NBR ISO 50001: a certificação da gestão de energia na empresa

Nos últimos dez anos, o consumidor brasileiro desembolsou quase R$ 5 bilhões na conta de luz para bancar projetos de eficiência energética e de soluções para melhorar a operação do sistema elétrico nacional. Até agora, no entanto, os resultados são questionáveis. O país continua desperdiçando cerca de R$ 16 bilhões por ano de energia elétrica, equivalente ao investimento total para a construção da Hidrelétrica de Belo Monte (PA). Além disso, nos últimos anos, a qualidade da energia entregue aos consumidores tem piorado consideravelmente em algumas distribuidoras.

Dos R$ 16 bilhões de eletricidade desperdiçada, R$ 7,3 bilhões referem-se a furtos, fraudes e erros de medição. Só nesse caso, a quantidade de energia perdida, de 23 mil MWh, poderia abastecer por um ano 19 milhões de residências com consumo médio de 100 kWh/mês. Os outros R$ 8,7 bilhões referem-se a perdas ocorridas durante a transmissão da energia, da usina até o consumidor final. A redução desses prejuízos, que também oneram o bolso dos brasileiros, foi um dos principais motivos da lei criada pelo governo federal, em 2000, que tornou obrigatório o investimento de 1% da receita líquida em P&D e eficiência energética. Parte desse dinheiro vai para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Ministério de Ciências e Tecnologia. Outra parcela fica no Ministério de Minas e Energia e banca, entre outras coisas, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que produz os estudos de novas usinas para o país. O restante fica nas empresas (distribuidoras, geradoras ou transmissoras), para a elaboração de projetos de pesquisa e inovação. Só em P&D, as companhias desenvolveram 4.521 projetos até o ano passado.

O grande problema é que todo esse volume de projetos não tem se traduzido, na maioria dos casos, em melhoria para a população que usa o serviço público. Segundo especialistas, o dinheiro tem sido mal usado em muitas companhias por falta de uma política adequada. Prova disso é que as empresas não conseguem gastar todo o dinheiro destinado à pesquisa. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do total reservado para investimentos em P&D e eficiência energética, entre 2000 e outubro deste ano, R$ 1,92 bilhão (sem correção dos juros) ainda não havia sido gasto pelas empresas. Isso representa 42% do volume total “recolhido” desde 1998.

Em resumo, pode-se dizer que o consumo de energia é a chave para vencer a escassez de energia e o aumento de custos. Para muitos a resposta é um Sistema de Gestão de Energia (SGE), uma estrutura de trabalho para o gerenciamento sistemático do consumo de energia. Assim como a redução de custos e emissões de gases do efeito estufa, uma certificação de terceira parte de um SGE pode aprimorar sua reputação ao demonstrar o comprometimento de seu negócio com a sustentabilidade ambiental. A NBR ISO 50001 representa as melhores práticas atuais de nível internacional em gestão de energia, desenvolvida a partir de normas e iniciativas nacionais / regionais existentes. A norma foi desenvolvida em vários anos com a participação de especialistas em gestão de energia, representantes de mais de 60 países de todo mundo, que contribuíram para sua elaboração. Ela ajudará sua organização a implementar os processos necessários para entender a linha básica de consumo de energia, colocar em prática planos de ação, metas e indicadores de desempenho para reduzir o consumo e identificar, priorizar e registrar oportunidades para melhorar o desempenho energético.

Assim, uma empresa preocupada com a sustentabilidade tem necessariament que gerenciar os seus custos com energia usada em seus processo produtivos. A implementação de um sistema de gestão da energia especificado pela NBR ISO 50001 tem a intenção de obter melhorias de desempenho energético. Portanto, é baseada na premissa de que a organização analisará criticamente e avaliará periodicamente seu sistema de gestão da energia (SGE) para identificar oportunidades de melhoria e a implementação destas. A organização tem flexibilidade sobre como implementar o SGE. Por exemplo, o ritmo, extensão e duração dos processos de melhoria contínua são determinados pela organização.

A organização pode levar em conta considerações econômicas e outras para determinar o ritmo, extensão e cronograma dos processos de melhoria contínua. Os conceitos de escopo e fronteiras permitem flexibilidade à organização para definir o que está incluso no SGE. O conceito de desempenho energético inclui uso e consumo de energia e eficiência energética. Assim, a organização pode escolher dentre uma ampla gama de atividades de desempenho energético. Por exemplo, a organização poderia reduzir demanda de pico, utilizar excedente de energia ou resíduo energético, ou melhorar as operações de seus sistemas, processos ou equipamentos.

A alta direção ou seu representante, ao comunicar àqueles da organização, pode sustentar a importância da gestão da energia através de atividades de envolvimento de funcionários, como delegação de autoridade, motivação, reconhecimento, treinamento, participação e recompensa. As organizações que conduzem planejamento de longo prazo podem incluir considerações de gestão da energia como: fonte de energia, desempenho energético e melhorias de desempenho energético nas atividades de planejamento.

O representante da direção pode ser um funcionário atual, novo ou contratado da organização. As responsabilidades do representante da direção podem abranger a totalidade ou parte de sua descrição de cargo. Habilidades e competências podem ser determinadas em relação ao tamanho da organização, cultura e complexidade, ou a requisitos legais ou outros requisitos. A equipe de gestão da energia assegura a realização das melhorias de desempenho energético. O tamanho da equipe é determinado pela complexidade da organização: para pequenas organizações, pode ser uma pessoa tal como o representante da direção; para organizações maiores, uma equipe multifuncional provê um mecanismo efetivo para engajar diferentes partes da organização no planejamento e implementação do SGE.

A política energética é a direcionadora da implementação e das melhorias do SGE e do desempenho energético da organização no contexto de seu escopo e fronteiras. A política pode ser uma breve declaração que os membros da organização possam compreender prontamente e aplicar às suas atividades de trabalho. A disseminação da política energética pode ser usada como meio de orientar o comportamento organizacional. Onde sistemas de transportes são adquiridos ou utilizados pela organização, o uso e consumo de energia em transporte pode ser incluído no escopo e fronteiras do SGE. Convém que o processo de identificação e avaliação do uso de energia leve a organização a definir áreas de uso significativo de energia e identificar oportunidades de melhoria de desempenho energético. Exemplos de pessoal que trabalha em nome da organização incluem serviços contratados, pessoal em tempo parcial e equipes temporárias.

Fontes potenciais de energia podem incluir fontes convencionais que não foram previamente usadas por uma organização. Fontes alternativas de energia podem incluir combustíveis fósseis ou não fósseis. Atualizar a revisão energética significa atualizar as informações relacionadas à análise, determinação de significância e determinação de oportunidades de melhoria de desempenho energético.

Uma auditoria ou avaliação energética abrange uma análise crítica detalhada do desempenho energético de uma organização, de um processo ou ambos. Baseia-se tipicamente em medição e observação apropriadas de desempenho energético real. Os resultados de auditoria incluem tipicamente informações sobre consumo e desempenho atuais e podem ser acompanhados de uma lista de recomendações priorizadas para melhoria em termos de desempenho energético. As auditorias energéticas são planejadas e conduzidas como partes da identificação e priorização de oportunidades de melhoria do desempenho energético.

