Uma fábula

NORMAS COMENTADAS

 NBR 14039 – COMENTADA
de 05/2005

Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Possui 140 páginas de comentários…

Nr. de Páginas: 87

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NBR 5410 – COMENTADA
de 09/2004

Instalações elétricas de baixa tensão – Versão comentada.

Nr. de Páginas: 209

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NBR ISO 9001 – COMENTADA
de 11/2008

Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Versão comentada.

Nr. de Páginas: 28

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fábulaUma pequena história sobre a diferença entre a ISO 9004 e a ISO 9001

Era uma vez um reino muito longe, onde as coisas não estavam indo muito bem. Pestilência, fome, doenças estavam por toda parte. Os habitantes que podiam mudavam para reinos mais verdes. Aqueles que não podiam iram sobrevivendo, incapazes de lidar com qualquer uma das questões mais complicadas em suas vidas. O rei estava começando a sentir-se bastante desconfortável. Isso nunca tinha acontecido com ele antes.

Este rei era um bom rei. Ele fez um monte de coisas procurando acertar, porém não se preocupou em se manter preocupado com as condições de mudanças que estavam ocorrendo. Como seu pai havia feito antes dele, o rei perguntou ao seu assistente o que ele deveria fazer para alterar a situação. O assistente tinha lido recentemente algo, quando tinha viajado através dos mares, que o tinha impressionado muito. Ele disse ao rei: “Devemos usar a ISO 9004. É chamado de Sistema de Gestão da Qualidade para a melhoria do desempenho.” Wow! Que poderoso, contudo uma coisa muito simples!

O rei começou a definir as “partes interessadas”. (Este era um termo novo para ele.) Uma vez que ele tinha isso definido, ele perguntou o que eles queriam. Muitas vezes, a resposta foi simples, como “Água para as plantações.” Às vezes os desejos dos interessados ​​eram mais difíceis, e mais do que o rei poderia proporcionar. Aos poucos, porém, as coisas ficaram melhor!

As pessoas começaram a sorrir. O reino tornou-se conhecido. Outros países começaram a cobiçar as condições no reino. O rei gostou disso. A vida no reino continuou a melhorar, mas chegou a um ponto em que as pequenas mudanças já não geravam grandes resultados. Os cavaleiros estudaram a situação e concluíram que a maioria das dificuldades que permaneceu não vieram de dentro do reino. Os problemas vieram a partir dos fornecedores de fora do reino. “Nós temos que agir em conjunto”, informou um dos cavaleiros. “Mas as pessoas nos reinos vizinhos eu não consigo entender.”

Mais uma vez, o rei foi em busca do assistente. O rei perguntou: “O que podemos fazer para obter dos nossos fornecedores que o que nós precisamos? Essa variação de umidade dos grãos não serve. A manteiga que temos é muitas vezes rançosa. As madeiras são muito grandes e não são retas.” O assistente voltou para seus livros e estudou.

Ele chegou mais uma vez para o rei e disse: “ISO 9001. O nome disso é Sistema de Gestão da Qualidade Requisitos. “Nós sabemos o que queremos. Nós agora precisamos ter certeza de que nossos fornecedores nos darão o que
que for especificado.” Foi feita uma proclamação que envolveu todos os fornecedores. Se eles queriam fazer negócios com este rei (e quem não?), eles tiveram de concordar com a prática a nova ciência do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) Requisitos.

Alguns fornecedores murmuraram: “Nós não precisamos de nenhum SGQ.” Eles foram discretamente retirados da lista de fornecedores. Outros diziam: “Isto é realmente uma coisa difícil, mas nós achamos que vale a pena.” E com certeza, a sua qualidade melhorou. O rei estava feliz. Ele ordenou que mais suprimentos fossem comprados deles. O rei confiou no seu assistente e ele confiou em seus cavaleiros, mas ele ainda não confiava em seus fornecedores.

Claro, alguns mantiveram suas promessas, mas outros começaram a deslizar. Mais uma vez, o rei perguntou ao assistente o que ele deveria fazer. O assistente pensou e pensou. Como este reino poderia ter certeza de que os fornecedores estavam fazendo o que prometeram? Claro, o rei poderia enviar seus cavaleiros para os reinos mais longe para manter um olho sobre eles. Os cavaleiros, no entanto, estavam desgastados pelas cruzadas recentes. Além disso, outros reinos particularmente não gostavam de ser vigiados por estranhos.

fableEntão pensou ele. Por que não pedir aos cavaleiros do reino de Milwaukee, uma legião muito respeitada para verificar os fornecedores? Eram conhecidos por ser puro de coração e de confiança. O assistente foi ao rei. Ele disse: “Nós deveríamos ter nossos fornecedores verificados pelos cavaleiros de Milwaukee. Isso é chamado de Sistema de Gestão da Qualidade Certificação.” Ele passou a dizer:”Enquanto os fornecedores permanecerem em boas condições de acordo com os cavaleiros, devemos continuar a fazer negócios com eles.” O rei concordou com seu assistente e disse: “Faça com que seja assim.”

O reino continuou a prosperar. Camponeses vieram através dos mares. Eles se estabeleceram e aprenderam a linguagem de Ishikawa e Deming e criaram suas famílias. O rei ficou muito satisfeito e ficou muito rico. E todos viveram felizes para sempre.

Fonte: ISO Lesson Guide 2008 Pocket Guide to ISO 9001:2008 Third Edition, de Dennis R. Arter and J. P. Russell

Tradução: Hayrton Rodrigues do Prado Filho

Consumidor: só compre cadeiras plásticas fabricadas conforme a norma técnica

As vantagens dos cursos ao vivo pela internet

Atualmente, a atividade produtiva está muito ligada à dependência do conhecimento. O trabalhador reconhecido e promissor é uma pessoa criativa, crítica e pensante, preparada para agir e se adaptar rapidamente às mudanças exigidas no dia a dia. A contratação ou empregabilidade está relacionada à qualificação pessoal, ou seja, às competências técnicas e à capacidade de decisão, de adaptação às novas situações e do conhecimento das melhores práticas existentes. O profissional é valorizado na medida de sua habilidade para resolver problemas reais. Clique no link para mais informações

cadeirasSegundo o Inmetro, esses produtos são muito utilizados para uso residencial e/ou comercial. É muito comum ser encontradas as cadeiras plásticas em bares, restaurantes, terraços, varandas e sítios. Os motivos para seu largo uso pela população, em todas as classes sociais, estão fortemente associados à praticidade de manuseio, por serem leves, à beleza, pois, atualmente, existe uma grande variedade de modelos, e, principalmente, ao preço mais baixo quando comparado aos preços das cadeiras de madeira e metal.

Além do crescimento das exportações, o consumo interno também vem aumentando, o que determina uma maior necessidade do comprometimento do setor com a conformidade de seus produtos. Esse aumento de vendas aumenta a competitividade, o que estimula a prática da concorrência desleal, com a colocação, no mercado, de produtos mais baratos, porém, com qualidade duvidosa.

Isso é altamente prejudicial ao consumidor, visto que, para diminuir o custo desses produtos é necessário reduzir a quantidade de matéria prima (polipropileno) utilizada para sua fabricação. Essa diminuição compromete a estrutura da cadeira, pois suas paredes tornam-se mais finas e, consequentemente, menos resistentes, colocando em risco a segurança do usuário do produto. Outra maneira de cortar custos, é diminuir a quantidade de aditivos, como aqueles que permitem que a resina torne-se mais resistente à degradação provocada pela incidência dos ultravioleta. Com isso, as cadeiras expostas continuamente ao sol ficam menos resistentes.

Foi publicada uma nova edição da NBR 14776 de 03/2013 – Cadeira plástica monobloco – Requisitos e métodos de ensaio que especifica os métodos de ensaio e os requisitos exigíveis para aceitação das cadeiras plásticas monobloco. As cadeiras plásticas monobloco são denominadas na norma como cadeiras e devem ser fabricadas em material plástico, com ou sem a incorporação de aditivos, a critério do fabricante e por processo que assegure a obtenção de um produto que atenda as condições dessa norma.

