que pertencem ou a resistência do tubo, a data de fabricação e um número para rastreamento de todas as suas características de fabricação.

No caso de tubos reforçados exclusivamente com fibras de aço, eles devem ser identificados com a sigla “RF” gravada em caracteres legíveis em baixo-relevo no concreto ainda fresco e, no caso de armados com reforço secundário de fibra, devem ser identificados com a sigla “RSF”. Os tubos devem ser estocados na fábrica ou na obra de acordo com as instruções do fabricante e protegidos de contaminação. O Anexo G apresenta recomendações básicas para esse procedimento.

As juntas dos tubos para aplicação em esgoto sanitário devem ser do tipo elástica. Para os tubos destinados a água pluvial, as juntas podem ser rígidas ou elásticas. As amostras de um lote de tubos ou acessórios, formadas conforme a formação de lotes e amostras de tubos e de anéis de borracha, devem atender aos requisitos de 5.2 e 5.3, respeitadas suas especificidades.

As superfícies internas e externas dos tubos devem ser regulares, homogêneas e uniformes, compatíveis com o processo de fabricação, não podendo apresentar defeitos visíveis a olho nu ou detectáveis por meio de percussão, e que sejam prejudiciais à qualidade do tubo quanto à resistência, permeabilidade, durabilidade e rugosidade. Fibras salientes na superfície interna e na ponta do tubo provido de junta elástica não são admitidas. Fibras aparentes na superfície externa do tubo não caracterizam problema.

Não são permitidos retoques com nata de cimento ou com outros materiais, visando esconder defeitos. Após o fim de pega do concreto e mediante aprovação do comprador, podem ser executados reparos de defeitos de dimensões inferiores ao estabelecido ou não podem ser aceitos tubos com defeitos como bolhas ou furos superficiais com diâmetro superior a 10 mm e profundidade superior a 5 mm e fissuras com abertura maior que 0,15 mm, bem como fissuras superficiais, com materiais e procedimentos adequados e fiscalizados pelo comprador.

Não podem ser retiradas as fibras salientes na superfície dos tubos com o concreto fresco. Não podem ser aceitos tubos com defeitos como bolhas ou furos superficiais com diâmetro superior a 10 mm e profundidade superior a 5 mm e fissuras com abertura maior que 0,15 mm. O acabamento da superfície interna do tubo deve ser avaliado com o gabarito da figura abaixo, que deve ser rolado sobre esta superfície em movimentos circulares com o eixo paralelo ao eixo do tubo. Devem ser aprovados os tubos cuja parede não é tocada pela parte central do gabarito.

O Anexo A fornece as dimensões e resistências dos tubos objeto desta norma. As dimensões dos tubos estão apresentadas nas Tabelas A.1, A.2 e A.3 (disponíveis na norma). Os tubos devem ter eixo retilíneo e perpendicular aos planos das extremidades. A superfície interna deve ser cilíndrica e as seções transversais devem ter a forma de coroa circular.

O diâmetro interno médio não pode diferir mais de 1 % do diâmetro nominal. Para a espessura de parede não são admitidas diferenças para menos de 5 % da espessura declarada ou 5 mm, adotando-se sempre o menor valor. O comprimento útil não pode diferir da dimensão declarada em mais de 20 mm para menos, nem mais de 50 mm para mais.

A força mínima isenta de fissuras deve ser determinada conforme ensaio estabelecido no Anexo B, no caso de tubos de concreto armados e armados com reforço secundário de fibras, ou conforme o Anexo F, no caso de tubos de concreto reforçados exclusivamente com fibras de aço. As forças mínimas isentas de fissura, para cada diâmetro nominal e classe, devem obedecer aos requisitos estabelecidos na Tabela A.5 (disponível na norma).

A força mínima de ruptura deve ser determinada conforme ensaio estabelecido no Anexo B no caso de tubos de concreto simples, armados e armados com reforço secundário de fibras, ou conforme o Anexo F no caso de tubos de concreto reforçados exclusivamente com fibras de aço. As forças de ruptura, para cada diâmetro nominal e classe, devem ser no mínimo as apresentadas nas Tabelas A.4 e A.5 (disponíveis na norma).

Os tubos com junta elástica para esgoto sanitário devem ter suas permeabilidade e estanqueidade determinadas conforme ensaio descrito no Anexo C, não podendo apresentar vazamento, quando submetidos à pressão de 0,1 MPa durante 30 min. Manchas de umidade, bem como gotas aderentes, não podem ser consideradas como vazamentos.