Na verdade, a NBR ISO 50001 é aplicável a todos os tipos e tamanhos de organizações, independentemente de condições geográficas, culturais ou sociais. Sua implementação bem sucedida depende do compromisso de todos os níveis e funções da organização, especialmente da alta direção. Essa norma especifica os requisitos de um SGE, sobre os quais uma organização pode desenvolver e implementar uma política energética, estabelecer objetivos, metas e planos de ação que considerem requisitos legais e informações relativas ao uso significativo de energia.

Assim, um SGE habilita uma organização a atender aos comprometimentos de sua política, tomar as devidas ações de melhoria de seu desempenho energético e demonstrar conformidade do sistema aos requisitos dessa norma que se aplica às atividades sob o controle da organização e a sua aplicação pode se ajustar a requisitos específicos da organização – incluindo complexidade do sistema, grau de documentação e recursos. A norma tem uma abordagem PDCA que pode ser descrita como segue:

Plan (Planejar): executar a revisão energética e estabelecer a linha de base, indicadores de desempenho energético (IDEs), objetivos, metas e planos de ação necessários para obter resultados que levarão à melhoria de desempenho energético em conformidade com a política energética da organização.

Do (Fazer): implementar os planos de ação da gestão da energia.

Check (Verificar): monitorar e medir processos e características principais de operações que determinam o desempenho energético em relação à política e objetivos energéticos, e divulgar os resultados.

Act (Agir): tomar ações para melhorar continuamente o desempenho energético e o SGE. A aplicação global dessa norma contribui para o uso mais eficiente das fontes de energia disponíveis, para a melhoria da competitividade e para a redução de emissões de gases de efeito estufa e de outros impactos ambientais relacionados.

Dessa forma, a norma é aplicável independentemente dos tipos de energia utilizados e pode ser utilizada para certificação, registro ou autodeclaração do SGE de uma organização. Ela não estabelece requisitos absolutos para o desempenho energético além daqueles estabelecidos na política energética da organização e de sua obrigação de conformidade a requisitos legais aplicáveis ou outros requisitos. Assim, duas organizações realizando operações semelhantes, mas com desempenhos energéticos distintos, podem ambas estar em conformidade com seus requisitos.

Ela se baseia em elementos comuns às normas NBR ISO de sistemas de gestão, assegurando elevado nível de compatibilidade particularmente com a NBR ISO 9001 e a NBR ISO 14001. O Anexo B apresenta a relação entre as normas. Uma organização pode decidir integrar essa norma a outros sistemas de gestão, incluindo aqueles relacionados à qualidade, ao meio ambiente e à segurança e saúde ocupacional.

O texto adicional fornecido neste Anexo é estritamente informativo e visa impedir falhas de interpretação dos requisitos contidos na sua Seção 4. Embora estas informações abordem e sejam consistentes com os requisitos da Seção 4, elas não têm a intenção de adicionar, subtrair ou de qualquer modo alterar esses requisitos. A implementação de um sistema de gestão da energia especificado por essa norma tem a intenção de obter melhorias de desempenho energético. Portanto, ela é baseada na premissa de que a organização analisará criticamente e avaliará periodicamente seu sistema de gestão da energia para identificar as oportunidades de melhoria e a implementação delas.

A organização tem flexibilidade sobre como implementar o SGE. Por exemplo, o ritmo, extensão e duração dos processos de melhoria contínua são determinados pela organização. Pode levar em conta considerações econômicas e outras para determinar o ritmo, extensão e cronograma dos processos de melhoria contínua.

Os conceitos de escopo e fronteiras permitem flexibilidade à organização para definir o que está incluso no SGE. O conceito de desempenho energético inclui uso e consumo de energia e eficiência energética. Assim, a organização pode escolher dentre uma ampla gama de atividades de desempenho energético. Por exemplo, a organização poderia reduzir demanda de pico, utilizar excedente de energia ou resíduo energético, ou melhorar as operações de seus sistemas, processos ou equipamentos.

Especificamente em seu item 4.3 Política energética: deve declarar o comprometimento da organização para atingir a melhoria do desempenho energético. A alta direção deve definir a política energética e garantir que esta: seja apropriada à natureza e escala do uso e consumo de energia da organização; inclua um comprometimento para melhoria contínua de desempenho energético; inclua um comprometimento para garantir a disponibilidade de informações e de recursos necessários para atingir objetivos e metas; inclua um comprometimento para cumprir com os requisitos legais aplicáveis e outros requisitos aos quais a organização subscreve em relação à eficiência, uso e consumo de energia; forneça uma estrutura para estabelecer e revisar objetivos e metas energéticas; apoie a aquisição de produtos energeticamente eficientes, assim como de serviços e projetos para melhoria do desempenho energético; seja documentada e comunicada em todos os níveis da organização; e seja regularmente revisada e atualizada se necessário.

4.4 Planejamento energético

4.4.1 Geral

A organização deve conduzir e documentar o processo de planejamento energético. O planejamento energético deve ser consistente com a política energética e deve levar a atividades que melhorem continuamente o desempenho energético. O planejamento energético deve envolver uma revisão das atividades da organização que possam afetar o desempenho energético.

4.4.2 Requisitos legais e outros

A organização deve identificar, implementar e ter acesso aos requisitos legais aplicáveis e outros requisitos aos quais a organização subscreve, relacionados ao seu uso e consumo de energia e eficiência energética. A organização deve determinar como estes requisitos se aplicam ao uso e consumo de energia e eficiência energética e deve assegurar que estes requisitos legais e outros requisitos aos quais a organização subscreve são considerados no estabelecimento, implementação e manutenção do SGE. Requisitos legais e outros requisitos devem ser revisados a intervalos definidos.

4.4.3 Revisão energética

A organização deve desenvolver registrar e manter uma revisão energética. A metodologia e os critérios utilizados para desenvolver a revisão energética devem ser documentados. Para desenvolver a revisão energética a organização deve:

a) Analisar uso e consumo de energia com base em medições e outros dados:

1. Identificar fontes de energia atuais;

2. Avaliar o uso e consumo de energia atual e passado.

b) Com base no uso e consumo de energia, identificar as áreas de uso significativo de energia:

4. Identificar as instalações, equipamentos, sistemas, processos e pessoal trabalhando para a organização ou em seu nome que afetam significativamente o uso e consumo de energia;

5. Identificar outras variáveis relevantes que afetam significativamente o uso de energia;

6. Determinar o desempenho energético atual de instalações, equipamentos, sistemas e processos relacionados aos usos significativos de energia identificados; e

7. Estimar o uso e consumo de energia futuros.

c) Identificar, priorizar e registrar oportunidades de melhoria de desempenho energético.

A revisão energética deve ser atualizada a intervalos definidos e em resposta a mudanças expressivas em instalações, equipamentos, sistemas ou processos. Em seu anexo A, a norma detalha que a implementação de um sistema de gestão da energia especificado tem a intenção de obter melhorias de desempenho energético. Portanto, esta Norma é baseada na premissa de que a organização revisará e avaliará periodicamente seu sistema de gestão da energia para identificar oportunidades de melhoria e a implementação. A organização tem flexibilidade sobre como implementar seu SGE. Por exemplo: o ritmo, extensão e duração dos processos de melhoria contínua são determinados pela organização.

