A identificação inequívoca dos instrumentos financeiros

A NBR 16885 de 06/2020 – Identificador global de instrumento financeiro (FIGI) – Diretrizes fornece as diretrizes para a identificação inequívoca de instrumentos financeiros em três diferentes níveis, local/sistema de registro/negociação (nível câmara), mercado onde o instrumento financeiro é emitido/negociado (nível país) e nível global. Estas diretrizes englobam a sintaxe para a composição de um identificador global de instrumentos financeiros, o conteúdo associado a um identificador, bem como a sua relação com instrumentos financeiros e com outros identificadores de instrumentos financeiros.

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O que é um identificador global composto?

Qual é o fluxo do processo de alocação de prefixos de identificador?

Como é a conformidade como provedora de identificadores?

Para que fazer a solicitação de serviço de um novo identificador?

O desenvolvimento de um identificador global de instrumento financeiro originou-se do reconhecimento de que a teoria do caos não contempla a complexidade gerada todos os dias pelos bilhões – talvez trilhões – de transações com instrumentos financeiros que realizam câmaras de compensação e bolsas de valores em todo o mundo. Quase todos os aspectos do gerenciamento de instrumentos financeiros são baseados em sistemas fechados que usam identificadores proprietários que são de propriedade restrita e utilização licenciada.

Fechar cada acordo é tanto um exercício de tradução de informações quanto de processamento de transações, já que os traders, investidores e corretores lutam com vários formatos proprietários para determinar o que é, quem é o dono, quanto vale determinado instrumento financeiro e quando uma negociação precisa ser fechada. Ele introduz uma enorme quantidade de atrito no ciclo de vida do negócio e cria opacidade onde a clareza é procurada. Além disso, o uso de identificadores proprietários acrescenta custos e despesas gerais significativos quando os usuários desejam integrar dados de fontes diferentes ou migrar para um sistema de dados de outro mercado.

A evolução das simbologias avançadas ajudou a indústria de valores mobiliários a crescer, mas as limitações e os custos impostos pelos sistemas fechados tornaram-se mais evidentes à medida que as empresas e instituições continuam a integrar as operações em uma escala global. A simbologia proprietária agora se coloca como uma das barreiras mais significativas para aumentar a eficiência e a inovação em um setor que realmente necessita dela.

Além disso, a falta de identificadores comuns é um obstáculo fundamental para alcançar o estado da arte do processamento direto (STP). Alguns pontos merecem ser destacados. As taxas de licenciamento exigem que as empresas paguem por cada sistema de símbolos que usam. As organizações internacionais arcam com um ônus especialmente pesado, porque muitas vezes precisam licenciar diversas simbologias para administrar operações comerciais em vários países.

As restrições impostas por simbologias proprietárias impedem as empresas de mapear facilmente um conjunto de códigos para outro. Isso dificulta a integração de dados de mercado de diversas fontes, bem como esforços para automatizar as atividades comerciais e de liquidação. Os consumidores de dados de mercado que adotam símbolos proprietários para uso em seus próprios sistemas não precisam pagar apenas as taxas de licenciamento, mas esses símbolos também levam a custos futuros significativos, associados aos esforços para se conectar aos sistemas comerciais emergentes.

Os ambientes de negociação proprietários podem ter funcionado bem durante anos, mas são um subproduto de uma época em que os sistemas de dados funcionavam em grande parte como ilhas que não precisavam interoperar com outros sistemas. Um nível de abordagem diferente: mercados, clientes e governos estão exigindo maior conectividade, transparência e eficiência.

Além disso, a abertura dos sistemas baseados na internet alterou profundamente a forma como as empresas e os indivíduos coletam, gerenciam e compartilham informações. Assim, além de novas regulamentações que exigem clareza e responsabilidade, a mudança para a simbologia aberta está sendo impulsionada por crescentes demandas institucionais e de investidores.

A adoção de um sistema aberto de simbologia compartilhada estabelece as bases para um tremendo salto na negociação eficiente e na liquidação de valores mobiliários, bem como no gerenciamento de dados e relatórios de instrumentos financeiros de maneira mais geral. Esse sistema permitirá que empresas e provedores de serviços de tecnologia transfiram recursos de processos trabalhosos e ineficientes para novos investimentos em ferramentas e produtos que melhor atendam aos clientes.

O rápido crescimento do processamento distribuído levou à necessidade de uma estrutura de coordenação para essa padronização e às recomendações da ISO/IEC 10746 (todas as partes); o Modelo de Referência de Processamento Distribuído Aberto (RM-ODP) fornece tal estrutura. Ele define uma arquitetura na qual o suporte de distribuição, interoperabilidade e portabilidade pode ser integrado.

A ISO/IEC 10746-2 estabelece os conceitos fundamentais e a estrutura de modelagem para descrever sistemas distribuídos. Os escopos e objetivos da ISO/IEC 10746-2 e da Linguagem de Modelagem Unificada (UML), embora relacionados, não são os mesmos e, em vários casos, a ISO/IEC 10746-2 e a especificação da UML usam o mesmo termo para conceitos relacionados, mas estes não são idênticos (por exemplo, interface). No entanto, uma especificação usando os conceitos de modelagem da ISO/IEC 10746-2 pode ser expressa usando UML com extensões apropriadas (usando estereótipos, tags e restrições).

A ISO/IEC 10746-3 especifica uma arquitetura genérica de sistemas distribuídos abertos, expressa usando os conceitos fundamentais e a estrutura estabelecida na ISO/IEC 10746-2. Devido à relação entre a UML como linguagem de modelagem e a ISO/IEC 10746-3, é fácil demonstrar que a UML é adequada como uma notação para as especificações de pontos de vista individuais definidas pelo RM-ODP.

Esta norma estabelece um método para automatizar a contagem de pontos de função, que é geralmente consistente com a versão 4.3.1 do Manual de Práticas de Contagem (CPM do inglês Counting Practices Manual), produzido pelo Grupo Internacional de Usuários de Pontos de Função (IFPUG do inglês International Function Point Users Group). As diretrizes desta norma podem diferir daquelas do CPM do IFPUG em pontos onde os julgamentos subjetivos precisavam ser substituídos pelas regras necessárias para automação. O CPM do IFPUG foi selecionado como base para esta norma, porque é a especificação de medição funcional mais amplamente utilizada, com uma grande infraestrutura de suporte mantida por uma organização profissional.

