Os EUA não são mais a economia mais competitiva do mundo e o Brasil cai uma posição

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Os EUA perderam o status de a economia mais competitiva do mundo depois de ser ultrapassada pela China Hong Kong e pela Suíça, conforme dados divulgados pelo IMD World Competitiveness Center. O poder absoluto da economia dos EUA já não é suficiente para mantê-lo no topo do World Competitiveness Ranking, o que aconteceu nos últimos três anos.

A edição de 2016 classifica a China Hong Kong em primeiro lugar, a Suíça em segundo e em terceiro os EUA, com Singapura, Suécia, Dinamarca, Irlanda, Países Baixos, Noruega e Canadá completando o top 10. O professor Arturo Bris, diretor do IMD World Competitiveness Center, explicou que um compromisso consistente para um ambiente de negócios favorável foi fundamental para a ascensão da China Hong Kong e que o tamanho da Suíça e sua ênfase no compromisso com a qualidade permitiram que o país ficasse com a sua economia no topo.

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“Os EUA ainda apresentaram o melhor desempenho econômico no mundo, mas há muitos outros fatores que levamos em conta ao avaliar a competitividade”, disse. “O padrão comum entre todos os países no top 20 é o seu foco sobre a regulação ideal para negócios, infraestrutura física e imaterial, e instituições inclusivas”.

A China Hong Kong estimula muito a inovação através de uma baixa e simples forma de tributação e não impõe restrições sobre o capital que flua para dentro ou para fora do território. Também oferece uma porta de entrada para o investimento estrangeiro direto na China continental, a mais nova superpotência econômica do mundo, e permite que as empresas tenham acesso aos mercados globa.

Mesmo com o desempenho da China Hong Kong e de Cingapura, no entanto, revelou a pesquisa, mostrou que a competitividade da Ásia diminuiu acentuadamente em termos globais desde a publicação do ranking do ano passado. Taiwan, Malásia, Coreia do Sul e Indonésia sofreram quedas significativas de seus posições de 2015, enquanto a China Continental diminuiu apenas um pouco mantendo o seu lugar no top 25.

O estudo revelou alguns dos avanços mais impressionantes da Europa conquistados pelos países orientais, como a Letônia, a República Eslovaca e Eslovênia. As economias da Europa ocidental também continuou a melhorar, sendo que os pesquisadores destacaram a contínua recuperação financeira, depois da crise do setor público europeu.

O Chile, na posição 36, foi o único país latino-americano fora da parte inferior 20, enquanto a Argentina, em 55, é o único país da região a ter melhorado a sua posição de 2015. Deve ser destacado que cada classificação é baseada na análise de mais de 340 critérios derivados de quatro principais fatores: desempenho econômico, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura.

As respostas de uma pesquisa em profundidade com mais de 5.400 executivos de negócios, que são convidados a avaliar a situação em seus próprios países, também são levadas em consideração. “Um fato importante que a classificação torna clara ano após ano é que o crescimento econômico atual  não é, de nenhuma maneira, uma garantia de competitividade futura. As nações tão diferentes como a China e o Qatar saem muito bem em termos de desempenho econômico, mas eles continuam fracos em outros pilares como a eficiência e a infra-estrutura de governo”, assegura o professor Bris. “Desde 1995, o mundo tornou-se cada vez mais desigual em termos de diferenças de renda entre os países, embora a taxa de crescimento esteja diminuindo”, acrescenta ele.

Para o professor, a riqueza dos países mais ricos tem crescido a cada ano, enquanto os países mais pobres estão tendo alguma melhoria das condições de vida neste milênio. “Infelizmente, o problema para muitos países é que a acumulação de riqueza dos ricos não deu quaisquer benefícios para os pobres na ausência de redes de segurança social adequada. O crescimento econômico, orientado para a inovação nos países mais pobres, melhora a competitividade, mas também aumenta a desigualdade. Este é, obviamente, um problema que exige atenção a longo prazo”.

Já o Brasil está na posição 57 em termos de competitividade e tem muitos desafios para vencer:

– Crise política: escândalos de corrupção, governabilidade frágil e ausência de uma responsabilidade política;

– Recessão econômica: a inflação crescente e as taxas de desemprego nas alturas, juntamente com o crescimento negativo do PIB;

– Desequilíbrio fiscal, a necessidade de impostos e reformas na seguridade social;

– Falta de confiança na economia dos investidores estrangeiros e domésticos;

– Investimentos insuficientes na área da saúde e saneamento básico, acarretando riscos epidêmicos com os surtos de dengue e zika.

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O coach no processo de autoconhecimento do jovem


NBR 10255 (MB2737) de 04/2016: a proteção de superfícies de aço contra a corrosão em câmara úmida

Quais os materiais para a realização do método de ensaio? O que deve constar no relatório…

Leia mais…

Profissional fala sobre a descoberta das fases de crescimento na juventude.

Já diziam as letras de música que as crianças são o futuro da Nação. Esse conceito deve ser reforçado por meio da educação, seja ela orientada pelos pais, cuidadores, pelas instituições de ensino, etc. Com o tempo, essas crianças transformam-se em jovens e as preocupações quanto ao futuro aumentam, com relação aos talentos e vocações, escolha pessoal de carreira.

A coach Andreia Rego explica que o profissional na área do coaching é especializado, também, na gestão dessas dúvidas quando chega o momento de decidir qual curso prestar no vestibular e qual carreira seguir. De acordo com Andreia, “o coaching possibilita ao jovem refletir sobre quais são seus talentos, qualidades pessoais, valores, pontos fortes, estimulando sua autodescoberta. À medida que começa a identificar suas características principais e estilo pessoal, passa a fazer mapeamento de profissões com as quais possa ter maior envolvimento”.

É notável que aos 17 anos, idade em que a maioria dos estudantes presta o vestibular durante o terceiro ano do ensino médio, ainda não há responsabilidade o suficiente para uma decisão tão complexa. Alguns adolescentes seguem para uma área ou um curso que é fruto de um sonho deles ou dos pais.

O processo é orientado por autoconhecimento. Nas sessões de coaching, ele segue montando seu próprio perfil, indicando suas áreas de interesse e as profissões correspondentes para pesquisa, leitura e informação. O jovem adolescente tem acesso a um programa com dinâmicas e ferramentas que o auxiliam, até alcançar opções de áreas que apresentem maior probabilidade de vir ao encontro dos seus critérios pessoais de escolha, expectativas e valores.