Auditoria energética

A ISO disponibilizou a ISO 50002:2014 , que ajuda em uma auditoria energética, ou seja, colabora com a empresa a tomar as decisões sobre como é usada a energia consumida. “As auditorias energéticas são uma ferramenta para reduzir o consumo de energia e encontrar uma solução de longo prazo”, explica Kit Oung, o líder do projeto que desenvolveu a ISO 50002. “Elas ajudam a identificar e priorizar oportunidades de melhoria de desempenho energético, reduzir o desperdício de energia e obter benefícios ambientais”.

As conclusões dessas auditoria incluem informações essenciais sobre o uso de energia atual, o desempenho e as recomendações de melhorias em uma ampla gama de áreas, incluindo os controles operacionais, controles de manutenção, modificações e projetos de capital. Agora, as empresas podem melhorar o seu desempenho energético, bem como a condução de benefícios financeiros. A norma estabelece os princípios e as regras para a realização de auditorias energéticas e harmonizar os processos comuns de auditoria. Além disso, esta abordagem comum permite que as organizações comparem resultados em sites semelhantes.

O objetivo da norma é definir o conjunto mínimo de requisitos que levaram à identificação de oportunidades para a melhoria do desempenho energético. Especifica os requisitos do processo para a realização de uma auditoria energética em relação ao desempenho energético. É aplicável a todos os tipos de estabelecimentos e organizações, e todas as formas de energia e utilização de energia.

Além disso, especifica os princípios da realização de auditorias energéticas, os requisitos para os processos comuns durante auditorias energéticas, e os resultados de auditorias energéticas. Não trata dos requisitos para seleção e avaliação de competência dos organismos que prestam serviços de auditoria energética, e não abrange a auditoria do sistema de gestão de energia de uma organização, uma vez que estes são descritos na norma ISO 50003. Também fornece diretrizes informativas sobre o seu uso (ver Anexo A).

Uma auditoria energética compreende uma análise detalhada do desempenho energético de uma organização, equipamento, sistema (s) ou processo (s). Baseia-se na observação de medição e da utilização de energia, a eficiência e consumo de energia apropriado. As auditorias energéticas são planejadas e realizadas como parte da identificação e priorização de oportunidades de melhoria de desempenho energético, reduzir o desperdício de energia e obter benefícios ambientais relacionados.

Conclusões de auditoria incluem informações sobre o uso e desempenho atual e fornecem recomendações classificados para a melhoria em termos de desempenho energético e benefícios financeiros. Uma auditoria energética pode apoiar uma revisão energia e pode facilitar o monitoramento, medição e análise, como descrito na norma ISO 50001, ou ele pode ser usado de forma independente.

Somada a esta norma, a ISO já estuda projetos para complementar a ISO 50001 , que se concentra no desenvolvimento de um sistema de gestão de energia. Devem ser incluídas a ISO 50003 que estabelece requisitos aplicáveis ​​aos organismos que prestam auditoria e certificação de sistemas de gestão de energia; a ISO 50004 relativa a orientações para a implementação, manutenção e melhoria de um sistema de gestão de energia; a ISO 50006 para a medição do desempenho energético utilizando linhas de base de energia (energy baselines- EnB) e indicadores de desempenho energético (energy performance indicators – EnPI);e a ISO 50015 para a medição e verificação do desempenho energético nas organizações.

Transformações na indústria de TI levam CIOs e empresas a se reinventarem

Inspetor de Conformidade das Instalações Elétricas de Baixa Tensão de acordo com a NBR 5410 – A partir de 3 x R$ 320,57 (56% de desconto)

NR 10 – Atendendo às exigências do Ministério do Trabalho – Reciclagem Obrigatória – A partir de 3 x R$ 264,00 (56% de desconto)

Aterramento e a Proteção de Instalações e Equipamentos Sensíveis contra Raios: Fatos e Mitos – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

Contaminantes químicos e suas medidas de controle – A partir de 3 x R$ 165,00 (56% de desconto)

Paulo Henrique Pichini

Será que já refletimos profundamente sobre as transformações que o mundo da tecnologia de informação vem sofrendo? Vale a pena nos indagarmos, especialmente, sobre os desafios que CIOs e suas empresas têm enfrentado para arquitetar serviços e potencializar o uso de TI nos negócios. Este questionamento tem sido uma constante entre os provedores de tecnologia e as empresas usuárias, independentemente de seu porte.

Tudo começou no exato momento em que os serviços tradicionais de comunicação – voz x dados x imagem – se digitalizaram, possibilitando integração e transporte em meio físico único, com tratamentos diferenciados. De lá (final dos anos 80) para cá, as transformações nas comunicações já são capazes de demonstrar um futuro (próximo) onde a informação digital mudou assustadoramente sua composição estrutural e suas formas de acesso.

Este fato está no cerne das mudanças vividas pela indústria e pelos usuários de TI. Neste quadro, o transportador IP é conhecido e padronizado. Nenhuma informação pega carona na rede se não for empacotada por ele e por suas vertentes. Os dados tradicionais continuam a imperar, mas estão agregados a uma montoeira de informações baseadas em vídeos e imagens. Quando nossos avós diziam que uma imagem vale mais do que mil de palavras, nós entendíamos o significado da frase, mas não sabíamos para que serviam as imagens… Afinal, as fontes de vídeo e imagens eram demasiadamente precárias, prematuras e caras.

O novo mundo chegou e as informações pessoais e corporativas passam a se confundir em um ambiente compartilhado que, se mal implementado, pode ser inseguro. Estes ambientes e aplicações hospedadas em cloud computing, acessados através de dispositivos híbridos e móveis, passam agora a contar com novos geradores de tráfego e informações riquíssimas. A Internet das Coisas (IoT) chegou como uma nova fonte de geração de tráfego que se viabiliza em ambiente onde infraestrutura e cloud computing são mandatórios. Os mais variados equipamentos corporativos e utensílios domésticos oferecem sinalização de seus sensores via IP, que são transportados aos grandes repositórios e bases de dados (big data).

Por um lado, as empresas do mercado corporativo têm convivido com estas mudanças, buscando provedores capazes de arquitetar, manter, operar e garantir níveis de serviços em soluções que considerem todas estas transformações de forma harmoniosa. É muito importante que estas mesmas empresas tenham pilares de soluções em seu portfólio que abranjam ambientes com ferramentas e consultores voltados a visão analitics.

Lembre-se que analitics já mostrou sua força – foi assim que a Alemanha ganhou a Copa do Mundo 2014. Mas, para chegar lá, temos de organizar as fontes de informação, sua qualidade e suas formas de geração. Feito isto, as empresas conseguem analisar e gerar dashboards e dados gerenciais capazes de tornar as decisões de negócios muito mais precisas e eficientes.