Pode-se acrescentar que até a entrega na obra, os tubos de concreto passam por algumas etapas importantes, como o processo de cura, manuseio, armazenagem, transporte e instalação, as quais requerem cuidados específicos, pois a estanqueidade, a durabilidade e a resistência dos tubos estão também ligadas à sua integridade. Recomenda-se que a aquisição dos tubos de concreto seja baseada nas especificações de projeto e que a verificação do atendimento aos requisitos desta Norma seja realizada preferencialmente antes do transporte dos tubos ao local de aplicação.

No momento da aquisição, é importante que o comprador forneça ao fabricante a classe de resistência mecânica do tubo ou os seguintes critérios, especificações e informações para a definição dos tubos a serem fornecidos: nome e local da obra; utilização prevista (água pluvial ou esgoto sanitário ou outro); diâmetro nominal interno (DN); tipo de junta (rígida no caso de água pluvial e elástica no caso de água pluvial ou esgoto sanitário, podendo ser integrada ou como acessório); tipo de encaixe (ponta e bolsa ou macho e fêmea); desenhos de locação em planta e perfil; grau de agressividade do meio interno e externo da peça; método executivo (base de assentamento, equipamento de compactação do aterro, outros); carga móvel ou acidental; cargas especiais; outras exigências consideradas importantes pelo comprador.

Em contrapartida, é de responsabilidade do fabricante de tubos: seguir o projeto especificado de acordo com a classe de resistência mecânica solicitada; fornecer ao comprador instruções para manuseio, transporte e estocagem das peças; disponibilizar os resultados dos ensaios, conforme esta norma; fornecer os tubos para a obra em condições de utilização. Fica a critério de entendimento entre comprador e fabricante o estabelecimento dos custos decorrentes da realização de todos os ensaios previstos nesta norma e de seu acompanhamento.

A cura adequada do concreto é de fundamental importância no desenvolvimento de sua resistência mecânica e respectiva durabilidade. O processo de cura tem o objetivo de manter um adequado teor de umidade a uma temperatura favorável no interior da massa de concreto, durante o processo de hidratação dos materiais aglomerantes, de modo a propiciar o adequado desenvolvimento de suas propriedades. Nos tubos armados o processo de cura é de fundamental importância na prevenção do aparecimento de fissuras.

Dutos terrestres: a gestão do conhecimento por meio das normas técnicas

dutoUm duto terrestre pode ser definido como a ligação de tubos destinados ao transporte de petróleo, seus derivados ou gás natural. Eles são classificados em oleodutos, quando transportam líquidos, ou seja, petróleo e seus derivados e em gasodutos quando transportam gases. Os oleodutos que transportam derivados de petróleo e álcool também são chamados de polidutos.

Os dutos terrestres são usados para transporte de líquidos desde a antiguidade, pois os chineses usavam bambu; os egípcios e os astecas, material cerâmico; e os romanos, chumbo. O primeiro duto para transporte de hidrocarbonetos, com duas polegadas de diâmetro, foi construído em ferro fundido e ligava um campo de produção a uma estação de carregamento de vagões a uma distância de 8 km na Pensilvânia, em 1865. No Brasil, o primeiro duto para transporte de petróleo foi construído na Bahia em 1942, tinha diâmetro de duas polegadas e um quilômetro de extensão, ligava a Refinaria Experimental de Aratu ao Porto de Santa Luzia.

O escoamento de petróleo e derivados entre as fontes de produção, refinarias e centros de consumo pode ser realizado através de navios, caminhões tanque e dutos. Entretanto, os oleodutos, gasodutos e polidutos são geralmente o meio mais econômico para transportar grandes volumes de petróleo, derivados e gás natural por grandes distâncias.

O processo de construção e montagem de dutos consiste na ligação de vários tubos de comprimento e diâmetro variável. Após a confecção do duto, este é enterrado a cerca de 1 metro de profundidade. Para a construção de dutos, as indústrias contratam empresas especializadas, porém ficam responsáveis pela supervisão dos serviços para que seja garantida a qualidade, o prazo e o custo.

A NBR 15280-1 de 08/2009 – Dutos terrestres – Parte 1: Projeto estabelece as condições e os requisitos mínimos exigidos para projeto, especificação de materiais e equipamentos, inspeção, ensaio hidrostático e controle da corrosão, em sistemas de dutos terrestres. Aplica-se a sistemas de dutos para a movimentação de produtos líquidos ou liquefeitos.

