ABNT ISO/TR 10017: um guia para a utilização das técnicas estatísticas

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imagesCAEK34WWA estatística é uma ferramenta empregada em vários setores, inclusive o industrial, para medir a variabilidade existente em quaisquer processos. Para tanto, utilizam-se de técnicas estatísticas como o Controle Estatístico de Processo (CEP), Modelos de Regressão, Delineamento de experimentos, ou simples técnicas descritivas. O uso de técnicas estatísticas nas empresas tem como objetivos reduzir custos e aumentar a competitividade no mercado. Tais técnicas permitem que, por meio de pequenas amostras, há a possibilidade de se interferir no comportamento do lote em produção, tomando as ações que evitem a ocorrência de problemas, através da prevenção. Qualquer processo de produção está sujeito à variação, por mais que o processo seja perfeito.

Um produto ou serviço sempre esta sujeito à variabilidade. No Controle Estatístico de Qualidade, a variabilidade tem causas aleatórias, inerentes ao processo (ou comuns) e causas especiais (ou identificáveis) que podem ser identificadas. Quando o processo é dito sob controle estatístico, ele opera apenas sob as causas inerentes, que são causas essencialmente inevitáveis, as quais pouco ou nada se pode fazer para eliminar. Quando o processo é dito estar fora de controle estatístico, ele opera sob causas especiais (ou identificáveis). Essas causas devem ser descobertas e corrigidas para que o processo volte ao controle. As causas especiais podem ocorrer 22 devido a: mão de obra, método de trabalho, matéria prima, máquinas, meio ambiente e meios de medição,o qual foi conhecido como 6M. A falta de treinamento de funcionários, a falta de ajuste ou lubrificação da máquina são exemplos de causas especiais. Convém ressaltar que existe o erro de afirmar-se que o processo está sob controle, quando ele não está e vice-versa.

Um dos objetivos principais do Controle Estatístico de Qualidade é detectar as causas especiais, investigar e aplicar ações para correção, para que o processo não produza produtos fora das especificações acima do previsto. O objetivo é a eliminação da variabilidade (ou de quase toda) no processo. Para detectar causas especiais utilizasse a carta de controle. As cartas de controle são compostas de três linhas paralelas, a linha central (LC), o limite superior de controle (LSC) e o limite inferior de controle (LIC). Esses limites devem estar dentro dos limites de especificação de engenharia. Os limites das cartas de controle são determinados com base na média e no desvio padrão da distribuição da característica de qualidade da variável quando o processo está isento de causas especiais, isto é, as medidas individuais são provenientes de uma mesma população. A teoria estatística desenvolvida por Shewhart para cálculos do limites de controle, para uma estatística W qualquer, com distribuição normal, é calculada a partir dos valores amostrais, e que tenha média μ(w) e desvio padrão s(w) conhecidos, terá uma probabilidade próxima a um de estar no intervalo de μ(w) ± 3s(w),

Uma importante ferramenta para os gestores e administradores é a norma ABNT ISO/TR 10017, que é um guia sobre as técnicas estatísticas, ou seja, um relatório técnico para auxiliar as organizações a identificar técnicas estatísticas úteis em desenvolvimento, implementação, manutenção e melhoria do sistema de gestão da qualidade, de acordo com os requisitos da ABNT NBR ISO 9001. Nesse contexto, a utilidade das técnicas estatísticas segue a variabilidade observada no comportamento e na realização de praticamente todos os processos, mesmo sob condições de uma estabilidade aparente. Na verdade, as técnicas estatísticas ajudam na medição e na análise das variações, auxiliando as organizações a identificar técnicas estatísticas úteis em desenvolvimento, implementação, manutenção e melhoria do sistema de gestão da qualidade, de acordo com os requisitos da NBR ISO 9001. Nesse contexto, a utilidade das técnicas estatísticas segue a variabilidade observada no comportamento e na realização de praticamente todos os processos, mesmo sob condições de uma estabilidade aparente.

Essa variabilidade pode ser observada nas características quantificáveis de produtos e processos, assim como em vários estágios do ciclo de vida total de produtos, desde a pesquisa de mercado até o serviço ao consumidor e a sua disposição final. As técnicas estatísticas ajudam na medição, descrição, análise, interpretação e modelagem dessas variações, mesmo com uma quantidade de dados limitada. A análise estatística destes dados ajuda a formar uma compreensão melhor da natureza, da extensão e das causas da variabilidade. Isso pode ajudar a solucionar e até mesmo prevenir problemas que podem surgir da variabilidade. As técnicas estatísticas permitem, portanto, melhor utilização dos dados disponíveis na tomada de decisões, e, assim, auxiliam a melhoria contínua da qualidade de produtos e processos, para alcançar a satisfação do cliente. Essas técnicas são relevantes a um amplo espectro de atividades, como pesquisa de mercado, projeto, desenvolvimento, produção, verificação, instalação e fornecimento.

Dessa forma, o relatório técnico pretende guiar e auxiliar as organizações a considerar e selecionar técnicas estatísticas apropriadas às necessidades da organização. O critério para determinar a necessidade de técnicas estatísticas e a pertinência da técnica selecionada permanece uma prerrogativa da organização. A necessidade de dados quantitativos que pode ser razoavelmente associada com a implementação das seções e subseções da NBR ISO 9001 é identificada em uma tabela Uma ou mais técnicas estatísticas que poderiam ser um beneficio potencial à organização acham-se listadas junto com a necessidade de dados quantitativos identificadas quando apropriadamente aplicadas a tais dados. Importante observar que as técnicas estatísticas podem ser apropriadamente aplicadas aos dados qualitativos se tais dados puderem ser convertidos em quantitativos. Nenhuma técnica estatística é relacionada onde não existir uma necessidade de dados quantitativos imediatamente relacionada com uma seção ou subseção da NBR ISO 9001.As técnicas estatísticas citadas são limitadas àquelas amplamente conhecidas.

Cada uma das técnicas estatísticas relacionadas está descrita sumariamente na seção 4, para ajudar a organização a avaliar a pertinência e o valor das técnicas estatísticas citadas e ajudar a determinar se a organização deveria usá-las ou não em um contexto específico. As seguintes técnicas estatísticas, ou famílias de técnicas, que poderiam auxiliar uma organização a satisfazer suas necessidades, são identificadas na tabela citada: estatística descritiva; projetos de experimentos; ensaios de hipóteses; análise de medições; análise de capacidade do processo; análise de regressão; análise de confiabilidade; amostragem; simulação; gráficos de controle estatístico do processo (CEP); tolerância estatística; análise de séries históricas.

Entre as várias técnicas estatísticas relacionadas, cabe notar que a estatística descritiva (que inclui métodos gráficos) constitui um aspecto importante de muitas dessas técnicas. Os critérios usados na seleção das técnicas relacionadas acima são que estas técnicas sejam bem conhecidas e amplamente utilizadas, e que sua aplicação tenha resultado em benefícios dos usuários. A escolha da técnica e a maneira de sua aplicação dependerão das circunstâncias e do propósito do exercício, que diferirá caso a caso. Encontra-se em 4.2 a 4.13 uma breve descrição de cada uma das técnicas estatísticas, ou família de técnicas. As descrições procuram auxiliar um leitor comum a avaliar a aplicabilidade e os benefícios potenciais do uso de técnicas estatísticas na implementação dos requisitos de um sistema de gestão da qualidade.

A real aplicação de técnicas estatísticas citadas aqui exigirá mais orientação e conhecimento que os fornecidos nesse relatório técnico. Existe uma grande quantidade de informações sobre técnicas estatísticas disponíveis e ao alcance do público, como livros, revistas, relatórios, manuais de indústrias e outras fontes de informação, que podem auxiliar a organização no uso eficaz de técnicas estatísticas. No entanto, o escopo deste não inclui a citação dessas fontes e, portanto, a pesquisa deste tipo de informações será delegada à iniciativa individual.

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Tecnologia: o uso de fluorescência de Raios X para análise de conformidade à diretiva RoHS

A diretiva RoHS (Restrição ao Uso de Substâncias Perigosas) da comunidade europeia proíbe o uso de determinadas substâncias em equipamentos eletroeletrônicos. A Tabela 1 apresenta estas substâncias e os seus respectivos limites máximos permitidos.