Para Andreia, esse programa estruturado funciona, especialmente, para ajudá-lo a superar dificuldades e dúvidas próprias do momento de escolha de uma profissão. Com isso, as chances de se tomar uma decisão consciente e acertada são maiores.

O início do fim da atual diretoria da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – Parte 1

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Hayrton Rodrigues do Prado Filho, jornalista profissional registrado no Ministério do Trabalho e Previdência Social sob o nº 12.113 e no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo sob o nº 6.008

Não é por acaso que a sociedade lê o edital publicado no site da ABNT convocando, novamente, os sócios a se inscreverem como candidatos à eleição para o conselho fiscal, tendo em vista que não houve inscrição para a eleição de dois sócios coletivos mantenedores e de um sócio coletivo contribuinte microempresa na reunião do dia 10 de maio de 2016. Isso mostra que a atual diretoria está totalmente em descrédito com a sociedade e seus associados. Não seria uma má ideia um LAVA ABNT pela transparência de suas contas. Uma organização transparente é aquela que torna pública a sua informação e suas contas. Ainda mais se tratando de uma entidade de utilidade pública.

Ao longo dos últimos meses escrevi vários artigos sobre os mandos e desmandos da atual diretoria da ABNT, formada por Pedro Buzatto Costa (muito conhecido pelo poder judiciário), presidente do Conselho Deliberativo, seu genro, Ricardo Fragoso, e Carlos Santos Amorim, e que mostraram as deficiências e os métodos ditatoriais de atuação desse pessoal. Eles serão, no futuro, responsabilizados civil e criminalmente pelos atos e procedimentos escusos perpetrados.

Tentei várias vezes ouvir dessa diretoria algumas questões fundamentais para o processo de normalização no Brasil e não obtive sucesso. A sociedade brasileira, por meio de seus representantes legais e constituídos, tem o direito de saber:

– Como pode ser feita uma análise detalhada dos números da entidade, o balanço, a demonstração do resultado do exercício (DRE)?;

– Quais são os custos gastos nos processos de feitura das normas técnicas?;

– A ABNT paga algum valor aos membros das comissões de estudo que efetivamente elaboram as normas técnicas?;

– Quais são os poderes e salários dos diretores estatutários da ABNT? Atualmente eles têm poder de decisão?;

– O presidente do Conselho Deliberativo da ABNT outorga poderes extraordinários à diretoria da ABNT? Quais são esses poderes?;

– Há pagamentos de despesas pessoais dos diretores pela ABNT? Se sim, como são feitas essas prestações de contas?;

– Quais foram os investimentos feitos nos Comitês Técnicos em 2014 e 2015?;

– Quais são os custos com salários dos funcionários?;

– Considerando que ao longo de mais de 60 anos o presidente da ABNT sempre teve um mandato de dois anos, com a possibilidade de uma reeleição, por que o estatuto foi alterado, pela atual gestão da ABNT, na década passada, para alterar essa regra e permitir reeleição eterna do presidente?

– O atual presidente do Conselho Deliberativo da ABNT e a atual diretoria estão há quanto tempo na administração da ABNT?;

– Considerando que desde que a ABNT foi reconhecida como entidade de utilidade pública até antes da atual gestão da entidade as normas técnicas brasileiras eram vendidas pela ABNT por preço referente, exclusivamente, ao reembolso do custo da cópia reprográfica do conteúdo da norma, por que a atual gestão da ABNT alterou esse método e cobra preços muito acima desse custo?;

– A ABNT cobra royalties sobre direito autoral das normas técnicas? A ABNT obtém lucros nas vendas das normas técnicas?;

– A ABNT ainda é uma instituição de utilidade pública? Se sim, por que não presta conta do seu faturamento e de suas despesas à sociedade, descumprindo a lei?;

– Considerando o Código de Defesa do Consumidor, a atual diretoria da ABNT concorda que as normas técnicas brasileiras são de observância obrigatória em relação aos direitos do consumidor de produtos e serviços oferecidos no Brasil?

Uma instituição, considerada como de utilidade pública, se fosse séria, responderia a essas questões para o povo brasileiro. Se não quer responder “em face aos ataques infundados e improcedentes, de um dito jornalista profissional”, que publique em outros meios de comunicação. Esse seria um procedimento correto e de acordo com os novos ventos que estão soprando no Brasil.

A luta é passar a ABNT a limpo. E quem pode retirar essa diretoria do poder há mais de 13 anos? Somente a Assembleia Geral que, até agora de boa-fé, é corresponsável pelos atos espúrios da atual diretoria e poderá se reunir extraordinariamente para: deliberar sobre a eventual suspensão ou perda dos mandatos dos dirigentes com cargos eletivos.

Deve-se entender que os desvios de conduta ética podem ser entendidos como a prática de atos intencionais e deliberados, os quais violam os valores e as regras organizacionais e sociais, cujas consequências oneram os ativos tangíveis e intangíveis das empresas. Em perspectiva sistêmica, o esforço na prevenção dos desvios somente será efetivo se o respeito aos preceitos éticos alcançar o modo pelo qual a organização se relaciona com o governo. Além do caráter preventivo, contudo, a coibição dos desvios, em caso de ocorrência de comportamentos antiéticos, também deve prever ferramentas de sanção, as quais afirmam a disposição da organização em promover e sustentar comportamentos éticos na condução de suas atividades.

Enfim, em 13 anos a atuação não ética gerou alguns efeitos, mas é uma eficácia que vai durar pouco tempo. O esforço para trair é maior do que de produzir. O mal seduz pelo bem e, em algum momento, essa falta de ética será descoberta, pois o processo de normalização é inviável sem uma base ética.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho é jornalista profissional, editor da revista digital Banas Qualidade, editor do blog https://qualidadeonline.wordpress.com/ e membro da Academia Brasileira da Qualidade (ABQ)hayrton@hayrtonprado.jor.br– (11) 99105-5304.

20 maneiras simples de surpreender e encantar o cliente

CURSOS PELA INTERNET

Inspetor de Conformidade das Instalações Elétricas de Baixa Tensão de acordo com a NBR 5410 – Disponível pela Internet

Segundo leis nacionais como: CDC – Código de Defesa do Consumidor e NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

Instalações Elétricas de Média Tensão – Principais soluções para evitar riscos, prejuízos e atender a legislação em vigor – Disponível pela Internet

Este curso discute a importância da aplicação da norma NBR 14039.