Pode-se ressaltar que um identificador global de instrumento financeiro é estruturado como uma cadeia de 12 caracteres que é semanticamente sem sentido. Como a cadeia se destina a permanecer ligada a um determinado instrumento financeiro ao longo da vida desse instrumento, além de servir como referência histórica para instrumentos financeiros obsoletos, é vital que a cadeia seja estruturada de forma a ser semanticamente neutra.

Devido à granularidade do identificador global de instrumento financeiro, existe a necessidade de vários tipos de identificadores para fornecer agrupamentos de instrumentos financeiros. Os três tipos de identificadores globais de instrumento financeiro são os seguintes: identificador global: esse é o tipo mais básico de identificador que se aplica exatamente a um único instrumento financeiro no nível mais granular. Por exemplo, ações comuns da Apple (AAPL) negociadas no mercado NASDAQ Global Select.

A granularidade desse identificador é encontrada naquilo que ele identifica. Em particular, o FIGI mais básico identifica um instrumento financeiro, onde aplicável, ao nível do local de negociação. Isto é, quando aplicável, o identificador global identifica um instrumento financeiro dentro do contexto de um local de negociação.

Um identificador global composto é, ele próprio, um identificador global que é diferenciado de um identificador global normal, na medida em que serve como “pai” em uma hierarquia de identificadores globais individuais. Por exemplo, ações comuns da AAPL negociadas no mercado NASDAQ Global Select (nível local/sistema) e em nível global, apresentadas como uma lista de identificadores globais compostos. O propósito desta versão do identificador é agrupar identificadores individuais, conforme descrito anteriormente, em agrupamentos no nível do país.

O identificador global composto só se aplica a um subconjunto limitado de identificadores globais. Em particular, aplica-se apenas àqueles identificadores globais que podem ser diferenciados com base na bolsa em que o ativo é negociado, ou na fonte de preços do ativo. Essas condições só são obtidas no caso de ações. Como tal, o identificador global composto é usado apenas no agrupamento de ações.

O identificador global da classe de ativos é semelhante a um identificador global composto, porém o identificador global da classe de ativos identifica um instrumento financeiro dentro do contexto da perspectiva global, por exemplo, ações ordinárias da Apple. Como um mecanismo de agrupamento para identificadores globais compostos, o identificador global da classe de ativos é usado apenas no agrupamento de ações.

Convém que os caracteres utilizados dentro de um identificador global de instrumento financeiro (FIGI) sejam os seguintes: todas as seguintes consoantes em maiúsculas: B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y, Z; os únicos dígitos inteiros são 0 – 9. Enquanto a cadeia em si é semanticamente sem sentido, existe uma estrutura específica que é usada. Convém que as regras de sintaxe para os 12 caracteres sejam as seguintes: caracteres 1 e 2: qualquer combinação de consoantes maiúsculas, com as seguintes exceções: BS, BM, GG, GB, GH, KY, VG. O objetivo desta restrição é reduzir as chances de que o identificador resultante possa ser idêntico a uma sequência do código ISIN (International Securities Identification Number) (ver ISO 6166).

Estritamente falando, uma duplicata não é um problema, pois as strings designam coisas diferentes, mas mesmo assim foi tomado cuidado para reduzir a ambiguidade. A maneira que o ISIN é construído é que os dois primeiros caracteres correspondem ao país de emissão. O terceiro caractere, dependendo da organização emissora, é tipicamente um numeral. No entanto, no caso do Reino Unido, a letra “G” é atribuída. Como está sendo usada a letra “G” como o caractere 3, as únicas combinações que podem surgir dentro do ISIN que somente incorporam consoantes são BSG (Bahamas), BMG (Bermudas), GGG (Guernsey), GBG (Reino Unido) e VGG (Ilhas Virgens Britânicas).

A razão para isso é que o Reino Unido emite números ISIN para entidades dentro de sua jurisdição mais ampla. A alocação dos prefixos para diferentes Provedores Certificados (PC) é especificada no Anexo A. O caractere 3: a letra maiúscula G (para global); o caractere 4-11: qualquer combinação de consoantes maiúsculas e algarismos 0 – 9; caracteres 12: um dígito de verificação (0 – 9) calculado da seguinte forma: as letras são convertidas em números inteiros, conforme a tabela abaixo.

Usando os primeiros 11 caracteres, começando no último caractere em formato inteiro e trabalhando da direita para a esquerda, cada segundo inteiro é multiplicado por dois. A sequência de inteiros resultante (números maiores que 10 se tornam dois dígitos separados) é somada. Subtrair o total do próximo inteiro mais alto que termina em zero. Se o total obtido ao somar os dígitos for um inteiro terminando em zero, convém que o dígito de verificação seja zero.

Embora o identificador global esteja no centro desta norma, um conjunto de campos complementares está associado ao identificador, sendo dois dos quais instâncias especiais do próprio identificador. A necessidade dos pontos de dados adicionais é amplamente uma função da granularidade do identificador global. Como o identificador global serve para identificar instrumentos financeiros no nível mais granular possível, é muito útil especificar claramente os diferenciadores que constituem a granularidade.

Para esse fim, vários elementos-chave de dados estão associados a cada identificador global, que servem para destacar os recursos de diferenciação, além de fornecer informações adicionais sobre o instrumento financeiro, como, por exemplo, o seu nome. Os instrumentos financeiros são, pela sua natureza, coisas que podem ser compradas ou vendidas. Os instrumentos financeiros de que esta norma trata são comprados ou vendidos em uma bolsa de valores.

Como o identificador global atribui identificadores exclusivos aos instrumentos financeiros no nível mais granular possível, convém especificar o local no qual o instrumento financeiro individual é negociado. Convém que o identificador global seja agrupado, juntamente com a fonte de preços, como um código associado. Os códigos dos locais de negociação estão associados aos instrumentos financeiros por meio da propriedade de objeto “has” que é usado em vez de uma propriedade de objeto mais descritiva, como “hasAssociatedCode”, para alavancar os recursos de raciocínio e ser “mapeável” para as relações da Ontologia de Negócios da Indústria Financeira (FIBO).