Do outro lado desta equação encontramos a indústria de provedores de serviços de ICT. Assistimos, hoje, à felizmente infindável competição deflagrada no inicio do milênio, quando as operadoras de telecomunicações passaram a se interessar pelos serviços de IT. A competição acontece porque o vice-versa também é verdade – integradores de serviços de IT (os tradicionais e seculares provedores de serviços de dados, imagem e impressão, entre outras ofertas) estão avançando para a área de telecomunicações.

Tudo isso faz parte de um quadro maior: lembremos que a informação teve seu perfil transformado, tanto na entrada quanto na saída, especialmente com as impressoras 3D. Nota-se claramente uma movimentação dos provedores de serviços de impressão ampliando seu portfólio e oferecendo serviços de IT. O resultado de toda essa evolução é que a empresa usuária encontra, agora, prestadores de serviços interessados no mesmo filão.

A oferta dos gigantes da indústria de provedores de serviços de ICT tem profunda relevância para as corporações usuárias. Trata-se de empresas que oferecem um menu completo de serviços, considerando  toda a estrutura de billing, gestão e operação do que está sendo apresentado ao mercado. A disputa entre os gigantes de serviços de ICT está cada vez mais acirrada e com número maior de players mundiais.

Os CIOs, figura estratégica neste quadro em mutação, já vêm trabalhando mudanças de seu perfil. Esse profissional está se transformando em um broker de serviços e soluções aderentes e de críticas ao sucesso do negócio final de suas corporações. São pessoas que trabalham de olhos bem abertos, entendendo este novo cenário… ou, pelo menos, deveriam. Seus prestadores de serviços estão mudando de nome e os processos de afunilamento de alternativas estão cada vez mais agressivos.

Paulo Henrique Pichini é CEO & President da Go2neXt Cloud Computing Builder & Integrator.

As irregularidades no setor elétrico


Curso: Interpretação e Aplicações da Norma Regulamentadora 13 (NR 13)
Esse treinamento discute a NR 13 com base na sua última revisão aprovada pela Portaria 594 de 28 de abril…

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eletricoDiante da escassez de energia elétrica disponível, as empresas geradoras tiraram proveito da crise para lucrar com a venda de eletricidade no mercado de curto prazo. Para combater essas irregularidades, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) protocolaram, no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), representação contra as práticas abusivas das concessionárias geradoras de energia elétrica, que afetarão o equilíbrio econômico do país com perdas para a indústria e refletirão no aumento da conta de luz.

Para a FNE, a preocupação do governo federal com a crise do setor elétrico, ao conceder subsídios e autorizar empréstimos com recursos públicos e privados às concessionárias de distribuição de energia elétrica, não apresenta solução para o problema já que a dívida será repassada aos consumidores ao longo dos próximos anos. No documento, as entidades denunciam que, para manter sua lucratividade, as empresas geradoras de energia deixam de firmar contratos, obrigando as distribuidoras a comprar energia no mercado de curto prazo. Ou seja, as geradoras não participam dos leilões oficiais promovidos pelo governo federal, destinados ao atendimento das distribuidoras, fazendo com que se tenha pouca energia disponível no mercado regulado, o que aumenta significativamente os custos de aquisição de energia.

O diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), Carlos Augusto Kirchner, explica ainda que as geradoras deixam de atender ao requisito legal de se contratar 100% da carga disponível. “A dívida acumulada em empréstimos emergenciais de socorro às empresas distribuidoras e aportes da União será bilionária e se tornará impagável, fazendo com que os prejuízos sejam repassados para as tarifas dos consumidores”, afirma.

As entidades pedem ao CADE que sejam adotadas medidas preventivas e coercitivas – com a abertura de inquérito administrativo para apuração das infrações à ordem econômica – junto a todos os agentes que estão se beneficiando com a venda no mercado de curto prazo. A consultora do Proteste, Flávia Lefevre, destaca: “São necessárias ações imediatas em vista da bilionária dívida que vem sendo acumulada e que vem sempre aumentando para socorrer as empresas distribuidoras e que serão pagas pelos consumidores de energia”.

Segundo a FNE, essa política energética mercantil poderá desencadear uma crise econômica sem precedentes, além de afetar o setor industrial com a geração de desemprego, instabilidade, perda da competitividade e inflação. O presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro, argumenta que se trata de uma afronta não somente para os engenheiros, mas ao interesse público, aos consumidores de energia e ao setor produtivo do país. “Nós cobramos também uma posição da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre a falta de fiscalização e intervenção nesse mercado que vem sendo explorado pelas geradoras, causando forte desequilíbrio entre agentes do mercado, com prejuízos para todo o setor produtivo nacional”, destaca.

Carlos Kirchner acredita que a utilização de termelétricas, desde outubro de 2012, devido à forte estiagem no país, não é o único motivo do aumento de custo para a produção de energia. “Na verdade, a geração de energia pela fonte hidráulica não deveria implicar aumento de custos, pois a maioria delas é proveniente de usinas hidrelétricas já amortizadas, ou seja, com seus contratos de venda de energia encerrados no final de sua vigência em 31/12/2012 ou em 31/12/2013”, aponta.

O diretor do SEESP explica que as empresas se respaldam em uma interpretação restrita e distorcida da legislação do setor elétrico para justificar suas condutas anticoncorrenciais e o aumento arbitrário dos lucros está em desacordo com regras de defesa do consumidor. “O fato de se produzir energia em uma usina hidrelétrica já amortizada como é o caso da Cemig, Copel e Cesp ao custo de R$ 20,00 por megawatt-hora e de vendê-la pelo preço de R$ 822,83, com margem de 4.000% (quatro mil por cento), viola o princípio do serviço público essencial, em que a regra é a do menor lucro possível”, comenta.

De acordo com as entidades, a conduta das concessionárias é anticompetitiva e ilegal, pois o agente gerador transformou a sobra deliberada de energia numa prática corriqueira de lucro. Por sua vez, as distribuidoras de energia, que compram o produto caro no mercado, vão repassar o prejuízo integralmente aos seus consumidores, ainda que alguns empréstimos governamentais e privados protelem o pagamento destas dívidas.  “É inadmissível a conduta que tenha como resultado a retirada de energia do mercado, implicando em escassez artificial que leva ao aumento injustificado dos preços prejudicando a livre concorrência e também os consumidores”, conclui Flávia Lefevre.

Ambiente de Contratação Regulada
No ambiente de contratação regulada, a contratação de energia é feita por meio de contratos regulados. A ideia contida nesta segmentação é a de que a energia gerada por usinas existentes (energia “velha”) já amortizadas, poderia ser comercializada por preços menores do que aquela gerada pelas novas usinas.

Ambiente de Contratação Livre
É este ambiente que compreende a contratação de energia por contratos livremente negociados. De maneira geral, o atual Modelo do Setor Elétrico foi concebido com a pretensão de atender um marco regulatório estável de forma a atrair investimentos na expansão do sistema de geração, garantir níveis confiáveis de suprimento e proporcionar modicidade.