Ernesto Berg

As atitudes proativas fazem parte daquelas medidas especiais que surpreendem e encantam o cliente, por não serem obrigatórias, e representarem uma ótima oportunidade de fazer algo além do esperado, uma chance de se diferenciar porque não foram solicitadas pelo cliente.

A palavra-chave é antecipação. Não espere que o cliente peça. Antecipe-se e faça algo por ele.

Eis alguns exemplos:

O atendente ou vendedor oferece um guarda-chuva para o cliente ir até o carro.

A secretária oferece água, cafezinho ou chá para o visitante.

Oferecer-se para embrulhar um presente que não tenha sido comprado em sua loja.

Oferecer bombons ao cliente do restaurante ao término da refeição.

Dar uma caneta de brinde ao cliente do banco.

Oferecer um lenço de papel descartável ao cliente que espirrou.

No supermercado levar o cliente até a gôndola onde se encontra o produto que ele precisa.

O taxista leva os pertences do passageiro até o porta-malas do táxi.

Apanhar algo que caiu no chão.

Ajudar alguém a subir ou descer uma escada.

Segurar a porta do elevador para quem está entrando ou saindo.

Oferecer caneta e/ou papel para o cliente que fala no telefone e precisa anotar um recado.

Oferecer-se para carregar um objeto pesado.

Oferecer uma revista ao cliente que aguarda no consultório.

Fazer uma ligação telefônica para o cliente.

Chamar um táxi para alguém.

Indicar espontaneamente outra empresa para o cliente (sem que ele peça), porque a sua não tem o produto ou serviço do qual ele precisa.

Abrir a porta para o cliente.

Apresentar três ou quatro opções que mais se adaptem às necessidades do cliente sem levar em conta o interesse pelo lucro. Por fim, o essencial: tenha sempre um sorriso nos lábios já no primeiro contato.

Existem centenas de oportunidades de poder prestar ao cliente um atendimento simples e diferenciado que não exige esforço, mas causa uma forte impressão favorável. Entretanto, para que isso ocorra, é essencial ficar atento às oportunidades que vão surgindo para praticar as atitudes proativas.

Isso não acontece para os que cochilam e só se limitam a cumprir com suas “obrigações”. Isso só sucede para quem tem o hábito de analisar o ambiente e as circunstâncias que o cercam, observando os detalhes e o momento certo de poder se antecipar às necessidades do cliente oferecendo-lhe aquele algo mais que surpreende.

Uma senhora conta um exemplo de atitude proativa quando ela e seus filhos visitaram o Disneyworld. O filho menor, de seis anos, estava chupando sorvete e, ao fazer um gesto brusco com as mãos, o sorvete caiu no chão deixando o menino desconsolado; contudo, menos de 30 segundos depois, um dos funcionários do parque, com um sorriso nos lábios, surgiu inesperadamente com uma casquinha de sorvete com duas enormes bolas, presenteando-o ao deslumbrado garoto. A mãe disse que esse gesto, simples e despretensioso, surpreendeu toda família e que ela jamais se esqueceu desse episódio.

A atitude proativa feita no momento certo e do jeito certo produz excelentes resultados tanto na comunicação como no relacionamento com os clientes. São atos simples que deixam intensas lembranças em suas memórias. Essas atitudes são as que mais surpreendem e encantam o cliente porque não são obrigatórias nem foram por eles solicitadas.

Ernesto Berg é consultor de empresas, palestrante, articulista, autor de 15 livros, especialista em desenvolvimento organizacional, negociação, gestão do tempo, criatividade na tomada de decisão,administração de conflitos – berg@quebrandobarreiras.com.br

 

A energia dos resíduos sólidos

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O engenheiro ambiental e aluno do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, Clauber Barão Leite, em uma parceria com o IPT, está trabalhando em um projeto de avaliação comparativa de duas tecnologias de tratamento (digestão anaeróbia e incineração) de resíduos sólidos com aproveitamento energético. A escolha do pesquisador pelo tema para a sua dissertação de mestrado foi motivada por duas questões socioeconômicas que estão na ordem do dia – a crescente demanda pela geração de energia elétrica e o aumento da quantidade de resíduos sólidos – e a intenção de buscar uma solução conjunta.

Uma das disposições da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pelo governo em 2010, é a observação da seguinte ordem de prioridade na gestão e no gerenciamento de resíduos sólidos: não geração; redução; reutilização; reciclagem; tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, aqui definidos como todos os resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as chances de tratamento e de recuperação por processos tecnológicos economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade além da destinação final. “Os resíduos sólidos têm uma componente energética importante: no meu estudo, a intenção é avaliar o seu aproveitamento, levantando informações sobre o potencial de geração de energia, e as tecnologias existentes”, explica Leite.

Analisando a composição dos resíduos no Brasil, continua ele, a média é de 50% de material orgânico, 25% a 30% de resíduos passíveis de reciclagem e o restante (20% a 25%) do rejeito propriamente dito: “Somente os rejeitos deveriam ser destinados aos aterros; tudo o que é passível de aproveitamento, tanto orgânicos como recicláveis, deveria passar por um tratamento antes da destinação final, mas isso ainda não acontece”.

A digestão anaeróbia e a incineração são os processos mais utilizados para o tratamento dos resíduos sólidos na Europa e nos Estados Unidos e foram as escolhidas pelo pesquisador para o estudo. “Meu trabalho segue uma linha de comparação, mas de adaptar o cenário para a realidade brasileira porque existem diferenças – não basta transferir uma tecnologia bem-sucedida no exterior para o Brasil, pois existem diferenças nos tipos de resíduos e nos hábitos da população, e tudo isso provoca impactos na operação e nos custos”, ressalta ele.

Embora ainda não estejam presentes no Brasil em larga escala, o pesquisador optou pelas duas tecnologias por conta da rentabilidade econômica, enfatizando que processos como o plasma térmico e a gaseificação estão ainda em um patamar científico ou não têm viabilidade comercial. Mais de 41% das 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos gerados no país em 2014 tiveram como destino lixões e aterros controlados, segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

A metodologia da pesquisa da entidade envolveu 400 municípios, o equivalente a 91,7 milhões de pessoas, e apontou que o brasileiro gera, em média, 1,062 kg de lixo por dia. Os dados coletados na pesquisa apontaram ainda que 52,5% dos resíduos eram provenientes da Região Sudeste.

