A gestão da qualidade do ar interno

Quanto às atividades, usos e leiaute da edificação, é recomendado que as atividades que ocorrem no espaço interno da edificação sejam consideradas como potenciais fontes de poluição. Por exemplo, shopping centers, restaurantes, lanchonetes, laboratórios, hospitais e prédios com obras de restauração são fontes típicas de odores e produtos de combustão.

Todas as atividades potencialmente poluidoras devem ser listadas como aspectos pertinentes e controladas, normalmente mantendo as áreas sob pressão negativa. É importante considerar as diferentes fontes de poluentes que resultam das atividades diárias, como, por exemplo, cozinhar, acender velas ou lareiras.

Recomenda-se que dados históricos e atuais de atividades dentro da edificação em estudo sejam coletados e analisados, se disponíveis. Recomenda-se que o uso e distribuição originais da edificação sejam comparados com seu uso e distribuição atuais, pois reformas inadequadas são uma fonte comum de problemas da qualidade do ar interno, por exemplo, salas sem difusores de ar ou grelhas de exaustão.

Recomenda-se que o tipo da edificação seja considerado, incluindo se é um arranha-céu ou uma casa isolada, a altura do andar, possíveis opções de ventilação natural, como, por exemplo, leiaute, existência de pátios, tipo de janelas e tamanhos, conhecimento da estanqueidade da edificação, tipo de fachada, como, por exemplo, radiação, transferência de calor e proteção solar, e a estanqueidade da envoltória da edificação como o telhado e janela. Além disso, recomenda-se que sejam consideradas as características da vida útil da edificação, incluindo o tipo de usuários (por exemplo, idade, sexo predominante, tipo de vestuário, atividades, duração média de permanência, densidade de ocupação) e o tipo de uso (por exemplo, trabalho, moradia ou atividade física).

Os materiais de construção, mobiliários e bens de consumo elétricos são um elemento-chave que afeta a qualidade do ar interno. Podem ser fontes de emissão de poluentes, pois potencialmente liberam fibras, compostos orgânicos voláteis (VOC), odores e micro-organismos, etc. Os materiais não apresentam aspecto homogêneo. Recomenda-se que cada material seja considerado separadamente e convém que seu impacto seja considerado em termos de: composição do material: presença de substâncias tóxicas (por exemplo, VOC, amianto, formaldeído ou radônio) e características (por exemplo, porosidade e capacidade de sorção); idade e condição do material; danos causados pela água (por exemplo, contaminação microbiológica ou liberação de fibras); áreas diretamente expostas que impactam as áreas ocupadas; fluxo de ar forçado em contato com materiais; potenciais emissões secundárias resultantes de reações químicas entre diferentes materiais ou outras condições de construção (intrusão de ozônio, condições térmicas, umidade, pressão, etc.).

As instalações são elementos concebidos para ajudar na funcionalidade e conforto dos espaços internos, e acomodá-los aos seus usos pretendidos. É importante avaliar as características técnicas das várias instalações e estudar o seu impacto na qualidade do ar interno.

As instalações mais importantes, embora possivelmente não as únicas, que podem afetar a qualidade do ar interno são as instalações de ar-condicionado, instalações de água, instalações sanitárias e outras áreas em que a contaminação é provável. As instalações de ar-condicionado destinam-se ao controle e ajuste do conforto térmico, ventilação, poluição ambiental e/ou umidade.

Os principais aspectos deste tipo de equipamento são: o projeto e dimensionamento, que devem ser adequados aos usos e características das áreas ocupadas; a manutenção mecânica para assegurar funcionalidade e eficiência; as condições mecânicas e higiênicas para que não se tornem fonte poluidora; e condições de operação para assegurar o uso adequado. É importante verificar alguns pontos em relação a esses sistemas. Caso a edificação tenha alterado o uso, distribuição e/ou cargas térmicas para as quais foi

originalmente projetado, deve-se verificar a adequação do sistema de climatização para o novo uso; os critérios de desempenho devem estar em conformidade com a especificação do projeto. Se forem feitas alterações nas compartimentações da edificação, isso deve ser levado em consideração, pois pode afetar a zona térmica da edificação.

A manutenção é um dos processos-chave para assegurar uma boa qualidade do ar interno. Tradicionalmente, a manutenção tem focado em aspectos mecânicos para assegurar a operacionalidade das instalações, entretanto, a manutenção e limpeza inadequadas podem acarretar diversos tipos de problemas de qualidade do ar. Os itens mais importantes a serem considerados em relação à manutenção são: o treinamento específico sobre qualidade do ar interno para o pessoal de manutenção; os procedimentos escritos para manutenção preditiva, preventiva e corretiva no controle integrado de pragas; o desenvolvimento e aplicação da legislação e normas técnicas existentes no uso de produtos químicos; a listagem e registro de fichas de segurança de produtos químicos utilizados para manutenção, especialmente produtos de decoração, limpeza e biocidas; os procedimentos escritos para manutenção preditiva, preventiva e corretiva para assegurar a qualidade do ar interno; os registros e a documentação das instalações de tratamento obrigatórias, sujeitas à legislação em vigor, que afetem a saúde pública e o ar interno (por exemplo, Legionella, potabilidade da água, radônio, piscinas); os registros de outros processos e outros documentos considerados pertinentes (por exemplo, reclamações de usuários, problemas anteriores, plano de ação corretiva, plano de monitoramento e controle); os procedimentos escritos para limpeza do edifício a fim de melhorar a qualidade do ar interno, por exemplo, material particulado suspenso no ar, emissões de VOC de produtos de manutenção e limpeza).

As atividades de reforma são operações que podem gerar altas concentrações de partículas em suspensão no ar, dispersão de fungos, emissão de compostos voláteis, formaldeído, etc. Portanto, recomenda-se que as reformas sejam planejadas adequadamente para evitar possíveis efeitos adversos de contaminação cruzada.

Os itens mais importantes a serem considerados nas reformas são: avaliar previamente materiais que contenham amianto, tinta à base de chumbo ou quaisquer outros poluentes nocivos; treinar o pessoal envolvido no trabalho de qualidade do ar interno; documentar os procedimentos de reforma; selecionar os materiais de baixo impacto na qualidade do ar interno; listar e registrar FISPQ de segurança dos produtos químicos utilizados (especialmente produtos de decoração e limpeza); avaliar o impacto das alterações nas instalações técnicas da edificação; e implementar métodos de trabalho de baixa emissão de contaminantes.

A NBR ISO 16000-40 de 10/2023 – Ar interno – Parte 40: Sistema de gestão da qualidade do ar interno especifica os requisitos para um sistema de gestão da qualidade do ar interno. É aplicável a qualquer organização que pretenda: estabelecer um sistema de gestão da qualidade do ar interno; implementar, manter e melhorar continuamente o sistema de gestão da qualidade do ar interno; assegurar a conformidade com o sistema de gestão da qualidade do ar interno; demonstrar conformidade com esta norma. Aplica-se aos ambientes internos de todo o tipo de infraestruturas prediais, edifícios, exceto os que se dedicam exclusivamente às atividades industriais e/ou agrícolas. É aplicável a todos os tipos de ambientes internos ocupados por todos os perfis de pessoas, incluindo usuários regulares, clientes, trabalhadores, etc.