O nome do instrumento financeiro é o nome da empresa e, às vezes, pode incluir uma breve descrição do instrumento financeiro. O nome de um instrumento pode mudar em conjunto com eventos corporativos. Conforme mencionado anteriormente, convém que o identificador associado ao instrumento financeiro não seja alterado em resposta a tal evento. Em muitos casos, como, por exemplo, ações ordinárias, o nome do instrumento financeiro também é o nome do órgão emissor.

Isso não é suficiente para individualizar o instrumento financeiro, uma vez que as organizações emitem instrumentos financeiros com exatamente o mesmo nome, mas que são negociados em diferentes bolsas. Esta é uma distinção que está ausente em outros identificadores, mas serve como uma característica particular para o FIGI.

O bem que deriva do mal

José Pio Martins

Em nossa vida, uma coisa importante é o que obtemos. Porém, mais importante é como obtemos. Esse adágio se aplica a situações diversas em economia, e faz parte de estudos sobre o resultado das ações humanas e a forma como tais ações são executadas. Atualmente, o Brasil está vivendo uma situação em que tal raciocínio se aplica. Durante anos, o país foi esmagado pela inflação e sua versão mais demolidora: a hiperinflação. Hoje, a inflação está controlada em níveis baixos – o que é bom –, mas cabe perguntar se não se trata de um bem derivado de um mal.

Comumente definida como um processo de aumento generalizado e contínuo de preços, a inflação foi um dos estopins da queda do presidente João Goulart, em 1964. No ano anterior, a inflação chegara a 78% e desorganizou o sistema de preços, lançou a economia em recessão e empobreceu os assalariados. Alguns economistas definem que há hiperinflação quando o índice anual de preços passa dos 50%. Outros acham que ela ocorre quando os preços sobem acima dos 100% ao ano.

O Brasil conseguiu controlar aquela inflação de 1963, mas em 1974 o monstro voltou e os preços subiram 34%. Em 1979, a inflação atingiu 78%, o mesmo índice de 1963, e o Brasil começou uma fase de hiperinflação, que acabaria resultando em cinco planos econômicos nos governos Sarney, Collor e Itamar Franco, na tentativa de combatê-la. Foi somente em 1994, com o Plano Real, que o país conseguiu vencer a hiperinflação e iniciar uma fase de estabilidade de preços.

Após 1994, parecia que o monstro da inflação havia deixado o Brasil. Mas inflação não morre. Apenas adormece, sempre pronta a atacar quando é cutucada. Desde 1996, a inflação não passa de um dígito, à exceção de 2002, quando foi de 12,5%, e depois em 2015, quando chegou a 10,67%. Esse histórico deixou os agentes econômicos assustados no início do segundo governo Dilma, quando a inflação subiu em 2015, e o medo da hiperinflação reapareceu. Hoje, o pânico passou e a inflação deve ficar abaixo da meta do Banco Central, que é de 4,5%.

Atualmente, estamos presenciando certa euforia com a inflação baixa. Entretanto, há um problema com as razões que levaram à redução no índice de preços. Se estivesse baixa em um ambiente de crescimento econômico e reduzido desemprego, daria para dizer que temos um bem assentado em causas boas. Entretanto, a inflação está baixa em 2017 depois de três anos de recessão pesada – o Produto Interno Bruto (PIB) do ano 7,4% menor do que era em 2013 – e desemprego de 14,2 milhões de trabalhadores, sobre um total de 103,6 milhões de pessoas em condições de trabalhar.

A inflação baixa é boa para a nação, mas, se deriva de produção baixa e desemprego alto, ela não é estável. Há dúvidas quanto à capacidade da economia em manter a inflação baixa quando o produto nacional voltar a crescer e o desemprego cair. Alguns analistas acreditam que a inflação pode voltar a subir, pois há variáveis macroeconômicas – como déficit do setor público, controle da dívida governamental e expansão monetária – que não dão mostras de melhoras e vão pressionar a inflação para cima.

Se um sujeito emagreceu se exercitando numa academia, é uma coisa boa. Se outro emagreceu porque ficou doente, é uma coisa ruim. A inflação brasileira caiu porque o país adoeceu (recessão e desemprego). A recessão até ajuda a combater a inflação, desde que sejam feitos os ajustes fiscais e monetários. Sem isso, é sucesso não sustentável.

José Pio Martins é economista e reitor da Universidade Positivo.

A não qualidade jurídica e financeira reinante no Brasil

O país caminha, cada vez mais, para o fundo do poço, se houver fim no buraco, em termos de saúde, meio ambiente, segurança, etc., o que, historicamente, vem acontecendo desde o acordão para o segundo mandato de Fernando Henrique, passando pelos desgovernos petistas de Lula e Dilma. Tudo isso devido ao loteamento dos cargos públicos para os apaniguados.

Isso desembocou na insegurança jurídica e financeira que o Brasil vive atualmente. O direito no Brasil teve dois momentos distintos. Um, quando não havia os elementos formadores do Estado brasileiro que era uma colônia de Portugal. Todo o seu ordenamento jurídico importado da metrópole lusitana, ao sabor dos interesses daqueles que tinham interesses econômicos diretos na colônia.

O segundo momento se dá a partir da libertação de Portugal, liberdade jurídica e política com a produção de suas próprias leis. Ocorreram várias constituições: 1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988. Algumas outorgadas e outras promulgadas. A constituição de 1934 instituiu o voto feminino (o que antes era impraticável) e findou-se o voto censitário, acabando-se com a ideia capitalista que limitava o poder nas mãos de uma minoria rica. Apesar disso, o conceito de voto ainda não era universal, já que se excluía o analfabeto (maioria da população).

Apesar de o Estado Novo criar um texto constitucional que nunca entrou em vigor, o ditador Getulio Vargas ficou sendo um marco na história do trabalhismo brasileiro, pois foi o responsável pelas leis nacionais sobre as relações trabalhistas. Neste período, no entanto, houve significativo retrocesso com a supressão de direitos fundamentais já conquistados, tendo como exemplo a liberdade de imprensa e a limitação do direito ao voto.