Os sistemas de dutos abrangidos por esta parte são: dutos e seus ramais; dutos em terminais marítimos; dutos que interligam estações de bombeamento; tubulações em bases e terminais; tubulações em píeres, estações de recebimento e lançamento de pigs, estações de redução e controle de pressão e válvula intermediária; dutos que se interligam às plantas de processamento e refinarias, incluindo as tubulações que adentram estas áreas com o propósito de estabelecer conexão entre estas plantas e os dutos, desde que estes sejam instalados em faixa reservada e de uso exclusivo, definida no plano diretor da respectiva planta.

Devido ao deslocamento permanente de máquinas, equipamentos, veículos pesados, pessoas, alojamentos, alimentos e energia, por locais sem infraestrutura de acesso, à medida que a matéria prima vai se transformando no produto final, uma obra de dutos é similar a uma obra de estrada de rodagem. A obra de dutos passa por várias fases.

Além das atividades de construção, são necessários alguns serviços preliminares a essas atividades. As fases da construção e montagem de dutos consistem em atividades de aerolevantamento, pré-comunicação, cadastramento físico e jurídico, projeto básico, estudo de impacto ambiental, obtenção das licenças prévia, de instalação e operação e nas atividades de construção e montagem propriamente ditas.

Nas atividades de aerolevantamento são feitas fotografias aéreas para reconhecimento e determinação do traçado do duto. A pré-comunicação consiste na comunicação com as comunidades vizinhas com objetivo de informar sobre as atividades de construção e montagem que irão acontecer no local onde o duto vai passar. As atividades de cadastramento físico e jurídico consistem no cadastramento das propriedades por onde o duto irá passar, para que posteriormente seja feita a atividade de liberação da faixa do duto.

O projeto básico define as diretrizes para construção do duto. Estudos de impacto ambiental são necessários para o conhecimento de possíveis impactos que poderão ser causados pelas atividades da construção e são obrigatórios para a obtenção das licenças nos órgãos municipais e estaduais pertinentes.

É necessário que haja uma licença prévia para o início das atividades de construção. A licença de instalação é necessária para a instalação dos canteiros de apoio. A licença de operação é necessária para que se possa iniciar a operação do duto.

A NBR 15280-2 de 12/2015 – Dutos terrestres – Parte 2: Construção e montagem estabelece os requisitos mínimos exigíveis para construção, montagem, condicionamento, teste e aceitação de dutos terrestres. Aplica-se à construção, montagem, condicionamento, teste e aceitação de dutos terrestres novos de aço carbono, seus componentes e complementos, e também às modificações de dutos existentes, destinados ao transporte, transferência e escoamento da produção de: hidrocarbonetos líquidos, incluindo petróleo, derivados líquidos de petróleo, gás liquefeito de petróleo (GLP) e álcool – oleodutos; gás natural processado e não processado – gasodutos.

As características, o alto valor do empreendimento e as necessidades operacionais exigem que os trabalhos executados durante a construção e montagem de um duto sejam de alta qualidade. Os gerentes das empresas contratante e contratada devem dar grande atenção a todas as fases da obra, com eficiente coordenação.

Os profissionais, em todos os níveis, devem ser cuidadosamente selecionados e bem orientados. Os equipamentos de construção e montagem devem atender, qualitativa e quantitativamente, às necessidades da obra.

A construção e a montagem de duto terrestre devem ser executadas considerando os seguintes aspectos básicos gerais, além do seu projeto: estar em consonância com as leis do município ou estado em que se localiza; dispor de todas as permissões das autoridades competentes com jurisdição sobre a faixa de domínio do duto; ter critérios estabelecidos para a garantia da qualidade da sua execução.