Leite havia pensado inicialmente em estudar o cenário de cinco regiões administrativas do estado de São Paulo – São Paulo, Campinas, Santos, São José dos Campos e Sorocaba – que representam cerca de 70% dos resíduos gerados no estado, mas decidiu delimitar a área de estudo para a região metropolitana da capital paulista pelo maior número de equipamentos instalados. Existem biodigestores nas cidades vizinhas a São Paulo e projetos de instalação de incineradores em Barueri e em São Bernardo do Campo, por exemplo.

Para a comparação entre as duas tecnologias, o pesquisador considerou um desempenho econômico-financeiro necessário ao atendimento de uma oferta de mil toneladas diárias de resíduos sólidos, para cada uma das alternativas propostas. Foram obtidas preliminarmente informações de duas instalações, o que se pretende aprofundar ainda no estudo com a coleta de mais dados, e os primeiros resultados apontaram a necessidade de um investimento de R$ 160 milhões para a instalação de um incinerador, a um custo operacional de R$ 44,6 milhões/ano, enquanto o biodigestor demandaria tanto menor capital (R$ 140 milhões) quanto desembolso anual para seu funcionamento (R$ 25 milhões).

A análise preliminar de Fluxo de Caixa Descontado da alternativa do biodigestor revelou uma viabilidade econômico-financeira significativa no cenário macroeconômico atual do País, produzindo uma taxa interna de retorno (TIR) de 13,9% – no caso da alternativa da incineração, a mesma análise revelou um prejuízo acumulado de R$ 292 milhões.

A tecnologia de biodigestão está se mostrando até agora mais viável em comparação à incineração, mas o pesquisador alerta que algumas premissas precisam ser respeitadas: a primeira é a coleta diferenciada, que ainda não acontece em todas as cidades brasileiras e demandaria, nas palavras do pesquisador, um choque de gestão, pela necessidade de um controle rígido do material que seria usado no equipamento, a fim de propiciar um composto de melhor qualidade.

O outro princípio é a de reciclagem de todos os resíduos passíveis de reaproveitamento, o que tampouco acontece hoje: “Somente é reciclado o que tem valor econômico, como as garrafas PET e as latinhas de alumínio de alimentos e bebidas. O isopor, por exemplo, pode ser reciclado, mas o material tem baixo valor e acaba sendo destinado aos aterros, assim como o vidro”, afirma ele.

Os gastos para a instalação das plantas e da operação das duas tecnologias não encontram viabilidade, no entanto, quando são comparados aos valores de deposição dos resíduos em aterros que são pagos pelas administrações municipais (de R$ 50 a R$ 60) atualmente aos prestadores de serviços de transporte do lixo.

“Para dar viabilidade à instalação de um biodigestor, o valor por tonelada ficaria em torno de R$ 80, e para a instalação de um incinerador o valor por tonelada chegaria a cerca de R$ 160, ou seja, os custos são mais altos do que a simples disposição em aterros. Isso mostra que será necessária uma nova maneira para tratar os passivos ambientais para que sejam cumpridos os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Em algum momento, não será mais possível aceitar resíduos sólidos em aterros, mas somente rejeitos”.

Gestão de resíduos sólidos em São Paulo

A Cetesb divulgou os resultados da gestão dos resíduos sólidos dos 645 municípios paulistas, que pode ser acessado no link Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos-2015. Segundo o documento,  no decorrer dos últimos 19 anos, foram alcançadas melhorias substanciais nas condições ambientais dos locais de destinação final de resíduos urbanos em São Paulo.

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Verificou-se, por exemplo, um aumento do número de municípios que contavam com instalações de disposição final enquadradas na condição Adequad, de 492, em 2011, para 600, em 2015, correspondentes a 93,6% das municipalidades, além de uma redução do número de municípios com instalações consideradas Inadequadas, de 153, em 2011, para 41, em 2015, correspondendo a 6,4% dos municípios.

Ressalte-se que 90 prefeituras obtiveram 10,0 pontos, atendendo a todos os quesitos avaliados na pesquisa realizada por técnicos da Cetesb ao longo do ano passado. Além dos aspectos técnicos e operacionais dos aterros, considerados adequados, estes locais para onde os resíduos são destinados corretamente contam com guaritas de vigilância, cercas e outras benfeitorias.

O levantamento estima que em São Paulo são gerados, diariamente, excetuados os quatro municípios que exportam seus resíduos para outros estados, 39.307 toneladas de resíduos, das quais 95,6% são destinadas de forma adequada e 4,4%, inadequada, contra, por exemplo, 84,7% e 15,3%, respectivamente, em 2011.

Entre as condições inadequadas, observam-se presença de vetores de doenças, emanação de odores incômodos e falta de controle operacional. Nipoã é o município que se encontra em pior situação, tendo alcançado 2,0 pontos, numa escala que vai até 7,0 (a partir da qual as condições passam a ser consideradas adequadas). Mirandópolis, que se localiza na mesma região, também obteve baixa pontuação, com 2,6.

Na opinião dos especialistas da Cetesb, os resultados alcançados nos últimos anos são decorrentes das ações de fiscalização e controle, somadas às de apoio e orientação técnica prestadas aos municípios, para o melhor desempenho de suas atribuições legais na gestão dos resíduos sólidos, assim como as ações de implementação das Políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos e do Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo.

O apoio financeiro também foi fundamental para a evolução registrada desde a elaboração do primeiro inventário, em 1997. O governo do Estado já destinou R$ 283,22 milhões às prefeituras, por intermédio do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop), para aquisição de equipamentos como caminhões, tratores e pás carregadeiras, além de R$ 28,73 milhões pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), para elaboração de projetos e implantação de aterros sanitários, centros de triagem e ecopontos.

Normas técnicas

Existem algumas normas técnicas para os requisitos dos resíduos sólidos: a NBR 13332 de 11/2010 – Coletor-compactador de resíduos sólidos e seus principais componentes – Terminologia define os termos relativos ao coletor-compactador de resíduos sólidos, acoplado ao chassi de um veículo rodoviário, e seus principais componentes. A NBR 14879 de 01/2011 – Implementos rodoviários — Coletor-compactador de resíduos sólidos — Definição do volume que estabelece os critérios de definição dos volumes geométricos das caixas de carga e dos compartimentos de carga dos coletores-compactadores de resíduos sólidos de carregamento traseiro.

A NBR 12980 de 08/1993 – Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos define termos utilizados na coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos. A NBR 10005 (MB2616) de 05/2004 – Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos fixa os requisitos exigíveis para a obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos, visando diferenciar os resíduos classificados pela ABNT NBR 10004 como classe I – perigosos – e classe II – não perigosos.

