Os deficientes também precisam se divertir!

SOLUÇÕES PARA A GESTÃO DE ACERVOS

Controlar e manter o seu acervo de normas técnicas e de documentos internos e externos sempre atualizados e disponíveis para compartilhamento entre todos os usuários é hoje um grande desafio em diversas organizações por envolver a dedicação e o esforço de vários profissionais. As Normas de Sistemas da Qualidade – série ISO 9000, são rigorosas quanto aos critérios de controle, atualização e disponibilização de documentos corporativos aos seus usuários. Tanto os documentos de origem interna como externa, devem ser controlados para evitar a utilização de informações não-válidas e/ou obsoletas, cujo uso pode trazer sérios problemas aos sistemas, produtos e negócios da empresa. É por isso que a Target Engenharia e Consultoria desenvolveu Sistemas que gerenciam e controlam estes documentos de forma rápida, ágil e segura, facilitando o acesso à informação e ajudando os seus clientes a garantirem suas certificações.

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O Target GEDWeb – Gerenciador Eletrônico de Documentos via Web da Target – é o único Portal Corporativo no mercado que possibilita o gerenciamento de grandes acervos…

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O normas.com.br é a solução mais fácil para você buscar, visualizar e controlar Normas Técnicas NBR, regulamentos técnicos e a várias outras informações técnicas restritas.

Dolores Affonso

Muito se fala na empregabilidade da pessoa com deficiência, na educação inclusiva, na sexualidade, na acessibilidade e mobilidade urbana, no acesso à saúde e até nas adaptações veiculares. Vemos a todo momento, notícias sobre o desrespeito aos direitos das pessoas com deficiência mas, muitas vezes, nos esquecemos de que são seres humanos e possuem desejos, necessidades, medos e alegrias como qualquer outra pessoa. Somos assunto, tema de debates, passeatas e de tratados internacionais, mas queremos ser mais do que isso!

Já diziam os Titãs: “Você tem fome de quê? A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte!”. Sim, queremos acesso também ao esporte, à cultura, ao turismo e ao lazer. Os deficientes também precisam se divertir! Para se ter uma vida plena, é fundamental que isso aconteça.

Ainda há muito o que se fazer quando falamos em esporte adaptado. Não me refiro aqui somente ao esporte na escola ou nos centros e clubes esportivos. Sabemos que precisam ser revistos e investimentos devem ser feitos para que ofereçam a prática real do esporte e possam receber e promover a inclusão pelo esporte. Também não estou me referindo ao esporte profissional ou olímpico, pois é notória a capacidade dos deficientes; basta observarmos as paraolimpíadas e os grandes esportistas que temos no Brasil e no mundo. Na última olimpíada vimos, inclusive, deficientes competindo com pessoas sem deficiência como o sul-coreano Dong Hyun Im, de 26 anos, deficiente visual (baixa visão), que competiu no tiro com arco.

De uma forma geral, é preciso reconhecer a importância do esporte não somente como caminho para a reabilitação, mas como fonte de prazer, diversão. Isso inclui todos os tipos de atividades, artes marciais, esportes radicais etc. Muitas pessoas acham que, por sermos deficientes, não podemos praticar tais esportes. Bom, eu mesma já fiz arvorismo e mergulho e conheço vários deficientes que praticam surf, canoagem, escalada etc.

Outro ponto importante se refere ao turismo. É fundamental que haja rotas turísticas com adaptações, empresas especializadas e cidades preparadas para receber e atender, com qualidade, pessoas com deficiência, tanto nos hotéis e restaurantes, como nos passeios e demais eventos. Como, por exemplo, a cidade de Socorro, em São Paulo, premiada até por órgãos internacionais. Não é perfeita, é verdade, mas está no caminho certo!

Governantes, empresários e a sociedade em geral precisam se dar conta de que as pessoas com deficiência são cidadãos, contribuintes, consumidores e clientes como qualquer um. Viajam, apreciam a gastronomia, o teatro, o cinema, a música e a dança como qualquer pessoa.

Neste contexto, devemos ter atenção aos diversos tipos e opções de lazer, desde o cultural, ou seja, oferecer salas de cinema, peças teatrais, espetáculos, exposições etc. acessíveis, até os mais comuns, como passeios pela natureza e pela noite, como bares, boates, etc. Todos os espaços precisam ser acessíveis. Isso é bem difícil de se ver por aqui. No Brasil, é raro encontrar um museu onde haja possibilidades de um deficiente visual tocar as peças para conhecê-las ou ter audiodescrição das obras expostas, além da falta de acessibilidade física já conhecida nos espaços culturais. No Congresso de Acessibilidade, evento gratuito e online com mais de 30 palestras e entrevistas que ocorre de 21 a 27 de setembro, discutiremos estes temas como forma de promover a qualidade de vida e a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade. Participe! Dê sua opinião!

Dolores Affonso é coach, palestrante, consultora, designer instrucional, professora e idealizadora do Congresso de Acessibilidade – www.congressodeacessibilidade.com

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Depressão sem censura

CURSO TÉCNICO DISPONÍVEL PELA INTERNET

A Manutenção Autônoma – Disponível pela Internet – Ministrado em 11/10/2013

Como conscientizar e habilitar o operador a cuidar adequadamente do equipamento.

Eunice Mendes

Durante muito tempo, para mim esse foi um “peso” que não teve forma, cor, cheiro e sequer nome. Era difícil identificar, apreender o que de fato sentia e não ia bem. Era um não sei quê, que nascia não sei de onde, vinha não sei como e doía não sei por que, mas não era amor, como nos versos de Camões. Pelo contrário. Tinha a ver com aquilo que a psicanálise identifica como seu oposto: a morte.

Hoje, os cientistas reconhecem o problema como uma doença, caracterizada por um conjunto de sintomas devidamente catalogados e à qual chamam de depressão, uma palavra que também caiu no léxico popular e está na boca de todo mundo. O mal do século, o terror da vida produtiva, a suspeita constante que alimentamos a cada vez que um parente ou alguém conhecido, sem maiores explicações ou por algum trauma sofrido repentinamente, é tomado por uma tristeza tão profunda que o transforma em uma sombra de si mesmo. Sim, eu tenho depressão…

Considerada o mal do século XXI, a depressão é uma das doenças que mais desafia a compreensão humana nos dias atuais. Seus sintomas são diversos e, apesar das diferenças de prevalência, atingem todos os grupos sociais, independentemente de cor, raça, idade, sexo, renda e nível de escolaridade, o que a torna um problema de saúde pública de proporções globais.

Dados da Organização Mundial da Saúde – OMS indicam que há mais de 350 milhões de casos de depressão no mundo, 13 milhões deles no Brasil, que já apareceu no topo do ranking mundial de registros da doença entre os países em desenvolvimento. O número de pessoas deprimidas é bem superior, por exemplo, ao dos portadores de HIV, e essa situação já figura entre as principais causas de incapacidade no trabalho – atualmente em quarto lugar e deverá subir para a segunda posição até o início da década de 2020. Contudo, a grande maioria dos doentes, cerca de 75%, sequer recebe tratamento adequado.