Elas podem ou não conter dispositivos antiderrapantes e podem ser utilizadas em qualquer tipo de piso. Devem apresentar-se, antes da realização dos ensaios, com aspecto uniforme e isentas de corpos estranhos, bolhas, trincas, falhas, fraturas, rachaduras, evidências de degradações ou qualquer dano estrutural. Devem ser vistoriadas antes dos ensaios, não podendo apresentar falhas, trincas ou fraturas. Não podem ser aprovadas cadeiras que, durante os ensaios, apresentem falhas, trincas, fraturas ou danos estruturais permanentes. A dobra de pelo menos uma das pernas da cadeira constitui-se em dano estrutural permanente. A acomodação natural das pernas da cadeira sob carga, durante os ensaios, não se configura em dano estrutural permanente.

A cadeira plástica monobloco deve trazer gravado, em baixo-relevo ou alto-relevo, com caracteres de, no mínimo, 5 mm de altura, apresentar marcação de forma visível e indelével, que informe ao consumidor sua aplicação restrita, devendo ser colocada na seguinte forma: identificação do fabricante (CNPJ); lote ou data de fabricação (mês e ano); classe da cadeira; classe AW – uso exclusivo interno residencial; classe BW – uso exclusivo interno não residencial; classe AY – uso irrestrito (interno/externo) residencial; classe BY – uso irrestrito; carga máxima admissível; e o número dessa norma.

Os testes, de forma resumida, que são feitos nesses produtos:

– Estático – Estando a cadeira em sua posição normal de uso, é colocado um peso superior a 100 kg sobre ela. Para que o teste seja ainda mais efetivo, a cadeira fica em cima de uma superfície de vidro, suportando o peso por 30 minutos.

– Teste de Impacto – Ainda em cima de uma superfície de vidro, a cadeira recebe impactos para testar sua resistência. São dez impactos de 68 kg cada, com altura que pode variar de 15 a 20 centímetros.

Teste para verificar a resistência da perna da cadeira – Neste teste, apenas duas pernas da cadeira plástica ficam apoiadas na superfície de vidro, já as outras duas ficam apoiadas em um pedaço de madeira. A altura deste calço de madeira varia de acordo com as medidas da cadeira, para que se mantenha uma proporção razoável. É colocado então novamente, peso superior a 100 kg, para que seja verificada a resistência das pernas da cadeira de plástico.

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Inovação: um negócio arriscado

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riskPor que os inovadores não podem ter medo de falhar?

Peter Merrill

Norm Larsen comemorou 39 fracassos anteriores, quando ele nomeou sua descoberta de um novo produtos como WD-40, que é a abreviação de Water Deterrent—Attempt Number 40. Ele inventou o produto em 1953, e quase 60 anos depois ainda é considerado como um dos produtos mais úteis do planeta. Larsen é um exemplo e a prova de que os inovadores não podem ter medo de falhar. Como Thomas Edison disse: um gênio é 1% de inspiração e 99% de transpiração. Mas, o maior medo das pessoas em tentar algo novo é o medo do fracasso e o medo de assumir um risco. Mais do que qualquer outra coisa, a inovação é um negócio arriscado.

Risco é uma palavra de cinco letras que impede as empresas de inovar. Em grande parte, somos avessos ao risco, porque entendemos isso muito mais agora do que há uma década atrás. Nós somos capazes de calcular, priorizar e mitigar riscos. Devido a estas capacidades, desenvolvemos uma mentalidade de que o risco nunca deve entrar em nossas vidas. E, no entanto, o risco é necessário. Sem correr riscos, Colombo não teria navegado o oceano, os irmãos Wright não teriam voado, e Armstrong e Aldrin não teriam chegado a lua.

Plano de Mídia para a sua empresa

– Divulgação de artigos, palestras, cursos, etc. no site www.qualidadeonline.wordpress.com com mais de 2.500 visitas por dia.

– Envio de dois releases por mês para uma base de dados de 5.000 jornalistas de todo o país.

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– Inserção diária de conteúdo no site.

Consulte hayrton.prado@epse.com.br

O que levou Larsen a criar o WD-40 foi uma necessidade. Não era uma solução paras resolver um um problema, mas sim a resposta a uma necessidade na época. Mais frequentemente do que qualquer outra causa, sistemas de autoignição falham devido à umidade nos cabos que provocam curto-circuito. Larsen perguntou: “Como podemos afastar umidade?” Ele respondeu a essa pergunta, e seu produto ficou comercial em 1958. Depois disso, ninguém ficou em casa sem WD-40.

Criar, executar

Os inovadores arriscam sua reputação quando desenvolvem novas soluções “loucas”. Eles arriscam o ridículo em relação aos seus colegas, e eles são muitas vezes acusados ​​de serem cientistas loucos. Os meios de comunicação também fazem muito “acidentais” os avanços como a descoberta de Alexander Fleming da penicilina. No entanto, esses “acidentes” e “loucos” são apenas as soluções de uma pequena parte do processo de inovação.

A fase criativa do processo de inovação é o ponto em se encontram a oportunidade e as possíveis soluções. Esta fase criativa é, na verdade, um risco relativamente baixo e, certamente, de baixo orçamento, quando comparado com a fase de execução da inovação, em que o risco aumenta significativamente. Antes de entrar na fase de execução, devemos selecionar nossa solução preferida, se concentrar em fazer isso de maneira amigável e oferecer a solução para o mercado.

Se sua oferta não é amigável quando chega ao mercado, ela não terá sucesso. Historicamente, essa foi a grande força da Kodak. Seu fundador George Eastman disse: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto.” Mais recentemente, as primeiras câmeras digitais tiveram um processo lento para ser aceitas porque não eram amigáveis.

Daniel Kahneman foi agraciado com o Prêmio Nobel de Economia em 2002, em parte porque ele mostrou que,.para um produto novo ser aceito pelo usuário, é necessário atingir um aumento de dez vezes no valor percebido. Se você diz que sua oferta é duas vezes mais agradável, você não está nem perto. O que alguns fizeram bem foi entender o usuário, criando interfaces com ele para trabalhar para pessoas reais.

Parcerias problemáticas

O risco real do inovador não é se o produto vai funcionar, que é tratado na fase de desenvolvimento. O risco é se a nova oferta vai ser aceita e se os novos parceiros de negócios vão comprar. Larsen, por exemplo, pelo menos em cinco anos antes o WD-40 se tornou um produto comercial. Além de assumir riscos e estar disposto a falhar durante o desenvolvimento do produto, os inovadores têm um risco ainda mais difícil em relação ao risco de entrega do produto a montante com novos parceiros comerciais e de risco a jusante com a aceitação do cliente.

Como parte da medida de risco, a Intel mede seus fracassos contra sucessos. Diz-se que, a menos que receba dez falhas para cada sucesso, não acha que está esteja ocorrendo risco. A nova carteira de produtos deve conter uma mistura de potenciais novos produtos que virão a ser concretizados em um, cinco e até dez anos e quanto maior o tempo, maior o risco. O portfólio deve variar de melhorias impulsionadas pela necessidade do cliente a radicais novas ofertas aos clientes. Quanto mais eles nem percebam que precisam desse tipo de oferta, maior o risco.

Se você tem uma nova oferta, é quase garantido que você tem novos fornecedores. O cálculo clássico é que com quatro novos fornecedores, três terão uma probabilidade de 90% de fornecimento, e um será de 40%. Isso significa que a probabilidade global de sua oferta se unindo é de 0,9 x 0,9 x 0,9 x 0,4 = 0,29 x 100 = 29%. Isso é um caso grave de mitigação de riscos. Isso não significa que você se afastar de sua grande ideia nova, o que significa que você gerencie fornecedor de 40% com muito cuidado. E, se necessário, comprar e gerir o fornecedor por você mesmo.

Identificamos risco com um novo fornecedor, não apenas por avaliar o seu produto, mas pela avaliação de seu sistema de gestão da qualidade ou a qualidade de sua gestão. Um potencial novo fornecedor irá sempre mostrar o componente novo que desenvolveu ou mostrar para cliente o serviço bem prestado. Você deve avaliar como funciona a sua liderança. Use as cláusulas de gestão e a medição da ISO 9001 para auditar o fornecedor. Use a cláusula de RH para avaliar como se desenvolve o seu pessoal, assim como o seu produto.