A NBR 13463 de 09/1995 – Coleta de resíduos sólidos classifica a coleta de resíduos sólidos urbanos dos equipamentos destinados a esta coleta, dos tipos de sistema de trabalho, do acondicionamento destes resíduos e das estações de transbordo. A NBR 10004 (CB155) de 05/2004 – Resíduos sólidos – Classificação classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente. A NBR 10007 (NB1068) de 05/2004 – Amostragem de resíduos sólidos fixa os requisitos exigíveis para amostragem de resíduos sólidos.

 

 

Armas químicas: uma ameaça real

Cursos pela internet

Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade de Acordo com a NR 10 – Básico – Disponível pela Internet

A nova norma apresenta mudanças significativas em relação aos requisitos da versão anterior.

Segurança na Operação e Manutenção de Subestações e Cabines Primárias – Disponível pela Internet

Os grandes blocos de energia, tanto para o segmento comercial quanto para o segmento industrial, são supridos por média tensão. Essa condição gera a necessidade de equipamentos, matérias, pessoal de operação e manutenção de perfil direcionado.

Camilla Gomes Colasso

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Este assunto pode parecer distante da nossa realidade no dia a dia, mas o uso de armas químicas talvez seja tão antigo quanto a história das guerras na humanidade e é relatado há mais de dois milênios. Em 600 a.C., data do primeiro registro do uso destas substâncias, os atenienses envenenaram as águas de um rio com raiz de Heléboro com o objetivo de intoxicar seus inimigos.

Já durante a Primeira Guerra Mundial ocorreu o pico de uso destes agentes, quando o exército alemão aplicou gás cloro em ataques contra seus rivais. Por suas propriedades tóxicas, desde então, agentes químicos são constantemente empregados com propósitos bélicos e morticínio em guerras e atos terroristas no mundo inteiro.

Em 6 de janeiro deste ano, o chefe do desarmamento da Organização das Nações Unidas (ONU), Kim Won-soo, afirmou ao Conselho de Segurança que o fiscalizador de armas químicas da organização relatou a possibilidade de o gás letal sarin ter sido usado em um suposto ataque químico na Síria. No ano passado também tivemos alguns acontecimentos registrados pela imprensa. Em 14 de agosto, curdos no norte do Iraque foram atacados com foguetes cheios de agentes químicos, os quais, segundo as informações que ainda estão sendo apuradas, foram bombas de gás cloro lançadas pelo Estado Islâmico (EI).

No dia 12 de março do mesmo ano também foram publicadas notícias sobre um possível uso de gás cloro contra a população curda. Estes prováveis ataques com armas químicas têm sido cada vez mais frequentes e preocupantes e o governo norte-americano está praticamente convicto que o grupo EI está produzindo e utilizando armas químicas, entre elas, gás mostarda e gás cloro.

Como gerente da Intertox e especialista na área de segurança química e toxicologia, acho lastimável o uso consciente de produtos tóxicos contra seres humanos realizados por grupos desprovidos de responsabilidade e senso humanitário. A toxicologia se recusa a viver com este estigma, já que é uma ciência para a predição da toxicidade de produtos químicos para fins de gerenciamento do risco toxicológico e não dever ser confundida como uma alternativa que cause dor e sofrimento.

As armas químicas de guerra são definidas como qualquer substância química cujas propriedades tóxicas são utilizadas com a finalidade de matar, ferir ou incapacitar algum inimigo na guerra ou associado a operações militares. Estes agentes químicos são classificados de acordo com o mecanismo de ação tóxica para os seres humanos, como agentes neurotóxicos, agentes vesicantes e levisita, agentes sanguíneos, agentes sufocantes e toxinas. Alguns destes são tão devastadores quanto outras armas poderosas, já que muitos, além de provocarem lesões imediatas, também estão associados com morbidades e problemas psicológicos a longo prazo.

Pensando nestes graves problemas e com o objetivo de proibir o desenvolvimento, produção, estocagem e emprego destas substâncias, assim como o uso de gases tóxicos e métodos biológicos nas guerras, em 1997 foi assinada a Convenção para a Proibição de Armas Químicas (CPAQ), que criou a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Organisation for the Prohibition of Chemical Weapons – OPCW) e contou com 189 países signatários, inclusive o Brasil. No entanto, atualmente há um intenso esforço de vários países para produzir armas químicas em escala mundial, desrespeitando os protocolos formais de combate às mesmas.

De acordo com a CIA – Agência Central de Inteligência dos EUA, mais de 20 países estão desenvolvendo ou já possuem armas químicas de guerra, entre eles China, Coréia do Norte, Japão, Rússia, França, Inglaterra, Cuba, Estados Unidos, Índia, Irã, Iraque, Paquistão, Síria e Egito. Por não exigirem uma infraestrutura de produção muito sofisticada, os agentes químicos e biológicos letais são meios bélicos acessíveis aos países em desenvolvimento. Tais compostos, como o gás cloro que tem aplicação na indústria, são de fácil obtenção e custo baixo se comparado as armas convencionais e nuclear.

O cenário é preocupante e indica que o desenvolvimento, produção e o uso de armas químicas é uma realidade. A facilidade de serem empregadas e o grande número de vítimas que causam são alguns dos motivos que fazem grupos terroristas utilizarem este tipo de armamento. A melhor maneira de combater a prática, que é extremamente condenável sob os aspectos filosófico, religioso, político, humano, moral e ético, por sua periculosidade, pelos efeitos generalizados sobre o meio ambiente e pela facilidade de fabricação, é dar a devida atenção ao assunto, lidando com ele como uma ameaça presente a todo o mundo.

Camilla Gomes Colasso é farmacêutica bioquímica e mestre em Toxicologia e Análises Toxicológicas pela USP. Atua como gerente da empresa Intertox e é especialista em armas e guerras químicas, além de ministrar cursos e palestras na área de segurança química e toxicológica.