A construção e a montagem de duto terrestre devem ser executadas de acordo com procedimentos executivos específicos, emitidos previamente ao início de cada atividade da obra, elaborados em conformidade com os documentos de projeto e com esta norma, e contemplando no mínimo os seguintes elementos: inspeção de recebimento, armazenamento e preservação de materiais; locação e marcação da faixa de domínio e da pista em área rural, incluindo: sinalização da obra e demarcações das interferências; locação e marcação da faixa de trabalho em área urbana; abertura da pista em área rural, incluindo: acessos, terraplenagem (corte e aterro), supressão vegetal e desmonte de rocha; compactação de reaterro, com controle tecnológico; implantação da faixa de trabalho em área urbana; abertura e preparação da vala, incluindo desmonte de rocha; transporte, distribuição e manuseio (incluindo carga e descarga) de tubos e outros materiais; curvamento de tubos; revestimento externo com concreto de tubos e juntas de campo; soldagem, incluindo: ajustagem, alinhamento e fixação dos tubos e acessórios para soldagem e respectivos registros de qualificação, guarda, preservação e tratamento dos insumos de soldagem; inspeção por ensaios não destrutivos após soldagem; revestimento externo anticorrosivo e isolamento térmico – tubos, juntas de campo, trechos de afloramento da tubulação e reparos; abaixamento na vala e cobertura; proteção da vala, restauração e limpeza; sinalização dos dutos e da faixa de domínio; montagem e instalação de componentes e complementos; cruzamentos e travessias; limpeza, enchimento e calibração; teste hidrostático; condicionamento do duto; inspeção do revestimento externo anticorrosivo após a cobertura; instalação de sistemas de proteção catódica; documentos “como construído” – organização e execução do livro de projeto (data book), incluindo documentos de rastreabilidade dos materiais utilizados (tubos, acessórios, eletrodos etc.), desenhos de fabricantes, manuais, desenhos “como construído”, planilhas de distribuição de tubos; inspeção dimensional interna do duto.

Nos procedimentos devem estar indicadas as características dos equipamentos a serem utilizados nas diferentes fases da construção e montagem. Nos procedimentos devem estar indicados os critérios de segurança, meio ambiente e saúde ocupacional a serem seguidos, em cada uma das atividades de sua abrangência.

Os serviços devem ser executados de acordo com os parâmetros de segurança, meio ambiente e saúde, estabelecidos pelas autoridades competentes com jurisdição sobre a faixa de trabalho ou de servidão do duto. Os serviços devem ser executados dentro dos níveis máximos de ruído estabelecidos pela autoridade competente.

Em caso de proximidade com comunidades, medidas para atenuação de ruídos podem vir a ser necessárias em determinadas fases do trabalho. Todo trabalhador deve ser previamente treinado no tocante aos aspectos de segurança, meio ambiente e saúde, consoante os requisitos estabelecidos para a sua atividade, antes de ingressar pela primeira vez na faixa de dutos.

A cobertura da vala deve ser realizada logo após o abaixamento da coluna, preferencialmente na mesma jornada de trabalho em que for realizado o abaixamento; quando não for possível a realização da cobertura total da vala no trecho abaixado, deve ser feita no mínimo uma cobertura parcial que garanta proteção ao duto.

A primeira camada de cobertura, até uma altura de 30 cm acima da geratriz superior do duto, deve ser constituída de solo solto e isento de pedras, torrões e outros materiais que possam causar danos ao revestimento ou ao isolamento térmico, devendo ser retirada da própria vala ou de jazida; o restante deve ser completado com material da vala, podendo conter pedras de até 15 cm na sua maior dimensão.

Os métodos, equipamentos e materiais a serem empregados devem levar em consideração o tipo de solo e as características do terreno. Não é permitido o rebaixamento do nível de terreno original da faixa para obtenção de material para a cobertura, salvo em caso de corte do terreno definido em projeto.

Quaisquer danos observados na coluna durante a cobertura devem ser prontamente reparados ou corrigidos. Quando for requerida a compactação controlada do reaterro da vala, devem ser colocadas camadas de altura compatível com o tipo de solo e o grau de compactação necessário.

A critério da companhia operadora, pode ser utilizado o adensamento hidráulico do material de reaterro. Neste caso, deve ser verificada a estabilidade do duto à flutuação.

A atividade de cobertura deve ser executada de forma a garantir a segurança e a estabilidade do duto, atendendo aos seguintes requisitos: a princípio, todo o material retirado durante a escavação da vala, que for isento de matéria orgânica, torrões, raízes, pedras, etc., deve ser recolocado na vala, na atividade de cobertura, cuidando-se para que a camada externa do solo (contendo material orgânico) seja recolocada na sua posição original (na superfície); deve ser providenciada uma sobrecobertura ao longo da vala (leira principal), a fim de compensar possíveis acomodações do material; deve ser evitada a execução da sobrecobertura nos seguintes casos: passagem através de regiões cultivadas ou irrigadas nas quais a pista, após restaurada, deve ficar no nível anterior, de forma a não causar embaraços ao cultivo e à irrigação; trechos em que a existência de uma sobrecobertura possa obstruir a boa drenagem da pista; cruzamentos ao longo de ruas, estradas, acostamentos, pátios de ferrovias, trilhos, caminhos e passagens de qualquer natureza; sempre que a sobrecobertura não puder ser realizada, deve ser providenciada a compactação com controle tecnológico do material de cobertura, em camadas de espessura determinada por meio de ensaios (máxima de 15 cm), de modo que o solo, após compactado, atinja o grau de compactação de 95 % do proctor normal; junto ao duto a compactação deve ser executada por soquete manual; deve-se evitar que o material de cobertura contenha madeiras, galhos, folhas e outros tipos de material orgânico; nos trechos em rampa, devem ser adotados métodos de drenagem superficial e proteção de pista e vala, para evitar deslizamentos ou erosão do material de cobertura.