Suporte e entrega

O fornecedor de risco é o associado ao levar o produto em conjunto. Então, há o risco de ser capaz de entregar. O risco de entrega também gira em torno de parceiros de negócios. Se você estiver indo para usar um distribuidor ou um parceiro de marketing, você precisa entender completamente os seus ciclos de decisão sobre novas ofertas. Se é um ciclo anual, pode-se estar em sério risco de perder o barco em seu lançamento do novo produto. Você pode precisar de distribuidores ou agentes alternativos construídos em sua estratégia de negócios para mitigar este risco. Como você pode ver, os verdadeiros inovadores têm muitas áreas a considerar como calculam, priorizam e mitigam os riscos. No final, no entanto, ainda devem assumir riscos.

Peter Merrill é presidente de Sistemas de Gestão da Quest, uma consultoria de inovação localizada em Burlington, Ontário. Merrill é o autor de vários livros editados pela ASQ, incluindo Do It Right the Second Time, Second Edition (2009), e Creating an Innovation Process and an Innovative Culture (2008). Ele é membro da ASQ e do Comitê Técnico de Inovação da ASQ.

Fonte: Quality Progress – American Society Quality (ASQ). Para acessar o texto em inglês, necessita-se de cadastro: http://asq.org/quality-progress/2012/01/innovation/innovation-imperative-risky-business.html?WT.dcsvid=MzkxNDg4NDU1MDES1&WT.mc_id=EM119992

Tradução: Hayrton Rodrigues do Prado Filho

Descubra como satisfazer os seus clientes

e-bookDe autoria de Sheldon D. Goldstein, a publicação Superior Customer Satisfaction and Loyalty – Engaging Customers to Drive Performance demonstra de uma forma simples e direta o processo de descobrir os atributos que são importantes para os seus clientes, medindo sua satisfação com um instrumento de pesquisa imparcial. Depois de analisar esses dados, pode-se então fazer uma análise estatística para determinar a melhor abordagem para melhorar a baixa avaliação dos atributos e mudar a execução, o que proporciona uma maior probabilidade de melhorar a lealdade do cliente.

A satisfação é um sentimento; a lealdade é um comportamento de agir com satisfação, juntamente com uma vontade de recompra e uma vontade de recomendar. É o interesse em reviver uma experiência positiva para o cliente que cria um comportamento leal. Este livro dá dicas sobre o processo que as empresas podem usar para criar essa satisfação em seus clientes e promover um comportamento leal em seus padrões de compra.

“A qualidade nunca é um acidente, é sempre o resultado da boa intenção, do esforço sincero, de uma inteligente direção e de uma execução hábil, o que representam a escolha sábia de muitas alternativas.” (William A. Foster). Muitos programas de satisfação de clientes começam e terminam solicitando aos clientes pareceres de sua satisfação e, em seguida, são feitas promessas de melhorar a satisfação do próximo ano. O que há de errado com isso? Para começar, temos de olhar para os métodos utilizados para recolher a satisfação dos clientes. Os dados coletados sobre a satisfação dos clientes foram feitos por meio de uma pesquisa imparcial? Foram pesquisados ​​todos os clientes ou apenas alguns? Se apenas alguns clientes foram pesquisados, como é que isso representa toda a população de clientes? Que perguntas foram feitas? Como essas perguntas foram compiladas? Como os dados foram avaliados? O que especificamente vai ser feito para agregar valor ao nosso sistema de entrega ao cliente? Não temos os recursos e compromisso com a entregar as melhorias nossos clientes exigem?

Acumular feedback não significa necessariamente construir instrumentos imparciais de pesquisa que são destinados a sondar a relação que a empresa tem com o cliente. Muitas vezes, a empresa faz pesquisa com os atributos que acredita serem importantes. Contudo, elas negligenciam a pedir aos clientes quais os atributos que são importantes para eles. Isso significa que pode ser o levantamento dos atributos errados e melhorar os produtos e serviços que têm pouca ou nenhuma importância para os clientes.

A promessa de fazer melhor está longe de ser um plano para fazer melhor, o que incluiria os custos conhecidos, os objetivos, os prazos e as responsabilidades. Este livro demonstra o processo de descobrir os atributos que são importantes para seus clientes, medindo a satisfação do cliente com um instrumento de pesquisa imparcial, analisando esses dados, fazendo uma análise estatística para determinar a melhor abordagem para melhorar o atributo de mais baixa avaliação, e implementar as mudanças que têm uma maior probabilidade de melhorar a satisfação do cliente no longo prazo.

Ao longo do caminho visitaremos temas como a curva de equidade e para dar-nos uma melhor compreensão de nossa missão e como a indústria vê o nosso desempenho em comparação com um padrão formado por outros fornecedores que consideramos ser nossos concorrentes. Este livro não é um tratado completo sobre qualquer tema, mas sim é um processo que você pode seguir para melhorar o seu negócio de forma estruturada que tem uma boa probabilidade de melhorar a satisfação do cliente, se implementada corretamente.

A melhoria contínua é a meta de qualquer organização com visão de futuro. Se o objetivo é a redução contínua de custos em suas diversas manifestações, otimizando a produtividade, ampliando a base de clientes, ou de crescimento do produto linhas, sempre queremos melhorar. Nós pensamos sobre a satisfação do cliente em da mesma forma, mas a relação que temos com nossos clientes é complicada. Se considerarmos todos os atributos que contribuem para o valor de proposição que oferecemos aos nossos clientes (como produto, preço, serviço, entrega, inventário, especificações, garantia e suporte ao projeto), podemos ver que há muitas maneiras de os clientes contam conosco para executar. Cada um de estes atributos tem um nível diferente de importância para cada cliente.

Enquanto gastamos tempo avaliando indicadores agregados para todos os nossos clientes, temos que também estar ciente de que nem todos os clientes olham para o nosso desempenho através do mesma lente. Alguns clientes pesam nosso desempenho em relação ao preço. Outros acham que um preço competitivo é tudo o que é necessário, pois eles estão dispostos a pagar por uma forte política de garantia, o que os protege de responsabilidade futura.

Uma vantagem importante de um levantamento detalhado dos nossos clientes é que nós podemos conhecê-los como indivíduos e aprender sobre as suas necessidades especiais. Então, à medida que se avalia os números globais de satisfação dos clientes em conjunto, podemos usar os detalhes a fim de aprender a lidar com as necessidades individuais de cada um dos nossos clientes.

Quando estudamos a satisfação do cliente, muitas vezes se acumulam informações em uma variedade de formas. Nós podemos medir a satisfação com uma escala métrica onde “1” significa extremamente insatisfeito e “10” significa muito satisfeitos. Ou, podemos usar uma escala de 5 pontos ou 7 pontos sem valores numéricos. Esta escala utiliza valores narrativos, como “definitivamente discorda” para “definitivamente concorda” para medir uma declaração como “A empresa fornece e entrega no prazo.” Essa resposta pode ser usada com ou sem descritores intermediários.

Ela se baseia em ancoragem de respostas. O mais importante são as respostas geralmente da seção “Comentários”, e não aquelas que são condução métricas. Estes comentários nos dão um insight sobre como nossos clientes pensam e fornecem detalhes sobre como devemos abordar suas preocupações ou influência sobre as qualidades que eles consideram nossos pontos fortes. Vamos olhar para os dois tipos de resposta para obter tanto quanto possível a partir da medidas numéricas para responder à pergunta “Será que estamos ficando melhor?” e das respostas exatas para a pergunta “Será que estamos concentrando nas atividades de melhoria que significam mais para nossos clientes?”

Uma vez que temos os dados de nossos clientes, temos de usar essa informação para efetuar mudanças significativas. Vamos dizer que nós sabemos que a nossa entrega dentro do prazo necessita de melhorias em comparação com os nossos outros atributos. O que devemos fazer para encontrar as causas subjacentes da nossa entrega complicada percebida e, em seguida, implementar uma solução? Como vamos medir a eficácia de nossa solução – e como vamos sustentar a melhoria para o futuro? Iremos abordar em capítulos os tópicos de análise da causa raiz, e de como realizar um projeto para implementar mudanças nos procedimentos e medidas para confirmar que elas são duráveis.

Os riscos dos aparelhos aquecedores a gás dentro dos banheiros

COLETÂNEAS DE NORMAS TÉCNICAS

Coletânea Série Transportes

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Qualidade

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gásMais uma tragédia: a menina Maria Candida Portinari de 16 anos foi encontrada submersa na banheira, após um vazamento de gás do aquecedor do apartamento de sua família em um condomínio na zona sul do Rio de Janeiro. Ela estava desacordada quando o pai, João Cândido Portinari, a encontrou. O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas a adolescente teve uma parada cardíaca e morreu antes de ser socorrida. Para Agostinho Guerreiro, presidente do Crea-RJ, o uso de aquecedores dentro dos banheiros deve ser evitado e quem não tem condições de retirar o equipamento deve tomar cuidado redobrado com a ventilação, deixando uma janela constantemente aberta e uma porta que não vede completamente o banheiro.