Quando não estão em casa, as populações urbanas passam a maior parte do tempo em ambientes internos trabalhando em edifícios comerciais, desfrutando do lazer em hotéis ou shopping centers, ou talvez utilizando serviços em hospitais e centros de transporte, entre outros tipos de infraestruturas prediais. Há muitos estudos científicos que mostram que as características especiais da poluição do ar interno tornam os ambientes internos diferentes dos exteriores em termos de qualidade do ar.

Existe muito conhecimento sobre a poluição do ar interno, no entanto, existe uma falta generalizada de aplicação prática da maior parte desta informação na vida cotidiana do público em geral, esta norma visa auxiliar os gestores de ambientes internos a aplicarem protocolos e programas de manutenção destinados a melhorar a qualidade do ar interno.

Esta norma auxilia os gestores de infraestruturas prediais a aplicar protocolos e processos de manutenção projetados para melhorar a qualidade do ar interno. Controlar a qualidade do ar interno pode trazer enormes benefícios sociais em termos de conforto e saúde da população, aumentando, assim, a produtividade e minimizando o absenteísmo em estabelecimentos comerciais, bem como minimizando as infecções nosocomiais em ambientes hospitalares.

Pode-se afirmar que a qualidade do ar interno de uma edificação é descrita em termos de odor, parâmetros físicos, poluentes químicos e biológicos. A qualidade do ar interno está diretamente relacionada à taxa de ventilação, padrões de distribuição do ar e fontes de poluição. A qualidade do ar interno é importante para assegurar a saúde humana, o conforto olfativo e o conforto percebido. Adaptada da ISO 16813:2006, 3.21, a definição foi simplificada para se referir a uma edificação em geral, versus apenas a edificações não industriais, e as características não essenciais, porém pertinentes, agora são referenciadas em notas.

Por isso, a organização deve determinar as questões externas e internas que sejam pertinentes para seu propósito e que afetem sua capacidade de alcançar o(s) resultado(s) pretendido(s) de seu sistema de gestão da qualidade do ar interno. Para compreender as necessidades e expectativas das partes interessadas, a organização deve determinar: as partes interessadas pertinentes para o sistema de gestão da qualidade do ar interno; e os requisitos pertinentes dessas partes interessadas. A organização deve determinar os limites e a aplicabilidade do sistema de gestão da qualidade do ar interno para estabelecer o seu escopo.

Ao determinar esse escopo, a organização deve considerar: as questões externas e internas; e o os requisitos referidos na norma. O escopo deve estar disponível como informação documentada. Por isso, a organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar continuamente um sistema de gestão da qualidade do ar interno, incluindo os processos necessários e suas interações, de acordo com os requisitos desta norma, determinando o método de cumprimento destes.

Quando uma organização opta por terceirizar qualquer atividade que afete a conformidade com esses requisitos, a organização deve assegurar o controle sobre estas atividades. Convém que as responsabilidades e controles necessários às atividades terceirizadas sejam identificados no sistema de gestão.

Uma atividade terceirizada da qualidade do ar interno é aquela que a organização precisa para seu sistema de gestão do ar interno e escolhe ser realizada por uma parte externa. A garantia do controle das atividades terceirizadas não isenta a organização da responsabilidade de estar em conformidade com todos os requisitos, incluindo requisitos normativos e regulamentares.

A administração deve demonstrar liderança e compromisso com relação ao sistema de gestão da qualidade do ar interno de forma a: assegurar que as políticas, os objetivos e as metas de padrão da qualidade do ar interno sejam estabelecidos e sejam compatíveis com a direção estratégica da organização; assegurar a integração dos requisitos do sistema de gestão da qualidade do ar interno nos processos de negócio da organização; assegurar a disponibilidade dos recursos necessários ao sistema de gestão da qualidade do ar interno; comunicar a importância de um sistema eficaz e da conformidade com os requisitos do sistema de gestão da qualidade do ar interno; assegurar que o sistema de gestão da qualidade do ar interno atinja o(s) resultado(s) pretendido(s); orientar e apoiar pessoas que contribuam para a eficácia do sistema de gestão da qualidade do ar interno; promover a melhoria contínua; apoiar outras funções gerenciais pertinentes para demonstrar sua liderança conforme se aplica às suas áreas de responsabilidade; e realizar revisões de gerenciamento.

Convém que a organização defina funções, responsabilidades e autoridade. Convém que estas sejam documentadas e comunicadas dentro da organização, para facilitar a gestão eficaz da qualidade do ar interno. A organização deve estabelecer os canais de comunicação apropriados para: a comunicação interna entre seus diversos níveis e funções; o recebimento, a documentação e a resposta a comunicações de partes interessadas externas.

Deve assegurar que a eficácia do sistema de gestão da qualidade do ar interno seja comunicada. Como parte da medição do desempenho do sistema de gestão da qualidade do ar interno, a organização pode monitorar periodicamente a percepção dos ocupantes quanto ao cumprimento de suas expectativas da qualidade do ar interno, bem como a gestão das atividades relacionadas da organização. Se for tomada a decisão de realizar monitoramento periódico, a organização deve determinar e documentar os métodos para obter e utilizar essas informações.

A alta direção deve nomear um membro da gestão da organização que, independentemente de outras responsabilidades, tenha a responsabilidade e autoridade para assegurar: que o sistema de gestão da qualidade do ar interno seja estabelecido, implementado e mantido de acordo com os requisitos desta norma; a elaboração de relatórios à administração sobre o desempenho da revisão do sistema de gestão, incluindo recomendações para melhoria; a conscientização das atividades de gestão da qualidade do ar interno a todos os níveis da organização. A responsabilidade do representante da gestão pode incluir a colaboração com partes externas em assuntos relacionados ao sistema de gestão da qualidade do a r interno.

A alta direção deve estabelecer políticas de qualidade do ar interno que: sejam adequadas ao propósito da organização; forneçam uma estrutura para estabelecer objetivos de qualidade do ar interno; considerem os requisitos legais aplicáveis e outros subscritos pela organização; e incluam um compromisso com a melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade do ar interno. As políticas de gestão da qualidade do ar interno devem: estar disponíveis como informação documentada; ser implementadas, mantidas e revisadas para adequação contínua; ser comunicadas dentro da organização; e estar à disposição dos interessados, conforme o caso.

A alta direção deve assegurar que as responsabilidades e autoridades para funções pertinentes sejam atribuídas e comunicadas dentro da organização. Deve atribuir a responsabilidade e autoridade para: assegurar que o sistema de gestão da qualidade do ar interno esteja em conformidade com os requisitos desta norma; e relatar à alta direção o desempenho do sistema de gestão da qualidade do ar interno.

A alta direção deve assegurar que haja um procedimento estabelecido, implementado e mantido que: identifique e atenda aos requisitos legais aplicáveis vigentes e outros requisitos subscritos pela organização relacionados à qualidade do ar interno; determine como estes requisitos se aplicam aos procedimentos relativos à qualidade do ar interno e ao sistema de gestão da qualidade do ar interno. Deve manter essas informações atualizadas e deve comunicar informações pertinentes sobre os requisitos legais e outros requisitos a toda organização e partes interessadas.

Assim, identificar, determinar o nível de risco e avaliar os aspectos da qualidade do ar interno em uma edificação é o primeiro passo para estabelecer um sistema de gestão. Um possível plano de ação para esses processos pode ser realizado de acordo com as seguintes fases: fazer um levantamento: trata-se simplesmente de uma lista de aspectos que podem ter impacto na qualidade do ar interno; determinar o nível de risco: as características específicas de cada edificação são consideradas para determinar se os aspectos listados no levantamento têm influência relevante na qualidade do ar interno.