Pelos cálculos da OMS, 12% dos períodos improdutivos da vida das pessoas em todo o mundo são consequência direta da depressão, e até 2020 ela será responsável por cerca de 30% da chamada Carga Global de Doenças – CGD. Segundo a OMS, a depressão é responsável por cerca de 850 mil casos de suicídio todos os anos[3], o que equivale a mais de 2. 300 mortes por dia e 38 a cada hora.

No meu caso, acredito que tive depressão a vida inteira, mas ela apareceu com toda força aos 27 anos, logo após a morte de meu pai, vítima de um acidente de carro. A dificuldade de lidar com o ocorrido colocou-me como mais um dígito nas estatísticas que referem ser a perda de entes queridos uma das principais causas da doença. Mas vivenciar esse momento com toda a carga de sofrimento que ele impõe não foi tão simples e asséptico assim. Que me perdoem os matemáticos, mas ainda não foi inventado um número capaz de traduzir a equação da vida. Alguém já disse que essa é uma conta que não fecha.

Foi um golpe muito duro deixar de conviver com a pessoa que me deu a vida. Não me refiro à biológica, mas aquela que construí guiada por sua doce regência. Esse era meu pai. Um verdadeiro maestro do bem viver. Durante os seis meses que se seguiram a essa perda, andava pelas ruas sem rumo, com vontade de me atirar na frente dos carros, sofrendo pela ausência de meu pai. Como é a morte? Terá ele sofrido? Encontrou-se com Deus?

Nada fazia sentido, e isso provocava em mim uma ansiedade constante. Repassava obsessivamente tudo o que vivera e me transformei numa caçadora impiedosa dos meus erros. Não demorou e comecei a ter insônia. Quando dormia, tinha pesadelos horríveis.

Minha mente era o maior dos algozes, como se precisasse ser punida a qualquer preço. Um profundo sentimento de culpa começou a tomar conta de mim, acompanhado de pensamentos recorrentes, obsessivos, exagerados. Parecia uma gravação defeituosa que voltava sempre ao mesmo lugar: “Por que não salvei meu pai?”. Eu me sentia devedora de uma dívida impagável.

A depressão estava comigo, viva, mostrando seus dentes de chumbo. E eu paralisada, morrendo de medo, sem ânimo para fazer absolutamente nada. Nunca me senti tão só na vida, insegura, fragilizada… A minha vida parecia menos que nada; o vazio me abraçava sem dó. Eu só queria dormir e morrer. Acordar era uma violência.

Com o tempo, meus dias foram tomados pela sensação extrema de impotência e profunda apatia. Queria ficar isolada do mundo e só tinha olhos para minha dor. Era como se minha alma tivesse me abandonado. Não queria dar explicações a ninguém, pois sentia que não seria compreendida. Quando o melhor lugar para se viver é em cima de uma cama durante as 24 horas do dia, algo está muito errado.

Na verdade, meus sentimentos eram antagônicos. Eu me isolei, não queria que ninguém me procurasse, mas, ao mesmo tempo, sentia falta da atenção dos amigos e, principalmente, da certeza de que alguém se preocupava comigo. Não precisavam dizer nada, apenas ficar perto de mim. Quem sabe trazer uma sopa quentinha, chocolates, conversar sobre banalidades… Bastava estarem ali, como anjos-da-guarda.

Por sorte, tenho amigos e familiares amorosos e atentos. Foi o amor e a compaixão deles que me salvaram da morte. Principalmente à noite, nos intermináveis fins de semana, eles chegavam e cumpriam um ritual: abriam as janelas, limpavam a casa, trocavam os lençóis, acendiam incensos, cozinhavam, traziam frutas frescas, cantavam, faziam massagem em mim e me contavam as novidades. Eram relatos descontraídos que abrangiam desde o tradicional papo de elevador, como a situação do tempo lá fora, até planos e projetos pessoais. Isso tornava meu dia mais leve.

Havia, porém, aquelas pessoas que queriam dar conselhos fora de hora, sem observar que eu estava doente e não tinha condições de ouvir nada, muito menos reprimendas. Desfiavam um rosário de frases feitas sem a menor cerimônia: “Você precisa ter força de vontade”; “Isso é frescura”; “Isso é falta do que fazer”; “Saia mais de casa”; “Isso é só carência afetiva”; “Você não tem motivos para se sentir assim”; “Cadê aquela mulher guerreira?”.

Não sabia nem mesmo quem eu era, quanto mais onde estava minha porção guerreira! Sentia como se minha vontade de viver tivesse mudado de casa e não houvesse nada para pôr em seu lugar. Não sabia o que tinha nem o que fazer, mas percebia nitidamente e sentia na pele a ignorância, a falta de empatia e o preconceito social dirigidos a quem, por algum motivo, não responde às demandas do mundo à sua volta.

Em alguns momentos isso é tão revoltante que até dá vontade de sair na rua portando um cartaz imenso com a frase: Depressão é doença. Ela existe e é uma ameaça à vida!

Pacientes com transtorno mental necessitam de paciência, empatia e compreensão das pessoas próximas, caso contrário, além da doença, precisarão carregar a frustração de não conseguir satisfazer as expectativas de quem acha que é tudo uma questão de boa vontade. E não é. O deprimido não é covarde; ele está doente.

Foram três anos de suplício sem nenhum tipo de ajuda psiquiátrica. Eu acreditava que poderia dar conta do problema sozinha, o que é um grande equívoco. Meu diagnóstico foi preciso: depressão unipolar severa, ou seja, o último grau da doença e, além de tudo, crônica. Isso significa que terei de lutar contra a depressão e tomar remédio pelo resto da vida. Quando recebi a confirmação, foi como ter a pele marcada com ferro em brasa e passar a lidar com algo que não pode ser apagado, uma espécie de sina ou sentença perpétua.

Encontrar a medicação correta, por sua vez, foi uma verdadeira Via Crucis. Entrava e saía de consultas, mas os remédios me faziam muito mal. Provocavam efeitos colaterais desagradáveis, como sonolência, boca seca, tonturas, obesidade e um desânimo atroz. Alguns acentuavam os sintomas da depressão e pensamentos suicidas. Não obstante, minha vontade de extinguir aquele incêndio era tão forte que prometi a mim mesma não desistir. Foi essa promessa que me deu forças para não desabar e seguir em frente.

É muito importante deixar claro que a culpa não é dos especialistas. Em geral leva-se algum tempo até definir o tratamento correto. Daí a importância de persistir na busca de uma solução.

Passei por vários estágios em relação à doença. O primeiro sentimento foi de incredulidade e espanto. O segundo a emergir foi a negação: “Não tenho nada”. Depois, a agressividade e a raiva: “Por que eu?”, “O que fiz para merecer isso?”, “Por que estou sendo punida?”. Nessa fase de revolta, o olhar fica todo voltado para dentro, regido por sentimento profundamente egoico.

Após mais algum tempo, iniciou-se o processo de aceitação, resultando em mudança no ponto de vista da pergunta desoladora: “Por que não eu?”, “O que isso que está acontecendo quer me mostrar?”, “Qual o sentido da depressão em minha vida?”, “O que necessito aprender?”, “Que lastro de humanidade preciso resgatar?”.