Os serviços de proteção, restauração e limpeza da faixa de domínio, dos logradouros, das instalações públicas e das propriedades privadas devem ser definidos em função dos seguintes princípios básicos: garantia de segurança para a pista, logradouros, demais propriedades e, consequentemente, para o duto; garantia da segurança e da restauração das condições originais das propriedades de terceiros e bens públicos, decorrentes de possíveis consequências negativas, diretas ou indiretas, causadas pela implantação do duto; minimização dos impactos causados ao meio ambiente, restituindo-se, na medida do possível, as condições originais das áreas envolvidas.

Devem ser executados serviços de drenagem superficial, medidas de controle de erosão e proteção vegetal das áreas envolvidas, incluindo acessos e áreas de bota-fora, bem como a restauração definitiva das instalações danificadas. Estes serviços devem ser iniciados imediatamente após a cobertura da vala, de maneira que estejam concluídos, no menor tempo possível.

No caso de faixas com dutos existentes, antes do início dos serviços de restauração, deve ser recuperada a sinalização provisória. O material retirado na operação de restauração e limpeza da pista, logradouro ou terrenos deve ser depositado em local adequado, de modo a evitar destruição ou dano à propriedade de terceiros, bem como a obstrução de vias de acesso, cursos d’água, escoamento de águas pluviais e canais de drenagem.

Os cruzamentos com logradouros, estradas e caminhos devem ser convenientemente restaurados, de forma definitiva, logo depois de concluídos os trabalhos. Em áreas de preservação ambiental, as árvores e a vegetação removidas durante a execução da obra devem ser replantadas de acordo com as determinações da autoridade competente.

As cercas atravessadas durante a construção, e reconstituídas provisoriamente, devem ser restauradas em caráter definitivo, de forma que apresentem condições e resistência iguais ou superiores às originais. A restauração deve ser tal que o material da pista, logradouro ou terreno utilizado nos serviços de construção não seja transportado pelas águas das chuvas e depositado em mananciais, açudes, estradas, bocas de lobo, sarjetas, calçadas ou benfeitorias.

A NBR 16049 de 04/2012 – Dutos terrestres – Qualificação e certificação de pessoas – Inspetores estabelece a sistemática de qualificação e certificação de pessoas responsáveis pela execução das atividades de controle da qualidade na construção e montagem de dutos terrestres de aço e seus complementos, destinados ao transporte e distribuição de: hidrocarbonetos líquidos, incluindo petróleo, derivados líquidos de petróleo, gás liquefeito de petróleo (GLP) e álcool – oleodutos; gás natural e gás combustível (gás natural processado) – gasoduto.

O sistema de certificação, que é controlado e administrado por um Organismo de Certificação de Pessoas (OPC), inclui todos os procedimentos necessários para demonstrar a qualificação de uma pessoa na execução das atividades de controle da qualidade na construção e montagem de dutos terrestres e seus complementos, resultando na emissão do certificado de competência.

Enfim, o transporte por dutos de gases ou líquidos, como o petróleo e seus derivados, é feito por meio de uma infraestrutura fixa que pode ser de superfície, subterrânea ou submarina e que liga os locais de produção ou extração aos pontos de distribuição, refino ou embarque, como terminais de portos. Os oleodutos são tubos de metal, com diâmetro de até 76 cm.

Bombas situadas nos pontos de partida e em locais intermediários, de acordo com a extensão do oleoduto, impelem o produto. São dotados de saídas para o ar e para gases, de registros para interromper o fluxo em caso de avarias e outros apetrechos, como indicadores e registradores de capacidade.

Um carnaval de impostos

CarnavalOs foliões que vão curtir o carnaval podem preparar os bolsos. Isso porque, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) os tributos nos produtos de Carnaval podem acabar com a folia do brasileiro.

As bebidas, itens muito consumidos nesta época do ano, continuam impulsionando os índices de tributos arrecadados pelo governo: a caipirinha tradicional (cachaça e limão) aparece em primeiro lugar, com 76,66% de tributos; seguida pelo chope, 62,20%; pela lata ou garrafa de cerveja, com 55,60%; pela lata de refrigerante, com 46,47%; e a água mineral, com 37,44%.