A decisão de considerar o risco potencial de um aspecto da qualidade do ar interno como relevante ou não pode ser feita com base em uma matriz de risco de frequência/severidade, ver o seguinte exemplo. Recomenda-se que no mínimo os aspectos da qualidade do ar interno que apresentam um nível de risco médio a extremo sejam considerados como pertinentes. (ver tabela abaixo)

Deve-se ressaltar que a localização da edificação pode afetar a qualidade do ar interno de várias maneiras. Por exemplo, quando a ventilação da edificação depende do ar fresco externo, a qualidade do ar externo é a principal influência na qualidade final do ar interno que a edificação pode alcançar.

A má qualidade do ar externo pode ser melhorada por meio de sistemas de filtragem e purificação. As características da área, urbana ou rural, definem os tipos de poluentes externos, por exemplo, artificiais (como gases poluentes ou partículas em suspensão no ar) em zonas urbanas ou, principalmente, biológicos (como solo natural, partículas do mar, fungos, pólen ou insetos) em áreas rurais.

As condições climáticas, especialmente umidade relativa, temperatura, condições de vento, macro e microclima afetam a qualidade do ar interno. Por exemplo, superfícies úmidas devido à condensação podem levar ao crescimento de mofo.

IEC 60335-2-104: a recuperação e/ou reciclagem de refrigerante de equipamentos de ar condicionado e refrigeração

A IEC 60335-2-104:2021 – Household and similar electrical appliances – Safety – Part 2-104: Particular requirements for appliances to recover and/or recycle refrigerant from air conditioning and refrigeration equipment trata da segurança de aparelhos elétricos para recuperar e/ou reciclar refrigerantes de equipamentos de ar condicionado e refrigeração incorporando acionamento aberto ou motor-compressores. A tensão nominal máxima não é superior a 250 V para aparelhos monofásicos e 600 V para todos os outros aparelhos.

Os aparelhos não destinados ao uso doméstico normal, mas que, no entanto, podem ser uma fonte de perigo para o público, como aparelhos destinados a serem usados pelo pessoal de serviço em lojas, na indústria leve e em fazendas, estão dentro do escopo desta norma. Os aparelhos mencionados podem consistir em um ou mais conjuntos feitos de fábrica. Se fornecido em mais de um conjunto, os conjuntos separados devem ser usados juntos, e os requisitos são baseados no uso de conjuntos combinados.

Uma definição de motor-compressor selado é dada na IEC 60335-2-34. Os requisitos de segurança de refrigeração são cobertos pela ISO 5149. Para aparelhos que usam refrigerantes inflamáveis, requisitos adicionais estão sendo considerados. Chama-se a atenção para o fato de que, para os aparelhos destinados ao uso em veículos ou a bordo de navios ou aeronaves, podem ser necessários requisitos adicionais; para aparelhos sujeitos a pressão, podem ser necessários requisitos adicionais.

Em muitos países, requisitos adicionais são especificados pelas autoridades nacionais de saúde, autoridades nacionais responsáveis ​​pela proteção do trabalho, autoridades nacionais de abastecimento de água e autoridades semelhantes. Esta norma não se aplica a aparelhos projetados exclusivamente para processamento industrial; aparelhos destinados a serem utilizados em locais onde prevalecem condições especiais, como a presença de uma atmosfera corrosiva ou explosiva (poeira, vapor ou gás).

Conteúdo da norma

PREFÁCIO…………………… 7

INTRODUÇÃO……………. 11

1 Escopo……………………… 13

2 Referências normativas…… 13

3 Definições……………….. 15

4 Requisito geral……. …… 15

5 Condições gerais para os testes…………… 17

6 Classificação……………. 17

7 Marcação e instruções……..17

8 Proteção contra acesso a peças energizadas………… 19

9 Partida de aparelhos movidos a motor ……………….. 19

10 Entrada de energia e corrente ………………….. … 19

11 Aquecimento……………………. 19

12 Vazio………………………… 27

13 Corrente de fuga e força elétrica na temperatura de operação …………….. 27

14 Sobretensões transitórias …….. …27

15 Resistência à umidade…. ……. 29

16 Corrente de fuga e força elétrica ……………………. 29

17 Proteção contra sobrecarga de transformadores e circuitos associados …………… 31

18 Resistência …………………………. 31

19 Operação anormal……………. 31

20 Estabilidade e riscos mecânicos………………………. 41

21 Resistência mecânica………………. 41

22 Construção…………….. 45

23 Fiação interna……………. 53

24 Componentes…………….. 53

25 Conexão de alimentação e cabos flexíveis externos……. 55

26 Terminais para condutores externos……………………. 55

27 Provisão para aterramento………….. 55

28 Parafusos e conexões………………..57

29 Folgas, distâncias de fuga e isolamento sólido……….. 57

30 Resistência ao calor e fogo……………………………. 57

31 Resistência à ferrugem ……………….. …… 57

32 Radiação, toxicidade e perigos semelhantes ………… 57

Anexos……………………….. 61

Anexo AA (normativo) Níveis de vácuo…………… 61

Anexo BB (normativo) Particulado usado em refrigerante contaminado…………………. 81

Anexo CC (normativo) Requisitos de compatibilidade……… 83

Anexo DD (normativo) Requisitos para óleo de dilatação…………… 85

Bibliografia…………….87

Foi assumido na redação desta norma que a execução de suas disposições é confiada a pessoas devidamente qualificadas e experientes. Esta norma reconhece o nível de proteção internacionalmente aceito contra perigos como elétricos, mecânicos, térmicos, fogo e radiação de aparelhos quando operados como em uso normal, levando em consideração as instruções do fabricante. Também cobre situações anormais que podem ser esperadas na prática.

Esta norma leva em consideração os requisitos da IEC 60364 na medida do possível para que haja compatibilidade com as regras de fiação quando o aparelho estiver conectado à rede elétrica. No entanto, as regras nacionais de fiação podem ser diferentes. Se um aparelho dentro do escopo desta norma também incorpora funções que são cobertas por outra parte 2 da IEC 60335, a parte 2 é aplicada a cada função separadamente, até onde for razoável. Se aplicável, a influência de uma função sobre a outra é levada em consideração. Esta norma é de família de produtos que trata da segurança de aparelhos e tomadas e tem precedência sobre as normas horizontais e genéricas que cobrem o mesmo assunto.

Um aparelho que está em conformidade com o texto desta norma não será necessariamente considerado em conformidade com os princípios de segurança da norma se, quando examinado e testado, for constatado que possui outras características que prejudicam o nível de segurança coberto por esses requisitos. Um aparelho que utiliza materiais ou tem formas de construção diferentes daquelas detalhadas nos requisitos desta norma pode ser examinado e testado de acordo com a intenção dos requisitos e, se for considerado substancialmente equivalente, pode ser considerado em conformidade com a norma.

A segurança dos sistemas de refrigeração e das bombas de calor

Entenda os requisitos para a segurança das pessoas e bens, a orientação para a proteção do meio ambiente, estabelecendo procedimentos para a operação, manutenção e reparo de sistemas e a recuperação de fluidos refrigerantes, além das especificações, a classificação e o critério de seleção aplicável a sistemas de refrigeração e bombas de calor.