Nos prédios mais antigos, os aquecedores de passagem a gás eram colocados dentro dos banheiros, depois foram banidos para o lado de fora para evitar acidentes decorrentes de vazamentos de gás. O funcionamento hidráulico é igual aos aquecedores centrais elétricos, ou seja, existe uma tubulação de água quente que distribui a água quente a partir do aquecedor até cada ponto de consumo. Os aquecedores de acumulação podem ser elétricos, a gás ou solares. Nestes, um tanque isolado termicamente mantém a água a uma determinada temperatura, de onde é direcionada aos pontos de consumo. Note que mesmo os aquecedores solares contêm um aquecedor elétrico para os dias nublados.

Mas como se comporta cada um destes sistemas? Quais são suas vantagens e desvantagens? Para fazer uma análise mais precisa, veja como eles se comportam em relação à: construção do banheiro e instalação do sistema, consumo de energia elétrica, consumo de água e manutenção. O melhor momento para começar a pensar na escolha do sistema de água quente para os banheiros é durante o projeto da obra. Isto porque envolve confecção de encanamentos, localização da caixa d’água e do evento aquecedor central (boiler), escolha das torneiras e misturadores, sem falar do chuveiro e demais acessórios que entrarão em contato com a água.

As adaptações feitas em reformas, seja em prédio velho, ou mesmo em uma obra nova onde se alterou o projeto inicial, ficam bem mais caras do que uma instalação feita do zero, a partir do projeto e, claro, contratando-se um bom projetista para fazer os dimensionamentos necessários. Esqueça aquele encanador intrometido que dimensiona na prática, pois esse tipo de profissional certamente tem seu lugar na obra, mas nada melhor do que um arquiteto competente trabalhando em conjunto com um projetista de hidráulica para chegar à melhor relação custo-benefício em uma instalação que, no final das contas, ficará funcionando no mínimo por mais uns 30 anos.

Justamente por este longo prazo de utilização, evite usar material de segunda linha, projete tudo como tem que ser, compre material de boa qualidade, que atenda às normas técnicas e que você tenha esperança de conseguir peças de reposição daqui a alguns anos. Uma instalação com estes cuidados parece ficar mais cara do que uma feita no olho, mas é um grande engano pensar assim. Em obra, o planejamento é a melhor economia que se pode fazer. Um bom projeto permite que se saiba onde se pode economizar sem comprometer o desempenho, conforto e durabilidade, enquanto que de nada adianta comprar material de marca renomada (e cara) sem um bom planejamento e projeto.

De tudo isso, o melhor seria o cumprimento da norma NBR 16057 de 04/2012 – Sistema de aquecimento de água a gás (SAAG) – Projeto e instalação que estabelece os requisitos para o projeto (contemplando concepção, dimensionamento, arranjo hidráulico e especificação de componentes, entre outros) e a instalação (contemplando montagem, ensaios, entre outros) de Sistema de Aquecimento de Água a Gás (SAAG) para sistemas prediais e uso humano. Essa norma aplica-se aos seguintes gases combustíveis: gás natural (GN), gases liquefeitos de petróleo (GLP, propano, butano) em fase vapor e mistura ar GLP. Essa norma não é aplicável na geração de vapor e ao aquecimento de água para processos industriais.

Assim, recomenda-se que a documentação do projeto do SAAG contemple os seguintes elementos: premissas de cálculo; dimensionamento; memorial descritivo; volume de armazenamento; pressão de trabalho; fontes de abastecimento de água; fontes de abastecimento de gás; previsão de dispositivos de segurança; massa dos principais componentes; considerações a respeito de propriedades físico-químicas da água; planta, corte, isométrico, vista, detalhe e diagrama esquemático, necessários para a perfeita compreensão das interligações hidráulicas e interfaces dos principais componentes; planta, corte, isométrico, vista, detalhe e diagrama esquemático, necessários para a perfeita compreensão da interligação da tubulação de gás e interfaces dos principais componentes; planta, corte, isométrico, vista, detalhe e diagrama esquemático, necessários para a perfeita compreensão da interligação dos componentes da exaustão dos gases de combustão e interfaces dos principais componentes; esquema, detalhes e especificação para operação e controle de componentes elétricos; especificação do sistema de armazenamento; especificação de tubos, conexões, isolamento térmico, válvulas e bombas.

Além disso, o manual de operação do SAAG deve conter os seguintes elementos: modelo e características dos equipamentos contidos no sistema; descrição do funcionamento e seus componentes; procedimentos para operação; programa de manutenção e garantias. Igualmente, a descrição do funcionamento do SAAG deve incluir: diagrama geral, mostrando seus componentes e suas inter-relações; diagrama da rede de gás combustível; diagrama do sistema elétrico; diagrama do sistema hidráulico e de fluxo. Para os procedimentos de operação há a necessidade de descrição dos procedimentos para sua partida; as rotinas de operação; os procedimentos de desligamento, situações de emergência e segurança; o quadro sintomático com os problemas mais comuns, seus sintomas e soluções.

Uma outra norma, a NBR 13103: Instalação de aparelhos a gás para uso residencial – Requisitos, estabelece os requisitos mínimos exigíveis para a instalação de aparelhos a gás para uso residencial, cujo somatório de potências nominais não exceda 80,0 kW (1.146,67 kcal/min) em um mesmo local de instalação. Trata da instalação de aparelhos a gás para cocção, aquecimento de água, aquecimento de ambiente, refrigeração, lavagem, secagem, iluminação, decoração e demais utilizações de gás combustível em ambientes residenciais. Os requisitos constantes não se aplicam às instalações existentes de aparelhos a gás, a não ser que seja determinado por regulamentações legais aplicáveis. As condições para instalação dos aparelhos a gás devem considerar os seguintes aspectos: tipo do aparelho a gás a ser instalado; volume e ventilação do local de instalação; e exaustão dos gases da combustão. Recomenda-se que sejam providenciados, bem como mantidos no local da instalação, os seguintes documentos: lista de verificação de instalação e teste de funcionamento do aparelho a gás; anotação de responsabilidade técnica (ART) de instalação do aparelho a gás; certificado de instalação do aparelho a gás. Recomenda-se que tais documentos estejam disponíveis no local da instalação.

A verificação, ou eventual adequação, dos locais de instalação de aparelhos a gás deve ser realizada por profissional qualificado, sob supervisão de profissional habilitado. A execução da instalação e o teste de funcionamento de aparelhos a gás devem ser realizados por profissional qualificado, sob supervisão de profissional habilitado. As regulamentações legais (leis, decretos, portarias no âmbito federal, estadual ou municipal) aplicáveis à instalação de aparelhos a gás e as condições do local em que estes encontram-se instalados devem ser observadas. Recomenda-se que os aparelhos a gás possuam sua conformidade atestada com relação aos requisitos de suas respectivas normas de especificação. Recomenda-se que a qualificação da pessoa física ou jurídica prestadora de serviço de instalação possua a sua conformidade atestada no tocante aos requisitos de qualidade, segurança e meio ambiente, bem como da mão de obra empregada na realização de cada tipo de serviço executado. Recomenda-se que sejam realizadas inspeções periódicas conforme a NBR 15923.

A inspeção periódica tem como objetivo verificar o funcionamento dos aparelhos a gás, as condições do local de instalação, os dispositivos de exaustão e as interligações com a rede de distribuição interna. A norma define, ainda o local de instalação dos aparelhos a gás, que devem atender aos requisitos de volume bruto mínimo e área total útil das aberturas de ventilação, definidos em função do tipo e potência do(s) aparelho(s) a gás instalados. Os requisitos para o local de instalação dos aparelhos a gás encontram-se descritos em 7.1 a 7.3. A consolidação dos requisitos é apresentada no Anexo G.