Então, manifestou-se o desejo de continuar viva: “Vou mais é procurar me tratar, mesmo que isso demande muito tempo”, “Só eu posso fazer isso por mim”, “Essa vontade é a única chance que tenho de sobreviver”.

Prossegui com minhas buscas até que uma psiquiatra me receitou um antidepressivo de última geração. Em pouco mais de vinte dias, tudo mudou. Foi como tirar a depressão com a mão! A apatia, a angústia e a falta de apetite simplesmente desapareceram. O olhar ganhou força, a voz readquiriu expressividade, os pensamentos atormentados não eram mais tão intensos.

Além do tratamento psiquiátrico a médica estimulou-me a fazer terapia, iniciando assim um tratamento casado que fortaleceu meu processo de recuperação. É preciso muito esforço para retomar a alegria e a vontade de viver que a depressão leva embora. Todo tsunami causa estragos, mas existe aquele momento em que os escombros são removidos e nos damos conta de que estamos vivos.

Vivemos em um mundo que persegue a felicidade a qualquer preço, mas não nascemos com um manual de sobrevivência na barriga. Precisamos confiar em nossa capacidade de superar angústias, dores, acalmando-as por meio dos tratamentos adequados, e, sobretudo, não desistir nunca. Coragem e esperança são requisitos fundamentais para viver e sobreviver.

Eunice Mendes é atriz, pedagoga e especialista em comunicação empresarial há mais de 30 anos com três livros publicados – www.eunicemendes.com.br

Para reduzir custos, não priorize a redução de custos

GLOSSÁRIO TÉCNICO GRATUITO

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de Espanhol para Português

Eduardo Moura

Esse mundo está cheio de paradoxos, e esse aí do título é mais um deles, de particular importância no mundo empresarial. O problema dos paradoxos é que normalmente não estamos cientes deles. Em parte isto ocorre porque os paradoxos via de regra se sustentam em paradigmas – aquelas premissas que assumimos como totalmente válidas e que nunca questionamos.

Bem, permitam-me questionar brevemente um paradigma bastante popular ensinado por aí: a formulinha Preço-Custo=Lucro e a conclusão lógica à qual ela leva: “portanto, se o preço é uma constante dada pelo mercado, nossa única saída para aumentar o lucro é reduzir o custo”. E a partir daí, desde os mais altos escalões do Olimpo Corporativo, dispara-se uma pressão desenfreada para reduzir custos, com especial ênfase em períodos de crise no mercado.

para-reduzir-custos-nao-priorize-reducao-de-custosUsualmente, a primeira medida, quase que automática, é demitir mão de obra” (evidentemente não é cogitado o potencial problema de que junto com cada par de mãos também vai embora da empresa um cérebro, com todo o seu conhecimento e potencial criativo). Outra ação bastante utilizada é o “downsizing” ou sua versão eufemística, o “rigthsizing”: elimina-se todo item (peça, transação ou produto) cujo “custo unitário de produção” é maior do que o preço de compra lá fora, com as correspondentes demissões e fechamento de áreas produtivas e unidades de negócio. E todo um rosário de providências que chegam a detalhes mundanos como eliminar o gasto com bolachas e cafezinhos, e até comprar papel higiênico mais barato.

Mas se pararmos pra pensar, será possível constatar que aquela fórmula envolve algumas premissas furadas. Em primeiro lugar, a noção de que o preço do produto é uma constante de mercado, cujo valor seria um “preço justo” que recompense a empresa pelo custo que teve ao fabricar o produto.

Entretanto, esse é um enfoque restrito, enclausurado dentro das fronteiras da própria empresa. Porque na verdade quem mete a mão no bolso é o cliente, e a decisão de fazê-lo está totalmente baseada na sua particular percepção do valor que o produto tem para satisfazer suas necessidades, não tendo absolutamente nada a ver com a matemática de levantamento do custo unitário de manufatura e da margem de lucro que queremos obter. Portanto, se expandirmos a visão para o mercado lá fora, imediatamente reconheceremos que há diferentes segmentos e nichos de mercado, com diferentes percepções de valor (e se não há, podemos criá-los!). Veremos que estamos perdendo vendas em segmentos cujos clientes não podem pagar o “preço justo”, e perdendo lucro em segmentos que acham o “preço justo” uma verdadeira pechincha diante do benefício que o produto lhe traz.

E se o nosso produto é uma “commodity” e/ou se a concorrência é feroz, uma saída muito mais promissora é mobilizar a criatividade de marketing e engenharia para gerar diferenciação e aumento da percepção de valor, do que tentar espremer cada centavo do custo. Em segundo lugar, o próprio conceito de “custo unitário do produto” é uma falácia, ainda que esta afirmativa possa ser chocante para muitos, como foi pra mim um dia, ao ler o livro “The Haystack Syndrome” (A Síndrome do Palheiro), de Goldratt.

Existe custo de matéria prima ou de serviços contratados, porque pagamos para os fornecedores dos mesmos; custo de aluguel, porque pagamos para o proprietário do imóvel; custo laboral, porque pagamos para os colaboradores. Mas não fazemos pagamentos para o produto. O produto não tem conta bancária… O custo do produto é uma entidade estabelecida através de um intrincadíssimo exercício de alocação de custos fixos, com base em critérios dúbios tais como custo da “mão-de-obra direta” por unidade de produto (quando na verdade não pagamos aos trabalhadores por peça produzida), custo do metro quadrado por unidade de produto (quando na verdade o pagamento do aluguel não é proporcional à quantidade de produtos que saíram da fábrica), custo administrativo por unidade de produto (quando na verdade o salário mensal da gerência e demais gastos administrativos não tem nada a ver com o volume de produção), etc.

Esta técnica funcionou muito bem no início da Revolução Industrial, como ferramenta para tomar decisões relativas à diversificação do portfólio de produtos, mas só era válida como aproximação, numa época em que a despesa operacional (“overhead” fixo) era pequena comparada aos custos variáveis diretamente proporcionais a cada unidade produzida. Hoje ocorre exatamente o oposto: na grande maioria dos casos o “overhead” é uma parcela pesada (se não a maior) do custo total, o que invalida a aproximação e distorce completamente nossa percepção da realidade, levando-nos a tomar decisões prejudiciais para o negócio! Ainda utilizado e venerado como vaca sagrada da administração, o “custo do produto” é na verdade um fantasma contábil que vive nos assombrando! Mas isso é assunto para um outro artigo…

E finalmente a tal fórmula, ao direcionar nosso pensamento sobre o “lucro unitário”, nos desvia do pensamento sistêmico, isto é, o que acontece no sistema de negócio como um todo. Por exemplo, não se leva em conta o aumento do lucro global que pode resultar de um maior volume de unidades vendidas, de produtos atuais ou novos.

É tragicamente comum constatar que na grande maioria dos casos os esforços de “melhoria” organizacional têm sido quase que exclusivamente direcionados à redução de custos. Essa é uma genuína praga empresarial. Por exemplo, grassa por aí a baboseira de que um projeto de melhoria Seis Sigma deve gerar “savings” de US$ 100.000 por ano, ou algo similar. Tal aberração do MBO (Management by Objectives) pode, por exemplo, barrar ou penalizar um projeto de melhoria que esteja direcionado ao aumento da satisfação e fidelidade dos clientes, mas cujo impacto sobre a redução de custo é nulo ou intangível. Sem mencionar que seria tabu sequer pensar num projeto de melhoria que propusesse aumentar o custo, de modo que no final gerasse maior capacidade de vender.