A NBR ISO 5149-1 de 04/2020 – Sistemas de refrigeração e bombas de calor — Segurança e requisitos ambientais – Parte 1: Definições, classificação e critérios de seleção especifica os requisitos para a segurança das pessoas e bens, fornece orientação para a proteção do meio ambiente, estabelecendo procedimentos para a operação, manutenção e reparo de sistemas e a recuperação de fluidos refrigerantes. especifica a classificação e o critério de seleção aplicável a sistemas de refrigeração e bombas de calor. Esta classificação dos critérios de seleção é utilizada nas ISO 5149-2, NBR ISO 5149-3 e ISO 5149-4. Essa parte é aplicável a: sistemas de refrigeração, estacionários ou móveis, de todas as dimensões, inclusive as bombas de calor; refrigeração do sistema secundário ou sistemas de aquecimento; localização dos sistemas de refrigeração; peças substituídas e componentes adicionados após a adoção desta parte, se não forem idênticos na função e na capacidade.

Esta parte é aplicável a sistemas fixos e móveis, exceto para sistemas de ar condicionado automotivo ou produtos com Normas específicas como, por exemplo, as ISO 13043 e SAE J 639. É aplicável aos novos sistemas de refrigeração, extensões ou modificações de sistema existentes e a sistemas já usados, transferidos e operados em outro local e aplica-se no caso da conversão de um sistema para outro fluido refrigerante. O Anexo A especifica os limites para a quantidade de carga de fluido refrigerante permitida nos sistemas em vários locais e classes de ocupação. O Anexo B especifica os critérios de segurança e considerações ambientais de diferentes fluidos refrigerantes utilizados nos sistemas de refrigeração e de ar-condicionado. Os sistemas contendo fluidos refrigerantes que não estão listados na ISO 817 não estão cobertos nesta parte.

A NBR ISO 5149-3 de 04/2020 – Sistemas de refrigeração e bombas de calor — Segurança e requisitos ambientais – Parte 3: Local de instalação aplicável para o local de instalação (espaço da planta e serviços). Ela especifica os requisitos para a segurança do local, que podem ser necessários devido ao sistema de refrigeração e seus componentes auxiliares, assim como os não diretamente conectados a estes. Esta parte é aplicável aos novos sistemas de refrigeração, extensões ou modificações do sistema existente e sistemas que estão sendo transferidos e operados em outro local. Também é aplicável no caso da conversão de um sistema de refrigeração para outro.

Acesse algumas dúvidas relacionadas a essas normas GRATUITAMENTE no Target Genius Respostas Diretas:

Quais os termos e abreviaturas usados nessa série de normas?

Como deve ser classificado um sistema indireto fechado ventilado?

Como devem ser realizados os cálculos do volume do ambiente?

Como deve ser gerenciada a ocupação de casas de máquinas e casas de máquinas especiais?

Como devem ser especificadas as portas, paredes e dutos?

Qual é o fluxo de ar necessário para ventilação mecânica de emergência?

O objetivo destas normas é promover a segurança no projeto, na construção, no descarte, na instalação e na operação dos sistemas de refrigeração. A resposta da indústria à questão do clorofluorcarbono (CFC) acelerou a introdução de fluidos refrigerantes alternativos. A entrada de novos fluidos refrigerantes e misturas no mercado e a introdução de novas classificações de segurança levaram à elaboração desta norma.

Esta norma é direcionada para a segurança de pessoas e propriedades onde as instalações de refrigeração estão localizadas. Inclui especificações para fabricar um sistema estanque. Destina-se a minimizar possíveis riscos para pessoas, propriedades e meio ambiente de sistemas de refrigeração e fluidos refrigerantes. Estes perigos estão essencialmente associados às características físicas e químicas dos fluidos refrigerantes, bem como às pressões e temperaturas que ocorrem nos ciclos de refrigeração (ver Anexo A).

Atenção para riscos comuns a todos os sistemas de compressão, como alta temperatura na descarga, golpe por inundação de líquido, operação incorreta ou redução na resistência mecânica causada por corrosão, erosão, estresse térmico, fadiga, golpe de aríete ou vibração. A corrosão, no entanto, deve ter uma consideração especial, uma vez que as condições específicas dos sistemas de refrigeração surgem devido alternância entre o congelamento e o descongelamento ou na aplicação de isolamento no equipamento.

Os fluidos refrigerantes comumente usados, exceto o R-717, são mais densos que o ar. Deve-se ter cuidado para evitar a formação de bolsões estagnados de vapores de fluido refrigerante, pela localização adequada das aberturas de entrada e exaustão da ventilação. Todas as salas de máquinas devem ter ventilação mecânica controlada por alarmes de concentração de oxigênio e/ou de vapor de fluido refrigerante. Para o propósito desta norma, a classificação de ocupação deve ser determinada de acordo com a tabela abaixo. As casas de máquinas não podem ser consideradas como espaço ocupado, exceto conforme definido na NBR ISO 5149-3:2020, 5.1.

Os sistemas são classificados de acordo com: o método de extração de calor do ambiente (refrigeração); o método de adição de calor para o ambiente (aquecimento); a substância a ser tratada; o vazamento de fluido refrigerante entrando no espaço ocupado. O sistema direto deve ser classificado como um sistema de liberação direta se uma única ruptura do circuito de fluido refrigerante resultar em uma liberação para o espaço ocupado, independentemente da localização do circuito de fluido refrigerante.

Um sistema aberto de pulverização é classificado como direto se o meio de transferência térmica estiver em comunicação direta com partes do circuito que contenham fluido refrigerante e o circuito indireto estiver aberto para um espaço ocupado. Os sistemas de pulverização aberto devem estar localizados no local de classificação I.

O sistema direto com dutos deve ser classificado como um sistema de liberação direta se o ar condicionado estiver em contato direto com componentes do circuito contendo fluido refrigerante e é fornecido para um espaço ocupado. Um sistema de pulverização aberto com respiro deve ser classificado como um sistema de liberação direta se o meio de transferência de calor estiver em contato direto com partes do circuito que contenham fluido refrigerante e o circuito indireto estiver aberto em um espaço ocupado.

O meio de transferência de calor deve ser ventilado para fora do espaço ocupado, mas existe a possibilidade de que uma única ruptura do circuito possa resultar em uma liberação de fluido refrigerante para o espaço ocupado. Um sistema indireto deve ser classificado como sistema fechado indireto se o meio de transferência de calor estiver em comunicação com um espaço ocupado, e um vazamento de fluido refrigerante no circuito indireto puder entrar no espaço ocupado se o circuito indireto também vazar ou purgar.

Um sistema indireto deve ser classificado como sistema de ventilação indireta se o meio de transferência de calor estiver em comunicação com um espaço ocupado, e um vazamento de fluido refrigerante no circuito indireto puder sair para atmosfera fora do espaço ocupado. As cargas-limite definidas para os sistemas de refrigeração devem ser calculadas de acordo com a classe de localização, conforme especificado nessa norma, e a toxicidade e/ou a inflamabilidade do fluido refrigerante, como especificado no Anexo A.

Se todos os componentes contendo fluido refrigerante estiverem localizados em espaços ventilados, os requisitos para uma classe IV devem ser aplicados. Os espaços ventilados devem atender aos requisitos das ISO 5149-2 e ABNT NBR ISO 5149-3. Se todos os componentes contendo fluido refrigerante estiverem localizados em uma casa de máquinas ou ao ar livre, os requisitos para o local de classe III devem ser aplicados. As casas de máquinas devem atender aos requisitos da NBR ISO 5149-3. Se todos os compressores e vasos de pressão estiverem localizados em uma casa de máquinas ou ao ar livre, os requisitos para o local de classe II devem ser aplicados, a menos que o sistema esteja em conformidade com os requisitos de 5.3.3. Os trocadores de calor e tubulações, incluindo as válvulas, podem estar localizados em um espaço ocupado.

