Não compre tijolos de solo cimento fora das especificações

A NBR 8492 de 12/2012 – Tijolo de solo-cimento — Análise dimensional, determinação da resistência à compressão e da absorção de água — Método de ensaio estabelece o método para análise dimensional, determinação da resistência à compressão e da absorção de água em tijolos de solo-cimento para alvenaria sem função estrutural.

Para a análise dimensional, deve-se usar uma escala metálica ou paquímetro com resolução de pelo menos 0,5 mm e comprimento adequado à dimensão máxima do tijolo. A máquina de ensaio à compressão deve: cumprir com os requisitos da NBR ISO 7500-1. Para laboratórios de ensaios, a máquina de ensaio deve pertencer à classe I, no mínimo. Para laboratórios instalados em obras e fábricas, admite-se a utilização de máquina de ensaio de classe II.

Além disso, a máquina deve ser equipada com dois pratos de apoio, de aço, sendo um deles articulado, que atuem na face superior do corpo de prova. Quando as dimensões dos pratos de apoio não forem suficientes para cobrir o corpo de prova, uma placa de aço monolítica deve ser colocada entre os pratos da máquina e o corpo de prova, com as características a seguir: as superfícies planas e rígidas dos pratos e placas de apoio não podem apresentar desníveis superiores a 0,08 mm para cada 400 mm; a placa deve ter espessura de 35 mm para cargas até 1 000 kN; possuir instrumentos que permitam a medida e a leitura de carga máxima com aproximação de ± 2%; ser provida de dispositivo que assegure distribuição uniforme dos esforços ao corpo de prova e ser capaz de transmitir a carga de modo progressivo e sem choques. Incluir um tanque com dimensões que permitam manter os corpos de prova submersos em água à temperatura ambiente durante todo o período de imersão.

Para o ensaio de absorção de água, deve-se dispor de uma balança com 10 kg de capacidade e resolução de 1 g; uma estufa capaz de manter a temperatura entre 105 °C e 110 °C; tanque de imersão com dimensões que possibilitem submergir os corpos de prova em água à temperatura ambiente durante a realização do ensaio. Para a execução dos ensaios, deve-se dispor de amostra que deve ser representativa do lote estabelecido na NBR 8491, em um total de 10 tijolos por lote. Cada tijolo deve ser marcado de maneira a ser identificado facilmente. Primeiramente, a amostra deve ser submetida ao ensaio de análise dimensional e, posteriormente, sete tijolos devem ser submetidos ao ensaio de compressão simples e três tijolos ao ensaio de absorção de água.

Para cada dimensão do corpo de prova devem ser executadas pelo menos três determinações em pontos distintos de cada face, sendo realizada uma determinação em cada extremidade e uma no meio do corpo de prova, com exatidão de 0,5 mm. Para o ensaio à compressão simples, de cada amostra devem ser preparados sete corpos de prova da seguinte maneira: cortar o tijolo ao meio, perpendicularmente à sua maior dimensão; superpor, por suas faces maiores, as duas metades obtidas e as superfícies cortadas invertidas, ligando-as com uma camada fina de pasta de cimento Portland, pré-contraída (repouso de aproximadamente 30 min), com 2 mm a 3 mm de espessura, e aguardar o endurecimento da pasta.

A resistência da pasta de cimento não pode ser menor que a do tijolo em ensaio. Quando o tijolo apresentar rebaixo, superpor suas duas metades de modo que as reentrâncias fiquem localizadas nas faces de trabalho do corpo de prova e encher as reentrâncias com pasta de cimento Portland, aguardando aproximadamente 12 h antes de proceder à etapa seguinte.

O corpo de prova obtido anteriormente, antes de ser submetido ao ensaio, deve apresentar suas faces planas e paralelas para que haja perfeito contato entre as superfícies de trabalho, podendo ser regularizadas por meio de retífica adequada ou capeamento com pasta de cimento Portland, com espessura máxima de 3 mm. Com uma espátula, retirar as rebarbas existentes.

Após o endurecimento do material utilizado, os corpos de prova devem ser identificados e imersos em água por no mínimo 6 h. Os corpos de prova devem ser retirados da água logo antes do ensaio e enxugados superficialmente com um pano levemente umedecido. Essa operação deve ser realizada em no máximo 3 min.

As dimensões das faces de trabalho devem ser determinadas com exatidão de 1 mm, sem o desconto das áreas de furos ou reentrâncias. O corpo de prova deve ser colocado diretamente sobre o prato inferior da máquina de ensaio à compressão, de maneira a ficar centrado em relação a este. A aplicação da carga deve ser uniforme e à razão de 500 N/s (50 kgf/s). A carga deve ser gradativamente elevada até ocorrer a ruptura do corpo de prova.

Para o ensaio de absorção de água, os três corpos de prova restantes da amostra retirada de cada lote formam a amostra para o ensaio de absorção de água. Secar os corpos de prova em estufa, entre 105 °C a 110 °C, até constância da massa, obtendo-se assim a massa m1 do corpo de prova seco, em gramas (g). Imergir o corpo de prova em um tanque durante 24 h. A imersão deve ser feita depois dos corpos de prova atingirem a temperatura ambiente.

Após retirar da água, enxugar superficialmente com um pano levemente umedecido e pesar (antes de decorridos 3 min), obtendo-se assim a massa do corpo de prova saturado m², em gramas (g). A dimensão de cada face é o valor médio das três determinações, em décimo de unidade, expressa em milímetros (mm). Pode-se destacar que o tijolo de solo cimento é obtido a partir da mistura de partes proporcionais de solo, cimento e água que, após um processo de cura endurece ganhando consistência e durabilidade para aplicação em várias obras.

O uso deste tipo de material vem desde 1948 e é uma evolução das construções de taipa e adobe. Além do baixo custo e do aproveitamento de materiais regionais (o que o torna sustentável) o tijolo solo-cimento também permite agregar um maior valor arquitetônico à obra que pode ganhar curvas, formas arredondadas e espessuras diferentes, graças à sua modularidade, o que permite um encaixe dos tijolos. O manejo e emprego deste tipo de material é similar aos convencionais no que concerne às fundações, reboco, vedações e, principalmente, na economia – tanto com alvenaria quanto com os demais elementos da construção como parte elétrica, hidráulica, fundação e telhado.

Pode-se a aplicar o tijolo de solo cimento em paredes monolíticas: com o auxílio de formas e guias erguem-se painéis inteiriços em camadas sucessivas no próprio local da obra; em pavimentos que são placas maciças totalmente apoiadas no chão, feitos em uma única camada; e o solo-cimento ensacado que é a mistura destinada à fabricação do solo-cimento e, em seguida compacta-se individualmente cada saco. As aplicações para o solo cimento vão desde a área urbana até a rural.

Por ser um material resistente que oferece perfeito acabamento nas faces prensadas, dispensa reboco ou chapisco e permite um maior conforto térmico e acústico. Além disso, evita a proliferação de pragas e insetos nocivos à saúde. Essas características somadas ao melhor custo benefício, durabilidade, beleza arquitetônica, sustentabilidade e versatilidade fazem do tijolo solo-cimento uma escolha que dá uma vantagem e segurança maior ao investimento, convertendo-se em satisfação garantida ao final da execução da obra.

Outro aspecto que conta a favor do produto é que ele tem desempenho equivalente ao tijolo cerâmico e aos blocos de concreto. Desde que fabricado com materiais de qualidade, pode ser empregado em praticamente todo tipo de construção. Pode ser usado na construção de edifícios com estrutura de concreto normal ou em parede monolítica. A Associação Brasileira de Cimento Portland recomenda o uso de cimento Portland composto CP II-F (com adição de material carbonático – fíler) para a produção de um solo cimento mais resistente. Neste caso, o produto pode ser utilizado até em pavimentação, que foi como ele começou a ser empregado no Brasil.

Ele possui algumas vantagens: um de seus principais componentes, o solo arenoso, é abundante em várias regiões do Brasil; o processo construtivo é simples e facilmente assimilado por mão de obra não qualificada; tem nível de conforto acústico e térmico semelhante ao do tijolo cerâmico; apresenta boa durabilidade e impermeabilidade; no caso de paredes monolíticas, dispensa chapisco, emboço e reboco; baixo custo de produção e ideal para a construção de habitações de interesse social. Possui desvantagens: pouco produzido industrialmente; ainda tem penetração limitada no mercado da construção civil, principalmente nas regiões sul e sudeste do país; quase nenhum incentivo governamental para que possa ser produzido em escala industrial.

Os riscos de cargas fora das tolerâncias em movimentação de carga

A NBR 8400-5 de 06/2019 – Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto – Parte 5: Cargas para ensaio e tolerâncias de fabricação estabelece as cargas de ensaio e as tolerâncias de fabricação para equipamentos de elevação de carga. As tolerâncias especificadas são válidas para equipamentos, como pontes rolantes, pórticos rolantes e guindastes. A NBR 8400, sob o título geral Equipamentos de elevação e movimentação de carga – Regras para projeto, tem previsão de conter as seguintes partes: Parte 1: Classificação e cargas sobre estruturas e mecanismos; Parte 2: Verificação das estruturas ao escoamento, fadiga e estabilidade; Parte 3: Verificação à fadiga e seleção de componentes dos mecanismos; Parte 4: Equipamento elétrico; Parte 5: Cargas para ensaio e tolerâncias de fabricação. Esta parte não é aplicável aos seguintes equipamentos: guindastes móveis com lança sobre pneus de borracha sólida ou pneumáticos, esteiras de lagartas, caminhões e reboques; equipamentos de elevação produzidos em série; talhas elétricas; talhas pneumáticas; acessórios para içamento; talhas manuais; plataformas de elevação, plataformas de trabalho; guinchos; macacos, tripés, aparelhos combinados para tração e içamento; empilhadeiras; equipamentos de manuseio de materiais a granel.

Antes de estarem em serviço, os equipamentos devem ser ensaiados dinamicamente sob condições de sobrecarga, utilizando a velocidade nominal máxima para cada movimento de acionamento e com sobrecarga que não seja menor do que a obtida pela multiplicação da carga de trabalho SL pelo coeficiente ρ fornecido na tabela abaixo.

Aplicando este ensaio dinâmico nas velocidades nominais, não é necessário realizar o ensaio estático. O procedimento detalhado dos ensaios a serem aplicados aos equipamentos de elevação e movimentação de cargas, antes da colocação em marcha, está estabelecido na NBR 16147. O uso das normas de projeto pressupõe que as tolerâncias especificadas para os equipamentos nos itens 4.2.1.1 ao 4.2.1.13 devem ser mantidas. Estas tolerâncias são aplicáveis exceto se outras condições tiverem sido acordadas com o usuário, sem levar em consideração as deformações elásticas durante a operação.

As deformações elásticas devem ser levadas em consideração se requerido. As tolerâncias especificadas são válidas para equipamentos como pontes rolantes, pórticos rolantes e guindastes. Quando forem utilizadas trenas, elas devem ser metálicas e calibradas. As leituras obtidas devem ser corrigidas levando-se em consideração a catenária da trena, bem como a divergência da temperatura ambiente em relação à temperatura-padrão de calibração. Todas as medições em um e no mesmo equipamento devem ser efetuadas com a mesma trena e a mesma força de tração.

A maior variação do vão do equipamento a partir da dimensão de projeto não pode exceder os seguintes valores: para s ≤ 15 m: Δs = ± 2 mm; para s > 15 m: Δs = ± [2 + 0,15 × (s – 15)] mm (máx. ± 15 mm). (s deve ser expresso em metros). As vigas do equipamento, suportadas livremente em suas extremidades, não podem ter flecha, mesmo se o projeto não prescrever uma contraflechas.

Isso significa que o caminho de rolamento do carro com o equipamento descarregado (sem carro) não pode ter qualquer desvio abaixo da horizontal. Este requisito somente é aplicável aos equipamentos com vão maior que 20 m. Para equipamentos com vão maior que 20 m, as vigas principais devem ser projetadas com uma contraflecha cujo valor deve ser igual à deflexão ocasionada pelo próprio peso das vigas mais 50% da soma do próprio peso do carro e da carga máxima.

Fica a critério do fabricante a aplicação da contraflecha nos seguintes casos: quando o valor calculado for inferior a 5 mm ou 1/2000 do vão (o que for maior); para vigas fabricadas de perfis simples. O equipamento de elevação é qualquer equipamento de trabalho para elevar e baixar cargas, e inclui todos os acessórios utilizados para o fazer (como acessórios para apoiar, fixar ou fixar o equipamento). Exemplos de equipamentos de elevação incluem: pontes rolantes e suas pistas de apoio; gruas de pacientes; elevadores de veículos; elevadores de cauda de veículos e guindastes montados em veículos; um berço de limpeza de edifícios e seu equipamento de suspensão; elevadores de mercadorias e passageiros; empilhadeiras; e acessórios de elevação.