Mercado de curto prazo
Como a energia elétrica tem a característica de não ser armazenável em grandes quantidades e de forma economicamente viável após ter sido gerada, o balanço produção-consumo pode ter diferenças entre o volume contratado e o consumido. Essa diferença deve ser liquidada no mercado de curto prazo. O objetivo deste mercado é a contabilização e a liquidação de diferenças entre os montantes de energia contratados e os efetivamente consumidos ou produzidos pelos agentes. Esta atividade é realizada mensalmente, tendo como base o Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) que é publicado antecipadamente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O valor máximo do PLD é definido com base no custo variável de operação da geração térmica mais cara disponível para participar do despacho centralizado. O valor mínimo do PLD, então, é estabelecido pela ANEEL, contemplando os custos da operação e a manutenção das usinas hidrelétricas e as compensações financeiras pelo uso dos recursos hídricos.

Mercado Livre de Energia
Pode se considerar como mercado imperfeito todo aquele em que um dos “players” ou o conjunto deles consegue manipular os preços a seu favor, maximizando assim seus lucros em detrimento da livre concorrência. Numa época de estiagem em que os valores do PLD atingem seu valor teto de R$ 822,83 por MWh, a forma das empresas geradoras de energia obter altíssimos lucros é muito simples e tentadora: simplesmente não ofertar a energia para ninguém e nem formalizar nenhum contrato de venda, de modo que toda a energia que fica sobrando é automaticamente classificada como uma diferença a seu favor e liquidada ao preço de PLD.

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Como manter a saúde dos pés dos diabéticos

COLETÂNEAS DE NORMAS TÉCNICAS

imageIdosos portadores da doença merecem o máximo de cuidado

Cuidar da saúde dos pés há muito tempo deixou de ser apenas um assunto de estética. Para quem tem diabetes, então, é uma indicação rotineira. Em conseqüência da doença, um machucado no pé de uma pessoa com diabetes pode se tornar um problema muito grave. As altas taxas de açúcar no sangue afetam a capacidade do organismo em combater uma infecção ou cicatrizar um ferimento.

Em se tratando dos idosos, os pés exigem maior atenção. De acordo com a enfermeira Magda Tiemi Yamamoto, do Hospital Albert Einstein e educadora em diabetes, é necessário que o portador da doença avalie seus pés diariamente, apalpando-os para observar se eles apresentam pontos avermelhados, bolhas, descamações ou rachaduras. “Caso os pés já apresentem ferimentos ou se note a iminência de surgimento, recomenda-se que sejam lavados com soro fisiológico, uma vez que a água pode introduzir patógenos indesejáveis no organismo”, alerta.

Os pés dos diabéticos, em especial os idosos, vêm ganhando maior espaço na podologia. Ao tratar de uma pessoa portadora da doença, o profissional não pode fazer nenhum corte, nem retirar a cutícula, evitando ferimentos que demorem a cicatrizar. A educadora adverte que tantos os portadores da doença, quanto os idosos, devem rotineiramente procurar o tratamento junto a um podiatra. “A podiatria clínica atua na prevenção, detecção precoce, tratamento e reabilitação dos pacientes com diversas doenças desse tipo”, enfatiza.

Outro alerta é com relação aos sapatos, a dica é evitar usar o mesmo sapato por vários dias para prevenir o aparecimento de micoses. O calçado não pode estar apertado, nem machucando os pés. “Deve-se dar preferência em comprar os sapatos no período da tarde, quando os pés já estarão inchados, possibilitando uma melhor adequação nestas condições; ao usar um sapato pela primeira vez, não permaneça mais que 2 horas continuamente e ao retirá-los avalie se há formação de bolhas, áreas demasiadamente avermelhadas ou feridas; antes de calçar os sapatos, vire-os para garantir que não tenha nenhum objeto dentro e não ande descalço”, são as recomendações da educadora.

A educadora salienta, ainda, que cuidados ao comprar as meias também são importantes. “Dê preferência para o uso de meias claras, pois, no caso de surgimento de algum ferimento indolor será mais fácil identificá-lo através de uma possível mancha.  Use meias anti-bolhas ou, se usar as normais, use-as ao avesso deixando a costura para fora”.

A preocupação com o cuidado dos pés, ainda vai mais além. Para Aline Lopes, psicóloga da Associação Brasileira de Apoio aos Aposentados, Pensionistas e Servidores Públicos, muitos idosos que têm diabetes estão ativos, levando suas vidas com saúde e um sorriso no rosto. No entanto, é importante entender que mesmo com essa leveza, o envelhecimento chega acompanhado de certas mudanças que, na maioria das vezes, são deixadas de lado.

“Muitas idosos se preocupam com o declínio cognitivo e ossos mais fracos, mas há outras preocupações menos conhecidas que merecem atenção, como é o caso do tratamento dos pés com diabetes. Alguns segurados da associação, que passam por essa situação vêm conversar comigo a respeito, contam seus casos e dilemas, mas eu sempre os estímulo. É importante estarmos cientes dessas mudanças para poder encontrar as melhores formas de contorná-las ou preveni-las, incentivando sempre o envelhecimento saudável” conta.

A enfermeira Magda Yamoto, enfatiza a importância dos portadores de diabetes ou pessoas com maior risco de contrair a doença passarem em consultas periódicas com médicos especialistas. “A prevenção é o melhor caminho. Devemos lembrar que a diabetes não atinge somente aos idosos. Em razão de maus hábitos alimentares e falta de atividade física, vem se constatando o contínuo crescimento estatístico do número de crianças e adultos obesos; na mesma proporção, o risco de se contrair a doença também. Histórico desta doença na família também é considerado dentre os fatores de risco. O melhor é sempre passar em consulta com seu médico de confiança, principalmente, em se tratando de diabetes, com o endocrinologista, geriatra, pediatra e nutrólogo”, finaliza.

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A saúde e a segurança nos canteiros de obras

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canteiro

Um canteiro de obras pode ser definido como uma área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem as operações de apoio e execução de uma obra. Também, pode ser um conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em: áreas operacionais e áreas de vivência. Um projeto bem feito das instalações de um canteiro de obra para a construção de edificações depende do tamanho da obra, do volume de material a ser armazenado, do número de funcionários, equipes técnicas, dos períodos em que tanto a mão de obra quanto material deverão estar na obra. Segundo a definição normativa, canteiros de obras são áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e de vivência.

Deve-se levar em conta que ele vai sendo modificado ao longo da execução da obra, de acordo com os serviços a serem executados. A adaptação contínua do canteiro para alocar materiais, equipamentos e mão de obra. Embora muitas das deficiências localizadas nos canteiros de obras teem origem em etapas anteriores do empreendimento, como por exemplo, na elaboração do projeto arquitetônico, em que a falta de compatibilização e de procedimentos de execução de serviços desse projeto pode induzir erros e custos adicionais às obras, já que se apresentam geralmente durante a etapa de execução da obra, torna-se imprescindível o seu gerenciamento com objetivo de detectar e minimizar as possíveis falhas antes da etapa de execução do empreendimento, tendo em vista à otimização e utilização de tempo, materiais, equipamentos, instrumentos e mão de obra.