Quem pretende sair às ruas fantasiado também arcará com as altas taxas, uma fantasia de tecido, por exemplo, tem carga tributária de 36,41%, máscara de plástico, 43,93%; ou confeccionada com lantejoulas, 42,71%; o apito, 34,48%; colar havaiano, 45,96%; o spray de espuma, 45,94% e o confete, 43,83%.

Mesmo quem pretende fugir da folia e aproveitar o feriado para viajar, não conseguirá escapar da mordida do leão, tendo que desembolsar 22,32% dos tributos sobre passagem aérea e 29,56% que incidem sobre o valor da hospedagem. Ainda o contribuinte que desejar acompanhar de perto os desfiles das escolas de samba, arcará com até 36,28% em tributos embutidos no valor do pacote que inclui a hospedagem, o ingresso e o transporte até o sambódromo. 

Para o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, a elevada carga tributária nos produtos de Carnaval se deve ao fato destes serem itens considerados supérfluos pelo legislador. “Devido à intensa procura por esses itens, eles acabam sofrendo aumento de preço nesta época do ano, e a tributação excessiva sobre o consumo é uma das principais causas disso acontecer.”, explica Olenike, dando uma dica aos foliões: “Para evitar a mordida do leão é simples, basta usar a criatividade e restaurar roupas e acessórios antigos para incrementar a fantasia”, acrescenta.

Água de coco: 34,13%

Água mineral: 37,44%

Amendoim: 36,54%

Apito: 34,48%

Biquíni com lantejoulas: 42,19%

Caipirinha: 76,66%

Cerveja (lata ou garrafa): 55,60%

Chope: 62,20%

Colar havaiano: 45,96%

Confete/Serpentina: 43,83%

Fantasia – roupa com arame: 33,91%

Fantasia – roupa tecido: 36,41%

Guarda-sol: 37,14%

Hospedagem em hotel: 29,56%

Mascara de Lantejoulas: 42,71%

Mascara de Plástico: 43,93%

Óculos de sol: 44,18%

Pacote hotel, ingresso e Van – Desfile de carnaval: 36,28%

Pandeiro: 37,83%

Passagem aérea: 22,32%

Preservativo: 18,75%

Protetor solar: 41,74%

Refrigerante (garrafa): 44,55%

Refrigerante (lata): 46,47%

Sorvete (massa ou picolé): 37,98%

Spray espuma: 45,94%

Por que no Brasil o transporte dutoviário é tão pequeno?

dutoA dutovia é um dos mais importantes modais de transporte, pois nos Estados Unidos ele representa quase 17% da matriz de transportes medida em tkm (tonelada-quilômetro). Porém, no Brasil, apesar de representativo, está concentrado em poucas empresas e tem pequena participação relativa na matriz logística de transporte. Na verdade, ainda são muitas discutidas as principais características desse modal no que se refere às suas vantagens, desvantagens, produtos transportados, investimentos, custos e perspectivas. A infraestrutura de transporte consiste em vias de acesso,veículos e unidades organizacionais que fornecem serviços de transporta para uso próprio ou para terceiros, sendo que, neste último caso, mediante um taxa ou tarifa de serviço.

Os cinco modais básicos são: ferroviário, rodoviário, aquaviário, aéreo e dutoviário. A natureza da infraestrutura determina uma variedade de características econômicas e legais para cada modal e sistema modal. De uma forma geral, os modais podem ser comparados. O modal dutoviário é considerado o mais consistente e frequente de todos os modais. Isso ocorre porque a variância no tempo de transporte é mínima (maior consistência) e as dutovias funcionam 24 horas por dia (frequência). Por outro lado, é o modal que apresenta menor velocidade, menor capacidade (uma vez que é muito especializado, transporta pequena variedade de produtos) e menor disponibilidade, afinal, está presente em poucas regiões. O transporte dutoviário define-se como o transporte de granéis, por gravidade ou pressão mecânica, através de dutos adequadamente projetados à finalidade a que se destinam.