Acessórios de levantamento são peças de equipamento que são usadas para prender a carga ao equipamento de elevação, fornecendo uma ligação entre as duas. Qualquer acessório de içamento usado entre o equipamento de içamento e a carga pode precisar ser levado em conta na determinação do peso total da carga. Exemplos de acessórios de elevação incluem: estilingues de fibra ou corda; cadeias (perna única ou múltipla); ganchos; olhais; vigas espalhadoras; dispositivos magnéticos e de vácuo.

A carga inclui qualquer material, pessoas ou animais (ou qualquer combinação destes) que seja levantada pelo equipamento de elevação. As cargas geralmente são fornecidas com pontos fixos ou fixos permanentes ou semipermanentes para elevação. Na maioria dos casos, esses são considerados parte da carga. Exemplos de cargas incluem: materiais a granel soltos; sacos, malas, paletes, etc.; itens como um grande bloco de concreto, máquinas e quaisquer olhais de elevação fixados permanentemente.

ISO/IEC 27701: o gerenciamento de informações sobre privacidade em segurança da informação

A ISO/IEC 27701:2019 – Security techniques – Extension to ISO/IEC 27001 and ISO/IEC 27002 for privacy information management – Requirements and Guidelines especifica os requisitos e fornece a orientação para estabelecer, implementar, manter e melhorar continuamente um Sistema de Gerenciamento de Informações sobre Privacidade (Privacy Information Management System – PIMS) na forma de uma extensão da ISO/IEC 27001 e ISO/IEC 27002 para gerenciamento de privacidade dentro do contexto da organização. Este documento especifica os requisitos relacionados ao PIMS e fornece orientação para os controladores de Personally Identifiable Information (PII) e processadores de PII que detêm responsabilidade e responsabilidade pelo processamento de PII.

Este documento é aplicável a todos os tipos e tamanhos de organizações, incluindo empresas públicas e privadas, entidades governamentais e organizações sem fins lucrativos, que são controladores de PII e/ou processadores de PII dentro de um SGSI.

Conteúdo da norma

Prefácio……………………………… vi

Introdução…. …………………… vii

1 Escopo…. ………………………. 1

2 Referências normativas……… 1

3 Termos, definições e abreviaturas………………… 1

4 Geral………………………………. ………………….. 2

4.1 Estrutura deste documento…………. ……….. 2

4.2 Aplicação dos requisitos da ISO/IEC 27001: 2013… …….. 2

4.3 Aplicação das diretrizes ISO/IEC 27002: 2013 ……………. 3

4.4 Cliente………………………………………… .4

5 Requisitos específicos do PIMS relacionados à ISO/IEC 27001…….. 4

5.1 Geral…………………………………… …… 4

5.2 Contexto da organização………… ………. 4

5.2.1 Entendendo a organização e seu contexto…………. 4

5.2.2 Entendendo as necessidades e expectativas das partes interessadas……………5

5.2.3 Determinar o escopo do sistema de gerenciamento de segurança da informação…………………. 5

5.2.4 Sistema de gerenciamento de segurança da informação…………………………. … 5

5.3 Liderança…………………………… 5

5.3.1 Liderança e compromisso……………………….. 5

5.3.2 Política……. ………………………………….. 5

5.3.3 Funções organizacionais, responsabilidades e autoridades………………………. 5

5.4 Planejamento………………. 6

5.4.1 Ações para endereçar riscos e oportunidades…….. …. 6

5.4.2 Objetivos de segurança da informação e planejamento para alcançá-los………. …….. 7

5.5 Suporte………………………………… ….. 7

5.5.1 Recursos…… ………………………… 7

5.5.2 Competência……….. ……………………. 7

5.5.3 Conscientização………. ………………….7

5.5.4 Comunicação………………. ……………. 7

5.5.5 Informação documentada………………… 7

5.6 Operação………………………………………….. 7

5.6.1 Planejamento e controle operacional……………… 7

5.6.2 Avaliação de risco de segurança da informação…………… 7

5.6.3 Tratamento do risco de segurança da informação…………………………………………… 7

5.7 Avaliação de desempenho.. ……………. 8

5.7.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação………………….. 8

5.7.2 Auditoria interna………. …………………. 8

5.7.3 Revisão da gestão……………………………. 8

5.8 Melhoria…………………………………………. 8

5.8.1 Não conformidade e ação corretiva…………… 8

5.8.2 Melhoria contínua…………………………………. 8

6 Orientações específicas do PIMS relacionadas à ISO/IEC 27002……………………… 8

6.1 Geral……………………………….. …… 8

6.2 Políticas de segurança da informação……………. …. 8

6.2.1 Direção da gerência para a segurança da informação…………………………… 8

6.3 Organização da segurança da informação…………….. 9

6.3.1 Organização interna…………………………………… 9

6.3.2 Dispositivos móveis e teletrabalho………………….. 10

6.4 Segurança dos recursos humanos…………………….. 10

6.4.1 Antes do emprego……………………………………………10

6.4.2 Durante o emprego……………………………………. 10

6.4.3 Rescisão e mudança de emprego…………… 11

6.5 Gestão de ativos…….. ……………………. 11

6.5.1 Responsabilidade pelos ativos……………….. 11

6.5.2 Classificação da informação………………….. 11

6.5.3 Manuseio de mídia…….. …………… 12

6.6 Controle de acesso…………………………. 13

6.6.1 Requisitos de negócios do controle de acesso….. 13

6.6.2 Gerenciamento de acesso do usuário………………. 13

6.6.3 Responsabilidades do usuário…………………………………………. ..14

6.6.4 Controle de acesso a sistemas e aplicativos……….. 14

6.7 Criptografia………. ……………………………….. 15

6.7.1 Controles criptográficos………………………….. 15

6.8 Segurança física e ambiental………………….. 15

6.8.1 Áreas seguras……………. …………………. 15

6.8.2 Equipamento………. ……………………. 16

6.9 Segurança operacional. …………………… 17

6.9.1 Procedimentos operacionais e responsabilidades……………. 17

6.9.2 Proteção contra malware…………………………… 18

6.9.3 Backup……………….. ……………………………. 18

6.9.4 Registro e monitoramento……………………….. 18

6.9.5 Controle do software operacional……………………. 19

6.9.6 Gerenciamento técnico de vulnerabilidades……………. 20

6.9.7 Considerações sobre auditoria de sistemas de informação………………………………. 20

6.10 Segurança de comunicações……………. ……… 20

6.10.1 Gerenciamento de segurança de rede……………………… 20

6.10.2 Transferência de informação……………………………. ..20

6.11 Aquisição, desenvolvimento e manutenção de sistemas…………………….. 21

6.11.1 Requisitos de segurança dos sistemas de informação…………………………………. 21

6.11.2 Segurança em processos de desenvolvimento e suporte……………………………….. 21

6.11.3 Dados de ensaio…………………….. 23

6.12 Relações com fornecedores …………….. 23

6.12.1 Segurança da informação nas relações com fornecedores…………………… 23

6.12.2 Gerenciamento de entrega de serviços de fornecedores…………………………. 24

6.13 Gerenciamento de incidentes de segurança da informação………………. …………….. 24

6.13.1 Gerenciamento de incidentes e melhorias de segurança da informação………………………. 24

6.14 Aspectos de segurança da informação na gestão de continuidade de negócios……………. ………….. 27

6.14.1 Continuidade da segurança da informação……………………. 27

6.14.2 Redundâncias………………… …………….. 27

6.15 Conformidade…………………………………. 27

6.15.1 Cumprimento dos requisitos legais e contratuais………… 27

6.15.2 Revisões de segurança da informação…………………………. 28

7 Orientação adicional ISO/IEC 27002 para controladores PII………………………… ..29

7.1 Geral…………………….. … 29

7.2 Condições para coleta e processamento…………………… 29

7.2.1 Identifique e documente a finalidade………………… 29

7.2.2 Identifique a base legal………………………………. 29

7.2.3 Determinar quando e como o consentimento deve ser obtido…………………………. 30

7.2.4 Obter e registrar o consentimento…………………. 30

7.2.5 Avaliação do impacto de privacidade…………… 31

7.2.6 Contratos com processadores PII………………….. 31

7.2.7 Controlador PII comum…………………….. …….. 32

7.2.8 Registros relacionados ao processamento de PII…………… 32

7.3 Obrigações com os princípios de PII………………….. ….. 33

7.3.1 Determinação e cumprimento de obrigações para com os princípios de PII…………………. 33

7.3.2 Determinando as informações para os principais objetos de informação pessoal…………………………….. 33

7.3.3 Fornecendo informações aos principais PII………. ……… 34

7.3.4 Fornecendo o mecanismo para modificar ou retirar o consentimento…………………… 34

7.3.5 Fornecendo o mecanismo para contestar o processamento de PII…………………………….. 35

7.3.6 Acesso, correção e/ou eliminação……………….. 35

7.3.7 Obrigações dos controladores de PII de informar terceiros…………………………….. 36

7.3.8 Fornecendo cópia das PII processadas……………………… 36

7.3.9 Processando solicitações……………………. …….. 37

7.3.10 Tomada de decisão automatizada………………………. 37

7.4 Privacidade por projeto e privacidade por norma………………………………………………………. 38

7.4.1 Cobrança limite………………………… 38

7.4.2 Processamento de limite…….. ………… 38

7.4.3 Precisão e qualidade…………………… ..38

7.4.4 Objetivos de minimização de PII……………….. 39

7.4.5 Desidentificação e eliminação de PII no final do processamento…………………………. 39

7.4.6 Arquivos temporários… ………….. 39

7.4.7 Retenção….. ………………………. 40

7.4.8 Descarte…. …………………………. 40

7.4.9 Controles de transmissão PII…………………. 40

7.5 Compartilhamento, transferência e divulgação de PII…………. 41

7.5.1 Identificar base para transferência de PII entre jurisdições………………………… 41

7.5.2 Países e organizações internacionais para os quais PII podem ser transferidos ………… 41

7.5.3 Registros de transferência de PII…………………… 41

7.5.4 Registros de divulgação de PII para terceiros……. 42

8 Orientação adicional ISO/IEC 27002 para processadores PII……………………………. … 42

8.1 Geral……………………………….. … 42

8.2 Condições para coleta e processamento……………………. 42

8.2.1 Contrato com o cliente……………………………….. .42

8.2.2 Finalidades da organização………………………………. 43

8.2.3 Marketing e publicidade…. ……………………….. 43

8.2.4 Instrução infratora……………………………. 43

8.2.5 Obrigações do cliente…………………………….. 43

8.2.6 Registros relacionados ao processamento de PII………………. 44

8.3 Obrigações aos principais PII…………………………. ….. 44

8.3.1 Obrigações para com os princípios de PII…………… 44

8.4 Privacidade por projeto e privacidade por norma…… 44

8.4.1 Arquivos temporários………… ……………. 44

8.4.2 Devolução, transferência ou descarte de PII………… 45

8.4.3 Controles de transmissão PII…………………. 45

8.5 Compartilhamento, transferência e divulgação de PII……… 46

8.5.1 Base para transferência de PII entre jurisdições….. 46

8.5.2 Países e organizações internacionais para as quais os PII podem ser transferidos…………. 46

8.5.3 Registros de divulgação de PII para terceiros… ……. 47

8.5.4 Notificação de solicitações de divulgação de PII………… 47

8.5.5 Divulgações de PII legalmente vinculativas………………………. 47

8.5.6 Divulgação de subcontratantes utilizados para processar PII……….. 47

8.5.7 Contratação de um subcontratado para processar PII…………………………………… 48

8.5.8 Mudança de subcontratado para processar PII………. 48

Anexo A (normativo) Objetivos e controles de referência específicos do PIMS (Controladores PII) …… 49

Anexo B (normativo) Objetivos e controles de referência específicos do PIMS (Processadores PII) ……. 53

Anexo C (informativo) Mapeamento para a ISO/IEC 29100……… 56

Anexo D (informativo) Mapeamento ao Regulamento Geral de Proteção de Dados………………… 58

Anexo E (informativo) Mapeamento para a ISO/IEC 27018 e ISO/IEC 29151……………. 61

Anexo F (informativo) Como aplicar a ISO/IEC 27701 à ISO/IEC 27001 e ISO/IEC 27002……………… 64

Bibliografia………………………66

Quase toda organização processa Informações Pessoais Identificáveis (Personally Identifiable Information – PII). Além disso, a quantidade e os tipos de PII processados estão aumentando, assim como o número de situações em que uma organização precisa cooperar com outras em relação ao processamento de PII. A proteção da privacidade no contexto do processamento de PII é uma necessidade social, bem como o tópico de legislação e/ou regulamentação dedicadas em todo o mundo.

O Sistema de Gerenciamento de Segurança da Informação (SGSI) definido na ISO/IEC 27001 foi projetado para permitir a adição de requisitos setoriais específicos, sem a necessidade de desenvolver um novo sistema de gestão. As normas do sistema de gestão ISO, incluindo as específicas do setor, são projetadas para serem implementadas separadamente ou como um sistema de Gestão combinado.