Resumindo, esse foco xiita sobre a redução de custo, além de equivocado em suas premissas básicas, acaba trazendo sérios efeitos negativos. E o pior deles é que desvia o foco em relação ao cliente e sua satisfação, pois todos passam a olhar estritamente para os aspectos de custo da operação interna, e não para o impacto que a mesma tem sobre o mercado, sem mencionar a busca de novas oportunidades lá fora.

Além do mais, enquanto que o limite para aumentar a satisfação dos clientes e as vendas só depende de nossa imaginação e criatividade, há um limite prático para a redução de custo, além do qual já eliminamos toda gordura organizacional e passamos a comprometer a capacidade da empresa responder ao mercado. É como a história do cidadão que queria economizar e passou a dar cada vez menos alfafa para seu cavalo, até um dia encontrá-lo morto e levantar um lamento: “Puxa, justo agora que ele estava acostumando a viver sem alfafa…”. Afinal de contas, cabe a pergunta: montamos toda essa parafernália que chamamos de empresa com o objetivo de sacar “savings” ou de gerar “earnings”? Contrastando a resposta óbvia com a prática corriqueira, é altamente provável que em nome do “saving” estejamos perdendo enormes oportunidades de “earning”!

Mas então onde está a saída? Qual seria um caminho melhor? Parece-me que não há outro que não seja aumentar drasticamente a eficiência na maneira pela qual criamos valor para os clientes. Isso envolve identificar e tratar o problema central que hoje nos impede de vender mais; padronizar de maneira integrada todos os processos de negócio, instituindo um fluxo contínuo de geração de valor de ponta a ponta na empresa; reduzir a variação e instabilidade nos processos chave para a satisfação do cliente; eliminar da cadeia de processos todo tipo de desperdício, de modo a reduzir o “time-to-market” e o “time-to-cash”. E ao longo deste caminho vamos explorando as verdadeiras oportunidades de redução de custo. Esta abordagem está anos-luz à frente da malfadada ênfase prioritária na redução de custo. Seu único inconveniente é requerer um questionamento e renovação de paradigmas administrativos fortemente enraizados…

Eduardo Moura é diretor da Qualiplus Excelência Empresarial – emoura@qualiplus.com.br

Aprendendo a se posicionar no mercado. Você está onde queria?

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imageSeu posicionamento é algo muito pessoal e define quem você é no mercado. Tome sua posição.

Posicionamento é um conceito muito usado em marketing e significa, resumidamente, o lugar em que você está ou quer estar no mercado. Ter o seu posicionamento definido é de extrema importância, afinal, é isso que decidirá a forma como você será reconhecido no mercado de trabalho – tanto pelos seus clientes quanto pelos seus concorrentes, – assim como a visão que a mídia e os jornalistas terão de você e retratarão o seu trabalho.

Madalena Feliciano, diretora de projetos da Outliers Careers, comenta que marketing significa promover, divulgar e vender um produto ou serviço e, acima de tudo, construir uma marca. E é isso o que você fará com a sua carreira ao se posicionar no mercado: promoverá sua marca, saberá seus objetivos, como se portar frente a dificuldades, etc.

“Infelizmente, vejo que muitos bons profissionais se perdem na carreira porque não têm um posicionamento definido. Atiram para todos os lados e não conseguem concentrar sua energia no que realmente lhes interessa”, comenta a especialista. A partir do momento em que você tem um bom posicionamento, você é reconhecido no mercado e tem maiores chances de se tornar uma referência no assunto.

Mas, como definir um posicionamento? Para isso, é preciso atenção, vontade e dedicação para elementos diversos. “Para um bom posicionamento você precisará fazer um montante de escolhas pessoas e profissionais, exteriorizá-las e torná-las palpáveis e concretas. As características de uma empresa bem posicionada já estão dentro do próprio gestor, por isso, antes de tudo, você precisa se concentrar nas suas características pessoais, por exemplo, qual a sua missão de vida? Quais são seus desejos? Qual a razão de fazer o que você faz? Quais problemas você gosta – e deseja – resolver?”, explica Madalena.

A especialista ressalta que o profissional tem que respeitar o que lhe dá prazer e buscar fazer aquilo que lhe traz felicidade. “Você tem algum talento ou dom? Respeite-o e use-o a seu favor. Aquilo que se faz respeitando o dom pessoal tem melhores resultados, dá maior satisfação e menos desgaste – afinal, você tem aptidão para isso”, comenta.

Respeite e relembre tudo o que aprendeu com suas experiências profissionais e use as lições aprendidas. “Ter foco, ser pontual, buscar resultados, respeitar o tempo de trabalho, etc. Cada emprego oferece uma série de deveres e obrigações a serem cumpridos, – e eles sempre irão te ensinar algo”, ressalta.

Para ser diferenciado no mercado, repense quais são as suas virtudes, valores e principais características. “São essas qualidades que irão distinguir sua atuação no mercado ou sua marca. Suas virtudes são aqueles pontos chaves que farão você ser reconhecido”, diz Madalena. O sucesso é um equilíbrio entre suas principais características e aquilo que falta no mercado e, a partir do momento em que você harmoniza o que tem dentro de si com o que falta no mercado, você tem mais chances de obter sucesso, sentir-se realizado com sua profissão e terá o reconhecimento do público – que também saberá qual é o seu posicionamento.

ISO Survey 2013

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A ISO publicou os resultados do ISO Survey 2013, um estudo anual que mostra o número de certificados emitidos para as normas dos sistemas de gestão. Um resumo dos dados estatísticos é mostrado na tabela abaixo.

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Mais uma vez, a edição de 2013 demonstra o crescimento global para todas as sete normas de sistemas de gestão ISO abrangidas pela pesquisa, com um aumento de 4% no número de certificados emitidos em todo o mundo. Na tendência do ano passado, três setores apresentaram crescimento constante, nomeadamente a gestão da segurança da informação (ISO/IEC 27001) e de gestão de alimentos (ISO 22001), respectivamente ostentando um 14% e 15% de aumento na certificação, enquanto o setor dos dispositivos médicos (ISO 13485) apresentou, igualmente, um incremento de 15%. Surpreendentemente, os EUA ficou no topo das certificações de dispositivos médicos, que era dominado pela Europa, conseguindo uma parte substancial de 60% do mercado.

Algumas normas emblemáticas da ISO estão indo bem, embora estes mercados, que decolou no início da década de 1990, estejam a atingir gradualmente a maturidade. A ISO 9001, a norma líder em gestão da qualidade, continuou a apresentar um crescimento muito respeitável (3%), enquanto a ISO 14001 para gestão ambiental registrou 6%, uma queda de 3% no ano passado. Apesar dos progressos modestos, no entanto, a ISO 9001 continua a ser popular com o aumento da área de influência em 187 países.