Se os sistemas de refrigeração ou partes que contenham fluido refrigerante estiverem localizados no espaço ocupado, o sistema é considerado de Classe I, a menos que o sistema esteja em conformidade com os requisitos de 5.3.4. A classificação do fluido refrigerante deve estar de acordo com a ISO 817:2014. A quantidade de carga de fluido refrigerante que possa entrar no espaço ocupado deve ser determinada conforme a seguir.

Para espaços ocupados, a quantidade de fluido refrigerante não pode exceder os valores especificados nas Tabelas A.1 e A.2 (disponíveis na norma). A quantidade de fluido refrigerante que pode ser liberada em um espaço ocupado deve ser a maior carga de qualquer sistema de refrigeração. O equipamento de refrigeração pode ser instalado fora da edificação, ao ar livre, em uma casa de máquinas específica, em áreas ocupadas, ou em áreas não ocupadas, não designadas como casa de máquinas.

O equipamento de refrigeração pode ficar contido em um determinado espaço ventilado fornecido pelo fabricante. Os requisitos para este espaço são fornecidos na ISO 5149-2:2014, 2.5.17. Os sistemas de refrigeração instalados ao ar livre devem ser posicionados para evitar o vazamento de fluido refrigerante na construção ou expor pessoas ao risco. Se instalado no teto, o fluido refrigerante não pode ser capaz de fluir através do teto em qualquer abertura para ventilação de ar fresco, porta, alçapão, ou abertura similar em caso de um vazamento.

Quando um abrigo for fornecido para o equipamento de refrigeração instalado ao ar livre, este deve ter ventilação natural ou forçada. Um local onde a maior parede estiver exposta ao ar externo por meio de aberturas com 75% de área livre e a cobertura cobrir ao menos 80% da área do local (ou equivalente, se mais da metade da parede estiver para fora) é considerada como estando ao ar livre.

Quando uma casa de máquinas for escolhida como a localização do equipamento de refrigeração, ela deve cumprir os requisitos especificados em 5.1 a 5.14. Se a carga de fluido refrigerante estiver acima do limite prático especificado na NBR ISO 5149-1, o sistema de refrigeração deve estar localizado em uma casa de máquinas, salvo se as fontes de ignição na casa de máquinas atenderem aos requisitos em 5.3, 5.4 e 5.14.4.

Podem ser necessários requisitos adicionais para sistema de refrigeração contendo R717 ou outros fluidos refrigerantes B2L, B2, B3, A2L, A2 e A3 e especificados em 5.12. Quando o abrigo em torno do equipamento de refrigeração é suficientemente grande para que as pessoas possam entrar, o abrigo é considerado como uma casa de máquinas e os requisitos para as mesmas se aplicam.

Para o equipamento de refrigeração localizado no espaço ocupado, os requisitos devem obedecer atender ao especificado no NBR ISO 5149-1:2020, Anexo A. Para o equipamento de refrigeração localizado em áreas não ocupadas e não designadas como casa de máquinas, se a área for isolada de qualquer área ocupada, todos os requisitos devem ser idênticos aos de uma casa de máquinas. Se a área pode não ser isolada a partir de qualquer espaço ocupado, o equipamento de refrigeração deve ser considerado como localizado em um espaço ocupado e os requisitos para esses espaços devem ser aplicados.

Para o equipamento de refrigeração localizado em um espaço ventilado dentro de uma área ocupada, o espaço ventilado contendo o sistema de refrigeração deve ter um duto de ventilação conforme especificado pelo fabricante. O duto não pode ser de maior comprimento e não pode ter mais curvas que o número máximo especificado pelo fabricante. O local em que o espaço ventilado está instalado deve ter pelo menos dez vezes o volume do espaço e deve ter ar de reposição suficiente para substituir qualquer ar expelido. A ventilação do compartimento deve ser para ar externo ou para uma área contendo o volume mínimo especificado no NBR ISO 5149-1:2020, 2.5.17, para uma área ocupada.

Ar condicionado para salas de computadores

computerUm sistema de ar condicionado tem a finalidade de propiciar conforto térmico as pessoas ou a equipamentos especiais. A menos que uma sala possua computadores que necessitem de temperaturas baixas para trabalhar, se as pessoas estão sentindo frio, está havendo desperdício de energia, pois o sistema de ar condicionado esta refrigerando mais do que o necessário.

Deve-se regular o termostato do ar condicionado para uma temperatura onde todos se sintam confortáveis no ambiente de trabalho. Normalmente no que se refere a temperatura de ar condicionado para sala de computadores um padrão de 23°C e 50% de umidade pode ser adotado.

Mas, isto é feito quando existe controle de temperatura e umidade do ar, realizado normalmente em sistemas centrais de ar condicionado. Se o condicionamento for realizado com aparelhos, de janela, splits ou self, o controle restringe-se a temperatura.

Os sistemas de ar condicionado de precisão são projetados pra atender as necessidades de ambientes como data centers, salas de telefonia, switches e hubbies, centrais e coletoras de transmissão de telefonia, ambientes críticos de aplicação em mineração, óleo e gás e todos os ambientes onde o controle preciso de temperatura e umidade, e a confiabilidade extrema do aparelho sejam requeridos.

Esses sistemas são especialmente produzidos para ambientes que precisam de exatidão na temperatura para o bom funcionamento. Contam com especificações de alta vazão de ar, controle de condensação, controle de umidade e temperatura e elementos de proteção e redução de consumo de energia. São muito mais eficientes que os sistemas de ar centrais comuns, pois possuem alto índice de automação com sistemas de alerta contra alteração da temperatura e umidade.

Existem características únicas atingidas com o sistema. O ar condicionado de precisão tem como diferenciais sua durabilidade, confiabilidade, controle preciso de temperatura e umidade, alta vazão e alto fator de calor sensível. Além disso, são desenvolvidos para funcionamento 24 horas continuamente, baixa necessidade de manutenção e baixo consumo de energia.

Ambientes críticos requerem um controle rígido de umidade de 45% no mínimo a 55% no máximo e temperaturas estáveis e precisas. Tudo isso para que os componentes eletrônicos sensíveis funcionem perfeitamente e para que as operações de processamento e armazenamento de dados não sofram consequências, como falhas nos elementos e quedas no sistema. Aproximadamente 25% destes problemas são causados por instabilidades no sistema de ar condicionado.

E quais as diferenças entre ar condicionado de precisão e de conforto? O de conforto é projetado para atender as necessidades físicas de um ambiente voltado exclusivamente para pessoas. Possui baixo custo e é de fácil instalação, pois não possui nenhum componente eletrônico mais elaborado, diferentemente do sistema de precisão. O de conforto trabalha oito horas diárias, regula somente a temperatura, tem baixo custo aquisitivo, baixa vazão de ar e baixo calor sensível. Já o de precisão trabalha ininterruptamente 365 dias, faz a monitoração da temperatura e umidade, tem maior custo aquisitivo, tem alta vazão de ar e alto fator de calor sensível.