Os requisitos e as orientações para a proteção das PII variam de acordo com o contexto da organização, em particular quando existe legislação e/ou regulamentação nacional. A ISO/IEC 27001 exige que esse contexto seja compreendido e levado em consideração.

Este documento inclui mapeamento para: o quadro e os princípios de privacidade definidos na norma ISO/IEC 29100; ISO/IEC 27018; ISO/IEC 29151; e o Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE. No entanto, estas proteções podem precisar ser interpretadas para levar em conta a legislação e/ou regulamentação local. Este documento pode ser usado por controladores PII (incluindo aqueles que são controladores PII de junção) e processadores PII (incluindo aqueles que usam processadores PII subcontratados e aqueles que processam PII como subcontratantes para processadores PII).

Uma organização que atenda aos requisitos deste documento gerará evidências documentadas de como ele lida com o processamento de PII. Tal evidência pode ser usada para facilitar acordos com parceiros de negócios onde o processamento de PII é mutuamente relevante. Isso também pode ajudar nas relações com outras partes interessadas.

O uso deste documento em conjunto com a ISO/IEC 27001 pode, se desejado, fornecer uma verificação independente dessa evidência. Este documento foi inicialmente desenvolvido como ISO/IEC 27552 e ele se aplica a estrutura desenvolvida pela ISO para melhorar o alinhamento entre os normas do sistema de gestão e permite que uma organização alinhe ou integre seu PIMS com os requisitos de outras normas de gestão.

O correto suprimento de gases medicinais

A NBR 12188 de 03/2016 – Sistemas centralizados de suprimento de gases medicinais, de gases para dispositivos médicos e de vácuo para uso em serviços de saúde estabelece os requisitos para a instalação de sistemas centralizados de suprimento de gases medicinais, como o oxigênio medicinal 99, o oxigênio medicinal 93, o dióxido de carbono medicinal, o óxido nitroso medicinal, o ar comprimido medicinal e o ar sintético medicinal; de gases para dispositivos médicos, como nitrogênio e argônio, e limitados a estes; e de produção de vácuo para uso em serviços de saúde. Esta norma não se aplica ao sistema centralizado de gás usado em serviço de saúde que não os listados acima.

Uma central deve ter suprimento primário e reserva, conforme esquema de instalação na figura abaixo, e é composta de comandos, pressostatos e válvulas, e a Central de Suprimentos com sistema concentrador de oxigênio (SCO) deve seguir o disposto na NBR 13587. O suprimento reserva deve ser dimensionado em função do consumo efetivo médio do serviço de saúde ou, se este for desconhecido, do consumo máximo provável e das variáveis de distribuição do fornecedor.

Esta estocagem deve ser de no mínimo 150% do consumo efetivo médio do período de reposição do suprimento reserva estabelecido entre o serviço de saúde e o fornecedor. O controle do estoque do suprimento reserva é de responsabilidade do serviço de saúde, que deve, em comum acordo com o fornecedor deste suprimento, estabelecer comunicação formal para garantir o mínimo de estocagem determinada neste item.

O suprimento primário deve estar regulado para fornecimento constante, à pressão de distribuição. Em caso de falha, o suprimento reserva deve estar ajustado a uma pressão inferior à de distribuição do suprimento primário para entrar em operação automaticamente. A configuração do suprimento reserva deve garantir a sua recarga, sem que haja interrupção de seu fornecimento.

A central de suprimento com cilindros, tanque criogênico, estacionário ou móvel ou SCO deve ser instalada em recinto próprio e de uso exclusivo, com acesso restrito, com ventilação natural, em local que permita fácil acesso de equipamentos móveis de suprimento, não podendo ser usada como depósito de qualquer material estranho à central. Na central não é permitido o armazenamento de cilindros de gases inflamáveis, cheios ou vazios, e outros materiais inflamáveis.

A central, quando situada próxima de incineradores, caldeiras e outras fontes de calor, deve ser protegida de tal forma que se mantenha a uma temperatura abaixo de 54 °C. As instalações elétricas devem estar em conformidade com a NBR 5410. As centrais com tanques estacionários e SCO devem ser aterradas conforme NBR 5410. Deve ser afixado na central um aviso ostensivo proibindo o fumo e o uso de qualquer fonte de fogo ou faísca.

As tubulações, válvulas e manômetros que fazem parte da central devem ser construídos com materiais adequados ao tipo de gás com o qual irão trabalhar e devem ser instalados de forma a resistir às pressões específicas. Os cilindros do suprimento reserva devem estar adequadamente fixados para prevenir acidentes. Os cilindros fora de uso, eventualmente estocados dentro da central, devem permanecer corretamente fixados, identificados como cheios ou vazios e com os capacetes de proteção das válvulas devidamente acoplados.

Quando uma central estiver em área de nível mais baixo que outra área adjacente que contenha armazenamento de líquidos inflamáveis ou combustíveis, tornam-se necessárias medidas de contenção para evitar o fluxo desses líquidos para a área da central. Deve haver na central um ponto de água e iluminação suficiente para permitir a operação da central e dos instrumentos durante a noite. Deve haver proteção para que a central não seja atingida em caso de acidente, incêndio ou explosão.

O abrigo para as centrais de cilindros deve ter um pé-direito mínimo de 2,20 m. O suprimento reserva deve estar conectado com as respectivas válvulas abertas, pronto para entrada imediata por diferença de pressão. A central de suprimento com cilindros deve possuir duas ou mais baterias de cilindros, sendo que cada bateria deve possuir um ou mais cilindros. Os cilindros da central de suprimentos devem estar adequadamente fixados para prevenir acidentes.

A área destinada à central de cilindros ou à armazenagem destes, que contenham um volume de gases superior a 120 m³, quando localizada dentro do prédio do serviço de saúde ou contíguo às edificações, deve ficar protegida em recinto com paredes com resistência ao fogo de no mínimo 1 h. A localização da central de suprimento com cilindros deve obedecer às distâncias mínimas, exceto quando existir parede corta-fogo para proteção contra eventual risco.

As conexões dos chicotes ou das mangueiras flexíveis para acoplamento nos cilindros devem estar em conformidade com a NBR 11725. Cada bateria de cilindros deve estar conectada a uma válvula reguladora de pressão capaz de reduzir a pressão de estocagem para a pressão de distribuição, sempre inferior a 785 kPa, e capaz de manter a vazão máxima do sistema centralizado de forma contínua. Próximo à válvula reguladora de pressão deve haver um manômetro a montante, para indicar a pressão de cada bateria de cilindros, e outro a jusante, para indicar a pressão na rede.

Deve haver uma válvula de bloqueio a ser operada manualmente, entre o bloco central e cada bateria de cilindros, e uma outra válvula de bloqueio imediatamente após cada válvula reguladora de pressão. Deve ser instalada uma válvula de alívio de pressão regulada para abrir a uma pressão sempre superior à pressão de distribuição e inferior a 942 kPa, imediatamente após a válvula reguladora de pressão e antes da válvula de bloqueio.

A válvula de alívio de pressão deve ser instalada de tal forma que, uma vez acionada, o escapamento se dê para o ambiente externo, sem risco de atingir pessoas. A válvula de alívio de pressão deve ser de material adequado para uso nos respectivos sistemas e deve ser calibrada conforme as instruções do fabricante. A central de suprimento com tanque criogênico estacionário ou móvel deve estar localizada conforme legislação vigente. Deve ser instalada acima do solo, no mesmo nível de acesso do veículo de abastecimento e em local de fácil manobra desse veículo.

No caso específico de nitrogênio líquido, quando o tanque criogênico móvel estiver em área confinada, esta deve ser provida de ventilação natural ou forçada para manter a concentração de oxigênio dentro dos níveis aceitáveis. Esse ambiente deve ainda ser provido de monitoramento da atmosfera ambiente, com sinalização e alarme, e de sistema de exaustão próximo ao piso. A localização da central de suprimento com tanque criogênico estacionário ou móvel deve obedecer às distâncias mínimas, exceto quando existir parede corta-fogo para proteção contra eventual risco.

A central deve estar localizada em área distinta à passagem de cabos das linhas de transmissão de energia elétrica e tubulações de gases inflamáveis ou de qualquer classe de líquido inflamável. O piso da área destinada às operações de abastecimento deve ser de material não combustível, compatível com o oxigênio líquido ou o óxido nitroso e com temperaturas criogênicas. Asfalto e coberturas de resinas e tintas são considerados materiais combustíveis.

Em caso de vazamento de produto na forma líquida, deve ser eliminada a possibilidade de seu escoamento atingir as áreas adjacentes que tenham material combustível. Nas centrais de suprimento com tanque criogênico estacionário deve ser instalada uma válvula reguladora de pressão na fase gasosa, antes da conexão do suprimento reserva, capaz de reduzir a pressão de estocagem para a pressão de distribuição, sempre inferior a 785 kPa, e capaz de manter a vazão máxima do sistema centralizado, de forma contínua. Deve ser instalada uma válvula de alívio de pressão regulada para abrir a uma pressão sempre superior à pressão de distribuição e inferior a 942 kPa, imediatamente após a válvula reguladora de pressão e antes da válvula de bloqueio.

A descarga da válvula de segurança ou de alívio e do disco de ruptura deve ser direcionada para baixo, a uma altura aproximada de 20 cm do solo e em locais abertos, sem risco de atingir pessoas. A tubulação usada na fase líquida da central deve ser de liga resistente às temperaturas criogênicas. O suprimento reserva, seja outro tanque ou bateria de cilindros, deve ser do mesmo fornecedor do suprimento primário.

Sempre que o suprimento reserva em cilindros for utilizado, estes devem ser substituídos por cilindros com carga total, logo após reiniciar-se a operação com o suprimento primário. O suprimento reserva em cilindros, mesmo quando não utilizado, deve ser submetido a inspeções trimestrais quanto ao conteúdo, pressão, quantidade, data de validade e fixação dos cilindros, além das condições de operação e conservação geral.

Os locais onde usualmente são utilizados equipamentos de suporte a vida devem ser providos de suprimento de emergência para cada sistema centralizado. O cilindro de gás medicinal destinado a atender ao suprimento de emergência deve estar equipado com regulador de pressão e em condições de uso imediato, devendo ser transportado exclusivamente em carro apropriado. A central de suprimento deve conter um ou mais compressores, como suprimento primário, e um suprimento secundário, composto por um ou mais compressores, ou um suprimento reserva com cilindros. A capacidade da central deve ser tal que 100% do consumo máximo provável possam ser mantidos com um compressor fora de uso. Os compressores das centrais de suprimento primário e secundário devem ser ligados ao suprimento elétrico de emergência do serviço de saúde.

A central de suprimento secundário, com um ou mais compressores, deve ter entrada automática por diferença de pressão e deve ter possibilidade de funcionar manualmente, de forma alternada ou em paralelo. A central reserva de cilindros deve ser instalada com dois ou mais cilindros e o dimensionamento deve ser em função do consumo efetivo médio do cliente ou, nos casos em que este consumo for desconhecido, do consumo máximo provável e das variáveis de distribuição do fornecedor do gás.

A central de suprimento de ar comprimido medicinal com compressor deve estar localizada em recinto iluminado, de fácil acesso e vedado a pessoas estranhas. A central de suprimento de ar comprimido medicinal com compressor deve possuir um ou mais sistemas de purificação, com capacidade para atender a 100% do consumo máximo provável, para produzir o ar comprimido medicinal de acordo com as características da ISO 7396-1; N2: balanço; O2: de 20,4 % a 21,4 % v/v de oxigênio; CO: 5 μg/g máx. v/v; CO2: 500 μg/g máx. v/v; SO2: 1 μg/g máx. v/v; NO + NO2: 2 μg/g máx. v/v; óleos e partículas sólidas: 0,1 mg/m3 máx. v/v, medido a pressão ambiente; vapor de água: 67 μg/g máx. v/v (ponto de orvalho – 45,5 °C, referido à pressão atmosférica).

O sistema de controle e monitoramento deve incluir analisador para monitorar, de forma contínua, o ponto de orvalho. A calibração do analisador de ponto de orvalho deve ser efetuada de acordo com as instruções do fabricante e com as normas vigentes. Para pressões diferentes da pressão atmosférica, usar tabela de conversão. Este dispositivo deve possuir compensação para as variações de temperatura e pressão barométrica.

Enfim, os gases medicinais são medicamentos na forma de gás, gás liquefeito ou líquido criogênico isolados ou associados entre si e administrados em humanos para fins de diagnóstico médico, tratamento ou prevenção de doenças e para restauração, correção ou modificação de funções fisiológicas. São utilizados em hospitais, clínicas de saúde ou outros locais de interesse à saúde, bem como em tratamentos domiciliares de pacientes. São exemplos de gases medicinais: oxigênio medicinal; ar sintético medicinal; óxido nitroso medicinal e dióxido de carbono medicinal.