Tabela 1 – Substâncias proibidas pela diretiva RoHS, limite máximo permitido e algumas aplicações


É de responsabilidade de todos os participantes da cadeia de suprimentos garantir que estas substâncias não estejam presentes em produtos eletrônicos. Algumas das formas para garantir esta conformidade são:

  • Uso apenas de componentes/materiais/ferramentas, que possuam certificado de conformidade emitido pelo fabricante;
  • Triagem investigativa (screening) destes elementos em componentes sem certificado de conformidade;
  • Análise detalhada dos componentes que contém alguma destas substâncias, ou que apresentam dúvida.

O primeiro item é normalmente obtido em empresas que produzem 100% de produtos com conformidade RoHS. No entanto, o fato do Brasil não possuir restrições a estas substâncias, bem como a existência de exceções para produtos que requerem alta confiabilidade, deixa algumas empresas em dificuldade para produzir apenas produtos RoHS. Neste caso, onde exista produção mista, deve-se utilizar um controle rígido do uso de componentes, ferramentas e insumos para que não ocorra contaminação dos produtos RoHS.
A análise detalhada por material homogêneo é bastante complexa e somente pode ser feita via ensaio destrutivo. A Figura 1 apresenta uma junta de solda, que é uma pequena parte de um produto eletrônico, para mostrar a complexidade de um ensaio detalhado. No caso do chumbo, ele pode estar presente na solda, na superfície do componente ou na superfície da placa. Como os limites são por material homogêneo, os diferentes materiais precisam ser analisados independentemente, normalmente fazendo uso de microscopia eletrônica com EDX e técnicas de análise à líquido, para determinadas substâncias.

Descrição: chumbosoldagembranda

Figura 1 – Imagem monstrando as possibilidades da presença de chumbo em uma junta de solda. Em azul a solda, em vermelho o terminal do componente e em amarelo a ilha de solda da placa. Fonte: Coockson Electronics

Desta forma, a triagem investigativa das substâncias passa a ser uma ferramenta importantíssima para empresas que fabriquem tanto produtos RoHS, quanto produtos que utilizam chumbo.
A técnica mais comum para este tipo de análise é a fluorescência de Raios X. Esta técnica funciona através da emissão de um feixe de Raios X na amostra, este interage com o material que, por sua vez, emite outros Raios X (fluorescente), característicos de cada elemento químico. Fazendo, então, uma varredura em todo o espectro significativo é possível identificar e quantificar a maioria dos elementos presentes. A Figura 2 apresenta os limites de detecção desta técnica para os diversos elementos químicos.

CLIQUE NA FIGURA PARA UMA MELHOR VISUALIZAÇÃO

 

Figura 2 – Tabela periódica dos elementos, contendo com os respectivos limites de detecção da técnica de fluorescência de raios X. Fonte: Innov X

Para triagem RoHS este tipo de análise permite avaliar os elementos: Pb, Hg, Cr, Br e Cd. A presença de cromo e bromo não caracteriza não conformidade, visto que apenas o cromo hexavalente é proibido e o bromo apenas nos dois retardantes de chama. Porém, caso estejam presentes, sem o conhecimento do fornecedor, uma análise detalhada é necessária. Já, se os outros elementos estiverem presentes, e o produto não for exceção, então é caracterizada uma não conformidade.
É importante salientar que este tipo de triagem não é conclusiva, visto que é realizada em uma amostra heterogênea de material. No entanto, uma não conformidade pode ser facilmente identificada e enviada para análise detalhada. A fluorescência de raios X pode ser utilizada como ferramenta de análise no recebimento de materiais, bem como na inspeção final do produto montado.
O LABelectron, como ambiente de manufatura e desenvolvimento, possui uma montagem mista, onde são montados tanto produtos contendo Pb quanto produtos lead-free, sendo esta uma necessidade para atender à todos os seus clientes. Por este motivo, conta agora com um espectrômetro de fluorescência de Raios X da empresa Innov X do grupo Olympus, representada no Brasil pela empresa AnacomCI. O modelo adquirido possui um algoritmo exclusivo para análise de amostras heterogêneas (Figura 3).

Figura 3 – Espectrômetro de fluorescência de Raios X adquirido pelo LABelectron. Este equipamento possui um algoritmo exclusivo desenvolvido para análise RoHS de amostras heterogêneas

Com esta nova aquisição, a estratégia de conformidade RoHS do LABelectron está completa, contando com procedimentos rígidos somados a ferramentas para separar a produção RoHS da produção com chumbo, uma técnica de triagem no recebimento de materiais e, após a placa montada, para garantir que não ocorreu a contaminação da placa durante sua montagem. Finalmente a parceria com o Laboratório de Materiais da UFSC permite análises detalhadas em material homogêneo de amostras onde existe dúvida.

Para mais informações sobre avaliação de conformidade RoHS, entre em contato com:
Engº José Carlos Boareto, engenheiro de desenvolvimento do LABelectron – jcb@certi.org.br

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A mulher no mercado de trabalho no Brasil

NBR 13103: os requisitos para a instalação de aparelhos a gás em residências
Essa norma estabelece os requisitos mínimos exigíveis para a instalação de aparelhos a gás para uso residencial, cujo somatório de potências nominais não exceda 80,0 kW (1.146,67 kcal/min) em um mesmo local de instalação. Trata da instalação de aparelhos a gás para cocção, aquecimento de água, aquecimento de ambiente, refrigeração, lavagem, secagem, iluminação, decoração e demais utilizações de gás combustível em ambientes residenciais. Clique para mais informações.

femininoNos últimos anos, ao lado do já conhecido processo de feminização do mercado de trabalho, tem ocorrido um debate importante entre os estudiosos das questões de gênero no mundo do trabalho: a polarização do mercado de trabalho feminino. Nesse contexto, passou a ser discutido a convivência de um polo precário, composto por segmentos do mercado de trabalho tradicionalmente ocupados pelas mulheres, e um virtuoso, em franca ascensão, que inclui as posições mais prestigiosas, até agora prioritariamente ocupadas por homens, como as profissões de nível superior.

Dimensionar esse fenômeno, entendê-lo e antecipar suas consequências, tanto para as mulheres como para o conjunto da sociedade, é, sem dúvida, uma tarefa complexa e relevante. Assim, foi feita uma pesquisa a fim de analisar os efeitos da elevação da escolaridade feminina na sua inserção no mercado de trabalho, entre 2000 e 2010, a partir da base de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) na Região Metropolitana de São Paulo, realizada pela Fundação Seade e o Dieese. Na Região Metropolitana de São Paulo, o desempenho do mercado de trabalho em 2010 implicou melhor inserção produtiva de homens e mulheres. Para a população feminina, foram gerados 163 mil postos de trabalho, volume suficiente para absorver 99 mil mulheres que ingressaram na força de trabalho local e reduzir em 64 mil o contingente de desempregadas (Tabela 1).

CLIQUE NA FIGURA PARA UMA MELHOR VISUALIZAÇÃO

A taxa de participação feminina (proporção de mulheres com dez anos de idade e mais na situação de ocupadas ou desempregadas) aumentou de 55,9% para 56,2%, entre 2009 e 2010, retomando sua trajetória de expansão. Para os homens, essa taxa ficou praticamente estável, ao passar de 71,5% para 71,6%, nesse período, mantendo-se entre as menores da série, devido à tendência de declínio observada ao longo dos anos. A taxa de desemprego total feminina diminuiu pelo sétimo ano consecutivo, passando de 16,2% para 14,7%, entre 2009 e 2010, assim como a masculina (de 11,6% para 9,5%). O aumento da participação das mulheres foi acompanhado por redução da taxa de desemprego e aumento do nível ocupacional na indústria, no comércio e nos serviços. Apenas os serviços domésticos reduziram seu nível ocupacional.

Para os homens também houve expansão do número de ocupados, principalmente na indústria, nos serviços e na construção civil. As ocupações geradas, para mulheres e homens, foram, sobretudo, com carteira de trabalho assinada no setor privado, no setor público e entre empregadores. O tipo de ocupações criadas entre 2009 e 2010 certamente influenciou o aumento do rendimento médio real por hora das mulheres (de R$ 6,56 para R$ 6,72) e, principalmente, dos homens (de R$ 8,22 para R$ 8,94). O crescimento mais acentuado dos rendimentos por hora dos homens, no entanto, provocou o aumento da diferença de remuneração entre os dois segmentos: em 2009, as mulheres recebiam 79,8% dos valores médios auferidos pelos homens, proporção que passou para 75,2%, em 2010.