As mentiras deslavadas e caluniosas da atual diretoria da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

Pedro Buzatto Costa (muito bem conhecido pelo poder judiciário no Brasil e dito coronel), presidente do Conselho Deliberativo, seu genro, Ricardo Fragoso, e Carlos Santos Amorim, diretores atuais da ABNT, há 13 anos no poder de forma usurpadora, continuam a ter procedimentos difamatórios e caluniosos, como sempre fazem quando se sentem ameaçados. Propagam mentiras que acreditam que a sociedade vai engolir como verdade. Considerando que ao longo de mais de 60 anos o presidente da ABNT sempre teve um mandato de dois anos, com a possibilidade de uma reeleição, por que o estatuto foi alterado, pela atual gestão da ABNT, na década passada, para alterar essa regra e permitir reeleição eterna do presidente? O país está sendo passado a limpo e nada melhor do que aproveitar o momento e passar um rodo em todos os desmandos e mentiras propagas por essa diretoria irresponsável.

mentira

Hayrton Rodrigues do Prado Filho, jornalista profissional registrado no Ministério do Trabalho e Previdência Social sob o nº 12.113 e no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo sob o nº 6.008

Uma primeira inverdade foi feita pelo ex-coronel e ditador Pedro Buzatto Costa que enviou uma carta a todos os conselheiros da ABNT afirmando: “O Sr. Hayrton Rodrigues do Prado Filho, se qualificando como jornalista profissional, vem propalando e-mail, no qual faz insinuações com relação à lisura dos procedimentos adotados pela Administração da ABNT…” Em outro ponto da carta: “De início, importante levar ao conhecimento de V Sas. que esse Sr. Hayrton, apesar de supostamente jornalista…” Ou seja, o citado presidente do Conselho Deliberativo da ABNT me acusa de exercício ilegal da profissão.

Quero deixar bem claro que sou jornalista diplomado pela Faculdade Casper Libero, possuo registro profissional no Ministério do Trabalho e Previdência Social sob o nº 12.113 e sou associado no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo sob o nº 6.008. Essa mentira deverá ser levada aos tribunais já que é uma acusação grave e de danos morais ao profissional.

Outra mentira que eles continuam a disseminar de forma irresponsável: a ABNT possui direitos autorais sobre as normas técnicas. Isso não é verdade e contraria uma decisão judicial a qual eles têm pleno conhecimento: o acórdão da 5ª turma do TRF da 3ª região, relator Des. Antônio Cedenho. Conforme Cedenho, a incompatibilidade das normas técnicas com os direitos autorais não é definida pela natureza da atividade da ABNT, mas sim provém das próprias restrições previstas pela Lei n° 9.610/1998 à propriedade intelectual.

O procedimento de elaboração das normas técnicas no âmbito da ABNT é marcado pela participação de especialistas da área abrangida, que utilizarão os conhecimentos técnicos disponíveis no mercado. Rigorosamente não existe criação do espírito, manifestação da individualidade intelectual; os participantes se restringem a captar informações técnicas já propagadas, com estabilidade suficiente para consubstanciar um guia de adequação de insumos, produtos ou serviços.

A Lei n° 9.610/1998, no domínio das ciências, preserva como direito autoral apenas a forma literária ou artística. O conhecimento tecnológico é explicitamente excluído, sem prejuízo da aplicação do regime industrial de tutela (artigo 7°, §3°). Ele afirma que o conteúdo científico, as normas técnicas são invulneráveis. Outras mentiras estão nos textos divulgados pela diretoria no site da entidade.

De acordo com o Acórdão, sobre o ato de pirataria e uso indevido de software de titularidade da empresa parceira, pode-se afirmar, com certeza, de que a condenação da ABNT refere-se a dois pontos. Uma multa contratual, conforme advogados consultados, cujo valor atualizado pode chegar a quase R$ 6.000.000,00.

Esses mesmos advogados afirmam que os danos materiais serão calculados levando-se em consideração os mais de dez anos de vendas pela ABNT do software pirata. A ordem de grandeza deste item pode chegar a dezenas de milhões de reais.

Além disso, não há de se falar em suposição em uso indevido do citado software por parte da ABNT, mas sim em confirmação deste ato, ratificado através de sentença de primeiro grau e de Acórdão de segundo grau. Outra inverdade está em relação à pericia técnica contestada pela ABNT. O laudo pericial não judicial apresentado no site da ABNT foi encomendado, pago pela atual diretoria e foi explicitamente rechaçado pela justiça.

O laudo judicial oficial, esse sim reconhecido pela justiça, que faz parte do processo é extenso, possui quase 300 páginas e aponta, detalhadamente, diversas similitudes nas bases de dados que não poderiam existir a não ser em caso de violação de direito autoral. “Mostra, inclusive, que a autora propositalmente adicionou ao seu banco de dados pequenos erros gramaticais e de digitação para verificação de eventual cópia, e que tais erros foram encontrados no banco de dados utilizado pela ré”, relata o desembargador José Aparício Coelho Prado Neto, na decisão de segunda instância na qual condenou a ABNT a pagar indenização por danos morais por violação de direito autoral.

Outra inverdade está relacionada com o montante de dinheiro envolvido. Pedro, Ricardo e Amorim dizem que não há possibilidade de isso refletir nos conselheiros e nem aos seus administradores no aspecto patrimonial. Infelizmente esta afirmação não condiz com o ordenamento jurídico brasileiro, pois a responsabilidade subsidiária dos membros dos conselhos de administração é clara e está capitulada na legislação em vigor que rege sobre a matéria.

Estas são somente as respostas às mentiras do supostamente Coronel, porém, como o laudo judicial oficial está público, quem quiser saber mais sobre esse fato absurdo que a atual diretoria da ABNT promoveu, estou à disposição para falar sobre os reflexos que as milhares de empresas envolvidas nesse episódio podem sofrer.

Como diz o ditado popular: a mentira tem perna curta. “Suave é ao homem o pão da mentira, mas depois a sua boca se encherá de cascalho.” (Provérbios 20:17)

Conheça outros textos sobre os lamentáveis fatos que a diretoria atual da ABNT está fazendo com o Foro Nacional de Normalização

Hayrton Rodrigues do Prado Filho é jornalista profissional, editor da revista digital Banas Qualidade, editor do blog https://qualidadeonline.wordpress.com/ e membro daAcademia Brasileira da Qualidade (ABQ)hayrton@hayrtonprado.jor.br– (11) 99105-5304.

Reflorestamento e reabilitação de aves são foco de projeto em Minas Gerais

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reflorestamentoPor meio de uma iniciativa sustentável na cidade de Aiuruoca, mais de 3 mil pássaros já foram liberados na natureza, inclusive alguns à beira da extinção, e árvores nativas tomam conta de 18 hectares da região antes semi desértica

Localizada em Aiuruoca, município mineiro cortado por rios que correm a Serra do Papagaio entre vales e cânions, a Fazenda Caminho do Meio sedia, desde 1999, um importante projeto de sustentabilidade ambiental, que integra agricultura, reflorestamento de árvores nativas da Mata Atlântica e soltura de aves recuperadas por maus tratos ou apreendidas pelo Ibama.