Aumente a produtividade com uma iluminação adequada nos locais de trabalho

Uma boa iluminação propicia a visualização do ambiente, permitindo que as pessoas vejam, se movam com segurança e desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, precisa e segura, sem causar fadiga visual e desconforto. A iluminação pode ser natural, artificial ou uma combinação de ambas. Uma boa iluminação requer igual atenção para a quantidade e qualidade da iluminação.

Embora seja necessária a provisão de uma iluminância sufi ciente em uma tarefa, em muitos exemplos a visibilidade depende da maneira pela qual a luz é fornecida, das características da cor da fonte de luz e da superfície em conjunto com o nível de ofuscamento do sistema. Importante levar em consideração não apenas a iluminância, mas também o limite referente ao desconforto por ofuscamento e o índice de reprodução de cor mínimo da fonte para especificar os vários locais de trabalho e tipos de tarefas.

Os valores a serem recomendados devem ser considerados, a fim de representar um balanço razoável, respeitando os requisitos de segurança, saúde e um desempenho eficiente do trabalho. Os valores podem ser atingidos com a utilização de soluções energeticamente eficientes. Existem também parâmetros ergonômicos visuais, como a capacidade de percepção e as características e atributos da tarefa, que determinam a qualidade das habilidades visuais do usuário e, consequentemente, os níveis de desempenho.

Em alguns casos a otimização destes fatores de influência pode melhorar o desempenho sem ser necessário aumentar os níveis de iluminância. Por exemplo, pela melhora do contraste na tarefa, ampliando a visualização de própria tarefa através do uso de equipamentos de auxílio à visão (óculos) e pela provisão de sistemas de iluminação especiais com capacidade de uma iluminação local direcional.

A NBR ISO/CIE 8995-1 de 03/2013 – Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança durante todo o período de trabalho. Esta norma não especifica como os sistemas ou técnicas de iluminação devem ser projetados a fim de aperfeiçoar as soluções para locais específicos de trabalho. Estas podem ser encontradas nos guias pertinentes e relatórios da CIE.

A prática de uma boa iluminação para locais de trabalho é muito mais que apenas fornecer uma boa visualização da tarefa. É essencial que as tarefas sejam realizadas facilmente e com conforto. Desta maneira a iluminação deve satisfazer os aspectos quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente.

Em geral a iluminação assegura: conforto visual, dando aos trabalhadores uma sensação de bem-estar, desempenho visual, ficando os trabalhadores capacitados a realizar suas tarefas visuais, rápida e precisamente, mesmo sob circunstâncias difíceis e durante longos períodos, segurança visual, ao olhar ao redor e detectar perigos. A fim de satisfazer isto, é requerido que seja dada atenção a todos os parâmetros que contribuem para o ambiente luminoso.

Os principais parâmetros são: distribuição da luminância, iluminância, ofuscamento, direcionalidade da luz, aspectos da cor da luz e superfícies, cintilação, luz natural, manutenção. Os valores de projeto para os parâmetros quantificáveis de iluminância, desconforto referente ao ofuscamento e reprodução de cor estão estabelecidos na Seção 5 para várias atividades. Adicionalmente à iluminação, existem outros parâmetros ergonômicos visuais que influenciam o desempenho visual dos operadores, como: as propriedades intrínsecas da tarefa (tamanho, forma, posição, cor e refletância do detalhe e do fundo); a capacidade oftálmica do operador (acuidade visual, percepção de profundidade, percepção da cor).

A atenção a estes fatores pode otimizar o desempenho visual sem a necessidade de um incremento dos níveis de iluminância. A distribuição da luminância no campo de visão controla o nível de adaptação dos olhos, o qual afeta a visibilidade da tarefa. Uma adaptação bem balanceada da luminância é necessária para ampliar: a acuidade visual (nitidez da visão), a sensibilidade ao contraste (discriminação das diferenças relativamente pequenas de luminância), a eficiência das funções oculares (como acomodação, convergência, contrações pupilares, movimento dos olhos etc.).

A distribuição de luminâncias variadas no campo de visão também afeta o conforto visual e convém que sejam evitadas: luminâncias muito altas que podem levar ao ofuscamento. Os contrastes de luminâncias muito altos causam fadiga visual devido à contínua readaptação dos olhos e as luminâncias muito baixas e contrastes de luminância muito baixos resultam em um ambiente de trabalho sem estímulo e tedioso.

Convém que seja dada atenção à adaptação na movimentação de zona para zona no interior do edifício. As luminâncias de todas as superfícies são importantes e são determinadas pela refletância e pela iluminância nas superfícies. As faixas de refletâncias úteis para as superfícies internas mais importantes são: teto: 0,6 – 0,9, paredes: 0,3 – 0,8, planos de trabalho: 0,2 – 0,6, piso: 0,1 – 0,5.

A iluminância e sua distribuição nas áreas de trabalho e no entorno imediato têm um maior impacto em como uma pessoa percebe e realiza a tarefa visual de forma rápida, segura e confortável. Para lugares onde a área específica é desconhecida, a área onde a tarefa pode ocorrer é considerada a área de tarefa. Todos os valores de iluminância especificados nesta norma são iluminâncias mantidas e proporcionam a segurança visual no trabalho e as necessidades do desempenho visual.

Os valores dados na Seção 5 são as iluminâncias mantidas sobre a área da tarefa no plano de referência que pode ser horizontal, vertical ou inclinado. A iluminância média para cada tarefa não pode estar abaixo dos valores dados na Seção 5, independentemente da idade e condições da instalação.

Os valores são válidos para uma condição visual normal e são levados em conta os seguintes fatores: requisitos para a tarefa visual, segurança, aspectos psicofisiológicos assim como conforto visual e bem-estar, economia, experiência prática. Os valores de iluminância podem ser ajustados em pelo menos um nível na escala da iluminância, se as condições visuais forem diferentes das assumidas como normais.

Convém que a iluminância seja aumentada quando os contrastes excepcionalmente baixos estão presentes na tarefa, o trabalho visual é crítico, a correção dos erros é onerosa, é da maior importância a exatidão ou a alta produtividade, a capacidade de visão dos trabalhadores está abaixo do normal. A iluminância mantida necessária pode ser reduzida quando os detalhes são de um tamanho excepcionalmente grande ou de alto contraste, a tarefa é realizada por um tempo excepcionalmente curto.

Em áreas onde um trabalho contínuo é realizado, a iluminância mantida não pode ser inferior a 200 lux. Um fator de aproximadamente 1,5 representa a menor diferença significativa no efeito subjetivo da iluminância. Em condições normais de iluminação, aproximadamente 20 lux de iluminância horizontal é exigida para diferenciar as características da face humana, e é o menor valor considerado para a escala das iluminâncias. A escala recomendada das iluminâncias é: 20 – 30 – 50 – 75 – 100 – 150 – 200 – 300 – 500 – 750 – 1.000 – 1.500 – 2.000 – 3.000 – 5.000 lux. A iluminância no entorno imediato deve estar relacionada com a iluminância da área de tarefa, e convém que proveja uma distribuição bem balanceada da luminância no campo de visão.

Mudanças drásticas nas iluminâncias ao redor da área de tarefa podem levar a um esforço visual estressante e desconforto. A iluminância mantida das áreas do entorno imediato pode ser mais baixa que a iluminância da área da tarefa, mas não pode ser inferior aos valores dados na tabela abaixo.

A uniformidade da iluminância é a razão entre o valor mínimo e o valor médio. A iluminância deve se alterar gradualmente. A área da tarefa deve ser iluminada o mais uniformemente possível. A uniformidade da iluminância na tarefa não pode ser menor que 0,7. A uniformidade da iluminância no entorno imediato não pode ser inferior a 0,5.

O ofuscamento é a sensação visual produzida por áreas brilhantes dentro do campo de visão, que pode ser experimentado tanto como um ofuscamento desconfortável quanto como um ofuscamento inabilitador. O ofuscamento pode também ser causado por reflexões em superfícies especulares e é normalmente conhecido como reflexões veladoras ou ofuscamento refletido.

É importante limitar o ofuscamento aos usuários para prevenir erros, fadiga e acidentes. O ofuscamento inabilitador é mais comum na iluminação exterior, mas também pode ser experimentado em iluminação pontual ou fontes brilhantes intensas, como uma janela em um espaço relativamente pouco iluminado.

No interior de locais de trabalho, o ofuscamento desconfortável geralmente surge diretamente de luminárias brilhantes ou janelas. Se os limites referentes ao ofuscamento desconfortável forem atendidos, o ofuscamento inabilitador não é geralmente um grande problema. O ofuscamento é causado por luminâncias excessivas ou contrastes no campo de visão e pode prejudicar a visualização dos objetos.

Convém que isto seja evitado, por exemplo, através da proteção contra visão direta das lâmpadas ou por um escurecimento nas janelas por anteparos. A iluminação direcional pode ser utilizada para destacar objetos, para revelar texturas e melhorar a aparência das pessoas em um espaço. Isto está descrito pelo termo “modelagem”. A iluminação direcional de uma tarefa visual pode também aumentar sua visibilidade.

A modelagem se refere ao equilíbrio entre a luz difusa e direcional. Isto é um critério válido da qualidade da iluminação em praticamente todos os tipos de ambientes internos. A aparência geral de um ambiente interno é realçada quando sua estrutura, as pessoas e os objetos inseridos nele são iluminados de tal forma que as texturas sejam reveladas de forma clara e agradável. Isto ocorre quando a luz vem notadamente de uma direção; as sombras formadas são essenciais para uma boa modelagem e são formadas sem confusão.

Não é recomendado que a iluminação seja tão direcional a ponto de poder produzir fortes sombras, nem convém que seja tão difusa ou o efeito da modelagem se perde por completo, resultando em um ambiente luminoso monótono. A iluminação em uma direção específica pode revelar os detalhes de uma tarefa visual, aumentando sua visibilidade e fazendo com que a tarefa seja realizada mais facilmente. É particularmente importante para tarefas de texturização finas e gravações/entalhes. As qualidades da cor de uma lâmpada próxima à cor branca são caracterizadas por dois atributos: a aparência de cor da própria lâmpada, sua capacidade de reprodução de cor, que afeta a aparência da cor de objetos e das pessoas iluminadas pela lâmpada.

Estes dois atributos devem ser considerados separadamente. É importante tanto para o desempenho visual quanto para a sensação de conforto e bem-estar que as cores do ambiente, dos objetos e da pele humana sejam reproduzidas natural e corretamente, e de modo que façam com que as pessoas tenham uma aparência atrativa e saudável.

As cores para segurança de acordo com a ISO 3864 devem sempre ser reconhecíveis e claramente discriminadas. Para fornecer uma indicação objetiva das propriedades de reprodução de cor de uma fonte de luz, foi introduzido o índice geral de reprodução de cor Ra. O valor máximo de Ra é 100. Este valor diminui com a redução da qualidade de reprodução de cor.

Não se recomenda a utilização de lâmpadas com Ra inferior a 80 em interiores onde as pessoas trabalham ou permanecem por longos períodos. Pode haver exceções para a iluminação de montagem alta (high-bay – iluminação utilizada em alturas de montagem superior a 6 m) e para iluminação externa.

Mas mesmo nessas condições devem ser tomadas medidas adequadas para garantir que lâmpadas com uma reprodução de cor mais alta sejam utilizadas em locais de trabalho continuamente ocupados e também onde as cores para segurança têm que ser reconhecidas. Os valores mínimos recomendados do índice geral de reprodução de cor de diferentes tipos de ambientes internos, tarefas ou atividades estão estabelecidos na Seção 5.

A luz natural pode fornecer parte ou toda a iluminação para execução de tarefas visuais. A luz natural varia em nível e composição espectral com o tempo e, por esta razão, a iluminação de um ambiente interno sofre variações. A luz natural pode criar uma modelagem e uma distribuição de luminância específica devido ao seu fluxo quase horizontal proveniente das janelas laterais.

A luz natural pode também ser fornecida por aberturas zenitais e outros elementos de fenestração. As janelas podem também fornecer um contato visual com o mundo exterior, o qual é preferido pela maioria das pessoas. Evitar o contraste excessivo e desconforto térmico causados pela exposição direta da luz do sol em áreas de trabalho. Fornecer um controle adequado da luz do sol, com persianas ou brises, de tal forma que a luz do sol direta não atinja os trabalhadores e/ou as superfícies no interior do campo de visão.

Em interiores com janelas laterais, a disponibilidade da luz natural diminui rapidamente com o distanciamento da janela. Não é recomendável, nestes interiores, que o fator de luz natural seja inferior a 1% no plano de trabalho a 3 m da parede da janela e a 1 m das paredes laterais.

Recomenda-se que uma iluminação suplementar seja fornecida para garantir a iluminância requerida no local de trabalho e o balanceamento da distribuição da luminância no interior da sala. Um acionamento automático ou manual e/ou um sistema de dimerização pode ser utilizado para garantir uma integração apropriada entre a luz artificial e a luz natural.