A Constituição de 1988 atendeu aos anseios sociais e individuais da época e criou, sob a chamada social democracia, uma oposição, quase na totalidade, aos problemas constitucionais implantados na ditadura de 1964. Instituiu os direitos individuais, sociais, humanos e políticos, revitalizando, dessa forma, com todas às forças à cidadania. E ficou conhecida como a constituição cidadã.

É uma das mais extensas constituições já escritas, com 245 artigos e mais de 1.600 dispositivos. Mesmo assim, ela é considerada incompleta, pois vários dispositivos que dependem de regulamentação ainda não entraram em vigor.

Em linhas gerais, determinou o sistema presidencialista e governo, com eleição direta em dois turnos para presidente; transformação do Poder Judiciário em um órgão verdadeiramente independente, apto inclusive para julgar e anular atos do Executivo e Legislativo; intervencionismo estatal e nacionalismo econômico; assistência social, ampliando os direitos dos trabalhadores; criação de medidas provisórias, que permitem ao presidente da República, em situação de emergência, decretar leis que só posteriormente serão examinadas pelo Congresso Nacional; direito ao voto para analfabetos e menores entre 16 e 18 anos de idade; e ampla garantia de direitos fundamentais, que são listados logo nos primeiros artigos, antes da parte sobre a organização do Estado.

Contudo, ao completar 29 anos, essa legislação brasileira se tornou complexa, confusa e de difícil interpretação. Segundo estudo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBP), foram editadas quase 5.700.000 de leis, sendo que, em média, são editadas 798 normas por dia útil. Em matéria tributária, foram editadas 377.566 normas, ou seja, são mais de 1,92 normas tributárias por hora (dia útil).

Em 29 anos, houve 16 emendas constitucionais e foram criados inúmeros tributos, como CPMF, COFINS, CIDES, CIP, CSLL, PIS Importação, COFINS Importação e ISS Importação. Foram majorados praticamente todos os tributos.

Assim, no âmbito federal, foram editadas 164.639 normas desde a promulgação da Constituição Federal, passando por 6 emendas constitucionais de revisão, 97 emendas constitucionais, 2 leis delegadas, 101 leis complementares, 5.731 leis ordinárias, 1.412 medidas provisórias originárias, 5.491 reedições de medidas provisórias, 12.292 decretos federais e 139.506 normas complementares (portarias, instruções normativas, ordens de serviço, atos declaratórios, pareceres normativos, etc.). Em média, foram editadas 16,11 normas federais por dia ou 23,14 normas federais por dia útil nestes 29 anos.

Os estados editaram 1.549.106 normas, sendo 355.322 leis complementares e ordinárias, 515.307 decretos e 678.477 normas complementares. Em média foram editadas 151,58 normas por dia ou 217,76 normas por dia útil, em nível estadual. Neste período, em média, cada Estado editou 57.374 normas, o que dá 5,61 normas/dias ou 8,07 normas/dia útil.

Já os municípios são responsáveis pela edição de 3.965.412 normas, divididas em 679.780 leis complementares e ordinárias, 753.320 decretos, e 2.532.312 normas complementares. Em média, os municípios brasileiros editaram 388,01 normas por dia ou 557,44 normas por dia útil. Assim, considerando que existem 5.567 municípios no Brasil, cada um deles editou, em média, 712,31 normas neste período.

Do total de normas editadas no Brasil nestes 29 anos, cerca de 6,65% se referem à matéria tributária. São 31.556 normas tributárias federais (8,36% das normas tributárias), 117.282 normas tributárias estaduais (31,06% das normas tributárias) e 228.728 normas tributárias municipais (60,58% das normas tributárias).

Dessa forma. nunca a Constituição Federal esteve tão em evidência como nestes últimos anos, o impeachment da presidente, autoridades sendo processadas e presas, judicialização de praticamente todos os temas relevantes da vida nacional e claro conflito entre os poderes. A Constituição de 1988 foi muito modificada através de emendas constitucionais e ampliada com a edição de Leis Complementares, gerando insegurança jurídica e prejudicando a escolha do país para investimentos.

“Há a necessidade de se fazer uma compilação de todas as normas, por assunto, visando excluir as que são conflitantes e conflituosas, e muitas vezes editadas sem qualquer qualidade legislativa. O excesso de legislação constatado no estudo quebra a harmonia entre os poderes, que é cláusula pétrea, prevista em nossa Carta Magna, artigo 2º”, afirma o coordenador do estudo, Gilberto Luiz do Amaral.

“Ao completarmos 29 anos da promulgação de nossa CF, produzimos esse estudo, e constatamos que a grande quantidade de normas, infelizmente de baixa qualidade, tem provocado conflito entre os poderes constituídos e insegurança jurídica, prejudicando os investimentos no País, e consequentemente o desenvolvimento da nossa economia”, afirma João Eloi Olenike, presidente executivo do IBPT.

Cinco dicas para melhorar a organização financeira pessoal

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Quem conhece o coaching financeiro sabe que o processo ao qual o profissional se submete ajuda, e muito, na organização de finanças pessoais. Essa metodologia atua na investigação dos pontos frágeis que todos os indivíduos têm, avaliando seus pontos fortes e fracos, além de considerar qual é o orçamento real que cada um possui, para que a pessoa aprenda a viver dentro do que lhe é permitido.

Segundo Andreia Rego, que trabalha com coaching e psicanálise, ter controle financeiro, atualmente, não é impossível como muitos dizem. “Sabendo como conduzir melhor essa tarefa, é possível ter uma maior noção sobre o que se tem gastado e poupado, ampliando sua noção sobre seu próprio dinheiro”, afirma. Ela ainda lembra que o dinheiro vai muito além de administrar entradas e saídas, pois ele está ligado aos valores pessoais de cada um, ao seu estado emocional para lidar com isso, e as metas de vida que cada um tem.

Andreia explica que, nos seus atendimentos relacionados ao Coaching Financeiro, é possível perceber que seus clientes até têm noção das reservas e gastos, mas que isso nem sempre resulta em uma organização financeira eficaz. “Outros, ainda, não chegam a se preocupar com esse tipo de controle, e só percebem o quanto gastaram quando já é tarde demais. Isso tudo por falta de planejamento prévio”, pontua.