Os banheiros e dormitórios não podem receber aparelhos de utilização a gás em seu interior. Já os aparelhos de circuito aberto com ou sem chaminé e exaustão natural (Tipos 1 e 2) deve ter um local de instalação com um volume bruto mínimo de 6m³. O local de instalação deve possuir abertura superior e inferior para ventilação permanente, conforme Seção 6, com área total útil em centímetros quadrados (cm2), na proporção mínima de 1,5 vez a potência nominal total dos aparelhos a gás instalados, em quilocalorias por minuto (kcal/min), constituído por duas aberturas com área total útil de no mínimo 600 cm².

Gerenciamento de riscos contribui para prevenir perdas no transporte rodoviário brasileiro

carga2A perda de mercadorias na etapa do transporte é um dos grandes fatores de elevação dos custos de produção, sejam por problemas relacionados com o manuseio, roubo, furto ou acidentes. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimam que a cada safra de grãos no Brasil, cerca de R$ 2,7 bilhões são perdidos após a colheita. Muito disso em função de rodovias e caminhões mal conservados, que acarretam na perda dos grãos por trepidação, acidentes rodoviários, gargalos nos portos e problemas no armazenamento.

No segmento de commodities, itens com maior valor agregado como café, algodão e produtos siderúrgicos como o níquel, além dos problemas estruturais que envolvem toda a cadeia logística, a perda é agravada com os eventos de roubo das mercadorias em trânsito, principalmente na linha dos produtos acabados como os eletrônicos, os farmacêuticos e os de gêneros alimentícios. O modal rodoviário, responsável por 60% dos produtos transportados, é o mais problemático. Dados da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), a idade média dos veículos de caminhoneiros autônomos é de 19 anos e dos veículos das empresas de transporte é de oito anos, 32% da frota atual de veículos circulando em rodovias brasileiras têm mais de 20 anos, ou seja, além dos problemas estruturais de rodovias mal conservadas, quase um terço da frota trafega em condições de conservação duvidosas. Além disso, o roubo em rodovias é alarmante e o policiamento é pequeno diante da extensa malha rodoviária.

De acordo com Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny Projetos e Serviços de Riscos securitários, a falta de investimento público é um ponto importante. “Se conseguirmos modernizar nossa infraestrutura, minimizaremos muito as perdas no setor. Comecemos pelo rodoviário, implementando políticas adequadas de financiamento e desoneração, assim podemos facilitar o acesso dos motoristas autônomos e das empresas às linhas de crédito para substituição dos equipamentos obsoletos e sucateados por novos e modernos equipamentos mais seguros e econômicos”, avalia Cyro. “Mas só isso não basta. Deve haver uma política de modernização das nossas rodovias para trazer maior segurança ao setor, investir em políticas de segurança pública para repressão ao crime de roubo e furto de mercadorias, leis mais duras para quem rouba e ainda mais duras para quem recepta”, completa.

Tem ainda os problemas relacionados à jornada de trabalho dos motoristas, que para melhorar seus ganhos ou cumprir metas tendem a efetuar o transporte de forma mais rápida, descansando pouco e expondo a si próprio, veículo, mercadoria e terceiros a riscos adicionais. O modal aéreo também é preocupante. Por ele geralmente são transportados produtos de alto valor agregado como os importados e de grifes renomadas mundialmente, aparelhos eletrônicos, celulares e medicamentos. As perdas estão concentradas dentro dos aeroportos seja por roubo ou extravio. A precária estrutura portuária também possibilita perdas importantes no segmento de transportes, tanto marítimo quanto fluvial.

Produtos com maior valor agregado e com maior facilidade de colocação no mercado são os mais visados pelos ladrões de carga como produtos eletrônicos (computadores, notebooks, televisores de LCD e aparelhos celulares), produtos farmacêuticos (medicamentos), gêneros alimentícios e cigarros. Fazer uma boa gestão de riscos é fundamental para a prevenção e minimização de perdas. “Toda empresa, qualquer que seja seu tamanho, deve ter uma área voltada para a gestão de seus riscos, que irá identifica-los, analisar os impactos, identificar as ferramentas e métodos de contenção, redução, transferência e financiamento desses riscos, aplicar as medidas preventivas e avaliar a eficácia dessas medidas. O processo de gestão de riscos tem que ser permanente em uma organização”, destaca Cyro. “Além disso, prevenir é muito mais barato do que consertar o processo pós-perda e a gestão de riscos é uma ferramenta muito eficaz para a garantia de cumprimento desse objetivo”, diz.

Recursos de segurança eletrônica também são usados para coibir o roubo de cargas, pois fornecem informações logísticas e aprimoram o controle de entrega dos produtos. Esses mesmos recursos são utilizados para ajudar a controlar a jornada de trabalho do motorista, reduzindo a exposição a acidentes. Muitos desses equipamentos dispõem de recursos de telemetria, que visam aprimorar a forma de condução dos veículos, buscando melhor rendimento com menor perda, seja no desgaste de peças, seja no consumo de combustível. Existem vários níveis de equipamentos para esta finalidade. “Temos rastreadores com comunicação por satélite, com comunicação por celular e os híbridos, que utilizam os dois meios. Eles são dotados de dispositivos como sensores de abertura de portas tanto para veículo, como para baú, sensores de desengate da carreta, sensores de violação do painel, dispositivos de sirene e pisca, bloqueadores de ignição do motor, travas de quinta roda e botão de emergência para ser acionado pelo motorista. E existem também equipamentos de rastreamento instalados no veículo como redundância ao principal, rastreadores instalados na carreta e até mesmo rastreadores miniaturizados instalados no interior da carga”, finaliza Cyro.

O que ocorreu em Belo Horizonte (MG) na reunião da revisão da ISO 9001

nascimentoLuiz Carlos do Nascimento, coordenador da Comissão Técnica de Coordenação Normativa do ABNT/CB-25 e líder da delegação Brasileira no TC 176

O Working Group 24 – Revision of ISO 9001 do Sub Comitê 2 do Comitê de Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade da International Organization for Standardization – ISO/TC 176/ SC2 esteve reunido entre os dias 04 e 08 de março de 2013 em Belo Horizonte (MG), recebido pelo ABNT/CB-25 Regional MG, para tratar da revisão da norma internacional ISO 9001. Reuniu-se simultaneamente o WG23 – Product Support and Communication. O Brasil não teve representantes no WG23.

As diretivas da ISO estabelecem que suas normas devem passar por um processo chamado systematic review, no mínimo a cada cinco anos, para saber se devem ser: confirmadas, emendadas ou revisadas, ou descartadas. A ISO 9001:2008 entrou no processo de revisão sistemática em 15/10/2011 com um período de votação de 5 meses. Na reunião plenária do TC 176, em Pequim, China, no final de 2011, foi aprovada a resolução de autorizar o Chair do SC2 a estabelecer um novo WG para a revisão da ISO 9001, condicionada ao resultado da votação do systematic review da ISO 9001. No início de 2012 o resultado da votação entre os países membros indicou a vontade da maioria, incluindo o Brasil, pela revisão da norma e, logo em seguida, foi constituído o WG24.

Em junho de 2012, foi realizada a reunião plenária da SC-2 em Bilbao, Espanha. Nessa plenária foi preparado um documento pelo então recém instituído WG24 que apenas transferia o conteúdo atual da ISO 9001 para a nova estrutura comum das normas de gestão da ISO (High Level Structure), estabelecida pelo antigo ISO Guide 83, atualmente integrado às diretivas da ISO (ISO/IEC Directives, Part 1 – Suplement – Procedures Specific to ISO – Annex SL), sem nenhum conteúdo adicional.

Em novembro de 2012, foi realizada a reunião plenária do TC176 em São Petersburgo, Rússia. Nessa plenária o WG 24 produziu o primeiro Working Draft – WD da norma. O WD é um documento preliminar de trabalho para uso restrito dos membros do grupo. Após a reunião, o WD foi circulado para comentários pelos especialistas integrantes do grupo de trabalho até o final de janeiro de 2013.

Os objetivos da reunião de Belo Horizonte foram dar tratamento aos 1.300 comentários recebidos pelo WG24 e produzir um documento de consenso como base para o primeiro CD da nova revisão da ISO 9001. O CD é a primeira versão de um documento ISO considerada madura para ser apreciada pela comunidade externa ao grupo de trabalho.

evento_mgOs WGs são grupos considerados fechados, cujos membros são indicados pelos seus respectivos países. A aceitação dos especialistas obedece a critérios técnicos e de participação em função das necessidades do projeto. O WG24 permite a participação de até dois representantes de cada país membro do TC176/SC2. Os delegados brasileiros, que estiveram presentes à reunião do ISO/TC 176/SC 2/WG24 em Belo Horizonte, são Luiz Carlos do Nascimento (líder do Brasil na SC-2) e Leopoldo Santana Luz.