Em ascensão, a ISO 16949 para o setor automotivo registrou um aumento estável de 7%, enquanto norma de gestão de energia ISO 50001 ainda está em grande demanda após seu impressionante crescimento em 2012, com uma progressão sólida de 116%. Tal como no passado, o mercado para este setor é amplamente dominado pela Europa, principalmente na Alemanha.

Pode-se afirmar que o mercado asiático ainda lidera este ano, dominado pela China e, em menor escala, pelo Japão, enquanto a Europa vem em segundo lugar, liderado principalmente pela Itália e Alemanha. Como a maior economia da Ásia, a China mantém-se fiel às normas de sistema de gestão estabelecidas, para os números de certificados emitidos em ISO 9001, ISO 14001, ISO 22000 e ISO/TS 16949.

As certificações para a indústria automobilística ISO/TS 16949 foi muito bem representada pela Ásia, como mais de 60% dos certificados emitidos, refletindo um mercado saudável da região para as peças automotivas. Da mesma forma, as gestão da segurança da informação, a norma ISO/IEC 27001, teve um bom desempenho no Japão e na Índia, a nova potência tecnológica.

Ressaltando as preocupações ambientais mundiais, a ISO 14001 de gestão ambiental registrou um aumento de 20% em várias regiões – com a China assumindo a liderança para o número de certificados emitidos – o que sugere um potencial duradouro para o crescimento nos próximos anos. Igualmente promissora, a ISO 22000 para a gestão de alimentos mostrou bom desempenho em todas as regiões, com uma taxa de crescimento notável de 17% na Europa.

Finalmente, como a falta de energia surgiu no horizonte global, houve um aumento muito grande na certificação ISO 50001, um crescimento pelo segundo ano consecutivo. A Europa ficou na frente com uma quota de mercado de 82%, liderada pela Alemanha ainda fortemente influenciada pelos regulamentos nacionais de energia.

A Pesquisa da ISO deste ano refletiu um status quo em tendências econômicas globais, confirmando o dinamismo dos mercados asiáticos em relação a uma Europa mais estável. Mas os números também indicaram um crescente entusiasmo entre os mercados de trabalho de baixo custo, mais uma vez, liderados pela Índia. Com 1.564.448 certificados emitidos em todo o mundo, um pequeno aumento em 2012, a pesquisa confirmou que as normas de sistemas de gestão ISO continuam a preencher uma necessidade que o mercado mais precisa. Abaixo segue um resumo dos principais resultados.

ISO 9001: 2008

Apresenta os requisitos para sistemas de gestão da qualidade. Essa certificação é utilizada nas cadeias de abastecimento globais para fornecer garantias sobre a capacidade de os fornecedores satisfazer os requisitos de qualidade e aumentar a satisfação do cliente em relação ao fornecedor cliente.

Até o final de dezembro de 2013, pelo menos, 1.129.446 certificados foram emitidos em 187 países e economias, três a mais do que no ano anterior. O total de 2013 representou um aumento de 3% (32.459) em comparação ao ano de 2012. Os três melhores países para o número total de certificados emitidos foram China, Itália e Alemanha, enquanto os três primeiros para o crescimento do número de certificados em 2013 foram a Itália, Índia e EUA.

ISO 14001: 2004

Essa norma apresenta os requisitos para sistemas de gestão ambiental e manteve a sua relevância global para as organizações que desejam operar de forma ambientalmente sustentável. Até o final de dezembro de 2013, pelo menos 301.647 certificados foram emitidos em 171 países, um crescimento de 6% (16.993). Os três melhores países para o número total de certificados emitidos foram China, Itália e Japão, enquanto os três primeiros para o crescimento do número de certificados em 2013 foram China, Itália e Índia.

ISO/TS 16949: 2009

Essa norma apresenta os requisitos para a aplicação da ISO 9001: 2008 para os fornecedores do setor automotivo. Até o final de dezembro de 2013, pelo menos 53.723 foram emitidos em 84 países e economias, um crescimento de 7% (3.652). Os três melhores países para o número total de certificados foram a China, a Coreia do Sul e a Índia, enquanto os três primeiros para o crescimento do número de certificados em 2013 foram China, Índia e a República da Coreia.

ISO 13485: 2003

Essa norma apresenta os requisitos de gestão da qualidade para o setor dos dispositivos médicos para fins regulatórios. Até o final de dezembro de 2013, pelo menos 25.666 foram emitidos em 95 países e economias, um crescimento de 15% (3.349). Os três melhores países para o número total de certificados emitidos foram os EUA, Alemanha e Itália, enquanto os três primeiros para o crescimento do número de certificados em 2013 foram os EUA, China e Grécia.

ISO/IEC 27001: 2005

Essa norma apresenta os requisitos para sistemas de gestão de segurança da informação. No final de dezembro de 2013, pelo menos 22.293 certificados foram emitidos em 105 países e economias, um crescimento de 14% (2.673). Os três melhores países para o número total de certificados emitidos foram o Japão, Índia e Reino Unido, enquanto os três primeiros para o crescimento do número de certificados em 2013 foram a Itália, Índia e Reino Unido.

ISO 22000: 2005

Essa norma apresenta os requisitos para sistemas de gestão da segurança alimentar. Até o final de dezembro de 2013, pelo menos 26.847 certificados foram emitidos em 142 países e economias, um crescimento de 15% (3.569). Os três melhores países para o número total de certificados e crescimento do número de certificados em 2013 foram China, Grécia e Índia.

ISO 50001: 2011

Essa norma apresenta os requisitos para sistemas de gestão de energia. Até o final de dezembro de 2013, pelo menos 4.826 certificados foram emitidos em 78 países e economias, um crescimento de 116% (2.590). Os três melhores países para o número total de certificados e crescimento do número de certificados em 2013 foram a Alemanha, Reino Unido e Itália.

Aprenda a proteger dados sensíveis e aplicações web

CURSO TÉCNICO DISPONÍVEL PELA INTERNET

A Manutenção Autônoma – Disponível pela Internet – Ministrado em 11/10/2013

Como conscientizar e habilitar o operador a cuidar adequadamente do equipamento.

Leandro Alencar

Segundo o Gartner, os gastos globais com segurança da informação chegarão a US$ 71,1 bilhões em 2014, um aumento de 7,9% em relação a 2013. Em 2015, esse mercado movimentará US$ 76,9 bilhões, principalmente em serviços que terão o uso crescente de dispositivos móveis, cloud e mídias sociais. Como dá para notar, o segmento será um dos impulsionadores da área de TI no próximo ano e perguntas recorrentes como “Estamos realmente seguros?” “Nossos investimentos foram corretos?” e “Onde mais posso investir?” permearão a vida do profissional de TI.

Antes de mais nada, segurança da informação é um conjunto de dados relacionado ao sentido de preservar o valor que possuem para um indivíduo ou uma instituição. As características primordiais desta modalidade são atributos de confidencialidade, disponibilidade, integridade e autenticidade, abrangendo sistemas computacionais, informações eletrônicas ou sistemas de armazenamento.