A coach oferece algumas dicas para quem se preocupa com uma vida feliz e estável financeiramente, confira:

  1. Organize numa planilha ou aplicativo as entradas (receitas) e saídas (despesas) mensais;
  2. Crie meta de médio/longo prazo, estipulando valor que deseja guardar por mês, conforme valor que deseja ter no final desta meta. Lembre-se: meta tem prazo para começar e terminar;
  3. Avalie se os gastos com supérfluos estão em excesso e deixe apenas os que fizerem sentido;
  4. Evite criar despesas altas no cartão de crédito e, se usá-lo, pague valor total, nunca mínimo;
  5. Evite cheque especial. Com administração eficaz não é necessário usar esse produto.

Ela finaliza, esclarecendo que esse é só o início, pois, com o coaching financeiro, muitas ferramentas e ações são dinamizadas, mapeando os pontos fortes individuais e fortalecendo motivações para uma melhor gestão financeira. É importante revisitar valores internos para mudar hábitos financeiros. Manter uma vida com qualidade e equilíbrio financeiro requer viabilizar redução de despesas desnecessárias, aumento dos ganhos, pesquisa de investimentos que façam o dinheiro crescer e, acima de tudo, construção sábia de um futuro rentável.

Como transformar crise em oportunidade?

FAQ NORMAS TÉCNICAS

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O termo “crise”, do latim crisis, significa “ato de separar, decisão, julgamento, evento, momento decisivo”. Por outro lado, temos o termo “oportunidade”, que é descrito como uma circunstância ou conjunto de circunstâncias propícias para que algo aconteça. Se esses dois termos forem avaliados, é possível perceber que eles se completam, e não se invalidam.

Segundo o coach financeiro Robson Profeta, esses termos precisam ser analisados para que as pessoas estendam sua consciência financeira, e entendam quais investimentos e gastos podem ser considerados adequados para suas presentes situações ou não. Com todas as incertezas da atual economia, fica difícil saber, com toda a certeza, como utilizar bem seu dinheiro, não ficando no vermelho e ainda sobrando alguma quantia, que pode ser poupada para o futuro.

O coach listou alguns paralelos, que podem ajudar a compreender melhor a maneira como se administra seu dinheiro, confira:

  • Boa compra – Em momento de crise, pessoas e empresas vendem ativos por preços abaixo do mercado pois precisam se capitalizar. Fique atento, pois a boa venda só é boa se, antes, ocorrer a boa compra. Em momentos de crise, boas compras aparecem. Abra os olhos e fique atento (a);
  • Inflação – Se você tem um negócio, pode manter o preço com reajustes abaixo da inflação, e captar nova carteira de clientes. E, muitas vezes, para ficar competitivo no mercado, muitos setores produtivos aprimoram seus processos produtivos a fim de reduzir o custo de produção e consecutivamente melhorar seu preço final;
  • Negócios emergentes – Neste momento de crise, perceberam como empresas que fabricam lápis de cor estão vendendo, além da febre dos cadernos com pintura, que não foi afetada pela crise. Enxergue negócios emergentes, eles existem e devem ser explorados;
  • Medo – O medo imobiliza a decisão em enfrentar a crise. Não cabe ao governo, ao seu chefe ou ao seu amigo tomar uma decisão por você. Uma das coisas que ajuda a minimizar o medo é a busca pela informação, pois ela auxilia no processo de tomada de decisão. Use a crise como válvula propulsora na busca de informação e, consecutivamente, oportunidade;
  • Desejos – Como bem disse Scott Flanagan, “Cuidado com o que deseja, você pode acabar por conseguir”. Se espera crise, é crise que virá, já quem espera oportunidade, a encontra;
  • Os copos – Dois copos estão com água pela metade. Você pode enxerga-los meio cheios ou meio vazios, ou seja, a perspectiva de crise ou oportunidade está na sua perspectiva de ver as coisas;
  • O lobo e o cordeiro – A crise e oportunidade são como o lobo e o cordeiro. O vencedor será aquele que você alimentar!
  • Choque financeiro – Em momentos difíceis, as pessoas resolvem cuidar mais de suas finanças, e é exatamente neste momento que tomam contato com suas realidades, melhorando sua visão financeira do futuro, para não repetir os erros do passado;
  • Líderes que nascem – Os grandes líderes aparecem em momento de crise, pois são exatamente eles que trazem as boas novas para a civilização, encontrando soluções nos lugares mais improváveis.

A nova favela

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Informações e inscrições: http://www.fnq.org.br/CEG2015/

Ruy Martins Altenfelder Silva

Os problemas da economia vêm atingindo o consumo no varejo com diferentes níveis de intensidade, de acordo com pesquisa da consultoria Kantar Worldpanel, divulgada pelo jornal Valor no início do mês. O maior impacto recai sobre as classes A e B, com 3,1% contra 1,3% na classe C. Já na classe D houve alta de 3,4%. Contas fechadas, o volume médio de compras no varejo por família sofreu leve queda de 0,2% em 2014, ano-base da pesquisa.

Outras consultorias confirmam a tendência de queda no consumo, com cancelamento de compra ou substituição de produtos e marcas de maior custo, além de redução das visitas aos pontos de venda e preferência pelo chamado atacarejo. Esses dados, que sinalizam uma paralisação nos avanços da nova classe média, refletem o descolamento de dois fatores que caminhavam muito próximos até o final de 2012, quando os preços passaram a subir mais rápido do que o volume de compras pelas famílias. Ainda segundo dados da Kantar, em 2014 o gasto médio do brasileiro subiu 9,4% , salto que os analistas relacionam mais à elevação dos preços do que à aquisição de produtos mais sofisticados, ao contrário da tendência verificada especialmente no período 2008-2010.

Os especialistas em consumo focam suas análises no item despesas familiares. Entretanto, embora a quantidade e a qualidade dos produtos adquiridos valham como comprovantes de ascensão social, uma visão mais ampla mostra que, apesar dos sinais de que as classes menos favorecidas estão empobrecendo, nada indica que não existam brasileiros nesse segmento parados ou que não se mostrem dispostos a agir para preservar ou conquistar avanços. No mesmo dia (4/3) em que o Valor publicava reportagem com os dados acima, o jornal Brasil Econômico trazia uma reportagem informando que quatro em cada dez moradores de favela querem ser empreendedores, sendo que 48% aspiram aproveitar oportunidades de negócio; 35% são impulsionados pela necessidade;  16% somam as duas motivações e 2% não sabem ou não responderam.