A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos de volume de tráfego,quilometragem do sistema, receita e natureza da composição do tráfego. A tonelada-quilômetro (tkm) é a medida padrão da atividade de frete que considera o peso medido em toneladas e a distância medida em quilômetros da movimentação, é calculada multiplicando-se o número de toneladas pelo número de quilômetros para cada viagem. No caso do dutoviário, além da medida metro cúbico, adequada a gases e líquidos, que são as cargas mais frequentes em dutos, deve-se usar também o tkm para comparar este modal aos demais. A natureza de uma dutovia é singular se comparada aos outros modais de transporte. Os dutos operam24 horas, sete dias por semana com restrições de funcionamento apenas durante manutenção e mudança de produto transportado. Ao contrário dos outros modais, não existe um veículo vazio a retornar, uma vez que, dos quatro elementos do transporte – a via, a unidade de transporte, a unidade de propulsão e o terminal – a dutovia em si combina três deles: somente o terminal (tanque de armazenagem, por exemplo) é separado.

Os dutos são os que apresentam maior custo fixo e o menor custo variável entre todos os modais. O alto custo fixo resulta do direito de acesso, da construção, da necessidade de controle das estações e da capacidade de bombeamento. A área que precisa ser desapropriada para a construção, chamada de faixa de servidão, é um dos responsáveis pelo elevado custo fixo. O Gasoduto Brasil-Bolívia por exemplo, com extensão de 2.593 km somente no lado brasileiro, tem uma faixa de servidão de 20 metros. Como os dutos não necessitam de mão de obra intensiva, o custo operacional variável é baixo após a construção. Outro item relevante do custo variável é o monitoramento via satélite. Uma desvantagem clara é que os dutos não são tão flexíveis (quanto à rota de distribuição) e são limitados quanto às mercadorias que podem transportar: somente produtos na forma de gás, líquido ou mistura semifluida. Experiências relacionadas à movimentação de produtos sólidos na forma de mistura semifluida ou de suspensão hidráulica continuam a ser feitas. Os dutos de mistura semifluida de moinha de carvão tem sido comprovados como um modo eficiente e econômico para o transporte desta commodity em longas distâncias.

As vantagens do modal dutoviário são: por ser a dutovia a própria unidade de carregamento, não há necessidade de se usar embalagens de transporte; não existe o problema da viagem de retorno para equacionar, bem como o processo não sofre influencia do congestionamento ou dificuldades físicas a transpor, como por exemplo longas zonas áridas ou congeladas; é um meio de transporte que demanda pouca mão de obra; em geral a segurança nas dutovias é superior à de outros modais, sendo assim indicada para o transporte de produtos perigosos como etileno ou GLP; baixo custo de operação; independência em relação às condições do tempo na sua operação; função de armazenagem em consequência do seu longo tempo total de trânsito. Já as desvantagens são: necessidade de grande investimento em capital; inflexibilidade quanto à rota de distribuição, pois uma vez fixados os dutos, sua posição não é fácil de alterar e por este motivo é adequado a produtos que mantenham sua demanda restrita a pontos fixos; não é adequado ao transporte de mercadorias que estejam sujeitas a mudanças de padrão de carregamento; seu uso só pode ser estendido a certos grupos de mercadorias dentro de um mesmo duto, embora seja tecnicamente possível separar um produto de outro sem que eles se misturem durante o transporte, não é aconselhável usar um mesmo duto para carregar parafina e depois leite, por exemplo.

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) cita um exemplo de vantagem quando se usa o transporte dutoviário: a vazão média de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em um bombeio recebido nos dutos da Liquigás – companhia de distribuição presente em 23 estados e que abastece 35 milhões de consumidores residenciais – é de 150 toneladas por hora ou 3.600 toneladas por dia. Para transportar a mesma quantidade pelas rodovias, a empresa estima que aproximadamente 144 caminhões a mais estariam em circulação. Resultado: mais chances de congestionamentos e maior risco de acidentes. Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apontam que ele representa apenas 4% da matriz de transportes de cargas no Brasil, à frente apenas do segmento aeroviário. Na ponta, os líderes são o rodoviário (61,1%), ferroviário (20,7%) e aquaviário (13,6%). “Esses números são resultado de um problema cultural no Brasil quando, na década de 50, o progresso era sinônimo de construir estradas. Por isso, temos uma extensão mínima de dutos em comparação a outros países. É um volume muito pequeno diante da extensão territorial do Brasil”, disse à CNT o diretor de Petróleo e Gás da Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi), Guilherme Pires de Melo.