Uma norma que acaba de ser confirmada é a NBR 10080 (NB643) de 11/1987 – Instalações de ar condicionado para salas de computadores que fixa condições exigíveis para a elaboração de projetos de instalações de ar condicionado, para salas de computadores. Recomenda-se como critérios básicos de projeto: remover o calor onde é produzido; manter as condições de temperatura e umidade nas faixas especificadas; permitir a flexibilidade da instalação; possuir sistema de filtragem adequado; verificar as condições de conforto térmico resultantes.

Quanto à temperatura e umidade relativa, as recomendações são prescritas em 4.1. temperatura registrada no termômetro de bulbo seco de (22 ± 2)ºC e a umidade relativa de (50 ± 5)% devem ser mantidas, tanto para a sala do computador, como para as demais salas pertencentes ao sistema, tais como: sala de armazenamento de discos, fitas, formulários e cartões. Deve-se ainda observar, que quando o equipamento do computador não estiver em operação, conforme as condições locais, prever o funcionamento do sistema de ar condicionado, para assegurar a manutenção das condições ambientais.

Para o ar exterior, deve-se adotar valores que mantenham pressão positiva na sala de computador e anexos em relação aos ambientes adjacentes. A carga térmica do sistema é constituída pela carga térmica dissipadas pelos equipamentos, que deve ser calculada com base nos dados fornecidos pelos fabricantes dos computadores, e as demais cargas do recinto, conforme os critérios adotados na NBR 6401. Para o insuflamento e retorno de ar, recomenda-se as características prescritas de 7.1 a 7.5.

7.1 Flexibilidade para permitir remanejamento na sala do computador.

7.2 Para remover a carga térmica do computador, recomenda-se ainda que o insuflamento seja por “plenum” sob o piso elevado. O “plenum” deve: ser estanque nos limites da sala; evitar concentração; permitir fácil limpeza; ter dimensões compatíveis à distribuição do ar; e ser isolado termicamente, quando necessário.

7.3 Deve-se evitar a colocação de bocas de insuflamento diretamente na base do computador, para impedir que a umidade excessiva do ar danifique os componentes do mesmo.

7.4 Para atender o conforto humano, o insuflamento deve ser acima da zona de ocupação.

7.5 O retorno do ar deve ser feito ao nível do teto e na região do computador.

Já a filtragem do ar, no caso do ar exterior para renovação e o ar a ser insuflado na sala do computador e de fitas e discos deverão ser filtrados. A classe de filtragem do ar insuflado deverá ser a recomendada pelo fabricante do equipamento do computador. Na falta de informação a filtragem deverá ser no mínimo classe F 1 da NBR 6401. A classe de filtragem do ar exterior deverá ser compatível com as condições externas. Na falta de informação a filtragem deverá ser no mínimo classe G 2 da NBR 6401. Para o nível de ruído, deve-se adotar os níveis 40 NC a 60 NC de acordo com a NBR 6401, com o computador desligado.

O tipo de sistema de ar condicionado a ser adotado para salas de computadores será definido pelo projetista de ar condicionado, em função das recomendações do usuário, projeto arquitetônico, condições do local e outros fatores. Com relação à operacionalidade, quando o sistema de ar condicionado para sala de computadores for parcela de um sistema global maior, recomenda-se que o mesmo seja desvinculado do sistema, permitindo assim a sua operação e controle independentemente do restante do sistema.

O sistema de ar condicionado para sala de computadores deve ter as características: ser passível de expansão; ter condições para funcionamento ininterrupto e para isto os equipamentos essenciais deverão ter reserva, ou possibilidade de serem substituídos através de manobras simples, por outros que normalmente atendam outras áreas condicionadas; ter sua operação e manutenção efetuada sem interferir nos trabalhos da sala de computadores; permitir conexão a um sistema de energia elétrica de emergência.

Recomenda-se instalar um sistema de alarme com sinalização visual e/ou sonora na sala do computador, para indicar desvios das faixas estabelecidas para temperatura e umidade relativa. Recomenda-se a interligação do sistema de ar condicionado ao sistema de proteção contra incêndio. A operação do sistema de ar condicionado deverá ser automática, utilizando os seguintes controles: termostatos para refrigeração e aquecimento, umidostatos para comandar umidificação e/ou desumidificação; chaves de fluxo, termostatos limite e termostatos de segurança.

Siga o blog no TWITTER

Mais notícias, artigos e informações sobre qualidade, meio ambiente, normalização e metrologia.

Linkedin: http://br.linkedin.com/pub/hayrton-prado/2/740/27a

Facebook: http://www.facebook.com/#!/hayrton.prado

Skype: hayrton.prado1

Conforto térmico: as sensações de frio e calor do ser humano

conforO conforto térmico pode ser definido como a condição psicológica de um indivíduo que expressa satisfação com relação às condições térmicas do ambiente em que se encontra. Esse tipo de julgamento é um processo cognitivo envolvendo muitos parâmetros influenciados por processos físicos, fisiológicos, psicológicos e outros.

A consciência aparenta decidir sobre conforto e desconforto térmico com base em sensações diretas de temperatura e de umidade pela pele, em temperaturas sentidas no interior do corpo, e nos esforços necessários para regular a temperatura do corpo. Em geral, o conforto ocorre quando as temperaturas do corpo são mantidas em faixas estreitas, a umidade da pele é baixa e o esforço fisiológico de regulação é minimizado.

Do ponto de vista fisiológico, o conforto térmico ocorre quando há um equilíbrio térmico na ausência de suor regulatório durante a troca de calor entre o corpo de um indivíduo e o ambiente em que se encontra. Em termos de sensações corporais, o conforto térmico está relacionado às sensações de muito quente, quente, morno, neutro, fresco, frio e muito frio.

O conforto também depende de ações comportamentais que são iniciadas inconscientemente ou conscientemente e guiadas pelas sensações térmicas e de umidade para reduzir o desconforto. Algumas das ações possíveis para reduzir o desconforto são: alteração da vestimenta, alternação de atividades, mudanças de posturas ou localização, mudanças nos parâmetros operacionais de dispositivos de controle ambientais, aberturas e fechamento de passagens de ar, reclamação ou abandono do local.

As atividades metabólicas do corpo humano resultam quase que completamente em calor sendo continuamente dissipado e regulado para manter temperaturas normais no corpo. A perda insuficiente de calor leva ao sobreaquecimento, processo denominado hipertermia, e perda excessiva de calor resulta no resfriamento do corpo, processo denominado hipotermia.

O calor produzido por um adulto em repouso é da ordem de 100 W. Devido ao fato da maior parcela deste calor ser transferida para o ambiente através da pele, torna‐se conveniente caracterizar a atividade metabólica em termos da produção de calor por unidade de área da pele, unidade denominada met. Para um indivíduo em repouso, a unidade met corresponde a aproximadamente 50‐58 W/m2, dependendo do grupo étnico ou geográfico.

O hipotálamo, localizado no cérebro, é o órgão central que controla a temperatura do corpo. Contém sensores para temperaturas frias e quentes e é banhado por sangue arterial. Como a taxa de recirculação de sangue no corpo é rápida e o sangue que retorna é todo misturado no coração antes de retornar ao corpo, o sangue arterial é um indicativo da temperatura média do corpo. O hipotálamo também recebe informação térmica de sensores de temperatura localizados na pele e em outros órgãos (por exemplo, espinha dorsal, estômago, etc.).