É sempre bom ressaltar que as empresas fazem, ou já fizeram, investimentos em soluções como Firewalls, Sistemas de Detecção de Intrusão (IPS), filtro de conteúdo web e de e-mail, porém essas mesmas companhias investidoras negligenciam  outras proteções a camada de aplicação. Por exemplo, sistemas ERP, SharePoint, sistemas de RH, sites de e-commerce, web sites, entre outros tipos de aplicações web.

Geralmente estes sistemas são baseados em uma aplicação e suas informações são armazenadas em um banco de dados e/ou servidores de arquivos. Para proteger esses dados, e como forma de impedir consultas não autorizadas, como ataques por vulnerabilidades de plataforma de banco de dados e/ou execução de códigos SQL (SQL Injection), é necessário realizar auditoria de todo acesso ou modificação nestas informações sigilosas.

Em cenários como estes é recomendável o uso de soluções de DataBase Security, que audita todo o acesso por usuários privilegiados e aplicações, alerta ou bloqueia ataques de banco de dados e pedidos de acesso irregulares, em tempo real, detecta as vulnerabilidades de banco de dados reduzindo a janela de exposição, identificar os direitos de usuário excessivos para dados sensíveis, além de acelerar a resposta à incidentes e investigação forense.

Para os aplicações web é necessária uma camada extra de segurança, por isso é recomendado o uso de Web Application Firewall (WAF), que é capaz de interagir e entender melhor o funcionamento das aplicações, podendo assim proteger contra ataques mais avançados e sofisticados, nos quais o “invasor” pode se aproveitar, por exemplo, de identidades válidas e se passar por um usuário legítimo, tendo assim, a partir da aplicação, o acesso a base de dados. Soluções tradicionais de segurança de rede como firewalls, next generation firewalls e IPS não conseguem prover visibilidade e a granularidade necessária a proteger ataques avançados contra aplicações web.

Dessa maneira, vale investir em soluções de WAF e DBSecurity que entre os seus benefícios estão o de alertar ou bloquear solicitações de acessos baseado no comportamento da aplicação, a tentativa de explorar oportunidades conhecidas e desconhecidas, violar as políticas corporativas, pesquisar sobre as ameaças atuais, proteger vulnerabilidades das aplicações web através da integração com scanners de vulnerabilidades, reduzindo a janela de exposição e impacto até que sejam feitas as devidas correções, auditar todo o acesso por usuários privilegiados e aplicações, alertar ou bloquear ataques de banco de dados e pedidos de acesso irregulares (em tempo real), detectar as vulnerabilidades de data centers, identificar os direitos do usuário excessivos para dados sensíveis, e por último, acelerar a resposta à incidentes e investigação forense.

Portanto, é preciso que as empresas tenham ciência que não estão e nunca estarão 100% seguras. Devemos pensar em um conceito de  segurança em camadas, protegendo desde a parte física até a parte a aplicação para assim tentar ficar um passo a frente do cyber crime.

Leandro Alencar é gerente de Solution Center da Divisão de Plataformas da Sonda IT.

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MASP: solucionando os problemas de natureza administrativa

COLETÂNEAS DE NORMAS TÉCNICAS

Coletânea Série Resíduos Sólidos

Coletânea Digital Target com as Normas Técnicas, Regulamentos, etc, relacionadas à Resíduos Sólidos!
Saiba Mais…

Coletânea Série Segurança Contra Incêndios

Claudemir Oribe

Imagine a seguinte situação: você precisa de um documento em algum órgão público, uma certidão por exemplo. Lá você é informado que o documento será entregue em duas semanas. Na verdade você precisa dele imediatamente, mas mesmo assim, acaba aceitando o prazo. Passado o prazo, você volta ao local e, ao retirar a certidão, percebe que um dado está errado!

Problemas desse tipo são relativos a processos administrativos. E não são exclusivos a organizações públicas. Empresas privadas possuem uma infinidade de processos administrativos demorados e apinhados de problemas de toda ordem, nas áreas de Comercial, Compras, RH, Serviços Gerais, Comunicação, Jurídica, Financeira, Portaria etc, incluindo, evidentemente, na própria gestão, como ocorre em processos de aprovação.

Diferentemente dos processos industriais, os processos administrativos são muito mais susceptíveis a erros, pois dependem muito mais da precisão humana. Pessoas não são máquinas. A atenção, a memória, a motivação, a fadiga e outros fatores variam enormemente durante um dia de trabalho, ao longo da semana, do mês, do ano e até ao longo da nossa vida profissional.

A tolerância ao erro varia dependendo do trabalho e de quem solicita, devido a um mecanismo comportamental que limita o potencial humano, às vezes de forma inconsciente. Enfim, problemas acontecem a todo o momento e em vários níveis de gravidade e frequência, pois o trabalho não é realizado com a racionalidade imaginada.

A questão essencial  é que todo trabalho é um processo e, como todo processo, é composto por alguns componentes sempre presentes. No início existem as Entradas, que são os insumos e que alimentam o processo. Em processos administrativos, as entradas são basicamente documentos e informações que, se não estiverem conforme necessário, comprometem o resultado final.

No Processo propriamente dito, estão presentes: os recursos, como móveis, instrumentos, software e equipamentos de informática; as pessoas com suas aptidões e competências; os métodos, que são as maneiras com que as coisas são feitas; os padrões de desempenho, na forma de objetivos, metas e referenciais de resultado; e a gestão, que trata do monitoramento das atividades. Todos esses elementos, se não forem definidos, estruturados e executados de forma a produzir o resultado desejado, minam a capacidade do processo de cumprir seu propósito final.

Finalmente, temos as Saídas que consiste naquilo que se esperava obter, bem como os atributos intrínsecos em termos de qualidade, custo, prazo e satisfação das partes envolvidas. Um problema de processo administrativo é aquele que não cumpre algum desses atributos e, portanto, não consegue satisfazer alguma das partes interessadas.

Como todo processo, os administrativos também têm seus problemas e causas típicas, como: transposição de dados de documentos manuscritos; longo prazo ou fila de espera; indefinição de métodos, meios e critérios; sistemas informáticos, que podem conter erros de programação que, via de regra, são difíceis de serem descobertos. Além da qualidade, a produtividade pode ser um grande alvo de ações de melhoria, haja visto que problemas se alimentam da estrutura, consumindo tempo e recursos, sem necessariamente agregar nada.

O MASP pode ser empregado para a resolução de problemas administrativos se algumas poucas adaptações forem feitas em suas etapas e nas ferramentas. Na etapa de Identificação do Problema é importante que o problema seja reconhecido e escolhido com cuidado e em consenso, pois é muito fácil associar o problema a pessoa, o que pode gerar constrangimentos. Durante a investigação de causas, essas pessoas se sentirão expostas e vulneráveis.

O temor de serem punidos pode acarretar uma enxurrada de desculpas, esquivos e enquistamento, o que não contribui em nada para o processo de análise. Por isso, a coordenação do trabalho deve reforçar constantemente o objetivo, o foco no processo e não sobre pessoas e a impessoalidade da análise, evitando talvez citar nomes e pessoas.

Durante a etapa de Análise as entrevistas cumprirão um papel relevante como técnica de coleta de informações para compreender o que funciona e o que não funciona no processo. Por isso, a composição do grupo deve ser variável, incluindo pessoas a medida que a própria análise exigir. Não se deve discutir a atividade de alguém ausente.