O WG24 trabalhou dividido em quatro grupos tarefa que analisaram os comentários relacionados aos capítulos 4 a 10 da norma e atualizaram o texto incorporando os comentários aceitos. Por ora, foram deixados de lado os capítulos 1 a 3, que deverão ser abordados apenas quando os demais capítulos estiverem em estágio mais avançado. Um grupo de coordenação, composto pelo líder do projeto de revisão, pelo secretário do WG24 e pelos líderes e monitores dos grupos tarefa esteve ativo durante toda a reunião para tratar de temas e questões comuns e para compatibilizar o trabalho dos diversos grupos tarefa.

Todos os grupos tarefa conseguiram analisar a sua parcela dos 1.300 comentários recebidos ao primeiro WD. O grupo de coordenação deverá consolidar os resultados parciais em um único documento, em um prazo de até oito semanas, para circulação entre os membros dos grupos. Esse documento, caso seja considerado suficientemente maduro, deverá constituir o primeiro CD para comentários entre os países membro do ISO/TC176.

Na próxima reunião plenária do TC176, em novembro de 2013, os comentários deverão ser apreciados e o documento resultante passará por mais uma rodada de comentários, como CD2, ou progredirá para o estágio Draft of International Standard (DIS), caso se considere que atingiu o nível de consenso exigido para esta etapa. Espera-se que o processo de revisão seja concluído no final de 2015, com a publicação da nova versão da norma internacional.

Normas comentadas

 NBR 14039 – COMENTADA
de 05/2005

Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Possui 140 páginas de comentários…

Nr. de Páginas: 87

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NBR 5410 – COMENTADA
de 09/2004

Instalações elétricas de baixa tensão – Versão comentada.

Nr. de Páginas: 209

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 NBR ISO 9001 – COMENTADA
de 11/2008

Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Versão comentada.

Nr. de Páginas: 28

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Os erros em laboratórios clínicos

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Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade de Acordo com a NR 10 – Básico – Presencial ou Ao Vivo pela Internet – A partir de 3 x R$ 554,02 (56% de desconto)

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Gestão de Energia – Implantação da Nova Norma NBR ISO 50001 – Presencial ou Ao Vivo pela Internet – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

clínicoA possibilidade de erro existe em qualquer área de prestação de serviço, mas, quando o problema acontece no setor de saúde, tende a assumir grandes proporções. Ao procurar um médico e submeter-se a exames espera-se comprovar as boas condições físicas ou identificar doenças que possam ser tratadas. Um resultado incorreto, portanto, pode provocar consequências graves. Um resultado de um exame de sangue realizado em um laboratório indicava que a pessoa estava sofrendo de leucemia. Quando o clínico geral que havia solicitado o exame verificou o resultado, encaminhou a paciente a um hematologista, devido à gravidade do caso. O especialista, no entanto, informou à família que o estado clínico da paciente era incompatível com o que o exame revelava. Ela foi encaminhada a um segundo especialista, que foi categórico: o resultado estava errado ou havia sido trocado. Um novo exame foi solicitado e ficou confirmado que a pessoa não estava doente.

Os laboratórios de análises clínicas são fundamentados em um processo dinâmico que se inicia na coleta do espécime diagnóstico (amostra biológica obtida adequadamente para fins de diagnóstico laboratorial) e termina com a emissão de um laudo. Didaticamente, o processo pode ser dividido em três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica. A primeira fase consiste na preparação do paciente, coleta, manipulação e armazenamento do espécime diagnóstico, antes da determinação analítica. Ou seja, engloba todas as atividades que precedem o ensaio laboratorial, dentro ou fora do laboratório de analises clínicas.

A fase analítica inicia-se com a validação do sistema analítico, através do controle da qualidade interno na amplitude normal e patológica, e se encerra, quando a determinação analítica gera um resultado. Já a fase pós-analítica, inicia-se após a geração do resultado analítico, quantitativo e/ou qualitativo, sendo finalizada, após a entrega do laudo conforme legislação vigente. Importante dizer que os componentes biológicos presentes nos fluídos orgânicos apresentam uma flutuação constante de seus níveis. Estas variações afetam a interpretação dos analitos de uso diagnóstico.

Assim, os principais fatores que influenciam na magnitude da variação dos parâmetros biológicos foram classificados em três grupos: as variáveis pré-analíticas, as analíticas e as biológicas. A fase pré-analítica é responsável por mais de dois terços de todos os erros atribuídos ao laboratório de análises clínicas, e há apenas alguns procedimentos de rotina para a detecção de não conformidades neste domínio de atividades. Nesta fase, os procedimentos que envolvem a flebotomia, fundamental para a obtenção do espécime diagnóstico sanguíneo, são poucos estudados no que diz respeito às principais fontes de erros e os procedimentos relacionados ao processo de gestão da qualidade.

A NM-ISO/TS 22367 de 08/2009 – Laboratório clínico – Redução do erro através da gestão de riscos e melhoria contínua (ISO/TS 22367:2008, IDT) caracteriza a aplicação da NM-ISO 15189 como sistema para reduzir o erro de laboratório e para melhorar a segurança do paciente aplicando os princípios de gestão de riscos, no que se refere aos aspectos analíticos, especialmente os aspectos pré-analíticos e pós-analíticos do ciclo do laboratório clínico e os cuidados do paciente. Propõe uma metodologia para encontrar e caracterizar o erro do laboratório clínico que poderia ser evitado mediante a aplicação da NM-ISO 15189. Essa norma tem um requisito para que os laboratórios tenham um processo de investigação para identificar os aspectos que não cumpram com seus próprios procedimentos ou com os requisitos predeterminados. A NM-ISO 15189 especifica que isto deve estar ligado tanto a ações corretivas como ações preventivas.

Além do mais, especifica que a direção do laboratório deve revisar a adequação e eficácia do sistema em apoio aos pacientes. No contexto da gestão da organização, o risco foi descrito como um assunto multidimensional sobre estabilidade e previsibilidade do resultado. O risco organizacional envolve componentes que podem afetar os aspectos operacionais, técnicos, de responsabilidade e de negócios do laboratório. No contexto da melhoria continua, os elementos de risco do potencial de perda são considerados com maior prioridade que os elementos de ganho.

A consideração do risco inclui necessariamente os elementos relacionados, porém diferentes da probabilidade de ocorrência e gravidade do impacto. Os fatores que impactam sobre o risco podem atuar direta ou indiretamente. Os especialistas sugerem algumas medidas que poderiam ser adotadas em laboratórios clínicos nacionais: seriam as análises de questionários sobre falhas na qualidade da assistência, respondidos por profissionais de laboratório, seguidas de investigação sobre o impacto provocado na assistência ao paciente. Também, sugerem a adoção de notificação voluntária para identificação de eventos adversos e a aplicação de estudos retrospectivos de relatórios de incidentes para avaliação do sistema de classificação de relatórios de erros laboratoriais.

Os laboratórios clínicos são parte da cadeia de assistência à saúde, exercendo um importante papel no suporte às decisões clínicas. A realização de exames laboratoriais ocorre num ambiente complexo, onde coexistem procedimentos, equipamentos, tecnologia e conhecimento humano, com o objetivo de garantir resultados que orientem decisões diagnósticas e terapêuticas. Informações laboratoriais erradas, ocasionadas por falhas no processo laboratorial e transmitidas aos médicos, podem afetar diretamente os resultados da assistência e a segurança do paciente. Embora os erros ocorridos dentro de laboratórios clínicos possam ser mais facilmente detectados e corrigidos, pela própria equipe laboratorial, é fundamental que se obtenha outras fontes de informação, como relatório de notificação de incidentes, queixas de médicos, relatórios de atrasos ou tempo de liberação de resultados, etc.