O levantamento foi feito pelo Instituto Data Popular e os resultados apresentados por Luiz Barreto, presidente do Sebrae, no 2º Fórum Nova Favela Brasileira. Para ele, “empreender é um mecanismo de inclusão e uma alternativa para essa população, que ainda sofre preconceito”.  Embora apenas 10% dos interessados em empreender tenham feito algo nesse sentido, como poupar dinheiro ou planejar o negócio, 63% deles mostram senso de oportunidade, pois querem se instalar nas favelas onde vivem.

Isso significa que eles já perceberam que ali há boa demanda e circula dinheiro em quantidade apreciável – de acordo com o Data Popular, os 12,3 milhões de moradores das favelas brasileiras movimentam R$ 68,6 bilhões/ano. Há, ainda, outras vantagens: como a maioria dos respondentes são mulheres, a mobilidade é alternativa importante para aquelas que não têm creche para deixar os filhos, mais precisam e querem ter uma renda, explicou Barreto.

O perfil dos interessados em empreender traz algumas surpresas. Por exemplo, enquanto 56% estão na classe C, 38% pertencem às D e E, e 7% se classificam na classe alta. No quesito idade, 51% têm mais de 25 anos e são casados. Já 73% são negros ou pardos.

Renato Meirelles, presidente do Data Popular, lembra que abrir negócios fortalece a economia da favela, cujo comércio já atende cerca de 80% na compra de itens básicos. Assim, recomenda, o caminho é fomentar negócios em segmentos de produtos de maior valor, como eletrônicos ou eletrodomésticos, que são adquiridos fora das comunidades.  O presidente do Sebrae concorda: “Precisamos ajudar a planejar empreendimentos que também tenham negócios dessa natureza mais complexa”.

Há muito tempo, o CIEE vem reconhecendo a necessidade de reforçar e até mesmo viabilizar o protagonismo nas áreas de vulnerabilidade social. Uma das ações que realiza é propiciar condições para que os jovens das favelas ingressem no mercado de trabalho, por meio do estágio e da aprendizagem.

Essas duas modalidades, além de propiciar uma valiosa formação profissional prática e teórica, garantem desde o início uma remuneração que possibilita aos jovens se manter na escola e contribuir para aumentar a renda familiar. Adicionalmente, eles também contam com uma série de serviços gratuitos, voltados para o desenvolvimento pessoal, estudantil, profissional e cidadão, entre os quais cursos presenciais e à distância,  ciclos de palestras, acesso a atividades culturais, estímulo ao empreendedorismo, entre outras.

A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirma que a favela é o retrato da exclusão social no Brasil. “Essa pesquisa joga luz sobre o Brasil profundo, que ainda é pouco conhecido e enxergado pelo resto do país e que reúne ainda o pobre nordestino e das comunidades rurais.” É também um dos nichos em que o CIEE vem reforçando suas ações filantrópicas, sempre com a convicção de que o casamento da educação com a preparação para o trabalho é a chave para assegurar, principalmente às novas gerações, a inclusão social e, consequentemente, um futuro mais justo e cidadão.

Ruy Martins Altenfelder Silva é presidente da Academia Paulista de Letras Jurídicas (APLJ) e do Conselho Diretor do CIEE Nacional.

Fui clonado, e agora?

CURSO TÉCNICO PELA INTERNET

Técnicas de Negociação

• Sidney Coldibelli

Você já teve alguma surpresa ao receber a fatura do cartão de crédito? Muitos brasileiros já foram afetados com a clonagem do chamado “dinheiro de plástico” e sofreram com os altos valores cobrados por compras que nunca fizeram.

O especialista Cristiano Diehl Xavier, sócio do Xavier Advogados, dá dicas de como prevenir o problema. “É um golpe antigo, onde os criminosos clonam com facilidade os cartões tanto de crédito quanto de débito, e a vítima só se dá conta quando o prejuízo já está estabelecido”, disse.

Uma pesquisa da ACI Worldwide divulgou que 30% dos brasileiros jogam documentos com números de contas bancárias no lixo, e 22% usam serviços bancários ou lojas online em computadores sem softwares de segurança. “Isso contribui para que as fraudes aconteçam e dificulta a localização dos estelionatários”, explicou. A mesma pesquisa afirmou ainda que um em cada quatro titulares de cartões já foi vítima de fraude nos últimos cinco anos.

Para Xavier, medidas simples devem ser tomadas para que não haja surpresa ao final do mês. “Tome muito cuidado com os caixas eletrônicos, pois os equipamentos podem roubar a identificação magnética dos cartões quando alterados. Se algo estranho acontecer durante o processo de saque, por exemplo, chame imediatamente um funcionário.

Além disso, um simples arquivo – encontrado com facilidade pelas quadrilhas, pode montar todo esquema de fraude”, revelou. Para que o golpe dê certo, os criminosos utilizam impressoras de cartões e até máquinas para criação de hologramas e fabricação das letras em alto relevo.

O especialista orienta que os internautas tomem cuidado na hora de realizar as compras virtuais. “É evidente que o mercado online tem benefícios e oferece praticidade aos consumidores, mas é preciso orientação para que a compra não vire dor de cabeça”, revela. Ele alerta que os sites não exigem senha a finalização do negócio. “No comércio eletrônico, os portais solicitam o número do cartão, a data de expiração e o código de segurança”, falou.

Outro ponto diz respeito ao nível de segurança do site. “Existe um cadeado que assegura que a conexão com o servidor é segura. Levar em consideração esse fato já é meio caminho para a segurança”, acrescentou. Xavier indica que as faturas dos cartões sejam analisadas com atenção. “Caso haja fraude, a rápida localização do problema auxilia na resolução do problema”, aconselhou.

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Consumidor mais endividado, cauteloso, porém otimista

NORMAS COMENTADAS

NBR 14039 – COMENTADA
de 05/2005

Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Possui 140 páginas de comentários…

Nr. de Páginas: 87

NBR 5410 – COMENTADA
de 09/2004

Instalações elétricas de baixa tensão – Versão comentada.