A fim de reduzir o ofuscamento causado pelas janelas, uma proteção deve ser prevista. Os níveis de iluminação recomendados para cada tarefa são fornecidos como iluminância mantida. A iluminância mantida depende das características de manutenção da lâmpada, da luminária, do ambiente e do programa de manutenção.

Convém que o projeto de iluminação seja desenvolvido com o fator de manutenção total calculado para o equipamento de iluminação selecionado, para o tipo de ambiente e para o cronograma de manutenção especificado. Não se recomenda que o fator de manutenção calculado seja inferior a 0,70.

Convém que a instalação do sistema de iluminação atenda aos requisitos de iluminação de um ambiente específico, de uma tarefa ou de uma atividade sem desperdício de energia. Entretanto, é importante não comprometer os aspectos visuais de uma instalação de iluminação simplesmente para reduzir o consumo de energia.

Isto requer que se considere um sistema de iluminação, equipamentos, controles apropriados e a utilização da luz natural disponível. Em alguns países são estabelecidos limites de energia disponível para a iluminação, os quais devem ser observados. Estes limites podem ser alcançados pela seleção criteriosa do sistema de iluminação e pela utilização de acionamento automático ou manual ou dimerização das lâmpadas.

Custos econômicos da poluição e degradação ambiental no Brasil

José Galizia Tundisi

Há uma permanente e inexorável degradação ambiental no Brasil, resultante de décadas de má administração na área ambiental, descaso de autoridades municipais e de muitos estados relativamente à poluição, e o avanço permanente de urbanização e de infraestrutura que alteram os ambientes naturais e contribuem para um crescimento dos problemas de poluição e contaminação.

A expansão de fronteira agrícola com o aumento do desmatamento; o uso intensivo do solo e das bacias hidrográficas, com práticas agrícolas defasadas, aplicações exageradas de fertilizantes e defensivos agrícolas; a crescente urbanização que trata somente 40% dos esgotos domésticos do Brasil; os inúmeros problemas resultantes da disposição de resíduos sólidos, que contribuem para uma poluição difusa persistente, do solo, da água e do ar; e um aumento da toxicidade em geral do solo, água e ar, que seguramente afetam a saúde humana, o funcionamento dos ecossistemas, reduzem a biodiversidade e comprometem os recursos naturais são todos causas efetivas.

A mineração é uma das atividades que mais causam problemas na deterioração da qualidade das águas superficiais e subterrâneas, na paisagem e na biodiversidade terrestre e aquática. Além dos acidentes, como o caso da Samarco no Vale do Rio Doce, que causam enormes impactos e grandes prejuízos em pouco tempo.

As áreas costeiras também são afetadas por estuários contaminados e com alto grau de poluentes, e por degradação gerada por sedimentos em suspensão e deterioração das regiões costeiras.

Dentre os principais problemas de contaminação e poluição do Brasil, está o da deterioração das águas superficiais e subterrâneas. Muitas reservas de águas doces que abastecem cidades e condomínios estão contaminadas, o que demanda um enorme investimento para o tratamento da água a fim de torná-la potável. Há poucas regiões do Brasil atualmente com águas naturais pristinas e sem contaminação.

Todo este conjunto de problemas, que resulta da intensificação das atividades humanas-urbanização, produção de alimentos, produção de energia, resulta em um impacto econômico certamente de grandes proporções ainda não mensurado adequadamente, mas certamente muito significativo (Tundisi et al., 2015).

Por exemplo, o tratamento de água para produção de água potável é extremamente dispendioso. São precisos de R$ 200,00 a R$ 300,00 reais para a produção de 1.000 m³ de água potável a partir de fontes degradadas. O custo para tratar águas pristinas e não contaminadas pode chegar, no máximo, a R$ 10,00 reais (Tundisi & Matsumura-Tundisi, 2010). Este é um exemplo.

Há outros custos não contabilizados: internações por doenças de veiculação hídrica; número de horas de trabalho perdidas por ausência devido a doenças com origem nas águas contaminadas; número de horas perdidas nas escolas por ausência devido a doenças de veiculação hídrica; intoxicações por substâncias tóxicas – não custa repetir.

Há, portanto, um enorme conjunto de danos à saúde pública, não contabilizados ou dimensionados, resultantes da poluição e contaminação. Em áreas metropolitanas a baixa qualidade do ar pode produzir inúmeras doenças respiratórias cujo impacto econômico deve ser mensurado.

A degradação ambiental no Brasil decorre de um quadro cada vez mais difícil de controlar: as leis existentes são adequadas, já a fiscalização é, no entanto, ineficiente e o treinamento e capacitação de agentes públicos são precários ou reduzidos. O monitoramento é pouco efetivo em escala nacional. Esta deveria prover um banco de dados competente e útil para promover políticas de recuperação e conservação.

Um dos problemas que mais afetam a população está relacionado com a qualidade das águas. Recreação, turismo e o abastecimento público ficam ameaçados pela eutrofização, que representa o impacto de nitrogênio e fósforo por esgotos não tratados. Sobre esse conjunto complexo deve-se ainda considerar o impacto das mudanças climáticas e o acúmulo dos POPs (Poluentes Orgânicos Persistentes) nas águas superficiais e subterrâneas.

Tais poluentes, uma inexorável e permanente contaminação, são resultado da adição de medicamentos, cosméticos, antibióticos, hormônios dissolvidos nas águas de rios, represas e águas subterrâneas e constituem a mais recente ameaça à saúde humana, à biodiversidade e ao funcionamento dos ecossistemas (Young et al., 2015).

O Brasil muito se beneficiaria se o custo agregado deste conjunto todo de degradações fosse contabilizado. Deve-se ainda considerar o investimento na recuperação de sistemas degradados, o que amplia a necessidade de investimentos nessa área. Quanto custa a poluição no Brasil? Com a palavra, os economistas para apresentarem os estudos com as ferramentas de que dispõem.

Investir em saneamento básico no Brasil para colocá-lo em um lugar mais privilegiado juntamente com os países desenvolvidos deve ser uma política de Estado de longa e permanente duração. Para tanto, é necessário calcular e dimensionar quanto se deve investir ao longo dos próximos 20 anos.

O país progrediu em modernização, mas não progrediu em desenvolvimento. Este é o dilema que precisa ser resolvido para ingressar o Brasil definitivamente no século 21. Ainda estamos longe. Existem tecnologia, conhecimento, informação. A execução é, no entanto, precária. (Tundisi & Matsumura-Tundisi, 2016).

Bibliografia

Tundisi, J.G. & Matsumura-Tundisi, T., 2010. Impactos potenciais das alterações do Código Florestal nos recursos hídricos. Biota Neotrop. 10 (4), pp 67-76, 2010. http://www.biotaneotropica.org.br/v10n4/pt/abstract?article+bn01110042010, ISSN 1676-0603.

Tundisi, J.G., Matsumura-Tundisi, T., Ciminelli, V.S., Barbosa, F.A.R., 2015a. Water availability, water quality water governance. In: Cudennec, C. et al. (Eds). Hydrological Sciences and Water Security: Past,Present and Future, vol. 366. PIAHS, pp. 75-79.

Tundisi, J.G. & Matsumura-Tundisi, T. Integrating ecohydrology, water management and watershed economy: case studies from Brazil. Ecohydrology & Hydrobiology. vol. 16, pp. 83-91, 2016.

Young, G., Demuth S., Mishra, A. & CUDENNEC C. Hydrological Sciences and Water Security: and overview. In: CUDENNEC, C. et al. (Editors). Hydrological Sciences and Water Security. Past, Present,Future. IAHS Publ. 366, pp. 1-6, 2015.

José Galizia Tundisi é professor titular aposentado da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, professor titular da Universidade Feevale (RS) e membro titular da Academia Brasileira de Ciências.

O combate eficiente em incêndios em transformadores

Como a sociedade moderna considera inquestionável o fornecimento de energia elétrica, os provedores são cada vez mais avaliados pela confiabilidade da infraestrutura usada para fornecer energia aos consumidores.

Uma única interrupção não planejada pode não apenas causar um desastre econômico, mas também pode danificar indevidamente o bom nome de um provedor de serviços públicos. Os consumidores demonstram pouca paciência e menos compreensão das complexidades necessárias para fornecer serviços elétricos ininterruptos.

Isso pode ficar claro quando um incêndio atinge uma subestação, causando interrupções generalizadas de energia e obrigando as autoridades a fechar estações de metrô, bloquear estradas e evacuar um hotel, etc. Indiscutivelmente, uma das peças mais importantes de qualquer subestação é um transformador de potência e ele por possuir óleo isolante representa o maior risco de incêndio em qualquer subestação. Os sistemas de proteção contra incêndio projetados especificamente para abordar os riscos exclusivos representados pelos transformadores de potência são uma consideração de projeto que deve ser reconhecida e compreendida.

Um transformador de potência típico de 117/15,2-kV, 37/50 / 62,5-MVA pode conter aproximadamente 37.855 L de óleo. Transformadores maiores podem conter muito mais. Transformadores são preenchidos com óleo por várias razões, a mais importante das quais é o isolamento.

Além disso, o óleo é usado como refrigerante e como um fluido dielétrico impedindo o arco elétrico, a quebra elétrica dos gases acompanhada pela descarga e a ionização resultante conhecida como corona. Como o óleo é um líquido combustível, quando ocorre uma falha no transformador, o próprio equipamento pode fornecer a fonte de ignição e o combustível para o fogo.

Uma vez que a ignição ocorre, o óleo irá sustentar a combustão até que seja completamente consumido, a menos que o oxigênio esteja esgotado ou que seja aplicado um resfriamento significativo para limitar a propagação do fogo. A caracterização técnica de um incêndio com líquido inflamável é um incêndio de classe B que apresenta riscos associados principalmente ao carregamento de combustível, configuração de combustível, ponto de fulgor e taxa de queima do combustível.

Já os sistemas de proteção contra incêndio de transformadores de potência envolve o sistema de dilúvio que utiliza cabeças de pulverização abertas ligadas a um sistema de tubos ligado a uma fonte de água através de uma válvula que é aberta por meio de um sistema de detecção instalado na mesma área que as cabeças de pulverização. Quando a válvula abre, a água flui para o sistema de tubulação e descarrega através de todas as cabeças de pulverização conectadas ao sistema. Este tipo de sistema usa grandes volumes de água, o que pode levar a outros problemas de limpeza pós-incêndio ou escoamento contaminado.

Um sistema de pulverização de água fixa é semelhante a um de dilúvio, contudo, os pontos de descarga de água são projetados para criar um padrão de pulverização exclusivo para a área ou equipamento específico que está sendo protegido. As localizações da cabeça de pulverização de água e o padrão de pulverização são adaptados à forma assimétrica do equipamento a ser protegido. O benefício adicional do projeto específico do equipamento é o controle da propagação do fogo através do aumento da umidade do equipamento sob a influência do fogo.

O sistema de névoa da água é semelhante ao de pulverização de água fixo com um benefício adicional de usar significativamente menos água, empregando cabeças de descarga especiais criando gotículas de água chamadas névoa. Um sistema de névoa de água é geralmente definido pelo tamanho da gotícula criado. Os tamanhos das gotículas são tipicamente inferiores a 1.000 mícrons e são gerados por uma bomba de alta pressão. As gotas de água criam uma névoa que permite que um determinado volume crie uma área de superfície maior exposta ao fogo.

O sistema de sprinklers automáticos conectados a um sistema de tubulação que contém ar com um sistema de detecção suplementar instalado nas mesmas áreas dos sprinklers. A ativação do sistema pode exigir um sinal do sistema de detecção e a ativação de calor de um sprinkler. 

Deve-se ressaltar a diferença entre proteção contra incêndio e supressão de incêndio. A supressão é definida como a redução acentuada na taxa de liberação de calor de um incêndio e a prevenção de seu recrescimento por uma aplicação suficiente de névoa de água. Ao contrário de um sistema de pulverização de água que é projetado estritamente como proteção, o sistema de névoa de água é um sistema de supressão de incêndio.

A NBR 12232 de 01/2015 – Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com gás carbônico (CO2) em transformadores e reatores de potência contendo óleo isolante estabelece os requisitos específicos mínimos para o projeto, instalação, manutenção e ensaios de sistemas fixos automáticos de CO2, por inundação total, com suprimento de gás em alta pressão, para proteção de transformadores e reatores de potência. O incêndio em óleo isolante é considerado fogo de superfície, portanto a aplicação de CO2 não se restringe aos sistemas de inundação total, podendo ser realizada também pelo método de aplicação local. Esta norma se aplica apenas aos transformadores e reatores de potência imersos em óleo isolante e abrigados, isto é, instalados em ambientes fechados, observadas as prescrições da NFPA 70. Os requisitos gerais para a proteção contra incêndio de subestações elétricas estão descritos na NBR 13231.