Há a necessidade de criação de uma cultura na qual a existência do risco seja admitida e a prevenção do dano reconhecida com responsabilidade coletiva. A percepção para transformar a medicina, incluída a laboratorial, originada dos estudos do fator humano, é de que os erros raramente são atribuídos a falhas pessoais, inadequações ou falta de cuidado. Assim, a nominação, a culpa, o envergonhamento e a punição em nada têm contribuído para reduzir a sua incidência. Diante dos conceitos atuais, é desejável que, uma vez confirmada a ocorrência de um incidente, haja clima organizacional para que todo o ciclo de investigação das fragilidades existentes possa ser iniciado, sem receios de culpabilização. Se isso for conseguido, será possível buscar novas formas de detecção de incidentes laboratoriais, sejam eles reais ou potenciais, e estimular a sua notificação, permitindo a análise de riscos, identificação da gravidade e a redução de eventos adversos.

Blocos de concreto: qualidade e normalização técnica

P R O J E T O S   D E   N O R M A S

Tenha conhecimento dos Projetos de Normas Brasileiras e Mercosul, disponíveis para Consulta Nacional. Clique sobre o Comitê Técnico desejado e depois sobre o código ou título para consultar e participar.

Lista de projetos classificados por comitê e a quantidade de normas:

ABNT/CB-55 – Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e Aquecimento [1]

ABNT/CEE-121 – Sistema APM [2]

ABNT/CEE-155 – Materiais Isolantes Térmicos Acústicos [1]

ABNT/CEE-171 – Agrotóxicos e Afins [5]

ABNT/CEE-175 – Geossíntéticos [6]

ABNT/CEE-188 – Ferragens [1]

ABNT/CEE-72 – Tabaco e Produtos de Tabaco [1]

Aeronáutica e Espaço [1]

Alumínio [1]

Automotivo [2]

CEE-106 – ANÁLISES ECOTOXICOLÓGICAS [1]

CEE-113 – CABOS DE AÇO E ACESSÓRIOS [1]

Couro e Calçados [6]

Eletricidade [4]

Embalagem e Acondicionamento Plásticos [1]

Equipamentos de Proteção Individual [1]

Ferramentas Manuais e Usinagem [5]

Gestão Ambiental [1]

Isolação Térmica e Impermeabilização [1]

Máquinas e Equipamentos Mecânicos [3]

Mobiliário [1]

Odonto-Medico-Hospitalar [31]

Óptica e Instrumentos Ópticos [1]

Petróleo (Organismo de Normalizacão Setorial) [2]

Refratários (em Recesso) [4]

Segurança Contra Incêndio [1]

Tecnologia Gráfica (Organismo de Normalização [1]

Transportes e Tráfego [10]

blocosUma pesquisa sobre a capacidade instalada de produção de blocos de concreto pelas indústrias brasileiras desse setor, realizada pela BlocoBrasil-Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto, mostrou que os fabricantes têm hoje capacidade de produzir  cerca de 100 milhões de blocos de concreto por mês. Esse volume de produção permitiria às construtoras e à autoconstrução erguer 83.333 unidades habitacionais de 50 m² – metragem média de habitações populares atualmente. “Essa é uma capacidade instalada de produção formidável, lembrando que, desde seu lançamento em 2009 até hoje, o programa Minha Casa, Minha Vida construiu cerca de 800 mil unidades no total, além das mais de 1,7 milhão de unidades contratadas”, exemplifica Marcelo Kaiuca, presidente da BlocoBrasil, a entidade que concentra os maiores fabricantes brasileiros do setor, responsáveis por mais de 70% do total produtivo.

Essas indústrias têm atualmente também a capacidade de produzir quase 2,7 milhões de metros quadrados de pisos intertravados de concreto, segmento que vem se expandindo ano a ano, com o crescimento do uso desse tipo de pavimento em calçadas, ruas, parques, estacionamentos, portos, entre diversas outras aplicações. A pesquisa foi desenvolvida em quatro regiões brasileiras (NE, CO, SE e S), com as 150 maiores indústrias do país, das quais aproximadamente metade são associadas à BlocoBrasil. Esses fabricantes produzem blocos de concreto em conformidade com as normas brasileiras da ABNT e mostram um crescimento da capacidade produtiva em torno de 40% em relação à mesma pesquisa realizada em 2010.

“Esta é uma boa notícia para os compradores de blocos de concreto, pois esses números representam uma garantia firme de que não faltará esse insumo fundamental, os blocos de concreto, especialmente aos programas habitacionais e ao mercado imobiliário brasileiro, os principais segmentos compradores de blocos e pisos intertravados de concreto’, avalia Kaiuca. Por outro lado, alerta ele, esses números também são preocupantes, por evidenciarem o fato de que a oferta de blocos hoje no Brasil está começando a ficar acima da demanda: o Rio de Janeiro, por exemplo, teve sua capacidade produtiva multiplicada por três nos últimos três anos, passando de cerca de 6 milhões de blocos/mês para 21 milhões de blocos/mês de capacidade total, hoje. “Isto traz riscos para a sustentabilidade econômico-financeira das empresas que entraram nesse mercado ou ampliaram significativamente sua capacidade instalada”, observa Kaiuca.

Segundo os especialistas, a alvenaria com blocos de concreto é uma ótima solução construtiva, estando disponíveis em três tipos: arquitetônicos, estruturais e de vedação. Os blocos de concreto para alvenaria dispensam utilização de fôrmas de madeira, já que o concreto e o aço passam por dentro dos próprios blocos vazados e das canaletas. Assim, construir é mais fácil, rápido e barato. Trazem alguns benefícios para a execução dos trabalhos: resultados esteticamente modernos, redução de mão de obra, diminuição no tempo da construção, economia de até 30% no custo da obra, facilidades para instalações hidráulicas, elétrica e telefônica, sem a quebra de bloco, menos desperdício, dimensões uniformes e menor gasto com revestimento.

As normas que devem ser utilizadas para o produto são: NBR 15873/2010 – Coordenação Modular para Edificações; NBR 6136/2008 – Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria – Requisitos; NBR 8215/1983 – Prisma de Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria Estrutural Preparo e ensaio à Compressão; NBR 15961-1/2011 – Alvenaria estrutural – Blocos de concreto – Parte 1: Projeto; NBR 15961-2/2011 – Alvenaria estrutural — Blocos de concreto — Parte 2: Execução e controle de obras; NBR 12118/2011 – Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria – Métodos de ensaio; NBR 14321 – Paredes de Alvenaria Estrutural – Determinação da resistência ao cisalhamento; NBR 14322 – Paredes de Alvenaria Estrutural – Verificação da resistência à flexão simples ou à flexo compressão. Para mais informações sobre as normas acesse o site www.target.com.br

Em linhas gerais, a normalização brasileira define basicamente dois tipos de blocos de concreto, de acordo com sua aplicação: para vedação, o bloco vazado de concreto simples para alvenaria sem função estrutural (NBR 7173/82), e com função estrutural, o bloco vazado de concreto simples para alvenaria estrutural (NBR 6136/1994). Qualquer que seja a aplicação, o bloco dever ser vazado, ou seja, sem fundo, aproveitando os furos para a passagem das instalações e para a aplicação do graute (concreto de alta plasticidade). A norma brasileira designa os blocos tomando como base a largura, por exemplo, M-10, M-15 e M-20, referindo-se às larguras 9, 14 e 19 cm, respectivamente.

As dimensões padronizadas dos blocos admitem tolerâncias de + 2 mm para a largura e + 3 mm para a altura e comprimento. A família 39, designada por M15, possui dimensões modulares do comprimento (20cm) diferentes da largura (15cm). Tal diferença exige a introdução de blocos complementares com o objetivo de restabelecer a modulação nos encontros das paredes: o 14 x 19 x 34, para amarração nos cantos, e o 14 x 19 x 54, para amarrações em “T”.

No canteiro de obras, assim que os blocos são recebidos, devem ser separadas amostras de cada lote, para que sejam ensaiadas em laboratório. É importante que as amostras sejam coletadas aleatoriamente, representando as características do lote, seguindo as quantidades estabelecidas pela NBR 6136/94 e NBR 7173/82. As amostras coletadas serão marcadas identificando a data da coleta e o lote e posteriormente, enviadas a um laboratório para os ensaios. Para a resistência à compressão e absorção a norma brasileira estabelece os limites: Bloco estrutural – fbk superior a 4,5 MPa, dividido em classes de resistência menor ou igual a 10%; Bloco de vedação – média de 2,5 MPa, mínima individual de 2,0 MPa – média menor ou igual a 10% e máxima individual de 15%. Para o controle de aceitação da resistência à compressão, cada lote de blocos não deve ter mais que 10 mil unidades ou ser maior que o número de blocos por pavimento tipo. Cada lote deve ser constituído por pelo menos 12 blocos e de cada caminhão deve ser retirado pelo menos um bloco. Os lotes de blocos não poderão ser utilizados até que sejam liberados pelo controle tecnológico, devendo permanecer estocados com identificação clara de sua condição (liberados, com data e responsabilidade pela liberação, ou não liberados).