Sonia Jordão (contato@soniajordao.com.br), especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora, afirma que alguns dizem que os homens têm mais neurônios que as mulheres. Talvez porque precisem disso para conseguir chegar aos mesmos resultados que as mulheres. Até porque elas possuem mais sinapses (conexões, comunicações entre os neurônios). Mas no fundo mesmo, isso não faz a menor diferença. “Eu nunca me preocupei em ser feminista ou não, simplesmente fui fazendo o que achava correto e tinha vontade. Formei-me em engenharia mecânica numa época em que mulheres não cursavam engenharia e tenho convivido quase a vida inteira mais no meio masculino que no feminino. Hoje tenho a certeza de ter sido mais feminista que muitas mulheres que propagavam isso por aí. Não coloquei dificuldades para realizar qualquer coisa, simplesmente transpus os obstáculos que foram aparecendo. Não reclamei das discriminações, busquei alternativas. Venci em campos onde mulheres não tinham vez”.

Segundo ela lembra, as mulheres eram maltratadas antigamente e como isso mudou na área profissional. Os avanços são inegáveis. “As mulheres hoje não encontram mais as mesmas barreiras, sendo, inclusive, cada dia mais, alçadas a postos de liderança. Uma série de características femininas, entre elas a capacidade de exercer múltiplas funções ao mesmo tempo e a facilidade de se relacionarem com os outros membros das equipes, passam a ser valorizadas pelo mercado de trabalho. É certo que as mudanças acontecem num tempo maior do que gostaríamos, entretanto sei que os homens começam a se preocupar com a feminização do mercado de trabalho. Hoje esse problema não é mais somente das mulheres e sim dos homens também. Eles estão vendo o avanço feminino e não estão sabendo o que fazer. Normalmente, mulheres estudam mais tempo que os homens e com isso atingem uma melhor formação acadêmica. Isso leva a conseguirem galgar melhores postos”, explica.

Para Jordão, e com tudo isso acontecendo, cada vez mais é preciso aprender a lidar com mulheres nas mais diversas atividades, já que esse é um fenômeno que não tem mais volta. “Tenho observado que homens buscam o reconhecimento, negociam melhores salários, além de serem mais competitivos. Se eles estão insatisfeitos arrumam outro emprego, mas se a empresa oferecer um salário maior eles ficam no emprego. Já as mulheres esperam ser reconhecidas e conseguem servir a sua equipe conquistando a confiança das pessoas. Porém, quando elas acham que não são reconhecidas, arrumam outro emprego. E aí, depois de tomar a decisão de mudar de emprego se tornam inflexíveis, não adianta tentar persuadi-las. Por isso, é bom que os líderes fiquem atentos para não perderem suas lideradas. Também é bom que as mulheres aprendam a negociar, como fazem os homens. Assim deixarão de ter salários menores para as mesmas funções”.

Outra constatação da especialista é que, ainda hoje, na maioria das vezes, para uma mulher chegar a um cargo mais alto na organização ela tem que ser bem melhor que seus concorrentes do sexo masculino. Em mesmo pé de igualdade o homem ainda é preferido. Por exemplo, em um banco, se tiver dois gerentes, um do sexo feminino e outro do sexo masculino, pode ir até a mulher que, provavelmente, ela será uma melhor gerente. Já que, provavelmente, para chegar àquele nível precisou demonstrar ser melhor.

“Claro que muitas organizações estão começando a ver que mesmo com os problemas de TPM, gravidez e outros as mulheres podem ser até mais competentes que os homens em diversas atividades. Sem contar o fato de que cada vez mais temos mulheres empreendedoras. Com isso os exemplos de mulheres de sucesso vão aumentando, fazendo com que elas acreditem mais ainda em si mesmas. De qualquer forma, a feminização está aí e é preciso aceitar que o crescimento das mulheres em funções de liderança é uma realidade no mundo empresarial. Quando assumi a gerência de uma empresa pela primeira vez um funcionário pediu demissão porque não aceitava ter mulher como chefe. Será que ele faria isso hoje em dia? Agora, se você é do tipo machista, desses que não aceitam serem comandados por mulheres, sugiro que comece a rever seus conceitos”, conclui.

Normas comentadas

Confira quais as normas comentadas disponíveis. Elas oferecem mais facilidade para o entendimento e são muito mais fáceis de usar: http://www.target.com.br/portal_new/produtossolucoes/NBR/Comentadas.aspx

NBR 14039Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Possui 140 páginas de comentários

NBR 5410Instalações elétricas de baixa tensão – Comentada – para windows, versão 2004

NBR ISO 9001 – COMENTADASistemas de gestão da qualidade – Requisitos

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Liderança: cadê os novos Ciccillos?

slaca

IX SLACA – SIMPÓSIO LATINO AMERICANO DE CIÊNCIA DE ALIMENTOS

Centro de Convenções da UNICAMP, Campinas
05 a 08 de novembro de 2011

Alfredo Behrens

Recentemente passei por uma estátua do Ciccillo Matarazzo na Barra Funda. A placa indicava que ela estaria lá temporariamente até que fosse transferida ao parque das indústrias. Em breve nem indústria teremos, quanto mais um parque para elas. O mundo está mudando muito e muito rapidamente, mas a novidade não figura ainda entre os grandes temas nacionais. As lideranças de hoje se formaram numa tendência que levou a um mundo em que 1 bilhão de pessoas detêm em torno de 80% da renda. Segundo o antigo presidente do Banco Mundial, as outras 5 bilhões de pessoas ficam com apenas 20% da renda. Nesse mundo, a grande maioria das transações se deu no Atlântico Norte e os portos próximos dessa região têm grandes vantagens comparativas.

Mas, nos próximos 40 anos, o centro gravitacional do mundo econômico se mudará para um eixo determinado pela Índia e a China, que juntas serão responsáveis pela metade do PIB mundial. Uma situação semelhante foi vista pela última vez no início de século 19 e, antes disso, no século 15. Durante a maior parte do último século esses países não somavam nem 5% do PIB mundial.

O mundo será tão diferente que nos custa apreciar a magnitude da mudança em formação. Por isso, vale lembrar que quando finalmente Vasco da Gama chegou a Calicut, na Índia, os melhores produtos que ofereceu aos indianos não despertaram maior interesse entre eles. A Ásia de então era mais avançada e achava os produtos europeus rudimentares. Porém, em 2050, o mundo terá 9 bilhões de pessoas, serão 3 bilhões adicionais e deles, apenas 100 milhões nascerão nos países hoje considerados ricos. A desproporção do número de pessoas por nascer, por si só já indicaria porque o crescimento dos mercados seria maior na Ásia e na África. Hoje, a Europa se preocupa com a invasão de africanos. Amanhã será a Ásia a se preocupar com isso, a menos que os africanos se aproveitem da sua maior proximidade com a Ásia para concorrer com os nossos produtos.

É claro que estes movimentos deveriam estar incomodando hoje aos brasileiros, banhados, como estamos, apenas pelo Atlântico. Este movimento de dimensões tectônicas terá importantes consequências para nós. Pense senão no encolhimento dos portos de Veneza e Gênova a partir do descobrimento da rota de Vasco da Gama ao oriente. Esse encolhimento não se deu de uma hora para outra, mas em menos de um século Veneza e Gênova deixaram de serem portos de referência para se converterem apenas em cidades, bonitas, cheias de historia, mas sem um grande futuro pela frente.

Aqui estamos preocupados em sentarmos entre os grandes de hoje nas Nações Unidas. Penso que deveríamos estar procurando acordos para assegurar ao Brasil uma saída terrestre ao Pacífico. Claro que há o Canal do Panamá e o Estreito de Magalhães, mas eles nunca serviram de muito ao Chile ou ao Peru, serviram? Por que não levantamos a questão da saída ao mar do Mercosul via a Bolívia? Pelo menos serviria a Bolívia que seria um peso menos para o Brasil. Por que não estamos já mais presentes na costa Leste da África, onde poderíamos produzir bem com os moçambicanos, e estarmos mais perto da Índia e da China? Deveríamos estar mais presentes em Macau ou Timor Leste, onde teríamos mão de obra já treinada em português para pelo menos responder aos telefones de São Paulo, onde já nem inglês queremos ensinar aos jovens. Cadê os Ciccillos de hoje? Ficaram tão pequenos que não dá para serem ouvidos?