Com relação às ferramentas, algumas são bem adequadas a problemas administrativos. O fluxograma é uma das ferramentas da qualidade e que tem um potencial especial pois permite visualizar o roteiro de execução do processo com muita facilidade.

É comum elaborar um fluxo antes da melhoria e confrontar com o de depois da melhoria devendo, este último, ser mais simples, mais rápido, com menos tarefas, menos interações funcionais e, evidentemente, menos erros. A coleta de dados pode ser feita com folhas de registros/listas de verificação, em que as pessoas anotam a ocorrência de fenômenos ou resultados parciais para servir como elemento de comparação e evidência de fatos relevantes.

Finalmente, não se pode esquecer que um processo administrativo ocorre num ambiente social, o que requer uma boa dose de delicadeza para ser corrigido. O potencial de reações adversas e indesejáveis não deve ser, de forma alguma, negligenciado. Uma intervenção mal feita pode facilmente piorar o estado das coisas.

A adoção de conceitos de gestão da mudança (change management) é fortemente recomendada, haja visto que, ao contrário de máquinas, as pessoas precisam ser convencidas das mudanças. Afinal, é sempre preferível ter as pessoas como parte da solução do que parte do problema.

Referências

ORIBE, Claudemir Y. Quem Resolve Problemas Aprende? A contribuição do método de análise e solução de problemas para a aprendizagem organizacional. Belo Horizonte, 2008. Dissertação (Mestre em Administração). Programa de Pós-Graduação em Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

MEIRELES. Manuel. Ferramentas Administrativas para Identificar, Observar e Analisar Problemas. São Paulo: Arte & Ciencia, 2001.

Claudemir Oribe é mestre em administração, consultor e Instrutor de MASP, Ferramentas da Qualidade e Gestão de T&D –  claudemir@qualypro.com.br

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Higiene bucal: brasileiros ainda têm dificuldades para passar o fio dental

NORMAS COMENTADAS

NBR 14039 – COMENTADA
de 05/2005

Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Possui 140 páginas de comentários…

Nr. de Páginas: 87

NBR 5410 – COMENTADA
de 09/2004

Instalações elétricas de baixa tensão – Versão comentada.

Nr. de Páginas: 209

NBR ISO 9001 – COMENTADA
de 11/2008

Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Versão comentada.

Nr. de Páginas: 28

Marcelo Sarra Falsi

Apesar do grande número de informações acessíveis nos dias de hoje, ainda é possível se notar o quanto o uso do fio dental é “lembrado”, mas ainda abandonado nos hábitos de higiene oral dos brasileiros. Para a população, escovar os dentes é primordial, porém, se esquecem de que o fio dental na verdade é o maior aliado das cerdas das escovas – que neste caso, dificilmente atingem os diversos espaços localizados entre os dentes. É aí também onde menos enxergamos que se acumulam as placas, responsáveis pela enorme presença bacteriana causadora de cáries, gengivite, entre outros problemas bucais e no restante do corpo.

Em um estudo realizado em 2013, no Instituto CIOB – um centro de desenvolvimento de pesquisa aplicada – pudemos avaliar que a informação sobre o uso praticamente exclusivo da escova dental surgia automaticamente nas perguntas realizadas (anamnese), durante o processo de triagem de pacientes das classes C e D. Todos eram pacientes que procuraram a instituição para a reabilitação com implantes dentários. O tema nos direcionou também a fazer os mesmos questionamentos para pacientes em consultórios particulares, no entanto, estes pertencentes às classes A e B.

O resultado da pesquisa mostrou que, impressionantemente, o problema da desinformação sobre a necessidade do uso de fio dental, junto ao processo de higienização, aliado à escova de dente, atinge todos os níveis sociais cuja a separação dá-se por características bem diferentes. Em universo de 150 pacientes que pertencem às classes C e D, 60% não apresentavam condições financeiras de comprar o fio dental. Ainda, 38% deste público tinha o hábito de palitar os dentes; e 15% desconhecia o fio dental. Apenas 25% responderam que faziam uso diário, sendo que na grande maioria casos de forma incorreta.

Em clínica particular, num ambiente de 50 pacientes pertencentes às classes A e B, 60% relataram não possuir o hábito do uso diário do fio dental, além de utilizarem de forma inadequada o dispositivo de higiene bucal. O restante dos 40%, apesar do uso diário, pode-se observar na pesquisa que apenas 15% dos usuários sabiam utilizar o fio dental de forma correta – 80% procuram o atendimento clínico por questões preventivas e apenas 20% para reabilitações sobre implantes.

Apesar das boas condições financeiras alegaram que a falta de tempo, esquecimento e até o stress colaboraram para a queda do hábito. Por isso é importante salientar que além da escovação, o fio dental é um importante aliado na diminuição do acúmulo de placa bacteriana, esta inclusive altamente nociva para o organismo.

Estudos científicos apontam que a inexistência do hábito ou a queda dele faz com que o indivíduo deixe de realizar até 40% da sua escovação diária, permitindo um crescimento bacteriano silencioso. De forma cumulativa e crônica, não usar fio dental promove degenerações dos tecidos gengivais, resultando também em grandes perdas ósseas – estas, na maioria das vezes irreversíveis.

A conclusão é que tais evidências reacendem um importante alerta para a população menos favorecida, que acha normal perder um ou mais dentes e ainda, sobre como utilizar métodos preventivos de saúde bucal – tema este exaustivamente discutido e divulgado dentro da comunidade científica. Porém faltam ainda muitas informações, originária da grande falta da cultura preventiva que certamente poderá ser melhorada, também, através de programas comunitários. São eles que precisam gerar estas informações e acessibilidade aos produtos de higiene básicos, como é o caso do fio dental.

Marcelo Sarra Falsi é dentista e especialista em implantodontia. Pesquisador, é professor-coordenador do curso de implantodontia do Instituto CIOB.

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Desmatamento na Amazônia em 2013

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) concluiu o mapeamento e o cálculo da taxa de desmatamento na Amazônia Legal para o período agosto/2012 a julho/2013, atividades realizadas no âmbito do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). O resultado final do estudo computou uma taxa de 5.891 km2/ano.

Este valor representa a segunda menor taxa de desmatamento registrado na Amazônia Legal desde que o Inpe começou a medi-la, em 1988. O Prodes computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25 hectares onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o corte raso.

O valor da taxa consolidada, obtida após o mapeamento de 216 cenas do satélite americano Landsat 8/OLI, é aproximadamente 1% acima do estimado pelo Inpe em dezembro de 2013, que foi de 5.843 km2, cálculo gerado com base em 86 imagens do mesmo satélite e que cobriram a área em que foram registrados mais de 90% do desmatamento no período anterior (agosto/2011 a julho/2012) e também os 43 municípios referidos no Decreto Federal 6.321/2007 e atualizado em 2009.

O resultado corrente aponta existir eficácia no combate ao desmatamento, particularmente a partir da criação, em 2004, do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Casa Civil da Presidência da República, com uma redução de 79% desde 2004, conforme indica a série histórica apresentada a seguir.

A tabela abaixo apresenta a distribuição da taxa de desmatamento nos estados que compõem a Amazônia Legal:

ESTADO DESMATAMENTO (km2)
ACRE 221
AMAZONAS 583
AMAPÁ 23
MARANHÃO 403
MATO GROSSO 1.139
PARÁ 2.346
RONDÔNIA 932
RORAIMA 170
TOCANTINS 74
AMAZÔNIA LEGAL 5.891

Confira abaixo a evolução da taxa desde 2004 por estado e para toda Amazônia Legal:

desmatamento2

(Clique na imagem para visualizar a tabela em tamanho maior)

O gráfico abaixo mostra a evolução da série do Prodes para a Amazônia Legal desde 1988, quando iniciou a medição:

desmatamento

(a) Média entre 1977 e 1988, (b) Média entre 1993 e 1994

Não há nada para comemorar!

desmatamento

Desde que os portugueses aportaram na Amazônia, em 1550, e até 1970 o desmatamento não passava de 1% de toda a floresta. De lá para cá, em apenas 40 anos, foram desmatados cerca de 18% da Amazônia brasileira  – uma área equivalente aos territórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

A governança e a fiscalização deram alguns passos. Mas em boa parte da Amazônia, os limites das propriedades e seus respectivos donos ainda são uma incógnita. Isso pode mudar com a consolidação do Cadastro Ambiental Rural, ferramenta de regularização ambiental prevista no Código Florestal, mas que ainda está em processo de implementação. Os órgãos ambientais correm atrás de recursos para enquadrar os que ignoram a lei, mas o orçamento para a pasta não costuma ser generoso. O resultado, visto do alto, do solo ou das águas, é impactante, principalmente por meio dos satélites do Inpe.

O Greenpeace tem ideias interessantes sobre o problema:

– Desmatamento zero: Ao zerar o desmatamento na Amazônia até 2020, o Brasil estará fazendo sua parte para diminuir o ritmo do aquecimento global, assegurar a biodiversidade e o uso responsável deste patrimônio para beneficiar a população local. Atualmente, o Projeto de Lei de Iniciativa Popular pelo Desmatamento Zero no Brasil já conquistou o apoio de 1 milhão de brasileiros. Não é preciso derrubar mais florestas para que o país continue produzindo. Ações contra o desmatamento e alternativas econômicas que estimulem os habitantes da floresta a mantê-la de pé devem caminhar juntas.

– Áreas protegidas: Uma parte do bioma é protegida legalmente por unidades de conservação, terras indígenas ou áreas militares. Mas a falta de implementação das leis faz com que mesmo essas áreas continuem à mercê dos criminosos.

– Regularização fundiária: É a definição, pelo Estado, de quem tem direito à posse de terra. O primeiro passo é o mapeamento das propriedades privadas para possibilitar o monitoramento de novos desmatamentos e a responsabilização de toda a cadeia produtiva pelos crimes ambientais ocorridos.

– Governança: Para todas essas medidas se tornarem efetivas, o governo precisa estar na Amazônia, com recursos e infraestrutura para fazer valer as leis de preservação. A proteção da Amazônia e a criação de um modelo de desenvolvimento sustentável e justo para a região pode gerar oportunidades para os povos que dependem da floresta.

A arte de influenciar pessoas

CURSOS PELA INTERNET: 5 S

5 Sensos para multiplicadores – Disponível pela Internet – Ministrado em 11/07/2014

Permitir e compreender os 5 sensos trazendo os conceitos e exercícios práticos para as empresas alimentícias.

5S A Base para a Qualidade Total – Disponível pela Internet – Ministrado em 27/09/2013

As dicas para o sucesso do 5S em sua empresa.

Auditorias de 5S – Disponível pela Internet – Ministrado em 03/10/2013

Conheça o método eficaz para fazer auditorias de 5S em sua empresa.

Curso Básico de 5S – Disponível pela Internet – Ministrado em 27/09/2013

Conheça o método para a mudança cultural em uma empresa.

Claiton Fernandez

A literatura corporativa está repleta de livros que prometem revelar as “técnicas ocultas” utilizadas pelos grandes líderes para influenciar e mobilizar pessoas. O psicólogo norte-americano Howard Gardner, um dos renomados pesquisadores da Universidade de Harvard, elaborou, ao longo de uma década, uma espécie de raio-x dos cérebros mais influentes da história. Focalizando da primeira ministra britânica Margaret Thatcher ao superCEO Jack Welch, ele analisou como essas personalidades “mudaram a cabeça” de outros indivíduos.

O resultado da pesquisa deu origem ao livro Changing Minds – The Art and Science of Changing Our Own and Other People’s Minds (na tradução literal, Mudando Ideias – A Arte e Ciência de Mudar as Ideias Próprias e de Outras Pessoas). A obra comprova que, ao contrário do que se imaginava, a ciência da persuasão vai muito além dos exercícios de oratória ou das nuances da linguagem corporal.

Acreditava-se até então que influenciar pessoas era uma habilidade comportamental e não intelectual. Uma pesquisa bastante conhecida na área de Programação Neurolinguística, por exemplo, pregava que apenas 7% da comunicação interpessoal ocorre através das palavras. A entonação da voz responderia por 38% da mensagem, enquanto a postura corporal e as expressões do rosto transmitiriam nada menos do que 55% das informações captadas pelo cérebro humano.

Diziam que o cantor é mais importante do que a canção. Da mesma forma, quem fala é mais importante do que aquilo que está sendo falado. No entanto, descobriu-se que os líderes mais influentes do mundo expõem suas ideias de uma forma racional e sistemática – e com uma estrutura de argumentação envolvente. Resumindo, as palavras têm muito mais importância no discurso persuasivo do que se pensava.

Na verdade, a mente processa e arquiva informações de diversas formas. Cada ideia que temos é representada ou por uma imagem, ou por um som ou por outros tipos de signos mentais. Para mudar uma pessoa, ou suas opiniões, é necessário, portanto, remodelar essas roupagens que a mente dá a cada ideia. E isso pode ser feito de várias maneiras, inclusive conversando.

Não que a neurolinguística esteja ultrapassada, mas a pesquisa ajudou a desvendar, de quebra, por que algumas pessoas conseguem mover multidões com o dom da palavra. Hoje, provocar mudanças é uma habilidade obrigatória para qualquer líder. Na atual dinâmica da economia global, as empresas são obrigadas a estarem sempre em compasso de transição.

O problema é que raramente as pessoas estão preparadas para mudar na velocidade que o mundo dos negócios exige. Pelo contrário, por natureza, a mente humana prefere as mordomias da estabilidade às incertezas da mudança. Os indivíduos geralmente criam uma fixação pelos hábitos e comportamentos que se mostraram eficazes no passado.

A tendência à acomodação é uma verdadeira dor de cabeça para os gestores que tentam implantar novos paradigmas em suas empresas. Sem a devida preparação, dificilmente eles conseguem contornar as resistências e levar seus projetos adiante. Influenciar pessoas está cada vez mais difícil.

Claiton Fernandez é palestrante, consultor e educador. Autor dos livros “Caminhos de um Vencedor” e “Da Costela de Adão à Administradora Eficaz”. Site: www.claitonfernandez.com.br

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