O sistema fixo automático de CO2, tipo inundação total ou aplicação local, deve ser utilizado dentro dos limites especificados nesta norma. O sistema deve ser operável automaticamente (provido de meios para operação manual remota e/ou local). Na condição de operação automática, a atuação do sistema deve sofrer um retardo em relação à atuação da rede de detecção, programado conforme NBR 17240, para abandono da área até um local seguro.

Devem ser previstos meios para rápido abandono do pessoal dos ambientes protegidos com CO2. Em todas as portas destes ambientes, devem ser fixadas externamente placas de sinalização de advertência para o risco, com os seguintes dizeres: “ATENÇÃO – AMBIENTE PROTEGIDO COM CO2 – AO ALARME, ABANDONE O RECINTO”. Quando houver a possibilidade de dois ou mais equipamentos estarem sujeitos a um incêndio simultaneamente, em face da sua proximidade e/ou interligação, cada um deles deve ser protegido por um sistema de CO2.

O ambiente que contém o equipamento protegido deve ser o mais fechado possível. As aberturas devem restringir-se ao mínimo, sendo localizadas de preferência no teto, ou próximas a ele, e providas de dispositivos de fechamento automático. Quando o fechamento das aberturas for impraticável, deve ser prevista uma quantidade adicional de CO2 para compensar o vazamento.

Se o ambiente protegido se comunicar, através de aberturas que não podem ser fechadas, com outros ambientes onde há risco potencial de incêndio, estes também devem ser protegidos. As janelas devem ser de preferência de fechamento automático, atuadas antes do início da descarga do gás. As portas de acesso aos ambientes protegidos (normalmente fechadas) devem possuir dispositivos de fechamento automático com acessórios necessários para sua abertura manual.

As distâncias entre as partes do sistema e as partes energizadas não devem ser menores que as especificadas na NFPA 12. O projeto do sistema fixo de CO2 deve ser desenvolvido segundo os critérios da NFPA 12. O fornecedor do sistema de CO2 deve apresentar o memorial de cálculo hidráulico do sistema, elaborado por software aprovado por entidade com certificado de acreditação.

A quantidade de CO2 deve ser calculada de modo a assegurar concentração mínima de 50% (concentração de projeto) no ambiente inundado. O dimensionamento da tubulação deve ser feito com base na vazão requerida em cada difusor, dentro dos requisitos de pressão residual de projeto, sendo que a pressão mínima no difusor mais desfavorável deve ser de 2,1 MPa (300 psi). A seleção dos orifícios equivalentes dos difusores deve ser baseada na vazão e na pressão residual em cada difusor.

Para efeito de cálculo das perdas de carga, a pressão inicial a ser considerada deve ser a pressão média no interior do cilindro, durante o escoamento da fase líquida de CO2. Para a temperatura de armazenamento de 21º C, esta pressão é igual a 5,86 MPa (850 psi). Os difusores selecionados devem constar em listagens confiáveis, onde são estabelecidos os seus parâmetros principais. O código de furação deve estar puncionado em seu corpo e registrado no projeto executivo.

Os difusores devem ser instalados de modo a garantir, sem congelamento interno, a gaseificação e o espalhamento uniforme de CO2. Os difusores devem ser de metal não sujeito à corrosão, com resistência compatível com as pressões e temperaturas de trabalho previstas e resistentes a danos mecânicos e aos danos provocados por substâncias químicas às quais podem estar sujeitos. Os difusores devem ser providos de espalhador de orifícios calibrados e devem possuir obrigatoriamente o código de furação estampado a frio no seu corpo (ver tabela abaixo), em local visível.

Deve ser previsto um painel central de comando e sinalização, instalado em local protegido e permanentemente assistido. O painel deve atender aos requisitos da NBR 17240, complementados com as seguintes funções: atuação da detecção por equipamento protegido; supervisão de CO2 por equipamento protegido; supervisão do sistema; falta de força no painel e entrada de fonte de alimentação de emergência; bloqueio da atuação do sistema fixo de CO2 .

A sinalização deve ser por meio de um alarme sonoro comum e alarme visual para cada evento. A alimentação elétrica do painel deve ser de modo que este esteja sempre energizado. Em caso de queda de energia da rede, a alimentação deve ser automaticamente transferida para uma fonte confiável de alimentação de emergência, que pode ser um sistema de bateria, com capacidade para no mínimo 24 h de operação em repouso e mais 15 min em situação de alarme.

A busca pela melhoria do comércio eletrônico

Pode-se dizer que um sistema eficaz e eficiente da transação de comércio eletrônico de negócio a consumidor (Business-to-consumer Electronic Commerce Transactions – B2C ECT) pode ajudar os consumidores e as organizações a negociarem todos os aspectos de uma transação.

Um B2C ECT envolve interações de internet entre a organização e o consumidor, quando acessado pelo consumidor por meio de qualquer dispositivo com conectividade com fio ou sem fio (por exemplo, computadores pessoais, tablets, assistentes digitais, pessoais e telefones celulares com acesso à internet).

Um B2C ECT pode também envolver outras redes de telecomunicação baseadas em dados (por exemplo, mensagens de texto curto) e várias interfaces, incluindo sites da internet, páginas da internet, meios sociais e e-mails. A transação de comércio eletrônico de negócio a consumidor

B2C ECT conjunto de interações entre uma organização e um consumidor para a provisão de um produto por operações online.

B2C refere-se ao processo de venda de produtos e serviços diretamente entre consumidores que são usuários finais de seus produtos ou serviços. A maioria das empresas que vendem diretamente para os consumidores pode ser chamada de empresas B2C. O B2C se tornou imensamente popular durante o boom das empresas de internet, no final dos anos 90, quando era usado principalmente para se referir a varejistas on-line que vendiam produtos e serviços para os consumidores pela internet.

Como modelo de negócio, o business-to-consumer difere significativamente do modelo business-to-business, que se refere ao comércio entre dois ou mais negócios. O B2C é um dos modelos de vendas mais populares e amplamente conhecidos. A ideia foi utilizada pela primeira vez por Michael Aldrich em 1979, que usou a televisão como o principal meio para chegar aos consumidores.

Tradicionalmente, o B2C se referia a compras em shoppings, restaurantes, filmes pay-per-view e infocomerciais. No entanto, a ascensão da internet criou um novo canal de negócios B2C na forma de comércio eletrônico ou venda de bens e serviços pela internet.

Embora muitas empresas B2C tenham sido vítimas do subsequente colapso das ponto.com, à medida que o interesse dos investidores no setor diminuiu e o financiamento de capital de risco secou, os líderes B2C, como Amazon e Priceline, sobreviveram ao abandono e desde então obtiveram grande sucesso. Qualquer empresa que confia em vendas B2C deve manter boas relações com seus clientes para garantir que eles retornem. Ao contrário do business-to-business (B2B), cujas campanhas de marketing são voltadas para demonstrar o valor de um produto ou serviço, as empresas que dependem do B2C devem obter uma resposta emocional ao marketing de seus clientes.

Confirmada em junho de 2019, a NBR ISO 10008 de 11/2013 – Gestão da qualidade — Satisfação do cliente — Diretrizes para transações de comércio eletrônico de negócio a consumidor fornece a orientação para o planejamento, projeto, desenvolvimento, implantação, manutenção e melhoria de um sistema eficaz e eficiente de transação de comércio eletrônico de negócio a consumidor (B2C ECT) dentro de uma organização. Esta norma é aplicável a qualquer organização voltada para, ou que planeja dar início a, transações de comércio eletrônico de negócio a consumidor, qualquer que seja seu tamanho, tipo e atividade.

Não se pretende que esta norma forme parte de um contrato de consumidor ou mude quaisquer direitos ou obrigações fornecidos por exigências estatutárias e reguladoras aplicáveis. Visa permitir às organizações estabelecer um sistema justo, eficaz, eficiente, transparente e seguro de B2C, a fim de aumentar a confiança de consumidores em B2C e aumentar a satisfação dos consumidores. É destinada à B2C a respeito dos consumidores como um subconjunto dos clientes. A sua orientação pode complementar o sistema de gestão da qualidade de uma organização.

O planejamento, o projeto, o desenvolvimento, a implantação, a manutenção e a melhoria eficaz e eficiente do sistema B2C de uma organização são orientados segundo a aderência aos princípios de base focalizados no consumidor. Estes princípios de base podem ajudar a aumentar a proteção ao consumidor em todo o sistema de B2C. O Anexo A fornece orientação adicional sobre a satisfação do cliente e necessidades do consumidor no contexto de B2C.

Uma organização deve ser ativamente comprometida com a adoção, integração e disseminação de um sistema de B2C, incluindo o cumprimento das promessas que são feitas aos consumidores em seu código de B2C. As pessoas da organização e os fornecedores de B2C devem ter os atributos, conhecimento, habilidades, treinamento e experiência necessários para exercer suas responsabilidades de uma maneira amigável ao consumidor.

A organização deve assegurar-se de que o sistema B2C seja apropriado para o tipo de transação envolvido, levando em consideração fatores como as características do consumidor, o tipo de produto e a natureza de qualquer reclamação ou preocupação, conforme aplicável. Uma organização deve assegurar-se de que seu sistema de B2C ECT e as informações sobre ele sejam adequadas, atuais, exatas, não enganosas, passíveis de verificação e de acordo com as exigências estatutárias e reguladoras aplicáveis.

Suficiente informação sobre o sistema B2C da organização deve ser divulgada aos consumidores, ao pessoal e a outras partes interessadas, e esta informação deve ser claramente visível. O sistema de B2C de uma organização e a informação relevante sobre ele deve ser fácil de encontrar, compreender e usar. O ISO/IEC Guide 76 fornece uma orientação adicional sobre acessibilidade. Em seu sistema de B2C ECT, uma organização deve responder às necessidades de consumidores. As respostas da organização, incluindo respostas a quaisquer perguntas ou queixas, devem ser fornecidas rapidamente e eficientemente, dada a natureza da necessidade e o processo em questão.

Uma organização deve assegurar-se de que sempre que o acordo do consumidor for exigido no B2C, este seja dado intencionalmente e baseado em informação completa. Uma organização deve desenvolver e implantar um sistema B2C que seja justo para todos os consumidores. Uma organização deve estabelecer e manter a responsabilidade para as ações e as decisões no que diz respeito a seu sistema de B2C, com o respectivo relatório, incluindo o que diz respeito a seus fornecedores B2C.

Uma organização deve monitorar dinamicamente o ambiente legislativo relevante e operar seu sistema de B2C de acordo com todas as exigências estatutárias e reguladoras aplicáveis. A informação pessoal sobre o consumidor recolhida por uma organização na aplicação de seu sistema de B2C deve ser mantida confidencial e ser protegida e tratada de acordo com todas as exigências estatutárias e reguladoras aplicáveis. Isto inclui a limitação do uso da informação àquelas finalidades para as quais um acordo explícito é obtido do consumidor.

Isto inclui também a limitação da divulgação de informação pessoal às situações que são vedadas por exigências estatutárias e reguladoras aplicáveis, ou, quando permitido, às situações que haja um acordo explícito para a divulgação dos dados do consumidor. A organização deve preservar a confidencialidade e a integridade de dados do consumidor no sistema B2C, por meio de medidas de segurança apropriadas à sensibilidade da informação, e aplicar melhores práticas geralmente aceitas para a proteção contra acesso desautorizado.

O sistema de B2C ECT de uma organização deve ser integrado com outros sistemas de gestão da qualidade da organização e, onde apropriado, outros sistemas de gestão. Isto deve incluir B2C ECT online e interações de venda convencionais do mercado, frente a frente ou à distância, onde aplicável, de uma maneira que seja consistente e compreensível a todos os consumidores.

O aumento da eficácia e a eficiência do sistema de B2C ECT deve ser um objetivo permanente da organização. Uma organização deve estabelecer e aplicar uma estrutura para tomada de decisão e ação no planejamento, projeto, desenvolvimento, implantação, manutenção e melhoria do sistema B2C ECT. Esta estrutura envolve a avaliação, a disponibilização e o desenvolvimento dos recursos necessários para dar suporte à execução dos processos no sentido de atingir os objetivos do sistema B2C ECT.

Inclui também o comprometimento da gestão superior, a atribuição de responsabilidades e autoridade apropriadas, e o treinamento, de acordo com os princípios de base indicados na Seção 4. No planejamento, projeto, desenvolvimento, implantação, manutenção e melhoria de seu sistema B2C ECT, a organização deve recolher e avaliar a informação a respeito de: necessidades e expectativas dos consumidores; questões associadas com os B2C ECT (por exemplo, privacidade, segurança, capacidade de reação e precisão); exigências estatutárias e regulamentares associadas com o tratamento destas questões (ver Anexo B); como estas questões se manifestam, seus efeitos potenciais, e como são referidas; e como outras organizações estão tratando estas questões.