Nr. de Páginas: 209

NBR ISO 9001 – COMENTADA
de 11/2008

Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Versão comentada.

Nr. de Páginas: 28

O consumidor inadimplente está cauteloso para comprar, mas considera que sua situação financeira é melhor atualmente em comparação ao ano passado e, mais ainda, prevê que vai melhorar nos próximos meses. Quando isso acontecer, seu principal sonho de consumo é comprar um carro ou uma moto. As constatações são da Pesquisa Perfil do Inadimplente realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) no 1º. trimestre deste ano.

A pesquisa mostrou que cresceu em 6 pontos percentuais (de 47% para 53%) o contingente de otimistas, que consideram sua atual situação financeira melhor do que no último trimestre de 2013. Essa percepção é maior na classe B (56%) e nas classes D e E (51%). O desemprego continua a ser a principal causa da inadimplência. Segundo 33% dos pesquisados pela Boa Vista SCPC, esse foi o motivo do atraso no pagamento das contas, o que significa um aumento de 4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. O segundo motivo mais apontado pelos entrevistados foi descontrole financeiro, com 21%.

A pesquisa apontou que “emprestar o nome” foi a causa de ter o CPF registrado no SCPC para 10% dos consumidores. Quando é feita a divisão por gênero, nota-se que os homens têm sido mais prudentes quanto a “emprestar” seus nomes: 8% são os ficaram com restrição em consequência dessa atitude, enquanto o percentual sobe para 13% entre as mulheres.

A maioria dos consumidores entrevistados (22%) afirma que a dívida vencida e não paga decorre da aquisição de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Em seguida vieram as compras destinadas a alimentação (19%) e vestuário e calçados (15%). Além disso, 73% disseram que tinham planos de quitar totalmente o valor devido em até 15 dias.

O percentual dos entrevistados que mesmo com restrição por conta em atraso declararam-se não estar endividados recuou de 32% para 18% na comparação com o 4º. trimestre do ano passado. No entanto, o valor das dívidas, no geral, não é elevado: 35% disseram de dívidas de R$ 501 a R$ 2 mil e 31% devem até R$ 500. O percentual dos entrevistados que acreditam estar pouco endividados cresceu 4 pontos percentuais de janeiro a março, passando de 26% para 30% na comparação trimestral. Esse dado da pesquisa traduz a percepção particular do consumidor em relação ao seu endividamento e seu entendimento sobre o que é dívida.

As contas em atraso causadas pelo uso do cartão de crédito e de boleto ou carnê são a prioridade no pagamento de dívidas para a maioria (32%) dos consumidores. Quando perguntados sobre o que consideravam carnê, 43% disseram que se referiam a boleto bancário para pagamento de contas de concessionárias (como luz e telefone) e 21% disseram que se tratava de crediário.

Apesar do otimismo, existe retração em relação aos planos de consumir. A pesquisa da Boa Vista SCPC mostrou que 70% dos entrevistados declararam que não pretendem fazer compras nos próximos meses. Comparado ao trimestre anterior, a pretensão de consumir recuou de 37% para 27%.

Também cresceu (para 62%) o percentual dos consumidores que declaram que  pretendem negociar o pagamento das contas vencidas e realizar o pagamento de forma parcelada. O índice é 4 pontos percentual superior ao do trimestre anterior. “Os resultados da pesquisa nos levam a concluir que, a despeito de se perceberem mais endividados, os consumidores demonstram que estão avançando no controle de suas finanças. E por isso estão otimistas em relação a pagar o que devem. Mesmo que isso signifique repensar o momento para assumir novas despesas”, analisa Fernando Cosenza, diretor de sustentabilidade da Boa Vista SCPC.

Para Fernando Cosenza, diretor da Boa Vista SCPC, a cautela e a busca por mais equilíbrio na administração das contas, que o consumidor já vem demonstrando há meses, tem se refletido na percepção das famílias e pode explicar o otimismo dos entrevistados, mesmo em situação de inadimplência. A retração nos planos de consumir demonstra essa cautela.

A Pesquisa do Perfil do Inadimplente é realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Quantitativa, é aplicada trimestralmente com consumidores inadimplentes (aqueles que têm alguma dívida vencida e não paga registrada no SCPC) que buscaram orientação no balcão do SCPC. As entrevistas foram feitas presencialmente de 10 a 17 março de 2014, com 1.016 consumidores. Os resultados devem ser lidos considerando-se 95% de grau de confiança e margem de erro de cerca de 3%.

Indicador de Registros de Inadimplentes Boa Vista SCPC

consumo

A volta da inflação

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Tom Coelho

Inflação é a única forma de taxação que pode ser imposta sem legislação.” (Milton Friedman)

No ano em que o Plano Real comemora seu aniversário de duas décadas, constatamos que a inflação inercial, infelizmente, está de volta ao Brasil. A série histórica recente comprova que não temos conseguido ficar no centro da meta. Em verdade, os últimos dados indicam que possivelmente iremos superar o teto estabelecido de 6,5% ao ano ainda em 2014. Isso poderá ser evitado mediante a amarga elevação da taxa de juros, com impactos sobre o já pífio crescimento do PIB (além de atrair capital estrangeiro meramente especulativo). Ou o uso de subterfúgios, como por exemplo, postergar para janeiro o reajuste de tarifas públicas e do preço dos combustíveis.

Talvez você não saiba, mas a inflação brasileira entre 1965 e 1994, ou seja, no período compreendido entre o Golpe Militar e o Plano Real, atingiu a impressionante marca de 1,1 quatrilhão por cento! Os jovens das gerações Y e Z não vivenciaram os impactos da superinflação brasileira. Assim, sequer conseguem imaginar o que significa, na prática, inflação diária de quase 3%. Tempos de “overnight”, aplicação financeira automática oferecida pelos bancos para amenizar a depreciação do capital. Tempos de “gatilho salarial”, reajuste aplicado aos salários quando a inflação acumulada atingia o patamar de 20%. Tempos de sucessivos e mal sucedidos “pacotes econômicos”.