Segundo o idealizador do projeto e dono da Fazenda, Nélio Weiss, no início o local exibia uma paisagem árida e quase desértica, resultado de queimadas e devastações do passado. “Em 1999, começamos a jornada de reflorestamento da terra, que é vizinha do Parque Estadual Pico do Papagaio, Área de Proteção Ambiental (APA), plantando as primeiras mudas de pau-brasil, carvalho e jacarandá próximas às minas de água e, aos poucos, espalhamos o verde ao longo de 18 hectares”, conta.

Devido ao antigo cenário seco e sem verde, os pássaros da região praticamente desapareceram, inclusive o papagaio-de-peito-roxo, símbolo da cidade de Aiuruoca (em tupi guarani, ‘casa dos papagaios’), que está ameaçado de extinção. Diante disso, o primeiro passo deste grande projeto de sustentabilidade foi plantar árvores frutíferas para atrair as aves, iniciativa que foi tocada juntamente com o reflorestamento até a aprovação de um projeto de soltura de pássaros em parceria com o Ibama, que é acompanhado de perto pelas autoridades ambientais, garantindo que eles voltem ao seu ecossistema de origem.

“Desde 2007, nosso viveiro recebe inúmeras espécies de pássaros silvestres recuperados por mau tratos ou apreendidos pelo Ibama e pela polícia florestal devido ao comércio ilegal. Até hoje já libertamos mais de três mil aves, entre papagaio do peito roxo, tucano, azulão, pássaro preto, maritaca, trinca ferro, sabiá, sanhaço, saíra, pintassilgo, tiziu e canário da terra, além de saguis e macacos prego”, comenta Weiss. A Fazenda também possui um mantenedouro conservacionista, que pode ser visitado, e conta com araras Canindé, araras tricolores, araras vermelhas, ararajubas, papagaios verdadeiros, papagaios galegos, papagaios do mangue, papagaios do peito roxo, jandaias verdadeiras, tuim, ararinhas nobre, periquitos rei, periquitões maracanã e tucanos.

A iniciativa que surgiu da crença de seu idealizador de que “se não podemos transformar o mundo todo, começamos com as próprias mãos ao nosso redor”, hoje transformou o antigo cenário semi desértico da região em uma densa floresta a perder de vista, com mais de 15 mil novas árvores recompondo a biodiversidade desse pedaço da Serra da Mantiqueira, entre as espécies Ingá, Tamboril, Jambolão, Óleo bálsamo, Ipês (rosa, branco, amarelo e roxo), Peroba, Mogno, Jatobá, Jacarandá, Jequitibá, Angico, Maçaranduba e Carvalho.

E até mesmo o papagaio-do-peito-roxo, ameaçado de extinção, voltou a colorir o céu da região. O viés econômico faz parte do projeto ‘Adote uma Oliveira’, que envolve o cultivo de oliveiras para a produção de um azeite de qualidade premium, que será comercializado a partir de 2017. Toda a mão de obra do projeto é local e segue a filosofia da ‘fazenda à mesa’, destinando toda a produção para o consumidor.

O Brasil à Andrade Gutierrez

corruption

Hayrton Rodrigues do Prado Filho, jornalista profissional registrado no Ministério do Trabalho e Previdência Social sob o nº 12.113 e no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo sob o nº 6.008

A verdade nua e crua: o impasse institucional brasileiro, combinado com a crise econômica, a insegurança do Direito, a corrupção sistêmica, a impunidade e a violência urbana sem controle, está empurrando o país para um estágio de pré-convulsão social. Esse risco, de ruptura institucional, é um cenário cada vez mais próximo e possível – mesmo quando por aqui se cultua o falso mito de uma passividade e pacifismo de um povo bom e ordeiro.

Depois que o juiz federal Sérgio Moro homologou acordo de leniência entre a empreiteira Andrade Gutierrez e o Ministério Público Federal (MPF), pelo qual a empresa pagará R$ 1 bilhão de indenização e publicar os termos do acordo em nota nos principais veículos de comunicação, os leitores podem fazer a leitura ao contrário: como era o país à moda da Andrade Gutierrez.

Mesmo a empresa admitindo, de modo transparente perante toda a sociedade brasileira, seus erros e que vai reparar os danos causados ao país e à própria reputação da empresa, o que se vê era em é um Estado totalmente à mercê de esquemas de corrupção que se espalharam por toda a sociedade. Será que é suficiente admitir que é preciso aprender com os erros praticados e, principalmente, atuar firmemente para que não voltem a ocorrer?

Será que vai mudar alguma coisa na empresa depois que ela implementar um modelo de Compliance, baseado em um rígido Código de Ética e Conduta, em linha com as melhores práticas adotadas em todo o mundo? Será que escrever que a Operação Lava Jato poderá servir como um catalisador para profundas mudanças culturais ─ que transformem o modo de fazer negócios no país e que esse manifesto contribua para um grande debate nacional acerca da construção de um Brasil melhor ─ ajudará na eliminação de alguns de seus piores defeitos, como o desperdício de dinheiro público e a impunidade, entre muitos outros? Isso ficará claro na mente de toda a sociedade brasileira?

Ao propor sugestões que acredita ser capazes de criar uma nova relação entre o poder público e as empresas nacionais, com atuação em obras de infraestrutura, a Andrade Gutierrez está fazendo o que realmente importa para o povo brasileiro? Ou seja, adotar procedimentos corretos principalmente em relação à ética, à responsabilidade social e ao zelo com o dinheiro público. Na verdade, no texto publicado os brasileiros deveriam ficar estarrecidos com que a empresa realizava.

Não fazia nenhum estudo de viabilidade técnico-econômica anterior ao lançamento do edital de concorrência, não descartando obras que não contribuam para o desenvolvimento do país. Não realizava nenhum projeto executivo de engenharia antes da licitação do projeto, o que não permitia a elaboração de orçamentos realistas e evitar assim as previsões inexequíveis que causam má qualidade na execução, atrasos, rescisões ou a combinação de todos esses fatores.