Assim, os bons projetos de canteiro podem oferecer significativas melhorias nos processos produtivos das obras. Eles buscam, principalmente, favorecer a realização de operações seguras e preservar a boa moral dos operários, além de reduzir distâncias e tempo para movimentação de trabalhadores e materiais, minimizando o tempo de movimentação de material, aumentar o tempo produtivo, evitando obstruções nas vias de movimentação dos materiais, equipamentos, instrumentos e pessoas.

Uma norma que necessita ser cumprida é a NBR 12284 de 09/1991 – Áreas de vivência em canteiros de obras que fixa critérios mínimos para permanência de trabalhadores nos canteiros de obras (alojados ou não). Segundo a norma, a implantação de área de vivência deve atender a algumas seguintes especificações, excetuando-se as que fizerem uso de contêineres.

As instalações sanitárias, por exemplo, são os locais destinados ao asseio corporal e/ou atendimento das necessidades fisiológicas de excreção, sendo proibida a sua utilização para outros fins. A norma especifica uma série de requisitos para os vestiários, alojamentos, refeitório, cozinha, lavanderia e áreas de lazer que, se cumprida, pode tornar esses locais um pouco mais agradáveis para os seus usuários.

Importante ressaltar que os canteiros de obras devem ser devidamente sinalizados para organizar o trabalho, evitar acidentes e melhorar o trânsito de pessoas em situações de emergência. Nesses espaços, são necessários cartazes e placas avisando quais trechos podem ter perigo de queda de materiais e identificação de locais com substâncias tóxicas. Informativos indicando vias de acesso para a circulação de veículos e equipamentos são essenciais.

É de extrema importância e necessidade a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) durante as obras. Capacetes, botas, óculos, luvas, respiradores e outros equipamentos pessoais devem ser utilizados para evitar ao máximo os danos causados por um possível acidente. A necessidade de cada utensílio depende do tipo de obra que está sendo realizada. É de obrigação da empresa responsável pelas obras ceder tais equipamentos, além de trocá-los por novos quando estiverem desgastados.

Esses locais bem organizados propiciam a otimização das atividades, redução de tempo na logística de entrega e recebimento de materiais, além da diminuição da possibilidade de acidentes. É recomendável fazer um planejamento para saber onde cada material vai estar no final de cada dia de trabalho. Outra dica é ter um almoxarifado eficiente, com identificações nos diferentes tipos de materiais que serão usados durante a obra.

Outra norma que precisa ser cumprida nesses locais é a NBR 16200 de 04/2013 – Elevadores de canteiros de obras para pessoas e materiais com cabina guiada verticalmente – Requisitos de segurança para construção e instalação que aborda os elevadores elétricos novos instalados e operados temporariamente (designados como elevadores nessa norma), utilizados por pessoas autorizadas a entrar em locais de engenharia e construção, atendendo níveis de pavimentos de serviços, contendo uma cabina, projetada para o transporte de pessoas ou materiais; guiadas; que se deslocam verticalmente ou em uma inclinação de no máximo de 15° com a vertical; suportada ou suspensa por meio de cabos de aço acionados por tambor, pinhão e cremalheira, pistão hidráulico (direto ou indireto), ou por um mecanismo articulado expansível; na qual torres, após montadas, podem ou não necessitar de apoio de estruturas separadas.

A norma identifica perigos relacionados na Seção 4 que surgem durante as diversas fases na vida do equipamento e descreve os métodos para a eliminação ou redução desses perigos quando utilizado conforme pretendido pelo fabricante. Não especifica requisitos adicionais para: operação sob condições severas (por exemplo, climas extremos, campos magnéticos fortes); proteção contra descargas atmosféricas; operação sujeita a regras especiais (por exemplo, atmosferas potencialmente explosivas); compatibilidade eletromagnética (emissão, imunidade); manuseio de cargas que poderiam levar a situações perigosas (por exemplo, metal derretido, ácidos/bases, materiais radioativos, cargas frágeis); utilização de motores à combustão; utilização de controles remotos; perigos que ocorrem durante a fabricação; perigos que ocorrem devido à mobilização; perigos que ocorrem devido à montagem sobre via pública; terremotos.

Também não se aplica a: elevadores para o transporte somente de materiais; elevadores abrangidos pelas NBR NM 207, NBR NM 267 e NBR 14712; cabinas de trabalho suspensas por aparelhos de içamento; plataformas de trabalho suspensas por empilhadeira manual ou empilhadeira motorizada; plataformas de trabalho cobertas pela EN 1495:1997; funiculares; elevadores especialmente projetados para finalidades militares; elevadores de minas; elevadores de palco; elevadores para finalidades especiais. Contudo, aborda a instalação do elevador.

Ela inclui a armação da base e o fechamento da base, mas não inclui o leiaute da fundação de concreto, com estacas, com madeira ou qualquer outro. Inclui o projeto das amarrações da torre, mas não inclui o projeto de parafusos de fixação à estrutura de suporte. Ela inclui as portas de pavimentos e seus batentes, mas não inclui o projeto de quaisquer parafusos de fixação à estrutura de suporte.

As listas de perigos apresentadas nas Tabelas 1 a 3 (disponíveis na norma) são baseadas nas NBR NM ISO 213-1 e NBR NM ISO 213-2. As Tabelas 1, 2 e 3 mostram os perigos que foram identificados e onde os requisitos correspondentes foram formulados nessa norma, de modo que o risco seja limitado ou que situações perigosas sejam reduzidas em cada caso. Perigos não aplicáveis ou não significativos para os quais não há requisitos formulados são mostrados na coluna de subseções pertinentes como n.a. (não aplicável).

Discutindo a sexualidade: os deficientes também amam!

Inspetor de Conformidade das Instalações Elétricas de Baixa Tensão de acordo com a NBR 5410 – A partir de 3 x R$ 320,57 (56% de desconto)

NR 10 – Atendendo às exigências do Ministério do Trabalho – Reciclagem Obrigatória – A partir de 3 x R$ 264,00 (56% de desconto)

Aterramento e a Proteção de Instalações e Equipamentos Sensíveis contra Raios: Fatos e Mitos – A partir de 3 x R$ 257,81 (56% de desconto)

Contaminantes químicos e suas medidas de controle – A partir de 3 x R$ 165,00 (56% de desconto)

deficienteDolores Affonso

A discussão sobre a sexualidade humana não é nova, nem privilégio de alguns setores sociais, mas responsabilidade de toda a sociedade. Quando falamos em sexualidade, pais, escolas, profissionais, governos, etc., ficam de cabelo em pé por fatores como medo de doenças sexualmente transmissíveis, promiscuidade, gravidez na adolescência ou por outros motivos.

Apesar de toda a repressão da sociedade em relação ao assunto, torna-se não apenas necessário, mas essencial para se ter uma melhor qualidade de vida, tendo em vista que o amor, o relacionamento e o sexo são partes importantes do conceito de vida plena e feliz. Uma educação familiar pouco esclarecedora, a vergonha do próprio corpo, a timidez para se marcar um encontro, entre outros, são alguns limitadores que inibem as pessoas a tal ponto de não se permitirem ter relacionamentos afetivos ou sexuais sadios, plenos e satisfatórios ao longo da vida. Mulheres que se acham gordas, homens que se acham feios, etc.