As vantagens para reverter esse quadro, dizem especialistas, não faltam. “Há grandes benefícios na utilização dos dutos: custos de manutenção mais baixos que os de outros modais, maior nível de segurança e confiabilidade. Eles permitem o transporte de grandes quantidades de um produto em pouco tempo. Entregam o material com pontualidade e uma assertividade muito grande. São altamente eficazes, é a melhor relação custo-benefício”, explica o gerente geral de Logística e Suprimentos da Liquigás, Luís Alberto Soares Martins. Outros pontos positivos são a dispensa de armazenamento, baixo consumo de energia, operações de carga e descarga simplificadas, menor suscetibilidade a perdas e roubos e possibilidade de operar ininterruptamente – 24 horas por dia, sete dias por semana.

Na outra ponta, pesam como desvantagens a capacidade limitada de transporte (apenas gases, líquidos ou misturas semifluidas), resistência à entrada de novos agentes no mercado e riscos de acidentes ambientais se as tubulações se romperem. Assim como as hidrovias e ferrovias, o sistema de dutos exige altos investimentos para ser construído, o chamado custo fixo – grandes áreas precisam ser desapropriadas para dar espaço às instalações, por exemplo. O Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Industrial da Universidade de São Paulo (USP) estima que a construção de um quilômetro de dutos é oito vezes mais cara que a mesma distância em rodovias. No entanto, analistas garantem que o modal ainda é o mais apropriado a longas distâncias, uma vez que os gastos se diluem à medida que aumenta o percurso.

Para Guilherme de Melo, da Abemi, o problema pode ser resolvido se houver mais planejamento e continuidade nos projetos. “A construção de um sistema de dutos exige muita mão de obra, equipamentos pesados precisam ser mobilizados. Quando se retoma a construção de um duto, é preciso repetir todos esses investimentos, isso cria custos adicionais, desnecessários. Por isso, as ações não podem ser pontuais, devem ter continuidade”, explica. Segundo ele, a situação é uma das justificativas para a falta de interesse por mais investimentos no modal dutoviário brasileiro, um contraste diante das vantagens oferecidas às áreas logística e industrial. Os números comprovam o atraso: na 16ª posição no ranking mundial, o país tem apenas 22 mil km de dutovias em operação. Fica atrás da União Europeia (800 mil) e de outros países com menor extensão territorial como México (40 mil), Argentina (38 mil) e Austrália (32 mil). A maioria dos mais de 400 dutos existentes no Brasil são utilizados para transporte de petróleo e derivados. O primeiro sistema foi instalado na Bahia, no início da década de 40, e ligava a Refinaria Experimental de Aratu até o Porto de Santa Luzia. Diferente de todos os outros modais, são os produtos que se deslocam, por pressão nos tubos ou por arraste, e o meio de transporte continua fixo.

Dois sistemas de dutos são os mais conhecidos no Brasil. Primeiro, o controlado pela Transpetro, subsidiária da Petrobras que opera mais de 14 mil km de oleodutos e gasodutos no país. A companhia transporta gás, petróleo e derivados aos quatro cantos do Brasil, principalmente às regiões Sudeste, Nordeste e Sul. Além da Petrobras, sua principal cliente, a Transpetro presta serviço a diversas distribuidoras e à indústria petroquímica. Iniciado em 1996, o Gasoduto Bolívia-Brasil saiu do papel a partir da iniciativa do governo brasileiro em oferecer uma nova opção de matriz energética – atualmente, transporta metade do gás natural (GN) consumido no país. Operado pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), o sistema tem um extensão total de 3.150 km – quase 2.600 estão em território nacional e atravessam os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Para a CNT, o país tem um potencial muito maior para explorar o modal. “Temos uma agroindústria forte, grande produção de petróleo e gás e mineração. Os dutos são o melhor meio para esse tipo de transporte. O Brasil merece mais investimentos. É preciso haver uma política de estado nesse sentido”, afirma o diretor de Petróleo e Gás. Luís Alberto Soares, da Liquigás, diz que é positivo o fato de o modal ser considerado ‘silencioso’. “O segredo do sucesso dos dutos é que eles existem, transportam o desenvolvimento do país, mas não são percebidos. No caso de uma alta produção de GLP em Paulínia, por exemplo, a distribuição do gás é feita sem que a população sequer tome conhecimento. Se fosse feita por estradas, poderia causar transtornos. O sistema entrega o produto de maneira quase invisível”, conclui.

Normas comentadas

Confira quais as normas comentadas disponíveis. Elas oferecem mais facilidade para o entendimento e são muito mais fáceis de usar:

http://www.target.com.br/portal_new/ProdutosSolucoes/NBR/Comentadas.aspx

NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Possui 140 páginas de comentários

NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão – Comentada – para windows, versão 2004

NBR ISO 9001 – COMENTADA – Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos

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