Para avaliação das características dimensionais e geométricas dos blocos, todo caminhão de entrega é um lote e os ensaios devem ser feitos com pelo menos 10 blocos por lote. Recomenda-se que os lotes sejam ensaiados antes da descarga e, se recusados, devolvidos. Se a carga tiver sido descarregada, os blocos não poderão ser utilizados, devendo permanecer estocados com identificação clara desta sua condição, até a devolução. O valor da resistência à compressão, característica do bloco estrutural (fbk), deve ser determinado para todos os lotes. O cálculo da resistência à compressão característica deve ser feito empregando-se a metodologia recomendada na norma NBR 6136.

O ensaio dos blocos deve ser feito de acordo com a norma NBR 7184. Para cada lote, deve-se ainda calcular o coeficiente de variação (CV). Exige-se que o valor de fbk para cada lote seja sempre maior ou igual ao de projeto. Exige-se que o coeficiente de variação de cada lote seja inferior a 15% para o bloco de concreto – o limite é válido também quando os lotes forem analisados em conjunto. Este critério é essencial para a aceitação ou não da indústria produtora.

Se os blocos tiverem marca de conformidade reconhecida pelo Inmetro, este controle de aceitação dos blocos não precisará ser feito, sendo substituído pelo controle tecnológico de fabricação. Neste caso, a indústria produtora do bloco deverá encaminhar mensalmente para a construtora um relatório com o fbk e o CV da produção mensal fornecida para a obra (com amostragem de todas as remessas). Este relatório deve ser anexado ao relatório mensal do controle tecnológico.

O controle de aceitação das características dimensionais e geométricas dos blocos deve ser feito pela construtora e formalizado em fichas de controle, sendo que cópias destas fichas devem ser anexadas ao relatório mensal de controle tecnológico. Esses ensaios são essenciais para garantia da qualidade da construtora. O não atendimento das exigências normativas é um claro indicativo de uma produção inadequada. O controle evitará a utilização de uma carga não conforme e possíveis prejuízos para a construtora. Devem ser avaliadas, no mínimo, a variação na altura dos blocos (tolerância de ± 3 mm para ambos os tipos de blocos, ensaiados segundo a NBR 7186, para bloco de concreto). O não atendimento destas exigências é motivo suficiente para recusa do lote.

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Quantidade de cacau nos chocolates brasileiros

CURSOS TÉCNICOS

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de 09/04/2013 até 10/04/2013

Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas – Presencial ou Ao Vivo pela Internet  – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

O curso de Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas faz parte da sequência do curso de NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade.

de 15/04/2013 até 16/04/2013

cacauA Páscoa se aproxima e a população vai atrás dos chocolates. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec – www.idec.org.br), com as 11 marcas de chocolates mais comercializadas no Brasil – Arcor, Brasil Cacau, Cacau Show, Garoto, Hershey‘s, Kopenhagen, Lacta e Nestlé -, concluiu que maioria não informa no rótulo a quantidade de cacau do produto. Entre os chocolates ao leite, apenas os da Cacau Show têm o percentual de cacau estampado na embalagem. As outras dez não fazem nenhuma menção à quantidade do fruto. Ainda não existe nenhuma lei que obrigue as empresas a colocarem esse dado na embalagem, mas, para o Idec, seria razoável que essa iniciativa partisse dos próprios fabricantes.

O teor de cacau também não é estampado nas embalagens de muitos chocolates meio amargo e amargo. Dos oito chocolates meio amargo pesquisados, apenas três têm a preciosa informação indicada no rótulo: Cacau Show, Hersheys e Arcor. E entre os onze de chocolate amargo, dois não têm o dado: os tabletes de 40 e 85 g da Kopenhagen, e os tabletes de 20 e 100 g da Brasil Cacau (marcas que pertencem ao mesmo grupo). O Idec foi então atrás do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) das empresas que não divulgam o teor de cacau na embalagem. Mais uma missão inglória. Apenas o Carrefour e o Dia revelaram os dados pedidos. Nas outras, ou o atendente disse que não dispunha da informação, ou que retornaria o contato posteriormente (o que acabou não sendo feito). Ou, pior, afirmou que esse dado é “segredo de fábrica”.

Além disso, entre os produtos pesquisados, cinco deles são fabricados apenas com a quantidade mínima de cacau, estipulada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para ser considerado chocolate, o produto deve ter, ao menos, 25% de cacau (se for chocolate ao leite). “Seria muito importante que o teor de cacau viesse impresso no rótulo, até porque, se trata de um direito à informação ao consumidor, assegurado pelo CDC (Códio de Defesa do Consumidor), desta maneira, fica a sensação de que essa informação trata-se apenas de uma estratégia de marketing usada quando isso é conveniente aos fabricantes”, opina Ana Paula Bortoletto Martins, pesquisadora do Idec.

A pesquisadora ainda lembra que os benefícios do cacau à saúde, como a produção de mais serotonina, que dá a sensação de bem-estar e diminui a pressão arterial, estão diretamente relacionados à sua quantidade no chocolate. Por isso, alerta: “é importante que o consumidor esteja atento a essa informação no rótulo, para sua melhor escolha e, no caso de não encontrar, cobre esse direito das empresas, por meio dos canais de atendimento ao consumidor”. O Idec também pesquisou alguns chocolates importados vendidos no Brasil e que têm preços lá fora relativamente parecidos com os dos chocolates brasileiros escolhidos: Casino Lait Dégustation, Guylian, Lindt Swiss Classic, Milka, Nestlé Crunch e Ritter Sport. E, ao contrário dos chocolates nacionais, o teor de cacau está presente nos rótulos de todos os chocolates importados pesquisados, mesmo que seja em letras miúdas, no verso da embalagem.

O que chamou a atenção é que dois desses chocolates estrangeiros também são fabricados no Brasil: Crunch (da Nestlé – embora esse chocolate não seja ao leite, pois contém flocos de arroz, foi incluído na pesquisa, justamente para se verificar a existência de duplo padrão) e Milka (da Kraft). Nos dois casos, o teor de cacau é maior nos produtos fabricados lá fora: ambos têm no mínimo 30% de cacau – lembrando que os nacionais têm no mínimo 25%. As duas empresas, portanto, praticam o que se chama de “duplo padrão”: independentemente de questões relacionadas à legislação de cada país, elas tratam de maneira diferente os consumidores brasileiros e os de seu continente de origem.

Segundo os entendidos, o cacau fino, geralmente cultivado em baixas quantidades, requer cuidados desde a maturação, pois é o momento em que se formam os aromas de constituição — associados ao patrimônio genético dos frutos, ao terreno e ao clima. Outros aromas surgem após a colheita, e estão relacionados à fermentação – que deve ser longa e controlada — e à secagem das sementes. Esta etapa é essencial para a evolução dos primeiros aromas, chamados precursores: quimicamente falando, é a quebra do açúcar em glucose e frutose e a transformação de proteínas em aminoácidos livres e peptídeos. Depois, esses aromas serão desenvolvidos durante a torrefação, para se obter o buquê final — que pode envolver uma combinação dos aromas de cacau com toques florais, frutados ou de especiarias. As sementes, então, são descascadas e trituradas.

A textura do chocolate é condição essencial para sua qualidade, por isso, a trituração e o refino das sementes torradas são muito importantes. Para a fabricação do chocolate moderno — uma mistura de pasta de cacau, manteiga de cacau e açúcar — faz-se a conchagem, uma lenta agitação sob calor do chocolate, responsável pela diminuição da umidade da mistura, equilíbrio dos aromas e textura. Quente e líquido, o chocolate passa por temperagem, para solidificar (“cristalizar”) corretamente, tornar-se brilhante e fácil de ser trabalhado. O primeiro quesito para um chocolate fino é não conter muito açúcar. Quanto mais, menor será a porcentagem de sólidos e manteiga do cacau — os ingredientes mais importantes de uma boa barra. A manteiga de cacau confere fluidez ao chocolate. A qualidade também é percebida ao se partir uma barra.