Alfredo Behrens é professor de liderança em gestão intercultural dos MBAs da FIA – Fundação Instituto de Administração.

Abrindo seu próprio negócio: sonho ou pesadelo?

Robison Chan Tong

Todos empreendedores, geralmente, têm uma coisa em comum: são pessoas que em determinado momento da vida não se conformam com a situação em que vivem e, literalmente, arregaçam as mangas e iniciam um pequeno negócio. No geral, esses empreendedores são completamente leigos no vasto mundo burocrático para abrir um negócio e, principalmente, desconhecem as mais rudimentares regras de tributação e cálculos de custos.

Vale ressaltar que, estatisticamente no Brasil, uma micro ou pequena empresa, sem as devidas orientações e acompanhamentos por profissionais contábeis, falecem – isso mesmo, literalmente morrem – por volta de dois anos e meio depois de terem sido abertas. Pois bem, a fim de auxiliar esse grupo que considero seleto e muito corajoso, aí vão algumas dicas simples para os primeiros passos da tão sonhada independência.

· Saber fazer. O empreendedor deve realmente saber o que está fazendo. Imagine um técnico contábil, como eu, se aventurando a abrir uma pizzaria se não tiver pleno conhecimento de como fazê-las;

· Planejamento. Deve-se sempre planejar o empreendimento, desde quanto vai investir de capital até a determinação do ponto comercial, disposição dos bens ativos, atendimento e, principalmente, simular o fluxo de caixa;

· Custo. Se não imagina quanto custará o desembolso na atividade, nem comece. Pesquise antes sobre tudo o que for possível, principalmente as matérias-primas e mercadorias a serem revendidas;

· Carga tributária. Esse item é o mais crítico. Hoje no Brasil, para os empreendedores, de acordo com o faturamento anual, pode-se ser enquadrado como Simples Nacional, que possui a tributação mais barata; Lucro Presumido, onde se a empresa tiver um lucro inferior a 8% não compensa; e o Lucro Real, que é para as empresas de grande fôlego e que possuem despesas elevadas;

· Estudo do mercado potencial. Pesquisar o mercado é coisa simples e de fundamental importância para o sucesso do negócio. Na internet podem-se efetuar verificações por segmentos e os sindicatos de classe também são bons auxílios;

· Consumidor e sua classe social. Atingir o consumidor é sempre o desafio, e por isso é preciso conhecer o público-alvo. Sabendo quem tem potencial para ser seu cliente, o empreendedor aumenta sua chance de vendas;

· Acompanhamento contábil. Um bom profissional contábil é essencial. O papel do contador está explícito no dinamismo da nossa legislação e sua correta aplicação aos fatos contábeis. O assessoramento é contínuo, sem contar que atualmente a orientação contábil para uma boa gestão está cada vez mais imprescindível.

Finalmente, pergunte-se se realmente é isso que deseja fazer. Abrir um negócio pode ser o grande salto na sua vida, mas nunca para um precipício. Logo, reveja seu planejamento, pesquise bastante, converse com um conhecido que também partiu na mesma viagem: a experiência ainda é um grande exemplo para todos.

Robison Chan Tong é gerente do setor fiscal da Prolink Contábil, (www.grupoprolink.com.br).

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Livro :: Aprendendo QUALIDADE de uma forma SISTÊMICA

APRENDENDO QUALIDADE DE UMA FORMA SISTÊMICA
Autor: OCEANO ZACHARIAS
Editora: QUALITY® CONSULTORIA
Assunto: GESTÃO DA QUALIDADE : ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS : QUALIDADE :
ISBN: 978-85-901852-8-4
N° de páginas: 248 PÁGINAS
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SISTEMAS DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO

capa livroFormato: Livro

Autor: MAURICIO FERRAZ DE PAIVA

Editora: TARGET EDITORA

Assunto: INFORMÁTICA – METODOLOGIA DE ANÁLISE DE SISTEMAS

Neste livro, o autor apresenta as práticas recomendadas para o armazenamento eletrônico de informações em negócios, ou de outra natureza, sob a forma de imagem. Na obra, detalha-se a implementação e a operação de sistemas de gestão da informação que armazenam informações eletronicamente e nos quais as questões de fidedignidade, confiabilidade, autenticidade e integridade são importantes. O ciclo de vida de um documento eletrônico armazenado é coberto desde a captura inicial até a eventual destruição. Suas diretrizes podem ser utilizadas com qualquer sistema de gestão da informação, incluindo processamento de imagem de documento tradicional, fluxo de trabalho e tecnologias e com o uso de qualquer tipo de mídia de armazenamento eletrônico e tecnologias regraváveis.

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Os perigos dos raios para as empresas, animais e pessoas

raioUm raio pode produzir uma carga de energia cujos parâmetros chegam a atingir valores de 125 milhões de volts, 200 mil ampères e 25 mil graus Celsius. Imagine o estrago que isso pode fazer. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) concluiu o levantamento sobre o número de vítimas fatais atingidas por raios no Brasil no ano de 2010. Ao todo foram registradas 89 mortes, número inferior à média registrada entre os anos de 2000 e 2009, que foi de 132 vítimas por ano.

O estado de São Paulo lidera o ranking com 12 mortes, seguido pelo Pará com 8, e Minas Gerais e Tocantins com 7. Em alguns estados houve o registro de apenas uma morte, como é o caso de Rio de Janeiro e Paraná. Em 2011, dados preliminares apontam que até o momento foram registrados 28 casos de vítimas fatais em todo o país. Quanto a 2010, o número de homens que morreram é muito superior ao de mulheres, atingindo 82% do total. Quase metade das vítimas é da faixa etária entre 20 e 39 anos. O aumento durante a primavera também foi notável – em 2010, morreram mais pessoas nesta estação (40%) do que no verão (36%). Na primavera a incidência de raios também aumenta, mas em geral a maioria dos casos fatais acontece no verão, época do ano em que mais caem raios no país. Na análise da década (2000-2009), 45% das pessoas morreram durante o verão enquanto 32%, na primavera.

“Em parte este resultado reflete o fato de que as pessoas se preocupam menos com os perigos quando chega esta época do ano (primavera) e se tornam mais conscientes dos cuidados que devem ter com a proximidade do verão, quando então aumentam as tempestades e as notícias sobre mortes e danos causados por raios”, comenta Osmar Pinto Junior, técnico do INPE. As circunstâncias e regiões em que as pessoas morreram também foram analisadas ao longo da última década. Quase 61% das pessoas foram atingidas na zona rural e 29% das pessoas que morreram no Brasil estavam no Sudeste, região em que a maioria (17%) morreu por estar praticando atividades ligadas à agropecuária. A segunda principal causa foi estar próximo a algum meio de transporte (e não dentro) durante uma tempestade, com 14% do total.

O levantamento evidencia que as circunstâncias em que ocorrem mortes por raios apresentam variações significativas em diferentes regiões do Brasil. “É possível perceber que características de determinadas regiões influenciam os percentuais de mortes por raios. Por exemplo, a atividade agropecuária atinge o maior percentual no Sul, que é a região mais tradicional do país nesta área. Já as regiões Norte e Nordeste apresentam os percentuais mais altos para a circunstância dentro de casa, o que provavelmente indica que muitas casas nesta região são de chão batido, o que as torna muito menos seguras”, diz Osmar.

Também se constatou 20% de mortes devido à circunstância telefone (se refere a telefone com fio ou celular conectado no carregador) no Centro-Oeste – fator quase nulo em outras regiões -, e o maior percentual de mortes no Norte em campos de futebol, quando comparado a outras regiões. Todas as informações e dados, coletados desde o ano 2000 até 2011, têm como fonte o INPE, o Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério da Saúde, a Defesa Civil, veículos de imprensa e também dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Brasil é um dos poucos países que dispõe de um mapeamento detalhado das circunstâncias das mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode contribuir significativamente para aperfeiçoar as regras nacionais de proteção contra o fenômeno.