CONFOR~1

A ISO 7730:2005 – Ergonomics of the thermal environment — Analytical determination and interpretation of thermal comfort using calculation of the PMV and PPD indices and local thermal comfort criteria apresenta os métodos para prever a sensação geral térmica e grau de desconforto (insatisfação térmica) de pessoas expostas em ambientes térmicos. Ela permite a determinação analítica e a interpretação de conforto térmico utilizando o cálculo do PMV (predicted mean vote) e do PPD (predicted percentage of dissatisfied) e do conforto térmico local, dando as condições ambientais consideradas aceitáveis ​​para conforto térmico em geral, bem como aqueles que representam o desconforto local.

Já a NBR 16401-2 de 08/2008 – Instalações de ar-condicionado – Sistemas centrais e unitários – Parte 2: Parâmetros de conforto térmico especifica os parâmetros do ambiente interno que proporcionem conforto térmico aos ocupantes de recintos providos de ar-condicionado. A sensação de conforto térmico é essencialmente subjetiva. Devido às grandes variações individuais, fisiológicas e psicológicas, não é possível determinar condições que possam proporcionar conforto para 100 % das pessoas.

Os parâmetros estipulados nesta parte definem um ambiente térmico em que uma maioria de 80% ou mais das pessoas, de um grupo homogêneo em termos de atividade física e tipo de roupa usada, é suscetível de expressar satisfação em relação ao conforto térmico. Esta parte se aplica a pessoas adultas, em boa saúde, que estejam no recinto há mais de 15 min.

Segundo a norma, os parâmetros ambientais que afetàm o conforto térmico são: a temperatura operativa; a velocidade do ar; e a umidade relativa do ar. Os valores destes parâmetros que definem as condições de conforto térmico dependem dos seguintes fatores pessoais: o tipo de roupa usado pelas pessoas, que determina a resistência térmica média à troca de calor do corpo com o ambiente, expressa em “clo” (1 clo = 0,155 m² K/W); o nível de atividade física das pessoas, que determina sua taxa de metabolismo, geralmente expressa em “met” (1 met = 58,2 W/m²). Admitindo uma superfície média de 1,8 m² para o corpo de um adulto, 1 met é equivalente a aproximadamente 105 W..

As sensações térmicas são avaliadas numericamente pela escala ASHRAE, em que 0 indica sensação neutra, + 1, + 2 e + 3 sensação de levemente quente a muito quente, e – 1, – 2 e – 3, sensação de levemente frio a muito frio. Avaliação entre – 0,5 e + 0,5 é considerada indicação aceitável de conforto térmico. Os estudos teóricos e pesquisas de laboratório permitem prever, em grupos homogêneos em termos de atividade física e tipo de roupa usada, a porcentagem das pessoas que expressaria determinada avaliação da sensação térmica em determinadas condições ambientais.

Assim, a NBR 16401 estipula os parâmetros ambientais suscetíveis de produzir sensação aceitável de conforto térmico em 80 % ou mais das pessoas. Os parâmetros estipulados nositens 6.1 e 6.2 são válidos para grupos homogêneos de pessoas, usando roupa típica da estação e em atividade sedentária ou leve (1,0 met a 1,2 met).

– Verão (roupa típica 0,5 clo)

Temperatura operativa e umidade relativa dentro da zona delimitada por:

22,5 °C a 25,5 °C e umidade relativa de 65 %;

23,0 °C a 26,0 °C e umidade relativa de 35 %.

A velocidade média do ar (não direcional) na zona de ocupação não deve ultrapassar: a 0,20 m/s para distribuição de ar convencional (grau de turbulência 30% a 50%); 0,25 m/s para distribuição de ar por sistema de fluxo de deslocamento (grau de turbulência inferior a 10 %).

– Inverno (roupa típica 0,9 clo)

Temperatura operativa e umidade relativa dentro da zona delimitada por:

21,0 °C a 23,5 °C e umidade relativa de 60 %;

21,5 °C a 24,0 °C e umidade relativa de 30 %.

A velocidade média do ar (não direcional) na zona de ocupàção não deve ultrapassar: a 0,15 m/s para distribuição de ar convencional (grau de turbulência 30 % a 50 % ); 0,20 m/s para distribuição de ar por sistema de fluxo de deslocamento (grau de turbulência inferior a 10 %).

A diferença entre as temperaturas num plano vertical entre 0,1 m e 1,1 m do solo (entre tornozelos e cabeça de pessoas sentadas) deve ser inferior a 3 K. A variação gradual e contínua da temperatura (passiva ou intencional) não deve ultrapassar a taxa de 0,5 K por hora, sendo que a temperatura final resultante não deve se distanciar dos limites de temperatura estipulados em 6.1 e 6.2 em mais de 0,5 K, nem permanecer neste nível por mais de 1 h. A assimetria da temperatura radiante admissivel deve ser inferior a: 5 K para forro quente; 14 K para forro frio; 23 K para parede quente; e 10 K para parede fria.

A manutenção dos sistemas de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento

A NBR 13971 estabelece orientações básicas para as atividades e serviços necessários na manutenção de conjuntos e componentes, em sistemas e equipamentos de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento

air-conditioning-unitAtualmente, o edifícios se tornaram cada vez mais fechados e grau de automatização interna também aumentou. A dependência de controles computadorizados, sistemas forçados de ventilação, sistemas de ar condicionado, dentre outros, foi crescendo. Sistemas de ventilação tornaram-se mais sofisticados. Reduções nos gastos de energia foram possíveis pelo emprego de computadores para variar as quantidades de ar introduzidas no edifício, baseadas unicamente em requisitos de carga térmica nos espaços ocupados.

O único critério utilizado, no que diz respeito ao ar interior, foi a temperatura e a umidade. Outros parâmetros envolvendo a qualidade do ar utilizado dentro dos edifícios foram ignorados. Se, por um lado, houve uma preocupação crescente com a economia de energia, por outro, a qualidade do ar interno foi deixada de lado. Controles e avanços nos sistemas automatizados causaram uma redução dramática nas perdas de energia nos últimos 30 anos e as taxas de infiltração de ar caíram.

O resultado de tudo isso foi que as concentrações médias dos vários poluentes no ar interno aumentaram substancialmente. Registros externos de entrada de ar eram dispostos de modo a permitir um mínimo de captação de ar, ou mesmo eram fechados para diminuir os gastos com refrigeração.

Hoje já se sabe que uma série de poluentes – dentre eles, monóxido de carbono, dióxido de carbono, amônia, óxido de enxofre e nitrogênio – é produzida dentro do edifício por materiais de construção baseados em solventes orgânicos, por materiais de limpeza, mofo, bolor, metabolismo humano e também pelas próprias atividades do homem, como cozinhar ou lavar e secar roupas. Tais poluentes comprometem a saúde e o rendimento do trabalho dos usuários.

Alguns edifícios já estão sendo chamados de doentes, devido à péssima qualidade do ar em seus recintos. Isso levou a um estado doentio transitório dos usuários, já que os sintomas normalmente desaparecem quando as pessoas afetadas deixam o edifício. Sua origem está relacionada ao fato de que aqueles com manutenção inadequada de suas torres de resfriamento e sistema de ventilação são fontes de microorganismos.

Dessa forma, a NBR 13971 de 01/2014 – Sistemas de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento – Manutenção programada pode ajudar a melhorar esse quadro. A norma estabelece orientações básicas para as atividades e serviços necessários na manutenção de conjuntos e componentes, em sistemas e equipamentos de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento. Esta norma, em conformidade com a NBR 16401-1, aplica-se a equipamentos de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento voltados ao atendimento das exigências de qualidade do ar, conforto e processo, respeitando-se as condições de referência.