É importante para a organização obter e avaliar a entrada das partes interessadas relevantes (por exemplo, clientes, fornecedores, associações da indústria, organizações de consumidores, organismos governamentais relevantes, autoridades reguladoras, pessoal e proprietários) a respeito dos B2C ECT. A organização deve determinar os objetivos a serem conseguidos pelo sistema de B2C ECT. Estes objetivos devem ser consistentes com os objetivos globais da organização, e seu cumprimento deve ser mensurável por indicadores de desempenho apropriados de utilização.

Estes objetivos devem ser revistos em intervalos regulares e atualizados segundo as necessidades. A organização deve preparar os indicadores de desempenho quantitativos e qualitativos projetados para avaliar e ajudar a compreender se o sistema de B2C ECT da organização é bem-sucedido em cumprir seus objetivos. Exemplos de indicadores de desempenho em relação ao sistema B2C ECT incluem: o número de vendas finalizadas bem-sucedidas com relação às visitas no site da internet; o número de retornos de entregas bem-sucedidas com relação ao total; o número de consumidores que retornam, com relação ao total; perdas e danos em relação às entregas totais; o número de entregas feitas no tempo adequado, com relação ao total; o número de falhas internas de sistema do site/plataforma; graduação ou classificação das avaliações que medem a satisfação dos consumidores; estatística em relação às reclamações e às suas soluções; e a rapidez das respostas aos feedbacks.

Uma organização deve planejar, projetar, desenvolver, implantar, manter e melhorar: os processos monofásicos, e os processos multifásicos. Um B2C ECT passa tipicamente por três fases distintas: uma fase da pré-transação, uma fase da transação, e uma fase de pós-transação. Um processo monofásico aplica-se a somente a uma das três fases de B2C ECT.

Por exemplo, o processo final das citações é específico à fase de transação. Um processo multifásico aplica-se a todas as três fases. A relação entre processos é dinâmica e não deve ser vista de uma maneira estritamente sequencial. Por exemplo, uma organização pode preparar um processo multifásico, como o estabelecimento de um código de B2C ECT, antes da preparação das fases de pré-transação, transação e de pós-transação.

A figura abaixo ilustra estes processos e as atividades relacionadas. O planejamento, o projeto e o desenvolvimento de cada um destes processos são fundamentais para sua implantação bem sucedida. A organização deve testar seu sistema B2C ECT antes da implantação, a fim de determinar a necessidade para ajustes.

Inserir comércio2

Uma organização deve reconhecer as atividades e as questões distintas associadas com as fases de pré-transação, transação e pós-transação. Na fase da pré-transação, o consumidor está procurando obter informações sobre uma organização, de seu produto e do sistema de B2C ECT. Uma organização deve dar suporte a esta fase criando, entregando e governando o conteúdo que atende a tais necessidades do consumidor para a informação.

A fase de transação envolve o pedido do produto, a aceitação dos termos do contrato, a transferência do valor em troca de um produto, o acordo a respeito da entrega do produto e o recurso se problemas aparecerem. Na fase da pós-transação, todas as partes cumprem as obrigações que fizeram como parte da fase da transação. Esta fase envolve as atividades relativas à entrega do produto, opções para ajustes para o pedido original ou para retornos, e manutenção de comunicações contínuas relevantes.

Nesta norma, conteúdo refere-se a palavras, imagens e mecanismos relacionados com a informação de comunicação sobre a organização, seus produtos e o sistema de B2C ECT. No contexto de B2C ECT, os processos multifásicos aplicam-se a todas as três fases de B2C ECT, e consistem em processos de interação com o consumidor e processos de gestão de dados do consumidor. Os processos da interação com o consumidor abrangem as atividades relativas ao estabelecimento e a aplicação do código B2C ECT, suporte ao consumidor, tratamento das reclamações, solução de disputas externas e tratamento dos feedbacks.

As interações entre a organização e os consumidores permitem uma compreensão melhor de como o sistema de B2C ECT está trabalhando e onde poderia ser melhorado. Os processos da gestão de dados do consumidor abrangem as atividades relativas à segurança e à privacidade. Os dados do consumidor são essenciais ao sistema de B2C ECT da organização e precisam ser controlados e protegidos apropriadamente.

A organização deve determinar os recursos necessários para planejar, projetar, desenvolver, implantar, manter e melhorar seu sistema B2C ECT. Os recursos incluem a provisão de pessoal competente e disponível, treinamento, procedimentos, documentação, suporte de especialistas, materiais e equipamento, facilidades, hardware de computador e software e finanças. Uma orientação sobre treinamento e documentação é fornecida na NBR ISO 10015 e na NBR ISO/TR 10013, respectivamente.

Os riscos dos elevadores elétricos e hidráulicos

É proibido o transporte de passageiros em elevadores de carga. Além do ascensorista, é permitido que apenas o acompanhante da carga viaje. A carga nominal mínima deve ser baseada na carga e na classe de carregamento a serem consideradas, mas nunca pode ser inferior ao estabelecido em seguida.

A NBR 14712 de 09/2013 – Elevadores elétricos e hidráulicos — Elevadores de carga, monta-cargas e elevadores de maca — Requisitos de segurança para construção e instalação estabelece os requisitos de segurança para construção e instalação de elevadores de carga, monta-cargas e elevadores de maca, elétricos e hidráulicos, instalados permanentemente, servindo a pavimentos definidos, e movendo-se entre guias inclinadas em no máximo 15° com a vertical, com ou sem casa de máquinas. Esta norma foi revisada para: contemplar adicionalmente os elevadores hidráulicos de carga; contemplar adicionalmente os elevadores elétricos de carga sem casa de máquinas; cancelar a permissão de que os elevadores de maca pudessem ter o número de passageiros reduzido em até 75% do número de passageiros dos elevadores de passageiros com a mesma área útil da cabina; acrescentar requisitos para o aço e tensões máximas admissíveis nos elementos da armação do carro e da plataforma e suas fixações; acrescentar requisitos para resistência mecânica das portas dos elevadores de carga; cancelar a permissão para o uso da porta pantográfica; inserir o Anexo B (normativo) – Dados de projeto e fórmulas; corrigir erros.

Em casos especiais, em complementação às exigências desta norma, devem ser consideradas exigências suplementares (atmosfera explosiva, condição climática extrema, terremotos, transporte de carga perigosa, etc.). Esta norma não se aplica a: elevadores para garagem com carregamento e descarregamento automáticos, elevadores dos tipos pinhão e cremalheira, elevador de fuso e plano inclinado; instalações em edifícios existentes para acomodação que o espaço não permite. Edifício existente é um edifício que é usado ou já foi usado antes que o pedido do elevador tenha sido feito. Um edifício cuja estrutura interna tenha sido completamente renovada é considerado um edifício novo.

Ressalte-se algumas modificações importantes (ver Anexo A) para um elevador instalado antes que esta norma seja validada e as aparelhagens de levantamento como paternoster, elevador de mina, elevador de palco, aparelhagem de armazenamento automático, elevador de caçamba, elevador para canteiro de obras, elevadores e guindaste de navios, plataforma para exploração ou perfuração no mar, aparelhagem de construção e manutenção; instalações onde a inclinação das guias com a vertical exceda 15°.

É proibido o transporte de passageiros em elevadores de carga. Além do ascensorista, é permitido que apenas o acompanhante da carga viaje. A carga nominal mínima deve ser baseada na carga e na classe de carregamento a serem consideradas, mas nunca pode ser inferior ao estabelecido em seguida. Os elevadores de carga devem ser projetados para uma das classes de carregamento descritas em seguida. Classe A – Carga comum, onde a carga é distribuída e nunca uma peça singela pesa mais que 25 % da carga nominal do elevador. O carregamento e o descarregamento são manuais ou através de empilhadeiras manuais. Para este tipo de carregamento, a carga nominal mínima deve ser calculada à base de 250 kg/m² da área útil da cabina.

Classe B – Carga automotiva, onde o elevador é usado para transporte de veículos utilitários ou automóveis de passageiros, até a carga nominal do elevador. Para este tipo de carregamento, a carga nominal mínima deve ser calculada à base de 150 kg/m² da área útil da cabina. Classe C –Aplica-se se o peso da carga concentrada, incluindo o da empilhadeira motorizada ou manual, se usada, for maior que 25 % da carga nominal e onde a carga a ser transportada não exceder a carga nominal.

Para este tipo de carregamento, a carga nominal mínima deve ser calculada à base de 250 kg/m² da área útil da cabina. O elevador deve ser provido com dispositivo de renivelamento de dois sentidos. A classe C é dividida em três tipos de carregamento: carregamento de classe C1: o carregamento e o descarregamento são feitos por empilhadeira motorizada ou manual, e esta viaja com a carga. A carga estática durante o carregamento e o descarregamento não excede a carga nominal do elevador.

O carregamento de classe C2: o carregamento e o descarregamento são feitos por empilhadeira motorizada ou manual, mas ela não viaja junto com a carga. A carga estática durante o carregamento e o descarregamento excede a carga nominal do elevador. A carga máxima sobre a plataforma durante o carregamento e o descarregamento não pode exceder 150% da carga nominal e o peso da empilhadeira motorizada ou manual não pode exceder 50 % da carga nominal do elevador.

A máquina de acionamento, o freio eletromecânico e a relação de tração devem ser adequados para suportar e manter o nivelamento de 150% da carga nominal. O carregamento de classe C3: carregamento com grande concentração de carga. A carga estática durante o carregamento, o descarregamento e a viagem não pode exceder a carga nominal do elevador. Em recintos fechados e onde ocorre somente a presença de funcionários e não de público em geral, é permitido o fechamento da caixa, casa de máquinas ou casa de polias, quando esta existir, com tela metálica de fio com diâmetro maior que 2 mm ou chapa metálica perfurada de espessura maior que 2 mm.

A maior dimensão da malha ou abertura não pode ser superior a 25 mm. O fechamento deve ser adequadamente contraventado ou reforçado, de modo que, quando da aplicação de uma força de 450 N, uniformemente distribuída em uma área circular ou quadrada de 25 cm², perpendicular ao fechamento, em qualquer ponto, de fora para dentro, ele resista sem qualquer deformação permanente; e resista sem deformação elástica maior que 15 mm.

Para cálculo das guias e das distâncias entre suportes, deve ser tomada como orientação a NBR NM 267:2002, Anexo G. Os valores destas forças devem ser indicados no desenho de montagem do elevador.  As casas de máquinas situadas fora do edifício podem ter suas paredes fechadas com tela metálica com abertura de malha não excedente a 25 mm e construída de fio de diâmetro no mínimo de 2 mm.

O aço deve ser laminado, forjado, formado ou fundido, atendendo aos requisitos das seguintes especificações: aço laminado e formado: ASTM A 36 ou ASTM A 283 Grau D; aço forjado: ASTM A 668 Classe B; aço fundido: ASTM A 27 Grau 60/30. O ferro fundido não pode ser usado para quaisquer partes submetidas a tensão, torção ou flexão, exceto para suportes de guiamento; corrediças; ou a ancoragem de cabos de compensação. O aço usado para rebites, parafusos e tirantes deve ser conforme as seguintes especificações: para rebites: ASTM A 502; para parafusos e tirantes: ASTM A 307.

As tensões nos elementos da armação do carro e da plataforma e de suas fixações, baseadas na carga estática imposta sobre eles, não podem exceder o seguinte: para aços atendendo aos requisitos de 4.7.1.1 e 4.7.1.2, conforme tabela abaixo; para aços de maior ou menor resistência, as tensões admissíveis da tabela abaixo devem ser ajustadas proporcionalmente, baseadas na razão com o limite de resistência à tração; para metais diferentes de aço, as tensões admissíveis da tabela abaixo devem ser ajustadas proporcionalmente, baseadas na razão com o limite de resistência à tração.

Os elementos da armação do carro, suportes e suas fixações sujeitas a forças devidas à aplicação de freada de emergência devem ser projetados para suportar as máximas forças desenvolvidas durante a fase de retardamento da freada de emergência, de modo que as tensões resultantes devido à freada de emergência e quaisquer outras cargas agindo simultaneamente, se aplicáveis, não possam exceder 190 MPa. O elevador de carga deve ter teto inteiriço em toda a extensão da área da cabina. É permitido teto perfurado, se a maior dimensão da abertura não exceder 12 mm.

Se o teto for de tela metálica, adicionalmente, o diâmetro do fio deve ser maior que 2 mm. As cabinas devem ter, internamente, uma altura livre mínima de 2 m. A iluminação da cabina deve ser protegida de modo a não ser danificada pela carga transportada pelo elevador. Em elevadores de carga automáticos, pode ser colocado interruptor para desligar a iluminação da cabina. As soleiras devem resistir às forças de B.1.1.6. Os elevadores de carga devem ter placas, colocadas em lugar bem visível, com os seguintes dizeres:

CARGA NOMINAL ____ kg

PROIBIDO O TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

As letras e os números utilizados nas placas devem ter altura mínima de 15 mm.