Na verdade, a melhor proteção contra raios é oferecida pela para-raios, aparelho relativamente simples desenvolvido por Benjamin Franklin em 1752. Consta de três elementos principais – um mastro com captador, um aterramento e um cabo de ligação preso a isoladores. Não obstante a simplicidade, os parâmetros obedecem a especificações técnicas que obrigam a contratação de pessoal ou firma com qualificações adequadas para a instalação do para-raios. A zona de atuação do para-raios faz um ângulo de 55º com a ponta do captor formando um cone de segurança. O único tipo de para-raios permitido é o Franklin, já que o radioativo está proibido desde 1989.

Durante a formação de uma tempestade, verifica-se que ocorre uma separação de cargas elétricas, ficando as nuvens mais baixas eletrizadas negativamente, enquanto as nuvens mais altas se eletrizam positivamente. Várias experiências realizadas por pilotos de avião voando perigosamente através de tempestades, comprovaram a existência desta separação de cargas. Pode-se concluir que existe, portanto, um campo elétrico entre as nuvens mais baixas e mais altas. A nuvem mais baixa, carregada negativamente, induz na superfície terrestre uma carga positiva , criando um campo elétrico entre elas.

À medida que vão se avolumando as cargas elétricas nas nuvens, a intensidade destes campos vão aumentando, acabando por ultrapassar o valor da rigidez dielétrica do ar. Quando isso acontece, o ar torna-se condutor e uma enorme centelha elétrica (relâmpago) salta de uma nuvem para outra ou de uma nuvem para a Terra. Essa descarga elétrica aquece o ar, provocando uma expansão que se propaga em forma de uma onda sonora que chega diretamente da descarga, como também pelas ondas refletidas em montanhas, prédios, etc.

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Qualidade pública: sobre a contratação de obras para a Copa de 2014

A realização da Copa do Mundo no Brasil é aguardada com muitas expectativas pelo povo brasileiro. Expectativas essas que não se limitam às disputas esportivas, mas se ampliam para a possibilidade de um grande legado econômico e social para a sociedade. Por essa razão, as organizações profissionais e empresariais da engenharia e da arquitetura brasileira estão empenhadas em colaborar na superação de todas as dificuldades para a realização da Copa em nosso país.

Preocupa-nos, no entanto, a proposta do governo federal de instituir o Regime Diferenciado de Contratação para obras da Copa das Confederações, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas, apresentado recentemente na forma de Projeto de Lei de Conversão de Medida Provisória..

A proposta tem a aparente finalidade de simplificar os procedimentos de escolha das empresas para a execução de obras necessárias à realização dos referidos eventos, e, dessa forma, introduz normas que contrariam a Lei Federal nº 8.666/93; permite a licitação de obras com anteprojetos de engenharia ou com projetos contendo especificações vagas e imprecisas; permite o pregão eletrônico na contratação de obras de engenharia; cria a chamada contratação integrada e prevê a inversão nas fases licitatórias, dentre outras mudanças.

O Regime Diferenciado de Contratação, se aprovado, incentivará a realização de licitações sem a perfeita definição dos seus objetos, ou seja, sem a utilização de projetos completos de engenharia. Essa situação é amplamente conhecida pelo controle externo como a principal causa do insucesso das obras públicas e, na realidade, apenas posterga a fase de planejamento para que seja feita, concomitantemente, à fase de execução.

É oportuno também esclarecer:

• Sobre a inversão das fases licitatórias: a ordem de apresentação das propostas e do seu julgamento antes da verificação das condições de habilitação oferece sérios riscos de contratação de empresa sem aptidões necessárias à execução do objeto.

• Sobre a modalidade pregão: não é adequada à contratação de obras e serviços de engenharia, uma vez que não se trata de serviços comuns. A contratação de serviços intelectuais e obras necessita de mais acompanhamento técnico para análise das propostas técnicas e métodos construtivos em função da complexidade da execução. A suposta rapidez na contratação ensejará mais lentidão quando da aferição da capacidade técnica do licitante vencedor e mais gastos com a fiscalização do serviço a ser prestado.

• Sobre a contratação integrada: permite que uma mesma empresa seja contratada para elaborar os projetos básico e executivo e para construir a obra; elimina a possibilidade de um desenvolvimento seguro do objeto contratado pela Administração, ao dispensar instrumentos fiscalizatórios e disciplinadores para o acompanhamento da execução da obra.. Entendemos, portanto, que as licitações devem ser instauradas já com a existência de Projeto Executivo.

Alertamos que a celeridade na realização de obras de engenharia se consegue com planejamento adequado e projetos bem elaborados, antes da licitação, conforme preconizado na Lei Federal nº 8.666/93 que, ao nosso ver, tem plenas condições de utilização para a contratação de qualquer obra pública, inclusive as necessárias à Copa do Mundo ou aos Jogos Olímpicos. O que não se pode aceitar é que, por simples falta de planejamento, permita-se exaurir os prazos hábeis e se realizar contratações de última hora, a qualquer preço.

Por fim, em que pese a boa intenção de agilizar as contratações, é inegável que as mudanças propostas contêm dispositivos que podem favorecer desvios e mau uso do dinheiro público, bem como proporcionar questionamentos jurídicos capazes de criar ainda mais obstáculos à efetivação dos procedimentos. Neste sentido, manifestamo-nos contrários às mudanças propostas e sugerimos aos Poderes Executivo e Legislativo uma ampla discussão sobre o tema, com a participação dos segmentos técnicos e da sociedade civil para garantir transparência e controle social sobre os investimentos públicos.

Eng. civil Marcos Túlio de Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

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Qual é a hora de parar?

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Se em sua atividade você não tem mais garra, vontade, ou alegria, pendure as chuteiras e preserve sua imagem

Cezar Tegon

Ronaldo Luís Nazário de Lima, o maior artilheiro de todas as Copas, de talento ímpar e indiscutível, e ainda com 34 anos, parou. O “Fenômeno” parou? Muitos acham que mesmo acima do peso, mesmo sem o arranque que foi sempre sua marca registrada, ele ainda poderia jogar por mais dois ou três anos e seria sempre destaque. Outros acham que ele deveria ter parado há um ano, após jogar a primeira temporada no Corinthians e assim encerrar a carreira com o destaque de ter sido campeão da Copa do Brasil, com a taça na mão.

Existe uma regra para saber a hora de parar? Há alguns anos, havia no mundo corporativo um ranço, posso até chamar de uma regra, que pessoas com mais de 40 anos já estavam fora do mercado de trabalho, deveriam se aposentar. De fato, as pessoas que se aproximavam dessa faixa etária já programavam sua aposentadoria, pensavam o que fazer com fundo de garantia, se comprariam um sítio no interior e viveriam pescando, se investiriam em novo negócio e continuariam no dia a dia agitado da metrópole, ou seja, tinham dúvidas sobre o que fazer, com a única certeza de que em curto período de tempo estariam fora do mercado formal de trabalho.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aumentou o número de idosos no Brasil. Já há mais pessoas da Terceira Idade do que crianças no país. As regiões Sul e Sudeste são as que mais se concentram essa fatia da população E embarcada nesta realidade, a situação da empregabilidade no Brasil também mudou.

Já faz algum tempo que os profissionais com mais de 40 anos têm espaço garantido no mercado de trabalho, e como o assunto é “fenômeno”, um em especial vem acontecendo nos últimos dez anos. Com o aquecimento do mercado e com a consequente alta no emprego, profissionais com 40, 50 e 60 anos estão a todo vapor e em plena atividade profissional. Existe espaço para todos.

Os experientes mais graduados ocupam posições de liderança nas empresas e passam aos mais jovens, que chegam às empresas muito bem formados, porém carentes de vivência corporativa, toda sua experiência, sua bagagem, seus acertos e seus erros. E essa mescla entre juventude e experiência tem trazido ganhos significativos para as organizações.

Outros profissionais com essa faixa etária atuam como consultores, aplicando sua experiência em projetos pontuais, nos quais não existe a necessidade de horários rígidos e de rotina. Os menos graduados também estão em plena atividade, principalmente em funções em que o contato com o publico é exigido, como em lojas de cadeias de fastfoods, livrarias e pizzarias, entre outros.

Nessas atividades, eles explicam para o público detalhes sobre os produtos vendidos, já que têm paciência e educação para dar as explicações. Em contrapartida, o público também tem com eles a mesma paciência e educação. Como resultado, as empresas têm clientes mais satisfeitos, o que é bom para todos.

Agora, se a regra de parar aos 40 não existe mais, qual a regra que vale? Eu conto:

Trabalhe todos os dias como se fosse seu primeiro dia na empresa, com dedicação, afinco, vontade e felicidade;

Mantenha-se atualizado com as tendências de sua área;

Saiba o que os mais jovens estão fazendo, que tecnologia e instrumentos eles usam para se comunicar. Entre no mundo deles, pois você aprenderá muito também;

Mantenha sempre o bom ambiente de convívio com os colegas de trabalho, deixando de lado o ar “sabichão” de quem já passou por muitas experiências;

Leve soluções, evite problemas. Uso aqui a sabedoria do filósofo Bruce Willis, bem apresentada por um de seus personagens: “Se você não faz parte da solução, por favor não faça parte do problema”.

Se você faz a maioria das ações que citei acima, com felicidade e prazer, independente de ter 40, 50 ou 60 anos, você ainda tem muitas partidas e muitos campeonatos para jogar. Agora, se na sua empresa ou em sua atividade você não tem mais essa garra, se lhe falta vontade, está sem felicidade, chegou a hora de pendurar as chuteiras e preservar sua imagem de campeão que construiu ao longo dos anos.

Cezar Tegon é graduado em estudos sociais, administração de empresas e direito, é presidente da Elancers e sócio diretor da Consultants Group by Tegon – marcelo@lead.com.br

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A invasão das montadoras chinesas

Os chineses estão chegando com muitos carros. Confira os exemplos.

Effa M100b – Foi um dos primeiros chineses a chegar às lojas brasileiras e ocupou por um tempo o posto de carro mais barato do país, desbancando o Fiat Mille, e isso já com ar condicionado, rodas de liga-leve, vidros e travas elétricos de série. O motor, no entanto, é um arcaico bloco de 1,0 litro que rende apenas 47 cv de potência sendo movido apenas a gasolina.

Lifan 620 – O sedã médio tem a árdua missão de participar de um segmento que tem o Honda Civic, Toyota Corolla e Chevrolet Vectra, entre outros. Só que o segredo do chinês está no preço, R$ 39.980, já trazendo freios ABS, airbag duplo, acendimento automático dos faróis, sistema de som com controle no volante e entrada USB e um motor de 1,6 litro de 106 cv de potência.

Chery Face – Um compacto-premium, a marca resolveu entrar com o Face que custa R$ 32.990 e já tem ar condicionado, direção hidráulica, airbag duplo e rodas de liga-leve. O motor de 1,3 litro rende 84 cv de potência. Os atributos foram suficientes para que as vendas alcançassem 1.100 unidades, um pouco menos da metade do rival Volkswagen Polo.

Jac J3 Turin – A versão sedã do J3 traz todos os atributos e defeitos do dois-volumes, mas com um porta-malas de 490 litros. Vem para brigar com Ford New Fiesta e Honda City custando R$ 39.900.

Chery Cielo Sedan – É concorrente do Lifan 620, mas com um pouquinho menos de sucesso, ao contrário de sua versão hatch. O Chery emplacou 125 carros em 2011, perdendo para o Peugeot 307 que acabou de sair de linha. Por R$ 43.990, o três volumes tem motor de 1,6 litro de 119 cv de potência e porta-malas de 395 litros.

Hafei Towner – O comercial leve da Hafei aproveitou uma brecha na lei de patentes e voltou com o nome Towner à ativa. A nomenclatura fez sucesso no início dos anos 90 quando a Asia ainda existia e vendia a van no Brasil. Hoje a Towner continua sendo um monovolume pequeno com versões para carga e passageiros. Os preços começam em R$ 26.990 e o motor é sempre o mesmo de 1,0 litro com 48 cv de potência.

Chery Tiggo – O SUV pequeno veio para beliscar as vendas do Ford EcoSport custando R$ 52.990 e já oferecendo motor de 2,0 litros, freios ABS, airbag duplo, rodas de 16 polegadas e CD player com porta USB. E efeito nas vendas ainda é pequeno, com 957 unidades emplacadas contra as 9.008 do rival da Ford, mas o suficiente para deixar o chinês à frente de Suzuki Grand Vitara (903) e Toyota RAV4 (888).

Lifan 320 = Talvez seja o exemplo mais claro da estratégia de algumas marcas chinesas para ganhar clientes. O carro é um clone do MINI Cooper e é vendido até com detalhes que remetem ao pequeno inglês, como o teto pintado em cor diferente da carroceria e faixas longitudinais. Mas as semelhanças param por aí. O chinês tem quatro portas, opção ausente no MINI, e motor de 1,3 litro com 88 cv de potência ao custo de R$ 29.980.

Chery Cielo – O hatch médio vai na contra-mão do Lifan 320 e mostrou a cara dos novos chineses. O Cielo foi feito com design exclusivo do estúdio Pininfarina e busca disputar mercado com o mesmo motor de 1,6 litro do sedã de 119 cv de potência. O preço parte de R$ 43.990 e já foram emplacados 409 carros neste ano, ficando abaixo somente das marcas tradicionais no segmento, como Hyundai, Ford, Chevrolet e Volkswagen.

Jac J3 – O lançamento do J3 foi, até agora, o de maior impacto. Em apenas um mês de vendas, já foram emplacadas 327 unidades graças a uma intensa campanha publicitária. Nela, é dito que o hatch custa R$ 37.900 e vem completo, já com ar condicionado, airbag duplo, freios ABS, rodas de liga-leve e motor de 1,4 litro com comando de válvulas variável para admissão e que rende 108 cv de potência. Outro mote da propaganda é a inédita garantia de seis anos. Se vai brigar pra valer pelas primeiras posições do ranking de vendas, só o tempo para dizer

Marcos Morita ( professor@marcosmorita.com..br), mestre em administração de empresas, professor da Universidade Mackenzie e professor tutor da FGV-RJ, vem acompanhando com curiosidade a entrada de mais uma montadora chinesa, desta vez com algumas diferenças marcantes – a começar pelo estardalhaço. Espaços generosos nas principias mídias, corredores de shoppings centers e locais de grande circulação, além de propagandas em horário nobre. Como estudioso de marketing, tenho pensado de que maneira esta comunicação massiva, assim como a interessante proposição de valor, poderão influenciar os consumidores.

“Gostaria de traçar um paralelo com a curva de adoção de tecnologias, a qual classifica os consumidores em cinco grandes grupos: pioneiros, visionários, pragmáticos, conservadores e tradicionais – avaliados conforme seu grau de interesse, aversão ao risco e familiaridade com o tema. Vejamos suas principais diferenças”.

Pioneiros: viciados em tecnologia, são capazes de enfrentar horas de fila, só pelo prazer de ter em primeira mão a novidade do momento. Como formadores de opinião, divulgam seus comentários em sites e blogs especializados.

Visionários: apreciam a inovação, avaliando de que maneira determinada tecnologia irão auxiliá-los nas tarefas do dia-a-dia. Convencidos, costumam adotá-la, mesmo que ainda não totalmente testada e comprovada.

Pragmáticos: grupo bastante numeroso em tamanho, preferem soluções e produtos maduros, consagrados e consolidados, não se importando com a questão da exclusividade.

Conservadores: últimos a entrarem no mercado, estudam, analisam, avaliam e muitas vezes relutam em sua adoção. Também avessos ao risco, buscam produtos com ótima relação custo versus benefício.

Tradicionais: são muitas vezes forçados e obrigados a aderirem para não se sentirem excluídos. Caso encontre alguém sem celular ou email, saiba que a este grupo pertence.

Creio que com os veículos chineses esteja ocorrendo processo similar, sobretudo no que tange a aversão ao risco, haja vista o valor intrínseco do bem. Desta maneira, baseei-me em cinco categorias: desconhecimento, desconfiança, avaliação, consumo e recomendação, as quais de algum modo, se inter-relacionam com as já apresentadas. Para melhor elucidá-las, trarei exemplos de outras nacionalidades, indústrias e segmentos, atuais e passados.

Desconhecimento: façamos uma volta no túnel do tempo. A posição atual das montadoras chinesas já foi ocupada por coreanos e japoneses, há algumas décadas. Famosas em seus países de origem, porém desconhecidas quando começam a ganhar escala, penetrando outros mercados. A propaganda de massa é uma das maneiras mais rápidas de se apresentarem aos novos consumidores.

Desconfiança: o respeitado Made in Japan, já foi sinônimo de produto de má qualidade no pós-guerra. A invasão de quinquilharias eletrônicas de baixo preço e qualidade duvidosa, presentes em ruas de comércio popular e camelôs, denigrem os produtos Made in China, correndo o risco de extrapolar a má fama para outras categorias.

Avaliação: nesta categoria incluo os veículos coreanos, os quais já deixaram a desconfiança, quando eram sinônimos de cachorro-quente. Não obstante a obsessão por comparativos e testes com marcas tradicionais, o avanço em tecnologia e design é visível. Sua compra pode ainda ser avaliada e contestada por razões como manutenção e revenda.

Consumo: celulares e televisores coreanos, só para citar alguns exemplos, estão hoje na mesma cesta que seus congêneres holandeses, americanos, finlandeses ou japoneses, ao menos no que se refere ao quesito escolha. Com forte apelo em preços, utilizado para conquistar a massa de consumidores conservadores, começam a inovar visando atrair os grupos mais antenados.

Recomendação: apesar dos recentes recalls envolvendo milhões de veículos, é patente a durabilidade dos veículos produzidos no país do sol nascente. Seus proprietários tornam-se em geral fiéis aos modelos e marcas, divulgando e recomendando a familiares, parentes e conhecidos. Consistência, inovação e qualidade são seus pilares.

“Olhe ao redor e veja as marcas dos produtos existentes em sua cozinha, escritório e sala. Separe-os pela data de compra, dos mais recentes aos mais antigos. Repita o procedimento em seu círculo de convivência mais próximo: parentes e amigos. Creio que de alguma maneira a teoria se comprovará em maior ou menor grau. Agora, prever quando os veículos chineses deixarão o horário nobre da telinha para ocupar as garagens é ainda incerto. É bem provável, todavia, que em algum tempo dividam o espaço hoje ocupado por japoneses e coreanos, para os quais até pouco tempo atrás nutríamos os mesmos sentimos de desconhecimento e desconfiança. É esperar para ver”, conclui o professor.

Sem legislação específica, produto importado leva vantagem no mercado

Wagner Bini

O imposto de importação é um tributo cobrado pela União, cujo fato gerador é a entrada de mercadorias estrangeiras no mercado nacional. Tem caráter extra fiscal, haja vista que as taxas variam devido a questões político-econômicas, sendo importante meio de equilíbrio da econômica, e por esse motivo, é que a alíquota, além de ser variável de produto para produto, pode ser alterada por decreto presidencial, visando a redução ou isenção em determinados períodos, conforme as necessidades econômicas.

Sua principal finalidade, em nosso entendimento, é proteger os produtos nacionais da concorrência com os produtos importados, o que se torna extremamente necessário em dias atuais, ante os elevados custos da produção nacional, que faz com que o preço final seja efetivamente maior do que os preços praticados no exterior. Estão isentos do recolhimento do imposto sobre o produto importado, os viajantes vindos do exterior que em caráter geral, além de livros, folhetos, bens de uso comum e pessoal, outros bens, desde que observados os limites de referida portaria e dos valores globais de US$ 500,00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou equivalente em outra moeda, quando o viajante ingressar no país por via aérea ou marítima, e US$ 300,00 (trezentos dólares dos Estados Unidos da América) ou equivalente em outra moeda, quando o viajante ingressar no país por via terrestre, fluvial ou lacustre.

As importações desregradas, sobretudo aquelas sem o recolhimento do imposto devido, prejudicam de sobremaneira o produto nacional, pois as alíquotas fixadas pela União, geralmente já levam em consideração a concorrência com o produto nacional. O produto importado ilegalmente nada recolhe, e com isso, entra no mercado nacional, com evidente vantagem de preço, que é prejudicial não apenas ao comerciante, mas também a toda a econômica de um modo geral.

O Brasil ao contrário do que acontece com outros países, não possui uma legislação específica, no que concerne a exigência de segurança e qualidade dos produtos importados, nos mesmos patamares dos produtos nacionais, e dado a referido fato, o produto ainda que legalmente importado, a nosso ver, entra no mercado com manifesta vantagem sobre o produto nacional.

Wagner Bini é advogado do escritório Bini Advogados de Piracicaba e relator do XV Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de São Paulo.

Normas comentadas

Confira quais as normas comentadas disponíveis. Elas oferecem mais facilidade para o entendimento e são muito mais fáceis de usar: http://www.target.com.br/portal_new/produtossolucoes/NBR/Comentadas.aspx

NBR 14039Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Possui 140 páginas de comentários

NBR 5410Instalações elétricas de baixa tensão – Comentada – para windows, versão 2004

NBR ISO 9001 – COMENTADASistemas de gestão da qualidade – Requisitos

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Qualidade em saúde: a polêmica dos inibidores de apetite

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demedicina_com_wp-content_uploads_image-thumb47Após meses de intensos debates, deve se confirmar a proibição da venda de remédios inibidores de apetite no Brasil, sugerida em nota técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro deste ano. Segundo a chefe do núcleo de investigação em vigilância sanitária, Maria Eugênia Cury, não há margem de garantia para o consumo da sibutramina e dos anorexígenos anfetamínicos (anfepramona, femproporex e mazidol) com segurança por pacientes obesos. “Nós não conseguimos ter uma resposta objetiva de qual população se beneficia. Que o medicamento tem problemas de segurança, eu não tenho dúvidas. A avaliação é de que o perfil de segurança do remédio é mais desfavorável do que favorável”, afirma Maria Eugênia.

Boa parte da discussão voltou-se ao uso dos medicamentos, bastante receitados no Brasil. Segundo o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, o mundo consumiu 5,7t de sibutramina em 2010. Dessas, 3,3t foram vendidas na América do Sul e quase 80% desse valor, cerca de 2,6t, foram consumidas por pacientes brasileiros. A maior divergência entre a agência e as entidades médicas e farmacêuticas envolvidas girava em torno do estudo Scout, que levou à proibição da sibutramina na Europa. No painel técnico, segundo Maria Eugênia Cury, foi possível analisar os dados do estudo e mostrar para os médicos que não havia equívoco em falar sobre os riscos para qualquer obeso, e não apenas para aqueles que já tenham histórico de doenças cardiovasculares. “A gente conseguiu ver que há técnicos e cientistas que não são da Anvisa e que confirmaram a nossa avaliação de que esse estudo, aliado a outros, demonstra riscos na utilização em uma população que não é só essa de contraindicação”, explica a coordenadora.

Cury afirma que muitas das 15 questões enviadas às entidades médicas a respeito da segurança do uso dos emagrecedores permaneceram em aberto mesmo após os debates de terça. O representante da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Ricardo Meirelles, afirma, no entanto, que todas foram sanadas. “Elas foram respondidas embasadas em publicações de revistas científicas, mostrando que não era a opinião de alguns especialistas, mas conclusões de trabalhos feitos em diversos países. A sensação que se teve é de que a Anvisa já está com uma ideia pré-concebida e não parece muito disposta a mudar”, queixa-se. “Para os defensores da manutenção desses medicamentos, o estudo Scout foi mal interpretado porque foi feito com pacientes que já tinham doença cardiovascular prévia. O estudo apenas confirmou a bula, e a Anvisa, a exemplo da Agência Europeia, está querendo estender a proibição a toda a população de obesos”, diz Meirelles.

O argumento usado pelos médicos, segundo o cardiologista e autor de livros de farmacologia clínica Flávio Danni Fuchs, não foi convincente. “Não se tem evidência concreta de que (o medicamento) seja útil em pacientes. Infelizmente, ele aumenta a pressão arterial e se mostrou perigoso em indivíduos com doença vascular e diabetes. Medicamentes que não têm segurança não devem ser autorizados para uso”, sustenta Fuchs.

Se antes havia um clima de otimismo entre os médicos diante da possibilidade de recuo da Anvisa, agora há apreensão. “Se for mantida essa posição, vai ser um prejuízo para todos os obesos, que atualmente são mais de 15% da população brasileira”, afirma Meirelles, representante da Sbem. A Anvisa tem dois pareceres favoráveis à suspensão do registro dos inibidores de apetite no país. Depois do último painel de discussão, será elaborado um documento que será submetido à avaliação da Diretoria Colegiada da agência reguladora, que deve decidir pela proibição dos emagrecedores. A previsão é de que a resposta final saia até agosto, segundo o presidente Dirceu Barbano.

Desde o início de 2011, um tema controverso tem ocupado na imprensa páginas e páginas das editorias de saúde e medicina. Trata-se da possibilidade de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibir no Brasil a comercialização e o uso dos inibidores de apetite a base de sibutramina, de anfetamina e derivados.

Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, diz que a discussão tem como ponto de partida uma falsa polêmica. Dizer que tais fármacos possuem efeitos colaterais é algo que os mais antigos classificariam de chover no molhado. “Até porque todos os medicamentos, sem exceção, os têm, em maior ou menos escala. Antes de acirrar qualquer debate, portanto, é essencial analisar a questão do ponto de vista da saúde pública. Os inibidores de apetite são importantes no combate à obesidade, hoje uma das principais causas de diabetes, câncer e hipertensão arterial, entre outras enfermidades. Proibi-los certamente só agravará uma situação já preocupante. Em nosso país, atualmente, mais da metade da população está acima do peso. O número de obesos cresce a cada dia, reproduzindo, aliás, um mal que é mundial”.

Segundo Lopes, claro que não se defende a utilização indiscriminada, pois, em medicina, a permissividade é inaceitável. “Dessa forma, é imperioso que sejam estabelecidos critérios rigorosos de controle. A prescrição deve ser feita apenas do receituário amarelo, retirado nas Secretarias da Saúde. Também é necessária forte fiscalização da Vigilância Sanitária sobre a prescrição destes, para saber como e com quais finalidades estão sendo ministrados. Por fim, um dos focos da controvérsia deve ser colocado no seu devido lugar. A prescrição médica envolve ciência e arte. Só ciência e só arte não resolvem. Para bem fazê-la, necessitamos de médicos competentes e bem formados, mas esses não estão sobrando no mercado. Um médico para receitar fármacos assume um compromisso não apenas com a prescrição realizada no momento da consulta, mas também com as suas possíveis complicações e com o dever de saber identificá-las e tratá-las. O grande problema é que muitos que prescrevem não têm a qualificação adequada. Pior, sentem-se na obrigação de fazer o indivíduo emagrecer a qualquer custo, sem nem ter o diagnóstico da causa da obesidade. Com rigor na formação dos profissionais de medicina, controle na venda e fiscalização sobre abusos, resolveremos o problema, ou boa parte dele. Resta-nos, assim, somente adotar um remédio que sempre faz bem: o bom senso”.

Já para Célia Chaves, farmacêutica, presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos e professora da UFRGS, a polêmica dos anorexígenos continua em pauta. De um lado a Anvisa propondo a retirada do mercado dos medicamentos – sibutramina e anorexígenos anfetamínicos, como anfepramona, femproporex e mazindol, por recomendação da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), devido a efeitos adversos graves como dependência física e psíquica, ansiedade, taquicardia, hipertensão arterial, entre outros. A posição da Anvisa leva ainda em conta estudos que demonstram que o uso de medicamentos anorexígenos no tratamento da obesidade tem resultados modestos e difícil manutenção, ocorrendo com frequência, a recuperação do peso perdido, de um a três anos após cessado o tratamento.

De outro, entidades profissionais, bem como representantes dos usuários que argumentam que os citados medicamentos são a única alternativa terapêutica para determinados pacientes que não obtém sucesso apenas com mudanças no estilo de vida, incluindo reeducação alimentar, dietas e aumento da atividade física ou para os quais não é recomendada a cirurgia bariátrica. E ainda contestam a posição da Anvisa dizendo que os benefícios são maiores que os riscos.

Segundo ela, a Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) não poderia se omitir desse debate considerando a responsabilidade que os farmacêuticos têm com a saúde de população.” A obesidade é um problema de saúde pública tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento. Segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde em 2008/2009 o Brasil contava com cerca de 38,6 milhões de pessoas com peso acima do recomendado, o equivalente a 40,6% de sua população adulta. Desse total, 10,5 milhões são obesos. Em abril de 2011, o percentual de obesidade chegou a 15%, representando um acréscimo de 3,6 pontos percentuais em cinco anos, já que em 2006 a obesidade atingiu 11,4% da população do país. Estimando-se em 200 mil pessoas que morrem anualmente, na América Latina, em decorrência das complicações da obesidade. Doenças crônicas como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares são exemplos de complicações decorrentes do acúmulo de gordura. Além disso, hipertensão arterial, dores lombares, doença do refluxo gastresofágico, gota e apneia do sono também são patologias encontradas com frequência em obesos”, informa ela.

Para a farmacêutica, as estatísticas comprovam que 58% dos pacientes com diabetes e 21% com cardiopatias isquêmicas têm excesso de peso. Segundo o Consenso Latino-americano de Obesidade o tratamento da obesidade continua produzindo resultados insatisfatórios, em grande parte devido às estratégias equivocadas e ao mau uso dos recursos terapêuticos disponíveis. Já o relatório divulgado pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE), órgão subordinado à Organização das Nações Unidas (ONU), aponta para um aumento de 500% no consumo de anorexígenos no Brasil desde 1998.

“Esse consumo pode ser considerado abusivo e tendo sido estimado em dez doses diárias definidas (DDD) por mil habitantes por dia. Ou seja, para cada grupo de mil brasileiros havia um consumo diário de dez doses de medicamentos anorexígenos. Em contraste, na Europa, na década de 80, o consumo de psicoestimulantes era somente de 0,5 DDD/mil habitantes/dia e em 1993 esse consumo já era considerado tão insignificante, que as quantidades eram insuficientes para o cálculo de DDD. Para enfrentar esta situação a Anvisa tomou iniciativas como a publicação da Resolução RDC nº 58/07, que veda a prescrição, a dispensação e o aviamento de medicamentos ou fórmulas com substâncias psicotrópicas anorexígenas acima das doses diárias recomendadas. Também proíbe associações dessas substâncias entre si e com outros constituintes, seja em preparação separada ou na mesma preparação, frisa. Ela acrescenta que outra medida foi a implantação em 2007 do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) como uma estratégia importante para fortalecer o monitoramento do consumo dessas substâncias pelos órgãos de vigilância sanitária.

Em março de 2010, o relatório do SNGPC, relativo ao ano de 2009, apresentou os dados de 38.500 estabelecimentos farmacêuticos, cerca de 62% da rede privada do país. Foram apresentadas informações de consumo, como por exemplo, de sibutramina, 1.864.880 kg e de femproporex, 1.046.920 Kg, não havendo justificativa para o elevado consumo de cada fármaco, tanto em números absolutos quanto em dose diária prescrita por paciente.

“Resta saber se o consumo destes produtos tem sido feito para atender aquela parcela da população que não responderia satisfatoriamente as formas consideradas mais saudáveis e mais seguras de tratamento, dieta e exercícios físicos e ainda para aqueles que não se recomenda a cirurgia. Entretanto, os números parecem indicar o uso indiscriminado destes produtos possivelmente até por pacientes que não teriam indicação terapêutica. Neste caso, a solução poderia ser um maior controle, sobre a utilização destes medicamentos, por parte da Anvisa na perspectiva da prescrição, da dispensação e do uso mais racional destes medicamentos. Para isso, faz-se necessária, entre outras medidas, uma ação estruturante da assistência farmacêutica em todo o país”.

Na opinião da professora, como estas medidas não resolvem o problema dos graves efeitos adversos manifestados pelos anorexígenos mesmo em situação normal de uso, em doses terapêuticas e para pacientes indicados, uma solução mais definitiva parece-nos que deveria passar pela busca de novos fármacos e novos tratamentos que apresentem melhor eficácia e menores efeitos adversos que os medicamentos hoje conhecidos para que a população possa ter, como é de seu direito, uma alternativa mais efetiva e segura de tratamento.

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