Para a execução da manutenção programada, a instalação deve atender aos seguintes itens: a) facilidade de acesso; b) iluminação adequada para a prática das atividades; c) ponto de energia elétrica compatível com as atividades a serem desenvolvidas; d) pontos de água e de drenagem; e) ponto de ar comprimido (recomendável); f) ponto de internet (recomendável); g) sala de máquinas limpa e desimpedida, livre de objetos que não tenham uma função determinada neste local; h) estar operando sem pendências provenientes da necessidade de intervenções corretivas, ou seja, nas condições de referência.

Quanto à documentação, é necessário disponibilizar para a equipe de manutenção os documentos técnicos referentes à instalação, como: projeto, memorial descritivo, folhas de dados, manuais de operação e manutenção, fichas de partida e outros. Os intervalos para as atividades periódicas não estão indicados nesta norma e devem ser definidos pelo profissional habilitado, considerando-se os seguintes aspectos: a) tipo de equipamento; b) tempo efetivo de operação; c) regime de operação; d) tipo de aplicação; e) grau de agressividade do ambiente; f) disponibilidade da instalação para manutenção; g) fatores específicos da instalação.

As atividades apresentadas nesta norma definem as tarefas aplicáveis à maioria dos conjuntos e dos componentes dos sistemas e equipamentos de refrigeração, condicionamento de ar, ventilação e aquecimento. As atividades estão estabelecidas nas Tabelas 2 a 14 (disponíveis na norma), classificadas em dois tipos: a) P = atividades periódicas a serem executadas em intervalos de tempo regulares, preestabelecidos; b) S = atividades a serem executadas, se necessário, em função de avaliação durante os serviços de campo.

Como reduzir as emissões de fluidos frigoríficos halogenados

Compensação de Reativos e Filtragem de Harmônicos em Sistemas Elétricos de Potência – Presencial ou Ao Vivo pela Internet – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

Portal Target – Saiba como é fácil ter acesso às Informações Tecnológicas

Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas – Presencial ou Ao Vivo pela Internet – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

ISO 50001 – Gestão de Energia – Implantação da metodologia e estudo de casos práticos – Presencial ou Ao Vivo pela Internet – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

A NBR 15976 – Redução das emissões de fluidos frigoríficos halogenados em equipamentos e instalações estacionárias de refrigeração e ar condicionado – Requisitos gerais e procedimentos (clique no link para mais informações) estipula os requisitos mínimos e os procedimentos para a redução da emissão involuntária de fluídos frigoríficos halogenados em equipamentos e instalações estacionárias de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor, abrangendo a fabricação, instalação, ensaios, operação, manutenção, conserto e disposição final dos equipamentos e sistemas. No Anexo A da norma está especificado que há projetos de selos de eixo que não dependem das faces de carbono geralmente utilizadas. Selos de face dupla, ou de face única com características melhoradas de maneira a manter o carbono lubrificado, têm se mostrado eficazes e são recomendados. Convém que o projeto e a instalação do conjunto de selo minimizem a perda do óleo e evitem a perda direta de fluido frigorífico. A falta de lubrificação durante os períodos de parada pode fazer com que as faces de contato do selo fiquem secas e aderidas uma à outra. Em grandes sistemas é recomendada a utilização de uma bomba de óleo separada para lubrificar o selo antes da partida do compressor.

Os compressores abertos são tipicamente providos de selos retentores que requerem pressão positiva para funcionarem corretamente. Não sendo estes selos de face dupla, pode ocorrer vazamento durante a evacuação. Para evitar vazamentos, convém que sejam adotadas medidas de vedação temporária, como tampas para o selo ou calafetagem por massa plástica ao redor do eixo. O alinhamento dos eixos do motor e do compressor é elemento crítico para limitar o vazamento de fluido frigorífico; é afetado pelo tipo de acoplamento e pela velocidade e potência do motor. O maquinário frigorífico requer um alinhamento rigoroso para acomodar a dilatação térmica da carga e a variação de temperatura. Convém que os procedimentos de parada e partida assegurem que haja óleo para lubrificar as faces do selo. Pode ser necessário acionar a bomba de óleo e girar o eixo periodicamente durante os longos períodos de parada. Se isto não for possível, convém que os selos sejam inspecionados e lubrificados antes de dar partida ao sistema.

As vibrações causadas por pulsações do gás são mais bem controladas por um bom silenciador, colocado tão perto do compressor quanto possível. Para os compressores montados sobre molas, deve ser provida a eliminação das vibrações nas linhas de sucção e de descarga. Quando forem utilizados eliminadores de vibração tubulares, convém que estes sejam instalados em tubulação paralela ao eixo do compressor e firmemente ancorados na extremidade a montante do eliminador da linha de sucção e na extremidade a jusante da linha de descarga. A vibração excessiva de compressores e outros equipamentos podem causar vazamento de fluido frigorífico. Este efeito deve ser eliminado utilizando projetos adequados de montagem antivibração, eliminadores de vibrações e de balanceamento e/ou alinhamento, quando necessário. Convém que os materiais de construção e os métodos de projeto escolhidos previnam a emissão de fluido frigorífico durante a operação normal. Convém que os condensadores e evaporadores sejam projetados de forma a manter a carga de fluido frigorífico a menor possível. Convém que os condensadores resfriados a ar e os evaporadores sejam construídos com o menor número praticável de juntas e curvas de retorno. O método preferido de união é a solda.

A vibração excessiva pode causar falha nos tubos de evaporadores, casco e tubo. A vibração proveniente de qualquer das numerosas fontes pode causar a falha dos tubos. A ação de ebulição em evaporadores inundados pode causar vibração na frequência natural dos tubos, provocando desgaste excessivo nos suportes dos tubos e uma possível falha. Este problema pode ser evitado com o dimensionamento e o espaçamento adequados dos suportes. A velocidade excessiva do fluido em condensadores e evaporadores pode criar vibrações que provocarão uma falha prematura dos tubos. Precauções similares às acima descritas podem minimizar o problema. Uma velocidade excessiva do fluido nos tubos de condensadores e evaporadores pode levar a uma falha prematura por erosão. Com o aumento da velocidade, o potencial para a ocorrência de uma falha prematura aumenta em proporção ao quadrado da velocidade. Deve-se tomar o cuidado de manter as velocidades de projeto dentro dos valores recomendados pela boa prática para o material selecionado. Obstrução parcial, especialmente em condensadores, pode resultar em velocidades superiores à projetada para a vazão normal através do trocador de calor. O potencial para danos fica reduzido, limitando as velocidades.

Em aplicações em que a água de condensação poluída pode levar a uma falha prematura dos tubos, o uso de tubos com superfície interna lisa é recomendado. Uma filtragem apropriada pode reduzir a erosão causada por partículas estranhas no fluido. Um tratamento de água adequado pode minimizar os efeitos de elementos corrosivos no fluido. Os sistemas resfriados a água do mar são especialmente suscetíveis à corrosão, assim como alguns sistemas que utilizem água contendo traços de amônia ou organismos microbiológicos. Esses contaminantes irão atacar os tubos e também, possivelmente, os espelhos e os cabeçotes dos trocadores de calor, levando a vazamentos. Dispositivos para lavagem e inspeção são recomendáveis. Revestimentos especiais e tubos de materiais especiais podem ser necessários para minimizar o ataque a essas superfícies.