Quando se trata de pessoas com deficiência, o tabu se torna ainda maior, fazendo com que sejam excluídas dos relacionamentos amorosos ou sexuais, não apenas pelas pessoas desencorajadoras ou protetoras que as cercam, mas pelo preconceito ou por elas mesmas. De tanto sofrerem ou se sentirem “imperfeitas”, “não atraentes”, acabam se achando incapazes de participar ativamente do “jogo da sedução”, evitando determinadas situações, locais e interações, pois acreditam que não será possível dar e sentir prazer ou encontrar uma pessoa que as “queiram”.

Acredita-se que, por ser cega ou surda, uma pessoa terá dificuldades para se relacionar, “conquistar” ou até mesmo durante o ato sexual. No caso dos cadeirantes, muitos acreditam que perderam por completo a possibilidade de sentirem prazer. E assim por diante, perpetuam-se preconceitos, medos e ignorância.

Muitas iniciativas buscam desmistificar a sexualidade da pessoa com deficiência, como:

– Sites de relacionamentos: Visam transpor as barreiras dos encontros, das paqueras e da desilusão, mostrando-se como é (pessoa com deficiência) para não haver mal-entendidos. Por outro lado, podem se tornar mais uma forma de afastar essas pessoas do convívio social e sadio.

– Encontros “programados” ou sexo pago: No Brasil, ainda há um preconceito muito grande com relação à prostituição, diferentemente de países como Suíça e Holanda, onde já é legalizada. Este artifício facilita o acesso à vida sexual, entretanto, muitos se perguntam se é sadio, pois seria uma vida sexual “ilegal” e desprovida de sentimentos e relacionamento.

– Reeducação sexual: Muitas vezes realizada por um profissional da área de sexologia ou saúde, como terapeutas sexuais, ajuda a pessoa com deficiência a redescobrir seu corpo, suas áreas e fontes de prazer e a superar o medo, a vergonha e o preconceito. Ao se descobrir ou redescobrir, é possível encontrar formas de satisfação pessoal e isso facilita muito a mudança de postura diante de potenciais parceiros sexuais.

A visão distorcida de que essas pessoas não têm direito a uma vida amorosa ou sexual, seja porque são rotuladas de “anjinhos”, como ocorre com as pessoas que possuem alguma deficiência intelectual, por exemplo, Síndrome de Down, porque são consideradas um “perigo à sociedade” ao tornarem possível a reprodução de um determinado “defeito”, ou vistas como “promíscuas” por já serem idosas, é alimentada principalmente pela falta de informação. É preciso mostrar para as pessoas que a sexualidade faz parte da vida, não apenas para a reprodução, mas para o desenvolvimento da saúde física, mental, psicológica, emocional, ou seja, para viver uma vida plena, independentemente da falta de um sentido, de um membro ou do vigor da juventude.

Para ajudar a desmistificar a sexualidade da pessoa com deficiência, o Congresso de Acessibilidade, evento online e gratuito, a ser realizado no período de 21 a 27 de setembro no site www.congressodeacessibilidade.com trará essa discussão para dentro de seus lares, mostrando tanto a visão do deficiente como de profissionais da área com o objetivo de transformar vidas, mostrando que não somente todos têm direito a uma vida sexual ativa e feliz, como devem lutar por isso!

Dolores Affonso é coach, palestrante, consultora, designer instrucional, professora e idealizadora do Congresso de Acessibilidade.

Hoshin Kanri

NORMAS COMENTADAS

NBR 14039 – COMENTADA
de 05/2005

Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV. Possui 140 páginas de comentários…

Nr. de Páginas: 87

NBR 5410 – COMENTADA
de 09/2004

Instalações elétricas de baixa tensão – Versão comentada.

Nr. de Páginas: 209

NBR ISO 9001 – COMENTADA
de 11/2008

Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos. Versão comentada.

Nr. de Páginas: 28

Cristiano Bertulucci Silveira

Hoshin Kanri é uma abordagem sistemática que objetiva ampliar a qualidade no planejamento, execução, monitoramento e gerenciamento de visões e estratégias corporativas de negócios. Como uma bússola que é necessária para uma viagem ao Pólo Norte, o Hoshin Kanri fornece a direção e o rumo em uma organização a partir do princípio orientador de sua missão e visão. É uma ferramenta que tem a seguinte premissa: Na execução de suas tarefas diárias, todos os  trabalhadores de uma empresa oscilam em altos e baixos. Sendo assim, é necessário prover uma direção suportada por metas mensais, anuais e estratégias de longo prazo para que todos atinjam um objetivo comum.

Em japonês, Hoshin significa “bússola” ou “apontando para a direção” e Kanri significa “gestão” ou “controle”. O nome sugere que o planejamento tem a função de alinhar a organização para um caminho fundamentado nos objetivos desejados. Esta metodologia de planejamento estratégico foi concebida e popularizada no Japão em 1950 pelo professor Kaoru Ishikawa. Kaoru compartilhava do princípio de que cada pessoa é especialista em seu próprio trabalho e o controle de qualidade total deve utilizar o poder de pensamento coletivo dos funcionários a fim de construir uma organização melhor. Esse é o principio fundamental do Hoshin Kanri.

Qualquer empresa que deseje atender as expectativas do cliente e do mercado, precisa de um plano estratégico de longo alcance. Todo bom plano deve contemplar um futuro ambicioso e ter um objetivo bem definido, mas tão importante quanto a formulação do objetivo é que ele possa ser realizável. Uma vez constatado que é possível colocar o plano em prática, é preciso traçar o caminho, acompanhar, melhorar e gerenciar os processos para que o resultado seja alcançado.

O Hoshin Kanri foi desenvolvido para capturar e firmar objetivos fundamentais e estratégicos de longo alcance da empresa e a partir disto desenvolver os meios para alcançá-los na realidade. Tem como premissa assegurar o entendimento dos objetivos da empresa pelos funcionários para que assim eles trabalhem em função de fazer do plano uma realidade. O planejamento Hoshin garante que a organização esteja trabalhando para o mesmo fim e desenvolva a filosofia da Gestão da Qualidade Total.

A disciplina do Hoshin Kanri se destina a ajudar a organização a:

  • Focar nas metas comuns;
  • Comunicar as metas para todos os funcionários envolvidos;
  • Envolver todos os líderes no planejamento e metas;
  • Fazer com que cada participante conclua sua parte no plano.