Não lutava para a obtenção prévia de licenças ambientais, o que poderia ter evitado contestações judiciais ao longo da execução do projeto e o início de obras que em desacordo com a legislação. Não fazia nenhum tipo de aferição dos serviços executados e de sua qualidade, que deveria ser executado por empresa especializada, evitando-se a subjetividade e interpretações tendenciosas.

Enfim, a empresa não garantia que ambas as partes tivessem os seus direitos contratuais assegurados, passíveis de serem executados de forma equitativa. Não havia nenhum modelo de governança em empresas estatais e órgãos públicos que garantisse que as decisões técnicas fossem tomadas por profissionais técnicos concursados e sem filiação partidária.

Não estava nem aí se as obras tinham garantia de disponibilidade de recursos financeiros, vinculados ao projeto até a sua conclusão. Não se preocupava em assegurar a punição de empresas e contratantes que não cumprissem os contratos na sua totalidade.

Por fim, a companhia acha que as mudanças não serão possíveis se não houver o engajamento de todos os agentes do setor e de toda a sociedade. “Dessa forma, a Andrade Gutierrez espera que as entidades que representam o setor de infraestrutura, assim como as demais empresas desse mercado, se juntem em um movimento que possa definitivamente trazer mais transparência e eficiência para todo o mercado, resultando em um Brasil melhor.”

A gente fica na torcida para que isso ocorra o mais rápido possível. E que o país à moda Andrade Gutierrez seja passado à limpo.

Hayrton Rodrigues do Prado Filho é jornalista profissional, editor da revista digital Banas Qualidade, editor do blog https://qualidadeonline.wordpress.com/ e membro daAcademia Brasileira da Qualidade (ABQ)hayrton@hayrtonprado.jor.br– (11) 99105-5304.

Hayrton,

Amei receber seu texto. Mas como sou advogada e contadora sei que tenho algumas experiencias para te relatar. Uma empresa de construção civil grande como a Andrade Gutierrez (desculpe se errei é a pressa) não “ofereceria nada de livre e espontânea vontade” ela e muitas outras são obrigadas a concordar com o esquema de quem contrata e quem paga (o governo) o maior criminoso para mim é o nosso governo em dose 10 vezes maior que as empresas. Como contadora eu preciso de clientes e com o advogada também e esses clientes sao empresas privadas, que mantem quadro de funcionários, custos fixos altissimos etc. Ou seja, ou aceita ou perde para outra que vai aceitar por isso existiu o cartel entre elas…elas já não estavam mais aguentando a sangria dos petistas. Esse partido deve ter um problema muito sério, pois a maioria parece que sofreu lavagem cerebral não querem enxergar o mal que fizeram ao país. Tudo é culpa da “oposição” que não aceitou os votos da urna. Nunca acreditei nessa urna eletronica. Eu sou a favor do voto livre, até pela internet como contadores ja fazem, diminui o gasto com tudo e não polui a cidade com propagandas enganosas.

A politica deveria ser limpa, só entrar quem já tem projetos em mãos, no mínimo 1 por ano. Tem pessoas que estão no mandato ha 20 anos e somente 1 projeto, não entendo isso. Um país como o Brasil que tem 35 partidos e depois vira um funil de candidatos que se coligam para fortalecer. Eu sou a favor de 2 partidos, um de oposição outro de situação e ponto. Sou a favor de parlamentarismo e sou contra salarios e seguranças e assessores para esses ex tudo do Brasil, quantas bocas estamos sustentando? Acabou o mandato vai procurar o que fazer, trabalhar, dar aulas etc. Mas percebo que as familias se perpetuam, ex da familia Sarney, que agora tem pai, filho e espirito santo na politica…e a Roseana com as mazelas dela e mostrou que não era santa. Filha e neto de Sarney , que são ricos em local de extrema pobreza. Eu teria vergonha de morar em um lugar que eu poderia ter feito tudo e nada fiz.

Enfim, sei que vc é uma pessoa extremamente ocupado e não pode perder tempo lendo e mails de seus fãs como eu, mas te admiro, sei que ser Jornalista no Brasil é um perigo, mas precisamos de você e de outros como você para nos mostrar essas verdades que o povão precisa saber.

Estou querendo repassar o seu e mail e quero saber se posso, pois vou preservar a grandeza de quem escreveu na íntegra.

Nilra

Questão de saneamento

NBR ISO 50004 de 03/2016 e NBR ISO 50006 de 03/2016: os princípios para um sistema de gestão de energia Publicada em 20/04/2016

Quais são os requisitos gerais de um sistema de gestão da energia? Quais considerações devem…

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Luiz Gonzaga Bertelli

A eclosão da zika surpreendeu o Brasil e uma de suas graves consequências  graves, a microcefalia em bebês, talvez seja a que mais sensibilize a sociedade. Mas há um aspecto que, embora ainda cause indignação, não chega a surpreender: a fragilidade do sistema público de saúde, que se mostra mais precário em casos de surtos inesperados de doenças que se disseminam rapidamente.

Mas aqui cabem algumas perguntas. Será que todos os surtos são mesmo inesperados? Depois do susto com a dengue há poucos anos, ninguém pode alegar que o seu vetor, o Aedes egypti não seja bem conhecido dos brasileiros. Sem tirar o mérito das campanhas de erradicação do mosquito (fumacês, evitar acúmulo de água em pratinhos de vasos, pneus velhos ou garrafas pets; cobrir as caixas d’água, etc.), não seria hora (ainda que tardia) de se pensar em medidas tão ou mais eficazes de prevenção ou, pelo menos, de contenção da proliferação do Aedes?

Essa proposta remete para o persistente descaso com  o saneamento básico, hoje privilégio de apenas 50% dos brasileiros. A outra metade da população está vulnerável a doenças transmissíveis por vetores que proliferam em esgotos a céu aberto, enchentes, poças de água de chuva, etc. Ou, no caso do Aedes, até na água limpa que os moradores estocam para vencer a seca em centenas de municípios, como no Nordeste.

Se o terrível lado humano dessas tragédias não basta para sensibilizar o Poder Público, quem sabe as estimativas dos custos financeiros gerados pelo Aedes estimulem investimentos para valer em saneamento básico. Fiquemos em dois  exemplos, válidos só para 2015. Para tentar controlar a proliferação do Aedes e dos vírus que transmite, só o Ministério da Saúde gastará R$ 2,5 bilhões. E mais: a zika pode causar prejuízos de até R$ 8,6 bilhões com a redução da vinda de estrangeiros para as Olimpíadas.

Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE.