A confiabilidade e a manutenção dos ativos industriais

Cristiano Bertulucci Silveira

Nos últimos anos, a manutenção e gestão de ativos tornaram-se tão importantes quanto qualquer outra disciplina de gerenciamento. Isto se deve ao fato de que a crescente mecanização e automatização dos processos geraram uma forte dependência do ser humano por estes sistemas.

Manutenção corretiva, preventiva, preditiva e confiabilidade

Em qual geração sua empresa se encontra?

O motivo não foi somente porque a falha deles acarretava em perdas produtivas, mas porque muitas vezes a falha poderia gerar acidentes fatais. Como exemplo, podemos citar uma falha em um motor de um avião em pleno voo acarretando em um grave acidente.

Com o rápido crescimento do volume de produção nas indústrias, ocasionado principalmente pelo desenvolvimento tecnológico, as empresas aumentaram a capacidade de geração de receita vendendo mais seus produtos e gerando cada vez mais lucro. A necessidade de manter este cenário constante começou a ser de fundamental importância para a sobrevivência do negócio e a confiabilidade operacional dos equipamentos passou a ser tratada de forma estratégica. É sabido que cada vez que a linha produtiva é interrompida, a empresa deixa de ter um ganho razoável que tinha direito, por culpa ou inexecução de seus ativos. Chamamos isto de lucro cessante.

Além do lucro cessante, é importante citar o custo de manutenção dos ativos que atualmente figura nas empresas como o segundo maior custo operacional e em alguns casos até o maior. Tudo isto faz com que haja no mercado um crescimento explosivo de novos conceitos e técnicas de manutenção focando a confiabilidade operacional. Abaixo, podemos ver uma figura de como se deu esta evolução.

Baseando na Figura acima é possível verificar que a primeira geração preocupava-se somente com o conserto após a avaria, ou seja, simplesmente tratava-se de uma manutenção corretiva não sendo muito interessante nos moldes atuais. Nesta geração nunca era possível saber quando o equipamento iria falhar.

A segunda geração já introduziu o conceito de manutenção preventiva, trabalhando com o planejamento, programação e controle e intervindo nos equipamentos em períodos pré-estabelecidos. Houve uma melhoria expressiva em relação à primeira geração, porém sabe-se atualmente que muitos equipamentos não obedecem a famosa curva da banheira, ou seja, torna-se evidente que há cada vez menos relação entre a idade operacional da maioria dos itens e a probabilidade de eles falharem.

Outro fator muito importante que começou a ser observado é que algumas intervenções nas máquinas e equipamentos, em nome da manutenção preventiva, não impediam que o equipamento viesse a falhar posteriormente. Em outros casos, falhas poderiam até ser inseridas devido à execução de alguns procedimentos incorretos e outros itens importantes nem ao menos apareciam nos programas de manutenção.

A partir de um entendimento melhor, surgiram com a terceira geração, novos conceitos objetivando fornecer um entendimento maior sobre os ativos que compõem a organização e atualmente estes conceitos tendem a ser cada vez mais aplicados nas empresas. Podemos então citar:

  • Utilização de ferramentas de suporte a decisões, tais como estudos sobre riscos, modos de falha e análise dos efeitos (FMEA, FMECA, Ishikawa ou espinha de peixe, MASP, etc.) e sistemas especialistas.
  • Novas técnicas de manutenção, tais como monitoramento de condições citando todos os tipos de inspeções e técnicas de manutenção preditiva.
  • Projeto de equipamento com ênfase muito maior na confiabilidade e na manutenbilidade.
  • Forte mudança no pensamento empresarial em relação a participação, trabalho em equipe e flexibilidade.

Com a terceira geração, surgiu o RCM (Reliability-centred Maintenance) ou MCC (Manutenção Centrada na Confiabilidade) que segundo John Moubray define-se como “um processo usado para determinar o que deve ser feito para assegurar que qualquer ativo físico continue a fazer o que os seus usuários querem que ele faça no seu contexto operacional presente”. A Engenharia da informação também começou a ser bastante utilizada. Softwares para mapeamento de falhas e monitoramento on-line com utilização de técnicas preditivas já são realidade em determinados processos. A tratativa das informações utilizando ferramentas estatísticas na busca do entendimento dos equipamentos e seus componentes fornece a equipe de manutenção maior embasamento para tomada de decisões.

O apontamento adequado das falhas, a rastreabilidade e o histórico dos equipamentos tornam-se extremamente importantes e mais ainda, a busca pela compreensão do que pode causar a falha e como evitá-la projeta a principal função do manutentor no mundo atual. O manutentor também pode contar com diferentes ferramentas. É possível utilizar softwares especialistas e sistemas supervisórios capazes de realizar apontamentos de falhas e gerenciar informações de campo, com possibilidade de monitoramento estatístico e identificação do melhor momento para intervenção nos equipamentos.

Como mencionado anteriormente a manutenção e conservação dos ativos deve evoluir à medida que o mercado torna-se cada vez mais competitivo. As estratégias vencedoras de negócios são apoiadas em vantagens competitivas sustentáveis e uma fonte de vantagem competitiva com certeza é conseguir obter custos mais baixos do que os concorrentes. Quanto menor forem os custos operacionais e mais eficientes forem tratados, melhor a empresa conseguirá se posicionar e isto é possível a partir do momento que existe entendimento e melhor utilização dos ativos industriais.

Cristiano Bertulucci Silveira é engenheiro eletricista pela Unesp com MBA em Gestão de Projetos pela FVG e certificado pelo PMI. Atuou em gestão de ativos e gestão de projetos em grandes empresas como CBA-Votorantim Metais, Siemens e Votorantim Cimentos. Atualmente é diretor de projetos da Citisystems – cristiano@citisystems.com.br – Skype: cristianociti

Normas técnicas

Existem três normas técnicas sobre o assunto: a NBR ISO 55000 de 01/2014 – Gestão de ativos – Visão geral, princípios e terminologia que fornece uma visão geral de gestão de ativos, seus princípios e terminologia, e os benefícios esperados com a adoção da gestão de ativos. Pode ser aplicada a todos os tipos de ativos e por organizações de todos os tipos e tamanhos; a NBR ISO 55001 de 01/2014 – Gestão de ativos – Sistemas de gestão – Requisitos que especifica requisitos para um sistema de gestão de ativos dentro do contexto da organização e pode ser aplicada a todos os tipos de ativos e por todos os tipos e tamanhos de organizações; e a NBR ISO 55002 de 01/2014 – Gestão de ativos – Sistemas de gestão – Diretrizes para a aplicação da NBR ISO 55001 que fornece as diretrizes para a aplicação de um sistema de gestão de ativos de acordo com os requisitos da NBR ISO 55001, e que pode ser aplicada a todos os tipos de ativos, por todos os tipos e tamanhos de organizações.

As normas destinam-se principalmente: àqueles que pensam em como melhorar a obtenção de valor para a sua organização a partir de suas bases de ativos; àqueles envolvidos no estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria de um sistema de gestão de ativos; e àqueles envolvidos no planejamento, projeto, implementação e análise crítica de atividades de gestão de ativos, juntamente com prestadores de serviços. A adoção dessas normas possibilita a uma organização alcançar seus objetivos por meio de uma gestão eficaz e eficiente dos seus ativos.

A aplicação de um sistema de gestão de ativos fornece garantias para que tais objetivos possam ser alcançados de forma consistente e sustentável ao longo do tempo. O Anexo A na NBR ISO 55000 fornece informações adicionais sobre áreas relacionadas com atividades de gestão de ativos e o seu Anexo B apresenta a relação entre os elementos-chave de um sistema de gestão de ativos.

Cheguei aos 40. Ainda dá pra mudar de carreira?

TRAGÉDIAS, CRIMES E PRÁTICAS INFRATIVAS DECORRENTES DA NÃO OBSERVÂNCIA DE NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS – NBR

R$ 63,90

Capa da publicação E1324

Essa publicação aborda, através da apresentação de casos reais, como o cumprimento de normas técnicas NBR – ABNT está diretamente ligada à segurança, à saúde e à qualidade de vida em nosso dia a dia. O autor explica de forma prática, e infelizmente mostrando tragédias, como as normas técnicas estão presentes no nosso cotidiano. Elas devem ser levadas a sério quanto à sua observância obrigatória e o poder público precisa fazer gestão para fomentar esse cumprimento por parte da sociedade produtiva e de serviço.  Mais informações: https://www.target.com.br/livros/target/livro_2013.aspx

Maurício Sampaio

Se você acredita que chegou aos 40 anos de idade e agora não existe mais tempo para rever seus sonhos e seu projeto profissional, então saiba que, pelas estatísticas, você passou recentemente apenas metade do caminho. Segundo as recentes pesquisas do IBGE, a expectativa de vida dos brasileiros é de 74,6 anos. Aliás, a taxa não para de crescer. Em 2002, por exemplo, o índice era de 71 anos. Ou seja: se você está lendo este artigo agora e tem dúvida se vale mudar de vida e ser feliz, não perca mais tempo.

Essa sensação tão forte que chega nessa etapa da vida, em grande parte da população entre 37 a 45 anos, é considerada normal pelos estudiosos no assunto. De acordo com alguns autores, é a fase chamada de estabelecimento e manutenção. Trata-se de um período em que as pessoas param para rever o que construíram até o exato momento, preocupam-se mais com seu autoconceito e analisam o que realmente querem para os próximos anos.

É quase um balanço, assim como se faz nas grandes empresas, para parar, analisar, refletir e agir novamente. Separar o que valeu e não valeu a pena, aonde colocar mais esforços e tomar decisões estratégicas para viver com plenitude nos próximos anos.

Isso acontece por alguns motivos. Para alguns profissionais, o que pesa foi o tempo fora de casa e longe da família, pois nessa idade se percebe que as horas diárias dedicadas ao trabalho superaram as horas de contato com os filhos. Com isso, muito acabam contraindo um sentimento forte de culpa.

Outro aspecto que faz com que essa fase seja mais reflexiva é porque muitos, por mais que estejam satisfeitos financeiramente, ainda acreditam que não estão se sentindo completos, realizados. É muito comum ver exemplo de profissionais bem sucedidos que acabam utilizando suas economias para causas beneficentes, apadrinhando ONGs e projetos sociais.

Sempre existe a hora de mudar. Nada impede que alguém, principalmente no auge da idade, refaça uma escolha profissional.

O mercado de trabalho mudou, as oportunidades mudaram, a tecnologia abriu portas para que as pessoas exponham seus talentos e habilidades… O que não falta são opções para empreender! Porém, o mais importante é encontrar a satisfação pessoal e profissional, buscar o que realmente faz sentido na vida e que seja motivador.

Por fim, deixo uma dica com uma equação que pode ajudar nessa escolha: 70% / 30%. Ao decidir por qualquer atividade, tenha sempre em mente que 70% dessa nova ocupação deve lhe dar prazer, e 30% são os afazeres essenciais, que devem ser cumpridos para que os 70% funcione. Acredite, vá em frente e boa sorte!

Maurício Sampaio é coach de carreira, educador, orientador vocacional e profissional, palestrante, escritor e fundador do InstitutoMS. www.mauriciosampaio.com.br

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CSN: os impactos ambientais que nunca serão recuperados

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Quando se chega de ônibus na cidade Volta Redonda (RJ), a rodoviária parece ser igual a muitas outras espalhadas pelo Brasil. Contudo, quando um estranho pede para ir ao bairro de Volta Grande IV, o motorista de táxi parece estranhar, mas não faz pergunta. Esse bairro fica ao lado do rio Paraíba do Sul e de um terreno com material estocado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Os estudos no solo do bairro Volta Grande IV parecem indicar contaminação com substâncias tóxicas pela própria empresa. As análises exigidas pela Justiça vão determinar se 750 famílias vão poder continuar morando na área. O terreno doado há 15 anos pela CSN ao Sindicato dos Metalúrgicos para a construção de casas populares era um antigo lixão. A companhia depositava toneladas de resíduos industriais com alto poder de contaminação no local. As amostras de solo revelaram a presença de 20 substâncias tóxicas ou cancerígenas. A empresa já foi multada em R$ 35 milhões pela contaminação de parte do terreno.

Entre os moradores do bairro, há inúmeros relatos de doenças. Reclamam de problemas respiratórios e irritação na pele. A idosa conta que o depósito também irradia um pó preto que suja a sua residência. Entre as substâncias tóxicas encontradas no terreno pelos órgãos ambientais estão o benzopireno, subproduto oriundo da unidade de coque da CSN, que apresentou níveis duas vezes acima do tolerável. No caso do ascarel, um óleo industrial tóxico e persistente utilizado como isolante de equipamentos elétricos, o nível é 90 vezes maior do que o aceitável.

O bairro Volta Grande abriga um conjunto habitacional homônimo, cujo terreno foi doado pela CSN ao Sindicato dos Metalúrgicos, posteriormente à implantação do depósito. De acordo com o texto da ação, consultorias ambientais contratadas pela própria CSN para averiguar os impactos na região confirmaram a contaminação do solo e das águas subterrâneas, que escoam para o rio Paraíba do Sul, assim como a presença de substâncias tóxicas e cancerígenas, como bifenilas policloradas (PCBs), cromo, naftaleno, chumbo, benzeno, dioxinas, furanos e xilenos, em áreas ocupadas por residências e centros de lazer.

Na verdade, o aço é imprescindível para a construção civil, especialmente como componente da estrutura das edificações em concreto armado ou somente em aço. No mercado da construção civil, o aço está em toda a parte. E as vantagens na sua utilização são diversas. Mas, se por um lado as vantagens são muitas, por outro lado os impactos ambientais negativos oriundos da fabricação deste insumo são diversos.

A energia utilizada na produção siderúrgica, mais precisamente na produção de ferro-gusa, vem da queima de carvão vegetal, que é produzido muitas vezes a partir da extração ilegal de mata nativa. Poderia haver o uso de madeira plantada para este fim, mas a monocultura está relacionada com uso de agrotóxico e redução de biodiversidade, dentre outros problemas ambientais.

As siderúrgicas emitem CO2 (dióxido de carbono) e CH4 (metano) na atmosfera, contribuindo para agravar o efeito estufa. Óxidos de enxofre (SOx) e óxidos de nitrogênio (NOx) também são emitidos. Estes reagem com a umidade presente no ar e constituindo assim a chamada chuva ácida. O uso de filtros adequados é a solução mais adequada para minimizar este impacto.

As siderúrgicas, no processo de fabricação do aço emitem efluentes líquidos altamente poluentes em corpos d’água próximos à unidade fabril. Esses efluentes contêm hidrocarbonetos, cobre, níquel, chumbo, amônia e outros elementos químicos, altamente nocivos aos ecossistemas locais. Para mitigar este problema, os efluentes devem passar por estações de tratamento antes de serem descartados.

O consumo de energia é um importante indicador para o debate sobre siderurgia, ambiente e sociedade, uma vez que a produção de energia tem diferentes impactos, e à medida que seu consumo for reduzido, menor será a necessidade de sua produção. A produção siderúrgica é caracterizada por sua grande necessidade de energia, principalmente térmica, para fundir o ferro-gusa e, assim, conseguir transformá-lo em aço.

Uma alternativa para tentar reduzir o impacto do setor, pelo menos do ponto de vista das mudanças climáticas, é a substituição do carvão mineral, por carvão vegetal. Como o carvão vegetal é oriundo de fontes renováveis, parte do CO2 emitido na sua queima é reciclado no crescimento das árvores, assim, sua contribuição efetiva para as mudanças climáticas é menor do que a do carvão mineral. Entretanto, mesmo que as usinas siderúrgicas optem por ampliar o uso do carvão vegetal, essa iniciativa simplesmente não garantirá uma gestão adequada dos seus impactos ambientais.

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Um dos principais desafios para as empresas que atuam no Brasil é garantir que o carvão vegetal não seja produzido a partir do corte de mata nativa. Como consequência da grande intensidade energética do setor siderúrgico, assim como de suas fontes de energia, outro importante problema socioambiental associado à produção de ferro e aço é a poluição atmosférica.

O processo siderúrgico emite uma série de poluentes como óxidos de enxofre (SOx), gás sulfídrico (H2S), óxidos de nitrogênio (NOx), monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), etano (C2H6), material particulado e diferentes hidrocarbonetos orgânicos, como o benzeno. Entretanto, mesmo que alterações tecnológicas consigam diminuir a quantidade de emissões, o volume total emitido pelas empresas ainda é muito elevado, principalmente devido à sua produção total.

Outra questão ambiental relevante para o setor siderúrgico é o uso dos recursos hídricos. Quanto ao consumo de água, as empresas possuem índices bastante variados, o que sugere que a ganhos significativos de eficiência ainda podem ser obtidos pelo setor de forma geral. Entretanto, o mesmo não deve ocorrer em relação à recirculação.

Outra questão relacionada aos recursos hídricos diz respeito à produção de efluentes líquidos. De forma geral, esses efluentes apresentam alta concentração de contaminantes, como amônia, benzeno e outros componentes aromáticos, sólidos em suspensão, cianetos, fluoretos, óleos, cobre, chumbo, cromo e níquel. O relatório “O estado real das águas no Brasil”, desenvolvido pela Defensoria da Água (2008), aponta que a CSN tem problemas como depósito irregular de resíduos, vazamentos de benzeno e diversos casos de poluição hídrica.

Por isso, as condições de segurança e saúde do trabalhador são importantes indicadores de gestão ambiental, entretanto elas pouco são divulgadas pelas empresas. Os funcionários de uma indústria são diretamente impactados pela gestão do processo produtivo e correspondem ao primeiro grupo a ser afetado por emissões e acidentes. Além disso, se uma empresa não consegue garantir a qualidade de vida de um grupo reduzido, pelo qual é responsável e a quem pode treinar e oferecer acesso a sistemas individuais e coletivos de segurança, como garantir que ela seja capaz de proteger a saúde da população que vive nas proximidades ou do meio ambiente de forma geral.

Em Volta Redonda, quando você se aproxima de uma das entradas da CSN, dá para sentir o calor, o aumento da temperatura. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) vem periodicamente multando a companhia por poluição do ar. A siderúrgica, de vez em quando, emite poluentes de cor acastanhada, proveniente da nova unidade de aços longos, e de coloração avermelhada, cuja origem foi na unidade de sinterização da fábrica. O valor da multa a ser aplicada será definido no auto de infração e de acordo com os agravantes e atenuantes dos incidentes conforme prevê a legislação ambiental, e aprovado pelo Conselho Diretor do Inea.

A empresa se defende explicando sobre algumas não conformidades apontadas por órgãos ligados ao meio ambiente. “A nova fábrica de aços longos começou a testar seu processo produtivo em novembro de 2013. Ajustes nesta fase do empreendimento já eram esperados, como é padrão em processos industriais desse porte. Todas as não conformidades estão sendo analisadas em detalhes pelos técnicos da Companhia e sanadas em tempo hábil”.

A CSN assinou um novo Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Inea, se comprometendo a desembolsar um total de R$ 189 milhões para resolver problemas ambientais em sua estrutura produtiva, em áreas contaminadas no Município de Volta Redonda e no rio Paraíba do Sul, principal manancial de água do Estado do Rio de Janeiro. No documento, a empresa se comprometeu a investir R$ 165,3 milhões em obras e melhorias na Usina Presidente Vargas (UPV) nos próximos anos.

A empresa já investiu nos últimos três anos mais de R$ 200 milhões em obras de modernização da Usina em Volta Redonda e mais R$ 16 milhões foram pagos ao Estado na forma de medida compensatória para investimentos em projetos de recuperação ambiental no município e na bacia do rio Paraíba do Sul. Dos 114 itens previstos na primeira fase do TAC, todos foram concluídos ou estão em andamento. Além do novo investimento, a CSN assumiu o compromisso de assinar um TAC baseado em recomendações do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que será específico para o gerenciamento ambiental das áreas usadas como depósito de resíduos industriais no período em que a empresa era estatal.

A CSN produz, principalmente, produtos de aço planos, como bobinas e chapas, para os quais a concorrência se tornou acirrada nos últimos anos. Os analistas, geralmente, têm uma visão mais positiva sobre a perspectiva para produtores de aço longo, como a brasileira Gerdau.

A companhia afirma também que segue à risca as normas ambientais, monitorando e trabalhando com a investigação da área desde 2000. A empresa relata ainda que, durante esse período, foram realizados oito estudos a respeito da extensão e da natureza dos materiais encontrados no subsolo do bairro, e nenhum deles apresentou risco real para a saúde dos moradores.

Entre os moradores do bairro, há inúmeros relatos de doenças. Reclamam de problemas respiratórios e irritação na pele. Relatam que o depósito também irradia um pó preto que suja as residências.

Uma pesquisa da Secretaria municipal de Saúde de Volta Redonda constatou ainda uma considerável incidência de abortos e leucopenia na população da região. Essa doença se caracteriza pela diminuição no número dos glóbulos brancos no sangue. Isto pode ser causado devido a determinadas medicamentações, a quimioterapia para o tratamento do câncer, radioterapia, cirurgia, a transplante da célula estaminal, transplante de medula, esteróides e algumas circunstâncias genéticas assim como doenças auto-imunes. Muitas vezes, isso é chamado de imunosupressão enquanto a leucopenia conduz a uma imunidade enfraquecida.

Para a Justiça, os moradores não podem conviver com esses riscos para a saúde. As células ilegalmente utilizadas para depositar resíduos tóxicos e cancerígenos não devem permanecer no local, prejudicando a população.

O pior é que a CSN vem sofrendo condenações na Justiça. Uma por poluição e outra por danos à saúde de um ex-funcionário. A operação Águas Limpas, do Gabinete de Gestão Integrada do Estado do Rio, flagrou a companhia depositando resíduos químicos às margens do rio Paraíba do Sul, que abastece a Região Metropolitana. Foram contabilizadas cerca de 540 mil toneladas de pilhas de rejeitos em locais inapropriados em Volta Redonda, Barra do Piraí e Porto Real, lançados pela CSN e outras três empresas.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro condenou a empresa a indenizar em R$ 500 mil um funcionário que contraiu benzenismo, doença causada por intoxicação de benzeno, que atinge o sistema nervoso e a medula óssea. Também, um vazamento de óleo da CSN escorreu para o Rio Paraíba do Sul, causando danos às águas. De acordo com a companhia, o vazamento teria durado cerca de 20 minutos, e o óleo foi retirado.

Enfim, a CSN é uma história de sucesso e de problemas ambientais graves que parece vão ficar eternos. Esse ano a empresa completou 73 anos. A empresa foi fundada em 9 de abril de 1941 e iniciou suas operações em 1º de outubro de 1946. Atualmente, com capacidade de produção anual de 5,6 milhões de toneladas e cerca de 19.000 empregados, concentra suas atividades em siderurgia, cimento, mineração, logística e energia.

Como primeira produtora integrada de aço plano no Brasil, a CSN é um marco no processo de industrialização do Brasil. O seu aço viabilizou a implantação das primeiras indústrias nacionais, núcleo do atual parque fabril brasileiro. A estratégia integrada e alinhada ao negócio principal assegura posição de liderança no setor siderúrgico brasileiro. A aquisição dos ativos da Heartland Steel, constituindo a CSN LLC, nos Estados Unidos, em 2001, marcou o início do processo de sua internacionalização. 

E, mesmo tendo certificações NBR ISO 9001 e NBR ISO 14001, os problemas gerenciais e ambientais continuam. Em termos de poluição do ar e de saúde pública, são as emissões das unidades de coqueificação e de recuperação de seus subprodutos, em especial o benzeno, produto altamente tóxico. Além, é claro, dos depósitos irregulares ao lado do rio. CSN: se fez um bem danado para o desenvolvimento da região de Volta Redonda (RJ), também fez um mal danado para essa mesma região que se espalha aos quatro ventos pela água, pelo sol0 e pelo ar.

Relatório de Sustentabilidade

O mais trágico ou cômico é que chega no final do ano essa empresa lança pela grande mídia, espalhando por todos os lados, o seu Relatório de Sustentabilidade que não coloca o dedo nas feridas abertas na comunidade de Volta Redonda. Um relatório bem diagramado, escrito por profissionais e que divulga o desempenho econômico, ambiental, social e de governança da organização relatora, com muitas omissões.

Essa ideia é de que as organizações querem tornar suas operações mais sustentáveis e estabelecer um processo de elaboração de relatório de sustentabilidade para medir desempenhos, estabelecer objetivos e monitorar mudanças operacionais. Um relatório de sustentabilidade seria a plataforma fundamental para comunicar os impactos de sustentabilidade positivos e negativos bem como para obter informações que podem influenciar na política, estratégia e nas operações da organização de uma forma contínua. Mas, muitas vezes isso fica na ficção e entre quatro paredes. O que vem a público é apenas o lado positivo.

Siderurgia brasileira pode ser mais competitiva se emissões forem levadas em conta

CEP – Controle Estatístico de Processo – A partir de 3 x R$ 165,00 (56% de desconto)

NR 10 – Atendendo às exigências do Ministério do Trabalho – Reciclagem Obrigatória – A partir de 3 x R$ 264,00 (56% de desconto)

Entendendo e aplicando os conceitos de PPR e PPRO – A partir de 3 x R$ 165,00 (56% de desconto)

Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis de acordo com a Revisão da Norma ABNT NBR 17505 – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

Roberto Kishinami, diretor da NRG, empresa de consultoria em energia e meio ambiente
A preocupação crescente de governos e sociedade civil, por todo mundo, volta-se para as medidas de redução das emissões de gases de efeito estufa em todas as atividades humanas. Dentre essas atividades, destaca-se a indústria de transformação – produtora de aço, cimento, químicos básicos, etc. – que responde por aproximadamente 17% de todas as emissões de CO2 no planeta.

As emissões industriais de gases de efeito estufa no Brasil, como na maior parte do mundo, estão fortemente vinculadas ao crescimento da produção industrial. Isso significa que as emissões crescerão junto com o PIB industrial, a menos que políticas públicas eficazes e de longa duração sejam colocadas em prática desde agora. Além disso, tais políticas não podem ser isoladas do conjunto da política econômica e devem conduzir a atividade industrial em direção à produção de baixo carbono. Entre as medidas de curto prazo, está a adoção da intensidade de carbono, medida em tCO2 por unidade de produto – tonelada de aço, cimento, produto químico, papel, etc. – como critério de compras públicas e como objeto de metas setoriais de redução de emissões de gases de efeito estufa.

A intensidade das emissões, juntamente à emissão total bruta, permite uma análise mais apurada da eficiência com que as matérias primas e energia são utilizadas pela indústria de transformação. Numa economia, como a brasileira, em que a produção industrial tem de crescer para atender necessidades básicas como a moradia, alimentação, saneamento e tantos déficits sociais, importa analisar tanto o crescimento das emissões brutas, dentro do limite que vier a ser assumido pelo Brasil na COP 21 em Paris, como a parcela destas emissões que pode ser evitada por meios mais eficientes de transformar matérias primas em produtos, consumindo energéticos que resultam em gases de efeito estufa, através da queima.

Nessa análise, o SEEG é uma ferramenta essencial, por apresentar as estimativas de emissões de gases de efeito estufa de 1990 a 2012, por todas as atividades econômicas no Brasil. Como essas emissões foram calculadas segundo a metodologia do IPCC de 1996, revisada em 2006 e  que é usada pelos governos para fazerem seus relatórios de emissão dos países (sob o nome de Comunicação Nacional, para a Convenção Quadro das Nações Unidas para a Mudança do Clima),  ela pode ser comparada aos dados oficiais. Além disso, como dá acesso à base de dados, ela pode ser manipulada diretamente pelo usuário, para fazer suas próprias análises setoriais ou gerais.

A intensidade, medida em toneladas de CO2 equivalente por tonelada de aço bruto, por exemplo, é bastante sensível ao nível de ocupação ou ociosidade das plantas siderúrgicas e cresce quando há uma queda acentuada na produção, como ocorreu após a crise econômica de 2008 na Europa e nos Estados Unidos. Isso fica visível quando se analisa em detalhes os dados contidos no SEEG. Ao mesmo tempo, é igualmente visível que durante todo esse período há uma queda tendencial da intensidade de emissões de 2003 (1,65 tCO2/ t aço) a 2012 (1,33 tCO2/ t aço), que é resultado, principalmente, de medidas de aumento da eficiência energética nas plantas industriais.

O mesmo ocorre com o cimento, de maneira mais acentuada, com a introdução do coprocessamento de produtos como a escória da siderurgia e pneus inservíveis, que reduz significativamente essa intensidade de 0,84 tCO2/t cimento em 2004 para 0,57 tCO2/t cimento em 2012. A intensidade de carbono das siderúrgicas brasileiras é baixa quando comparada à média mundial, de 1,9 tCO2 / t aço (em 2009) contra uma média brasileira de 1,5 tCO2 / t aço em 2009, pela predominância do uso do coque de carvão mineral no resto do mundo. No Brasil, o uso do carvão vegetal e da sucata de aço, essa segunda ainda em volumes incipientes, fazem do aço produzido localmente um dos melhores nesse índice entre os grandes produtores de aço.

Apesar da vantagem comparativa, ela não é levada em conta em termos de competitividade. Basicamente porque faltam políticas publicas que coloquem a intensidade de carbono como critério de diferenciação entre os aços produzidos pelas diferentes plantas siderúrgicas, ou mesmo do aço importado, atualmente consumido em larga escala no Brasil.

A análise do Observatório do Clima ressalta um conjunto de políticas que podem ser implementadas a curto prazo que, entre outras vantagens, trariam real competitividade à indústria brasileira. Abrindo caminho para que a produção industrial local possa inserir-se na competição internacional, onde o conteúdo de carbono dos produtos industrializados será um critério de compra utilizado tanto pelos consumidores, como pelos governos. Esse texto foi elaborado a partir da Análise do Panorama Atual de Emissões Brasileiras – Tendências e Desafios, do Observatório do Clima: http://www.oc.org.br/index.php/page/96-An%25C3%25A1lise-do-Panorama-Atual-de-Emiss%25C3%25B5es-Brasileiras—Tend%25C3%25AAncias-e-Desafios%250A

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SEMINÁRIO QUALIDADE SÉCULO XXI

RESERVE EM SUA AGENDA: DIA 13 DE NOVEMBRO 2014

SALÃO NOBRE DA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP)

Assinatura_ABQ_Pantone288

SEMINÁRIO QUALIDADE SÉCULO XXI
Os desafios para a competitividade brasileira

seminário

Afinal, quem paga a conta?

CEP – Controle Estatístico de Processo – A partir de 3 x R$ 165,00 (56% de desconto)

NR 10 – Atendendo às exigências do Ministério do Trabalho – Reciclagem Obrigatória – A partir de 3 x R$ 264,00 (56% de desconto)

Entendendo e aplicando os conceitos de PPR e PPRO – A partir de 3 x R$ 165,00 (56% de desconto)

Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis de acordo com a Revisão da Norma ABNT NBR 17505 – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

As eleições estão se aproximando e as propagandas políticas invadem as ruas, os muros e as televisões. Quem paga a conta? Cristiano Diehl Xavier, sócio do Xavier Advogados, é direto: “o cidadão brasileiro arca com as despesas faz tempo e talvez nem perceba. Para bancar as eleições o grande incentivador financeiro é o dinheiro público, ou seja, o nosso dinheiro”, diz. O especialista explica que isso ocorre de duas formas. “Existe o fundo partidário e os benefícios fiscais dados às emissoras para a exibição dessas propagandas tanto em televisão quanto no rádio”, completa.

Mas o problema não é apenas esse, pois quando as empresas financiam essas campanhas, o que ocorre paralelamente a nossa contribuição involuntária, a democracia é afetada diretamente. “Isso é uma troca de favores, o empresário dá o dinheiro e o político oferece um cargo. A partir daí, quais direitos serão defendidos? Públicos ou privados?”, questiona. Além de tudo isso, ainda temos o dinheiro doado pelas empreiteiras, bancos, e outras companhias.

Para compreender melhor o fundo partidário, ele explica que se trata de um incentivo que serve para as legendas manterem suas atividades. Em 2013, por exemplo, foram 294,2 milhões de reais – mais do que qualquer empresa investiu na última eleição. “O dinheiro que gira em torno dessas campanhas não pode ser mensurado, pois é muito grande. Enquanto isso, seguimos com toda escassez de recursos para a saúde, educação, segurança, etc.”, conclui Xavier.

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Em consulta pública, as diretrizes para a aplicação da NBR ISO 9001:2008 em prefeituras

prefeitura2

Estão em consulta pública as diretrizes para a aplicação da NBR ISO 9001:2008 em prefeituras. Essa norma será uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 18091:2014, que foi elaborada pelo Technical Committee Quality management and quality assurance (ISO/TC 176), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005. Por decisão da Comissão de Estudo de Documentos Auxiliares: o termo “local government” foi traduzido como “prefeitura”; embora esta norma contenha diretrizes para prefeituras, ela também pode ser aplicada em níveis federal e estadual, e em unidades municipais; o termo “customer/citizen” foi traduzido como “cliente-cidadão”; foram inseridos os Anexos C, D, E, F e G, com o objetivo de oferecer subsídios adicionais para a implementação desta norma; e foram inseridas publicações brasileiras na Bibliografia, com o objetivo de oferecer subsídios adicionais para a implementação desta norma.

Um dos grandes desafios que as sociedades enfrentam hoje é a necessidade de desenvolver e manter a confiança dos cidadãos em seus governos e suas instituições. A este respeito, as prefeituras têm a missão de tornar possível o desenvolvimento das comunidades locais sustentáveis. A gestão da qualidade em prefeituras pode resultar em prosperidade econômica sustentável e desenvolvimento social em nível local, incluindo a implantação de políticas nacionais e estaduais, e sua interação de uma forma coerente e compatível.

Os cidadãos esperam ter uma comunidade que forneça todos os produtos/serviços públicos com qualidade, como segurança, estradas em boas condições, disponibilidade de transporte público, facilidade e rapidez no processamento de documentos, transparência e informação pública, disponibilidade dos sistemas de saúde e educação, infraestrutura; eles esperam que todas as suas necessidades sejam satisfeitas. Os cidadãos esperam que a prefeitura os represente e que a sua comunidade esteja bem protegida.

É possível construir gestões municipal, estadual e federal, e até mesmo global, mais fortes, se o trabalho for feito a partir do nível municipal (local), com base na gestão da qualidade dos produtos/serviços públicos e no aumento da confiança dos cidadãos em seus governos em níveis municipal, estadual e federal. Conseguir uma elevada qualidade de governo municipal permite que todo o sistema de governo se torne mais forte. A coerência de tais abordagens pode ajudar a criar governos confiáveis e sustentáveis em níveis municipal, estadual e federal.

Esta norma foi elaborada para fornecer diretrizes para os governos municipais em todo o mundo, para a compreensão e implementação de um sistema de gestão da qualidade que atenda aos requisitos da NBR ISO 9001:2008, a fim de atender às necessidades e expectativas dos seus cidadãos. O Anexo A fornece informações sobre processos típicos de uma prefeitura. O Anexo B apresenta a descrição de um modelo de diagnóstico que pode ser usado como um ponto de partida para a implementação de um sistema de gestão da qualidade integral, tendo em vista tornar o governo municipal confiável. Os estágios relativos na implementação de um sistema de gestão da qualidade e do papel desta norma podem ser vistos esquematicamente na Figura 1.

prefeitura

Nesta norma, o texto reproduzido da ABNT NBR ISO 9001:2008 é colocado em caixas, a fim de distingui-la da orientação específica para a prefeitura determinada para cada item. As diretrizes desta norma se destinam a ajudar as prefeituras a relacionar os conceitos de gestãoda qualidade, conforme descrito nas NBR ISO 9000, NBR ISO 9001, NBR ISO 9004 e normas associadas, com a prática e terminologia comumente utilizadas no contexto de uma prefeitura. O uso dos termos e definições apresentados nestas orientações podem variar de acordo com a cultura, usos e costumes de cada local e região em que a prefeitura está localizada. Ver também as orientações sobre terminologia encontradas na Referência [18 ].

Espera-se que um plano de desenvolvimento ou programa de trabalho a curto ou médio prazo seja recebido, entendido e aplicado pelos funcionários, executivos e representantes da prefeitura. No entanto, o plano ou programa em si não garante que as necessidades e as expectativas da comunidade municipal serão cobertas, se os processos necessários para a efetiva implementação de tais planos ou programas forem deficientes ou inexistentes. A necessidade de evitar essas deficiências motivou a elaboração desta norma para ajudar as prefeituras na implementação de um sistema de gestão de qualidade eficaz.

Esta norma não assume que as prefeituras busquem a certificação do seu sistema de gestão da qualidade, embora elas possam optar por buscar a certificação pela NBR ISO 9001:2008, se assim o desejarem. Auditorias internas da qualidade podem fornecer a verificação da conformidade aos requisitos, em conjunto com o controle de queixas ou reclamações de clientes, usuários, cidadãos e comunidade local em geral. Qualquer sistema de gestão da qualidade será influenciado pelas diferentes políticas, objetivos, diversos métodos de trabalho, disponibilidade de recursos e práticas administrativas que são específicos para cada governo municipal. Portanto, pode-se esperar que os detalhes de cada sistema de gestão da qualidade varie em cada prefeitura.

Não é o método detalhado da implementação do sistema de gestão da qualidade que é importante; o que importa é que o sistema de gestão da qualidade produza resultados eficazes, consistentes e confiáveis. É importante que o sistema de gestão da qualidade seja tão simples quanto possível, a fim de funcionar corretamente; ele precisa ser também suficientemente compreensível para atender às políticas e aos objetivos da qualidade da prefeitura.

A fim de alcançar o objetivo de uma prefeitura confiável, ágil e transparente, não é necessário buscar a certificação para a NBR ISO 9001:2008, embora isto possa ser incentivado por iniciativas governamentais estaduais ou federais. Tampouco se pretende que a conformidade com a NBR ISO 9001:2008 seja considerada um objetivo final em si mesmo: uma vez que uma prefeitura tenha alcançado um nível que lhe permita fornecer produtos/serviços consistentes para a comunidade local, é importante que vá além da conformidade aos requisitos, e que considere o uso da NBR ISO 9004 e/ou outros modelos de excelência para melhorar a sua eficiência global. Para uma melhor compreensão de modelos de excelência, ver a NBR ISO 9004:2012, anexo A (ferramenta de autoavaliação), e os modelos de prêmios da qualidade.

De acordo com a NBR ISO 9000:2005, para que uma organização seja bem-sucedida, ela precisa ser guiada e controlada de uma forma sistemática e transparente. Isto é particularmente verdadeiro para a prefeitura, onde a transparência e a prestação de contas aos seus clientes-cidadãos são vitais, a fim de ganhar sua confiança. O sucesso sustentado só irá resultar a partir da implementação de um sistema de gestão integral da qualidade que atenda às necessidades e expectativas de todas as partes interessadas. Por isso, é importante que o sistema de gestão da qualidade de um governo municipal confiável e bem- sucedido abranja todas as atividades e processos que posssam afetar sua capacidade de satisfazer as necessidades e expectativas de seus clientes-cidadãos, os requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis ao produto, e os requisitos próprios do governo local, bem como os de outras partes interessadas, como governo estadual ou federal.

Para conhecer o Projeto 25:000.05-007 (ISO 18091), em consulta pública até o dia 25 de setembro de 2014, acesse o link https://www.target.com.br/pesquisa/resultado.aspx?pp=24&c=41358

RESERVE EM SUA AGENDA: DIA 13 DE NOVEMBRO 2014

AUDITÓRIO DA FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (FIESP)

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SEMINÁRIO QUALIDADE SÉCULO XXI
Os desafios para a competitividade brasileira

seminário

Por resultados, líder deve mascarar o processo de coaching com seus colaboradores

CEP – Controle Estatístico de Processo – A partir de 3 x R$ 165,00 (56% de desconto)

NR 10 – Atendendo às exigências do Ministério do Trabalho – Reciclagem Obrigatória – A partir de 3 x R$ 264,00 (56% de desconto)

Entendendo e aplicando os conceitos de PPR e PPRO – A partir de 3 x R$ 165,00 (56% de desconto)

Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis de acordo com a Revisão da Norma ABNT NBR 17505 – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

Alexandre Prates

“Um líder pode realizar processos de coaching com os seus colaboradores?” Essa é a pergunta que geralmente ouço em meus treinamentos e palestras sobre liderança. E gosto de responder de maneira bem simples: não!

Deixe-me explicar o “não”. Quando falamos em um processo de coaching formal, um coach irá adentrar em diversos aspectos durante o processo. E um líder, por melhor relação que ele tenha com sua equipe, dificilmente conseguirá um real envolvimento dos seus colaboradores no processo. Isso porque, muitas vezes, o inibidor de resultados das pessoas pode transitar por elementos que as constrangerão a expor da mesma maneira que elas fariam com um coach externo.

Isso não quer dizer que um líder não possa aplicar coaching em suas equipes. Ele não conquistará resultados tentando praticar o coaching formal, mas pode conhecer o processo para aplicá-lo de maneira informal. Ou seja: não é necessário dizer que está fazendo coaching, apenas faça!

Listo abaixo algumas premissas do coaching e como colocá-las em prática no seu cotidiano como líder:

1. Compreenda o verdadeiro conceito do coaching: Coaching é uma metodologia de desenvolvimento humano que visa potencializar as pessoas. A palavra “potencializar” tem uma força enorme nesse contexto. Ela nos faz compreender que, independentemente dos resultados conquistados por uma pessoa, ela pode ir além.

Dica: A chave do processo é desafio. Não permita que as pessoas entrem na zona de conforto, pois pode ser irreversível.

2. Olhe para os pontos fortes: “Potencializar” também nos remete a outro aprendizado. Invista naquilo que as pessoas têm de melhor. Corrigir um ponto fraco é necessário, mas focar muito tempo nisso abafa o potencial das pessoas.

Dica: Se você está cobrando uma pessoa repetidamente pela ineficiência em uma tarefa, analise se ela está no lugar certo e se sabe fazer.

3. Tenha conversas construtivas: A essência do coaching é comunicação. Uma conversa construtiva é aquela que mobiliza a pessoa para a ação, motivando-a a colocar um novo comportamento em prática ou até mesmo a repetir um comportamento de sucesso. Dica: Para uma conversa construtiva, haja com naturalidade, mantenha o foco na ação e não fuja das conversas difíceis.

4. Faça as pessoas assumirem a responsabilidade: Existe um princípio no coaching que enfatiza bem essa questão: “nós somos os únicos responsáveis pela conquista dos nossos objetivos”. As pessoas, embora acreditem nisso, têm uma grande dificuldade para colocar isso em prática. É muito mais fácil terceirizar. Dica:ao ser apresentado a um problema, questione como solucionar a questão e deixe claro que você está pronto para ajudar. Ao dar autonomia para que uma pessoa assuma a responsabilidade, permita o erro. Caso contrário, você criará um senso de punição nas pessoas e isso irá desencorajá-las.

Enfim, o coaching é mais fácil do que parece. É um modelo de ação estruturado que se resume em potencializar as pessoas para resultados extraordinários.

Alexandre Prates é especialista em liderança, desenvolvimento humano e performance organizacional. É também Master Coach, palestrante, sócio-fundador do ICA (Instituto de Coaching Aplicado) e sócio do Grupo Alquimia.

Teste: proteína de soro de leite

CURSOS TÉCNICOS DISPONÍVEIS  PELA INTERNET

A Target preparou um programa especial de cursos pela Internet, contemplando as últimas tendências do mercado. Com o objetivo de facilitar a participação daqueles que possuem uma agenda de compromissos complexa, a Target criou a opção para que o cliente possa assistir aos cursos através da transmissão pela Internet. Fique atento aos cursos que estão disponíveis. Clique aqui e veja um exemplo de como funciona o recurso. Garanta a seu desenvolvimento profissional adquirindo os cursos pela Internet da Target. Acesse o link https://www.target.com.br/produtossolucoes/cursos/gravados.aspx

wheyO Inmetro testou 15 marcas de proteína de soro de leite ou whey protein e 14 foram reprovadas

O whey protein é o nome comercial da proteína derivada do soro do leite extraído durante o processo de fabricação do queijo. Esse soro do leite é processado para que sejam separadas as proteínas que formam o produto. Os produtos possuem peso molecular leve, tornando assim a absorção mais rápida por necessitar de menos tempo e gasto energético do sistema digestório para quebrar as moléculas em partes menores a fim de facilitar a absorção. Além disso, possui altas quantidades de aminoácidos essenciais, ou seja, aqueles que o nosso organismo não produz, mas que necessita para formar estruturas como, por exemplo, as miofibrilas das células musculares que são importantes no ganho de massa muscular.

No começo, era bastante utilizado por atletas de alto nível como os fisiculturistas, para ganhar massa muscular. Hoje, é o suplemento alimentar mais famoso do mundo, tomado por atletas de todos os níveis, desde atletas de academia até fisiculturistas e também o que mais traz resultados.

Seu valor científico é comprovado já há alguns anos. E não somente para o ganho de massa muscular, mas também para melhorar a imunidade, visto que melhora a disponibilidade de proteínas no organismo, elemento necessário para criar as células que compõem o sistema imunológico.

Dessa forma, pela importância do uso do produto, o Inmetro testou os suplementos alimentares à base de proteína mais consumidos por quem é atleta ou pega pesado na malhação. No soro do leite, há uma grande quantidade de proteínas e aminoácidos diversos. Os anabolizantes são produtos derivados de hormônios sintéticos. Ou seja, da testosterona, do hormônio masculino.

No mercado existem diversos tipos diferentes de whey protein. Mas para esse teste foram analisadas 15 marcas de whey protein concentrado, que é a versão mais consumida desse suplemento: EAS, Body Action, Probiótica, Integral Médica, STN Steel Nutrition, Solaris, Voxx, Dynamic lab, Maxx Titanium, DNA, Universal, Met-Rx, Sportpharma, New Millen e Nature’s Best.

Segundo o Inmetro, para ser considerado whey protein, o produto deve apresentar, no mínimo, 10 gramas de proteína por porção. O primeiro teste avaliou justamente isso. E todas as marcas foram aprovadas.

Uma coisa é ter o mínimo de proteína, porém outra coisa é apresentar a quantidade de proteína escrita no rótulo. Nesse segundo teste, duas marcas foram reprovadas por terem quase 30% menos proteínas do que o anunciado: a Solaris e a Voxx.

O terceiro teste constatou que todos os whey protein concentrados têm carboidratos na composição. Mas das 15 marcas, 11 tinham quantidades bem diferentes do que estava no rótulo. No caso da Voxx, essa diferença era de 300%. Ou seja, quatro vezes mais do que o anunciado.

Quanto ao teste da origem da proteína, por ser derivada do soro do leite, em tese, a proteína deveria ser de origem animal. O whey da marca DNA também tinha proteínas do trigo e da soja. Economicamente ela teria um valor menor, então também o consumidor está sendo lesado. Foi adicionada proteína da soja, esse produto foi fraudado. Não se pode utilizar um suplemento de origem vegetal e dizer que esse suplemento é feito com proteína do soro do leite. O consumidor está pagando por uma coisa e levando outra.

Foram encontradas, ainda, substâncias não declaradas nas fórmulas, pois em cinco marcas havia cafeína: EAS, Probiótica, STN, Maxx Titanium e Sportpharma. No teste para ver se os rótulos estavam corretos, 11 marcas foram reprovadas. Resultado final: 14 das 15 marcas foram reprovadas.

Conforme alguns nutricionistas, o whey protein é um produto para quem é praticante de atividade física de intensidade muito grande. Se alguém começar a utilizar grandes doses por períodos prolongados, isso é uma sobrecarga para o rim e para o fígado. As pessoas podem vir a ter um problema no fígado e um problema renal grave.

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Como sustentabilizar o Return on Investments (ROI)?

 Sistema Target GEDWeb

Se você já é usuário do sistema Target GEDWeb, basta preencher seu e-mail no campo a seguir e clicar em “Enviar”

Caso você ainda não seja usuário e queira conhecer a ferramenta definitiva para gerenciar e acessar grandes acervos de Normas Técnicas e Documentos Técnicos, clique no botão “Folder do Target GEDWeb”. Agora, se já conhece a ferramenta e deseja montar sua biblioteca digital a partir de R$ 47,60, clique no botão “Monte seu GEDWeb”. Acesse o link https://www.gedweb.com.br/aplicacao/gedweb/asp/main.asp

Roberta Valença

Transformar o substantivo em verbo. O que isso quer dizer?

  • Já fez até o final aquela dieta que sempre começa?
  • Terminou de ler os 12 livros que elencou no ano passado?
  • Tirou aquele projeto tão pensando do papel?
  • Consegue tirar proveito de todas as ações e decisões do dia para se aprimorar para o dia seguinte, mais consciente e alerta das oportunidades?
  • Contribuiu de alguma forma para auxiliar alguém que vá além dos seus, dos que ama?

Se respondeu não ao menos duas vezes para as perguntas acima, então você precisa passar do substantivo para o verbo. Precisa agir, realizar! Para isso, precisamos estipular metas, com objetivos e indicadores precisos e inteligentes, afinal sem data-limite para acontecer, nada funciona.

O ROI serve para avaliarmos se nossas metas, objetivos e indicadores estão de acordo com o investimento empregado, seja ele de tempo, dinheiro, esforço mental, pessoas, processos, tecnologias, etc. e não vejo problema algum em ser assim, pois é dessa forma que gira esse nosso mundão capitalista. O desafio da abordagem sustentável na estratégia de qualquer empresa está em tornar mensurável o que é qualitativo.

Em um hospital, por exemplo, as questões ligadas aos impactos ambientais em suas operações, como a utilização da água nas lavanderias especiais, o aproveitamento inteligente das edificações em termos de coleta de água da chuva, a gestão correta dos resíduos sólidos que geram riscos à sociedade e também a racionalização dos custos e aumento de receita são indicadores passíveis de gerar boa visualização do ROI.

Por outro lado, o bem estar dos pacientes, resultado de diversas variáveis como a excelência no atendimento prestados pelo corpo clínico, visando maior interação humana; a arquitetura e design ligados à hotelaria hospitalar, que agregam cuidados com o ambiente e das acomodações, dando suporte físico mais adequado aos pacientes, familiares e acompanhantes; os aspectos nutricionais; a orientação dos pacientes para ajudá-los a entender suas enfermidades; e as terapias complementares são elementos fundamentais no processo de cura, mas difíceis de quantificar. Como fazemos para saber seu retorno efetivo?

Como avaliar o ROI que um bom relacionamento com o paciente e todos os stakeholders (partes interessadas) pode gerar para o hospital? Os custos são basicamente mão de obra, treinamento e tecnologia. Mas será que a avaliação do ROI é somente sobre esses aspectos?

O que é complexo, na verdade, deveria ser muito mais simples, pois sabemos que existe um valor intrínseco nos resultados intangíveis. No entanto, nosso modelo de gestão enxerga os resultados por meio dos números.

Comecemos, então, por olhar alguns quadrantes que afetam o mercado de seu negócio. Podem ser interferências de longo prazo, mudanças no parâmetro legal que alteram o curso vigente, alterações na forma de prestar os serviços em relação ao perfil do cliente, atualizações nos valores cobrados e também o peso da concorrência atenta e proativa.

Visto tudo com muita calma e depois de debater com seus pares, a sugestão é elencar áreas-chave para a instituição, que forneçam indicadores necessários. Feito isso, é hora de traçar dois cenários: como era a empresa antes das ações de sustentabilidade e como ficou depois.

No centro fica a região mais importante de todo esse processo, pois aqui se misturam os novos valores com as crenças, visão, missão e valores da empresa. É o momento de resgatar o sonho do fundador e como ele o idealizou, e fazer o link com essa nova abordagem. Estes passos vão determinar, diferenciar e definir o bom andamento do projeto.

Daí pra frente, com as iniciativas desenhadas, metas claras e causas transparentes e compartilhadas é bem mais provável que seja feita uma boa entrega do que foi proposto, com ganhos mensuráveis. Aos poucos, o exercício de tornar o que é qualitativo em quantitativo fica mais fácil e será possível perceber que, apesar da sustentabilidade prover assertivamente resultados a longo prazo, é possível aferi-los em curto prazo também.

Roberta Valença é CEO da Arator, consultoria especializada em projetos de sustentabilidade com inovação – roberta@aratorsustentabilidade.com.br

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