Além da placa descrita, deve ser colocada outra placa nas mesmas condições de visibilidade, pertinente com a classe de carregamento, com um dos seguintes dizeres:

para a Classe A de carregamento:

Carregamento Classe A

Carregamento e descarregamento somente manuais ou por empilhadeira manual.

Peça unitária da carga ou empilhadeira manual e sua carga não podem exceder ____ kg

A carga a ser considerada na determinação dos coeficientes de segurança nas solicitações à flexão, cisalhamento e tração é igual ao dobro da carga estática resultante do cálculo, admitindo-se o carro carregado com sua carga nominal. Para os elementos da máquina solicitados à torção, a carga a ser considerada na determinação dos coeficientes de segurança é igual ao dobro da carga estática em balanço resultante pelo cálculo, admitindo-se o carro carregado com sua carga nominal.

Todas as máquinas devem ser munidas de freio eletromecânico que se abra por corrente elétrica e mantenha as máquinas freadas por ação de molas ou da gravidade. As máquinas devem ter seus redutores construídos de maneira a não permitir a aceleração ou o retrocesso no caso de falha do motor em que o freio se mantenha aberto. Quando for adotado o uso de máquinas a tambor, a cabina deve ser dotada de dispositivo que desligue a alimentação do motor da máquina no caso de afrouxamento ou sobrecarga do cabo de tração.

A polia de tração da máquina deve ter diâmetro de pelo menos 30 vezes o diâmetro do cabo. As caixas devem ser fechadas em todos os lados e em toda a altura, permitindo-se somente o vão das portas. As caixas devem atender aos regulamentos locais em vigor sobre resistência ao fogo e satisfazer os seguintes requisitos mínimos.

Por exemplo, as paredes devem ser construídas de material incombustível; e seu fechamento deve, em caso de incêndio, manter sua resistência mecânica pelo período de tempo exigido pelos regulamentos locais em vigor sobre resistência ao fogo. O fechamento não pode ser constituído de materiais que possam tornar-se perigosos pela inflamabilidade ou pela natureza e quantidade de fumaça produzida. É permitido o uso de tela metálica ou chapa metálica perfurada,

API STD 2610: as instalações de terminais e tanques

Essa norma internacional, editada pela American Petroleum Institute (API) em 2018, trata do projeto, construção, operação, manutenção e inspeção de instalações de terminais e tanques. Em sua terceira edição, a norma foi desenvolvida para orientar o gerenciamento de terminais e tanques de forma a proteger o meio ambiente e a segurança dos trabalhadores e da sociedade.

A API STD 2610:2018 – Design, Construction, Operation, Maintenance, and Inspection of Terminal and Tank Facilities, Third Edition trata do projeto, construção, operação, manutenção e inspeção de instalações de terminais e tanques. Em sua terceira edição, a norma foi desenvolvido para orientar o gerenciamento de terminais e tanques de forma a proteger o meio ambiente e a segurança dos trabalhadores e da sociedade. Destina-se a instalações de terminais e tanques de petróleo associadas a comercialização, refino, tubulação e outras instalações similares.

Pode ser usada como um guia de recursos e gerenciamento pelos responsáveis por tais instalações e por aqueles que trabalham no local. Esta norma é uma compilação das práticas de conhecimento, informação e gestão da indústria para todos os aspectos relevantes das operações de terminais e tanques, agregados em um documento de visão geral que inclui as melhores práticas.

Nos casos em que maiores detalhes ou informações adicionais podem ser úteis ou necessários, essa norma faz referência a outras publicações da API ou guias e normas semelhantes do setor. Pretende-se que seja consistente, mas não substitua, quaisquer regulamentos federais, estaduais e locais aplicáveis.

Esta norma abrange o projeto, a construção, a operação, a inspeção e a manutenção de terminais de petróleo e instalações de tanques associados a atividades de marketing, refino, tubulação e outras atividades similares. Abrange a seleção e o espaçamento dos locais, prevenção de poluição e gestão de resíduos, operações seguras, prevenção e proteção contra incêndios, tanques, diques e encostas, sistemas mecânicos (tubulações, válvulas, bombas e sistemas de tubulação), transferência de produtos, proteção contra corrosão, estruturas e utilidades. e quintal, e remoções e desmantelamento.

O objetivo desta norma é consolidar uma ampla base de práticas atuais de experiência, conhecimento, informação e gerenciamento da indústria em um padrão coeso que inclua uma gama das melhores práticas. A indústria do petróleo está envolvida na fabricação, armazenamento, transporte, mistura e distribuição de petróleo bruto e produtos refinados. Instalações e plantas terminais individuais podem executar uma ou mais dessas funções.

Estas instalações representam diversas operações, desde pequenas instalações de distribuição (por exemplo, armazéns e estoque) a grandes instalações de armazenamento e distribuição (por exemplo, terminais marítimos e gasodutos e atacadistas), até grandes instalações integradas (por exemplo, refinarias de petróleo e produção de gorduras, misturas de petróleo, e plantas de embalagem).

Conteúdo da norma

1 Escopo e finalidade . . . . . . . . . . . . . . . 1

1.1Visão geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

1.2 Terminais de petróleo . . . . . . . . . . 1

1.3 Instalações de tanques de linha. . . . . . . . . . 1

1.4 Instalações de manutenção. . . . . . . . . . . . . 1

1.5 Plantas atacadistas. . . . . . . . . . . . . . . . 2

1.6 Instalações de mistura e embalagem de lubrificantes. . . . . 2

1.7 Plantas de asfalto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

1.8 Instalações de serviço de aviação.. . . . . . . . . . 2

1.9 Não aplicabilidade e retroatividade . . . . . . . . . 2

1.10 Requisitos e revisões governamentais.. . . . . . . 3

2 Referências normativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

3 Termos e definições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

4 Local de seleção e requisitos de espaçamento. . . . . . 14

4.1 Visão geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

4.2 Local de seleção.. . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

4.3 Requisitos de espaço.. . . . . . . . . . . . . . . . 15

5 Prevenção da poluição  e gestão de resíduos.. . . . . . . 16

5.1 Aplicabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

5.2 Hierarquia de gestão de resíduos. . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

5.3 Prevenção da poluição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

5.4 Práticas de gestão de resíduos. . . . . . . . . . . . . . . 21

6 Operações seguras de terminais e tanques. . . . . . . . . 22

6.1 Geral.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

6.2 Identificação do perigo. . . . . . . . . . . . . . 22

6.3 Procedimentos de operação.. . . . . . . . . . 23

6.4 Práticas de trabalho seguras. . . . . . . . . . . . . . . . 23

6.5 Procedimentos de resposta e controle de emergência. . . . 23

6.6 Gestão de mudança. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

6.7 Treinamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

6.8 Segurança e inspeção operacional. . . . . . . 24

6.9Investigação de incidente . . . . . . . . . . 25

6.10 Segurança do contratante. . . . . . . . . . . 25

7 Prevenção de proteção de incêndios. . . . . . . . . . 25

7.1 Geral.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

7.2 Prevenção de incêndios. . . . . . . . . . . . 25

7.3 Equipamento de combate a incêndio  . . . . . . . . 27

7.4 Extinção e controle de incêndio.. . . . . . . . . . . . 28

7.5 Fontes de água de proteção . . . . . . . . . . . . . . 29

7,6 Plano de emergência de incêndio. . . . . . . . . . 30

7.7 Orientação de proteção. . . . . . . . . . . . . . . 30

7.8 Considerações especiais sobre o produto. . . . . . 31

8 Tanques .  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

8.1 Tanques de armazenamento de petróleo no solo . . . . . . . . 32

8.2 Operações, inspeções, manutenção e reparo para tanques aéreos. . . . 37

8.3 Tanques de armazenamento acima do solo de plástico reforçado com fibra de vidro. . . . . . . . . . . . 39

8.4 Tanques de armazenamento subterrâneo e tubulação . . . . . 39

8.5 Emissões de vapor . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

9 Diques e encostas. . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

9.1 Visão geral.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

9,2 Diques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

9.3 Encostas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

10 Tubos, válvulas, bombas e sistemas de tubulação . . . . . . . . . . . 43

10.1 Geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

10.2 Compatibilidade de materiais.. . . . . . . . . . . . . . . 43

10.3 Sistemas de tubulação . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

10.4 Componentes da tubulação . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

10.5 Bombas.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

10.6 Garantia de integridade do canal dos sistemas de tubulação existentes……48

10.7 Ensaios após a construção. . . . . . . . . . . . . . 49

11Instalações de carregamento, descarregamento e transferência de produtos……………..49

11.1S Escopo. . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

11.2 Projeto geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

11.3 Carregamento/descarga de caminhões. . . . . . . . . . . 50

11.4 Carregamento e descarregamento de vagões-tanque. . . . . . . 53

11.5 Carregamento/descarregamento de marítimos. . . . . . . 55

11.6 Carregamento/descarregamento de aviação. . . . . . . . . . 56

11.7Controle de vapor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

11.8 Mistura oxigenada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

11.9 Sistemas e procedimentos de parada de emergência . . . . 59

11.10 Ensaio de produto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

11.11 Comunicação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

11,12 Medidas.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

11.13 Válvulas, linhas, braços de carga e identificação do produto da mangueira. . . . . . . . . . . . 60

11.14 Sistema de prevenção de liberação em áreas de carga/,descarga…… 60

11.15 Manutenção/ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

11.16 Sistemas auxiliares. . . . . . .61

12Controle de corrosão. .  . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

12.1 Escopo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

12.2 Revestimentos de proteção . . . . . . . . . . . . . . . 61

12.3 Revestimento do tanque interno. . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

12.4Proteção catódica (PC). . . . . . . . . . . . . . . . . . 68

12.5 Inibidores de corrosão volátil . . . . . . . . . . . . 70

13 Estruturas, utilidades e pátio.  . . . . . . . . . . . . 71

13.1 Estruturas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

13.2 Utilidades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

13.3 Pátio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

14 Remoções e desmobilização de instalações . . . . . . . 85

14.1 Geral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

14.2 Controle e proteção do local.. . . . . . . . . . . . 86

14.3 Preparações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

4.4 Execução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

14.5 Avaliação e remediação de locais. . . . . . . . . 87

14.6 Encerramento e limpeza. .. . . . . . . . . . . . . 87

14.7 Bloqueio de instalação  . . . . . . . . . 87

14.8 Sinalização e identificação.. . . . . . . 88

Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

Figuras

1 Terminais de sistemas de distribuição e serviço elétrico típico e granéis….. 74

2 Segregação e fluxo de resíduos em um terminal típico . . . . . 78

3 Pátio de carregamento de caminhão tanque sem garagem. . . . . . 82

4 Pátio de carregamento de caminhão tanque com garagem. . . . . 83

5 Dimensões de pátio para caminhões.. . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

Esta norma foi desenvolvida para orientar o gerenciamento de terminais e tanques de forma a proteger o meio ambiente e a segurança dos trabalhadores e do público. Destina-se a instalações de terminais e tanques de petróleo associadas a comercialização, refino, tubulação e outras instalações similares. Este padrão pode ser usado como um guia de recursos e gerenciamento pelos responsáveis por tais instalações e por aqueles que trabalham no local.

Esta norma é uma compilação das práticas de conhecimento, informação e gestão da indústria para todos os aspectos relevantes das operações de terminais e tanques, agregados em um documento de visão geral que inclui as melhores práticas. Nos casos em que maiores detalhes ou informações adicionais podem ser úteis ou necessários, esse padrão faz referência a outras publicações da API ou guias e normas semelhantes do setor. Pretende-se que seja consistente, mas não substitua, quaisquer regulamentos federais, estaduais e locais aplicáveis.

Os requisitos desta norma representam requisitos mínimos aplicáveis a todas as instalações dentro do escopo deste documento. Algumas disposições desta norma, conforme indicado pelo uso da palavra, são obrigatórias e devem ser seguidas para atender a intenção desta norma. Algumas provisões são recomendadas, como denotado pela palavra, mas não são obrigatórias. Essas provisões precisarão ser consideradas com base em fatores específicos do local. Ainda outras disposições são opcionais, como denotado pela palavra pode. Normalmente, estes serão fornecidos onde existe uma variedade de boas opções.

Para promover uma maior conscientização e ajudar a indústria a lidar com questões ambientais, de saúde e segurança, a API realizou o desenvolvimento deste documento único agregando as várias normas, especificações e práticas recomendadas no projeto, construção, operação, inspeção e manutenção de terminais de petróleo e tanques. A API também tem pesquisas significativas em andamento para ajudar os membros a lidar com questões de proteção de águas subterrâneas e remediação de contaminação do solo. Esta pesquisa inclui a avaliação da tecnologia de detecção de vazamentos aprimorada e a avaliação de melhores métodos para detectar e remediar a contaminação de águas subterrâneas e solo.