A inflação é um mal sinistro e de braços longos. Ela atinge a todos, mas é particularmente perversa com os mais pobres, que têm seu poder aquisitivo reduzido e dispõem de poucos recursos para autodefesa. No longo prazo, ela mina a capacidade de gerenciamento e planejamento, pois passa a ser primordial aproveitar o momento: ou você compra hoje, ou pagará mais caro amanhã. Assim, restringe o horizonte de pessoas, empresas e toda uma nação.

Neste momento, preocupa-me o tratamento que tem sido dado à questão inflacionária. A persistir a inépcia das autoridades, corremos o risco de recrudescer nas conquistas proporcionadas pela estabilidade econômica dos últimos vinte anos. E o grande fantasma atende pelo nome de indexação – o reajuste automático de preços com base na inflação passada, gerando a inflação inercial a que me referi no início do texto. Neste estágio, os índices passam a ser persistentemente crescentes e o final desta história, lamentavelmente, nós já conhecemos.

Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras – tomcoelho@tomcoelho.com.br

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Brasil: 52 milhões de consumidores inadimplentes

O número de consumidores inadimplentes voltou a crescer em fevereiro (5,54%) e o volume de vendas a prazo avançaram 0,69%, resultado mais fraco para o mês desde 2012

O número de pessoas físicas inadimplentes na base de registros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aumentou 5,54% em fevereiro de 2014 na comparação com o mesmo mês de2013. A alta foi maior do que a verificada em fevereiro de 2013 (5,34%), masmenor do que a registrada em igual período de 2012 (7,74%). A partir dessedado, o SPC Brasil e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) estimam que, ao fim de fevereiro deste ano, havia no Brasil 52 milhões de consumidores que deixaram de pagar pelo menos uma dívida nos últimos cinco anos.

Na avaliação da economista do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, após a inadimplência ter fechado o ano de 2013 em trajetória de desaceleração – principalmente por conta da menor disponibilidade de crédito ao consumidor – o indicador tem apresentado comportamento de alta neste início de ano. Para a economista, o resultado era aguardado e reflete as compras não planejadas e contraídas em forma de parcelas no Natal do ano passado, assim como nas liquidações de janeiro — tradicional período de reaquecimento do comércio. Além disso, deve-se provavelmente ao comprometimento do orçamento familiar com pagamentos de despesas típicas de início de ano, como IPTU, IPVA e gastos escolares.

“Os dados confirmam as nossas expectativas de retomada do aumento da inadimplência. Os gastos de começo de ano pesaram no bolso do brasileiro, que passou a enfrentar mais dificuldades para cumprir seus compromissos financeiros, incluindo contas básicas, como água e luz”, explica a economista. Já na comparação com o mês imediatamente anterior (janeiro de 2014), o número de consumidores inadimplentes cresceu +1,95%, o crescimento mais elevado desde fevereiro de 2010, início da série histórica.

O número de dívidas em atraso registradas na base de dados do SPC Brasil cresceu +3,02% em fevereiro de 2014 na comparação com igual período do ano passado. O crescimento foi menor que o observado em janeiro de 2014 frente ao mesmo mês de 2013 (3,15%), mas mesmo assim foi a terceira maior taxa registrada nos últimos 12 meses. Já na variação mensal — fevereiro de 2014 sobre janeiro último — o número de dívidas em atraso avançou 0,80%. O crescimento verificado foi o menor dos últimos três anos.

De acordo com o indicador SPC Brasil, no mês de fevereiro de 2014, cada consumidor inadimplente tinha emmédia 2,044 dívidas em atraso. O resultado é um pouco menor do que o verificado em janeiro de 2014 (2,067 dívidas atrasadas por pessoa física) e também o menor resultado registrado desde o início da série histórica, em janeiro de 2010.

Apesar do menor número médio de dívidas por consumidor inadimplente, a economista Luiza Rodrigues explica que o resultado não reflete somente a quitação de dívidas, mas também o aperto na concessão de crédito.“O que ocorre é que o número de pessoas inadimplentes está crescendo em um ritmo maior do que o número de novas dívidas. É provável que o aumento das inclusões de CPFs nas bases restritivas do SPC Brasil e a ampliação das consultas a essas bases tenham levado, principalmente nos últimos seis meses, à menor concessão de crédito a pessoas que já tinham restrição. Esse processo diminui o número médio de dívidas por pessoa inadimplente”, explica a economista.

As consultas ao banco de dados do SPC Brasil, que refletem o nível de atividade no varejo para as compras parceladas, apresentou avanço de 0,69% em fevereiro de 2014 na comparação com igual período de 2013. Essa variação, ainda que positiva, representou uma forte desaceleração do indicador, que havia registrado um aumento de 11,23% em fevereiro de 2013. O avanço de fevereiro, na base anual de comparação, foi o resultado mais fraco observado nos últimos seis meses e o mais baixo para os meses de fevereiro em toda série histórica, iniciada em 2012.

Na avaliação de Luiza Rodrigues, o resultado reforça o cenário de desaceleração da atividade econômica observada ao longo de 2013 e neste início de ano, período marcado por alta dos juros, queda da confiança do consumidor, crescimento moderado do crédito e desaceleração da massa salarial. Nesse sentido, o SPC Brasil e a CNDL entendem que os lojistas e os bancos estão mais criteriosos para conceder crédito.

“Estamos observando uma tendência de maior rigor no processo de concessão de crédito. O momento é menos favorável ao consumo das famílias, uma vez que o custo para o consumidor comprar a prazo aumentou”, explica Luiza Rodrigues.
No acumulado do bimestre, frente ao mesmo período de 2013, as vendas a prazo registraram um avanço de 2,83%. Na comparação com janeiro de 2014, as vendas apresentaram queda de 0,27%. O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, explica que o resultado negativo na base de comparação mensal é típico do período, até porque o consumidor está com renda mais comprometida nesta época.

Apesar da sazonalidade desfavorável, a queda das consultas em fevereiro de 2014 frente a janeiro de 2014 foi menos acentuada do que a verificada no mesmo período do ano passado (-4,07%), devido ao feriado de carnaval. “Se neste ano o Carnaval tivesse coincidido com fevereiro, como aconteceu nos anos anteriores, a queda no volume de vendas a prazo poderia ter sido ainda maior”, explica Pellizzaro Junior.

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