Como funciona o planejamento Hoshin Kanri

No planejamento Hoshin, a gestão definida no topo deve ser refletida com clareza para todos os funcionários. Para tanto as pessoas de todos os níveis hierárquicos devem atuar continuamente sobre os planos e avaliar, estudar e fornecer resultados de feedback como parte de um processo de melhoria contínua. Em empresas que utilizam o Hoshin, todo mundo está ciente dos fatores críticos de sucesso da administração e dos indicadores chave de desempenho (KPIs). Os departamentos destas empresas não competem uns com os outros e os projetos são desenvolvidos em conjunto. Neste caso a empresa é vista como um conjunto de processos coordenados. Veja na figura abaixo como é um esquemático do Hoshin Kanri:

hoshin

Figura 1 – Hoshin Kanri – Ferramenta de planejamento organizacional

Como podemos ver na figura, no início do processo Hoshing, a presidência e o conselho (representados pelo corporativo) definem os objetivos para a organização baseados na visão global, elaborando o planejamento anual e as metas para a empresa. Imediatamente a diretoria deve definir seus objetivos alinhados com as iniciativas corporativas. Com os objetivos da diretoria definidos, serão geradas iniciativas que vão descer a hierarquia e então envolver a participação das equipes de funcionários na definição dos objetivos e metas necessárias para que o objetivo corporativo seja alcançado. Isto deve ser repetido até que a equipe executora e as atividades específicas entrem no processo. Cada nível hierárquico aplica o PDCA para estabelecer ações, planejar, definir, controlar e agir no intuito de monitorar a execução dos objetivos e metas.

O monitoramento é fundamental para garantir o alinhamento de toda a organização. Assim, é necessário avaliar o progresso das medidas tomadas e se necessário, desenvolver contramedidas para garantir o resultado. Como podemos analisar, o planejamento Hoshin Kanri sistematiza o planejamento estratégico e garante maior efetividade por ser multifuncional, promovendo a cooperação ao longo da cadeia de valor, dentro e entre as funções do negócio.

De maneira geral, na elaboração de um planejamento Hoshin Kanri os seguintes passos são seguidos:

  1. Identificação das chaves de negócio da organização;
  2. Estabelecimento de objetivos de negócios mensuráveis que abordam estas questões;
  3. Definição da visão geral e das metas;
  4. Desenvolvimento de estratégias de apoio para suportar os objetivos. Na organização Lean, esta estratégia inclui o uso de métodos e técnicas Lean;
  5. Determinação de táticas e objetivos que facilitam alcançar cada estratégia;
  6. Implementação de medidas de desempenho para cada processo do negócio;
  7. Mensuração dos fundamentos do negócio.

O planejamento Hoshin Kanri assegura que:

  • Os planos sejam desenvolvidos de forma mais sistemática;
  • O monitoramento dos planos seja realizado;
  • As alteração dos planos sejam feitas quando necessário;
  • Objetivos revolucionários sejam atingidos;
  • A padronização do próprio processo de planejamento;
  • A melhoria do processo de planejamento;
  • Contínua aprendizagem organizacional.

Como benefício adicional, o acompanhamento e a revisão do planejamento Hoshin podem ajudar a identificar áreas de oportunidade para o futuro. Estas oportunidades podem ser usadas ou não para modificar as estratégias e os objetivos a serem perseguidos ao longo do processo. Sendo assim, a organização aprende em todos os níveis.

O planejamento Hoshin é cíclico e segue o processo de melhoria contínua do PDCA. Na revisão do planejamento, que geralmente é realizado uma vez por ano, o  objetivo e todas as ações que suportam as estratégias são analisados e as metas são mensuradas. A revisão do planejamento servirá então de base para o plano do próximo ano. Este é um momento importante para avaliar quais ações ofereceram resultados e aquelas que precisam ser trabalhadas.

Cristiano Bertulucci Silveira é engenheiro eletricista pela Unesp com MBA em Gestão de Projetos pela FVG e certificado pelo PMI. Atuou em gestão de ativos e gestão de projetos em grandes empresas como CBA-Votorantim Metais, Siemens e Votorantim Cimentos. Atualmente é diretor de projetos da Citisystems – cristiano@citisystems.com.br – Skype: cristianociti

Qual a lâmpada mais indicada para cada aplicação?

COLETÂNEA DE NORMAS TÉCNICAS

Coletânea Série Transformadores de Potência

Coletânea Digital Target com as Normas Técnicas, Regulamentos, etc, relacionadas à Transformadores de Potência
Saiba Mais…

A Santil conta com grande experiência quando o assunto é a variedade e a eficiência das lâmpadas disponíveis no mercado, tanto para uso residencial, comercial, industrial ou público. Com o fim da comercialização das lâmpadas incandescentes – mais tradicionais, baratas e confortáveis, porém menos econômicas – uma das principais dúvidas dos consumidores na hora de escolher o modelo mais indicado é a correspondência desses produtos com as novas tecnologias, para que a iluminação não se torne um incômodo no ambiente onde está sendo utilizada.

Embora pareça simples, a tarefa de comprar uma lâmpada envolve vários aspectos técnicos dados o número de modelos e as características de cada um deles. Os modelos de LED (sigla para diodo emissor de luz, em português), por serem mais recentes no mercado, são os que mais geram dúvidas, mas as fluorescentes compactas também podem confundir os consumidores no momento da compra.

As lâmpadas de LED são as mais caras, mas prometem durabilidade de 50 mil horas e consumo de energia elétrica até 90% menor do que as convencionais. As fluorescentes compactas, que podem representar uma economia de 75%, ainda são mais caras dos que as incandescentes, mas estão se tornando mais acessíveis e uma opção eficiente para diferentes aplicações, pois emitem tanto luz branca como amarela e não esquentam.

A questão econômica, tanto em relação ao preço de aquisição como ao consumo, tem muita relevância nessa escolha, mas o conforto visual é outro aspecto preponderante. Mais clara ou mais escura, amarelada ou branca (tecnicamente, chamada de temperatura de cor, medida em graus Kelvin), a iluminação faz toda a diferença nos ambientes.

A tonalidade amarela, mais indicada para salas e dormitórios, ainda é o ponto forte das antigas incandescentes, pois geram uma sensação de aconchego –  temperatura de cor deve ficar em torno dos 3.000 K. Em geral, grandes áreas, escritórios, cozinhas e banheiros precisam de uma iluminação branca, que é mais estimulante, com temperatura de cor em torno de 6.000 K. Quartos que são utilizados como escritório, por exemplo, podem combinar lâmpadas dos dois tipos.

Na troca de tecnologia, entretanto, recomenda-se que o consumidor encontre a lâmpada com reprodução de cor equivalente àquela que utiliza costumeiramente. Para isso, deve-se atentar para a equivalência entre os principais tipos de lâmpadas, informação apresentada, geralmente, na embalagem do produto. Em média, a correspondência dá-se da seguinte forma:

 

LED
FLUORESCENTE COMPACTA
INCANDESCENTE
3W
9W
40W
5W
11W
50W
7W
15W
60W
10W
20W
75W
12W
25W
120W

 

Em São Paulo, postos de gasolina lideram ranking de áreas contaminadas

Um posto de abastecimento é uma instalação que possui equipamentos e sistemas para o armazenamento de combustível automotivo, com registrador de volume apropriado para o abastecimento de equipamentos móveis, veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas, e cujos produtos são destinados exclusivamente ao uso do detentor das instalações ou de grupos fechados de pessoas físicas ou jurídicas, previamente identificadas e associadas em forma de empresas, cooperativas, condomínios, clubes ou assemelhados. Segundo a Cetesb, o aumento constante do número de áreas contaminadas registradas é consequência também da ação rotineira de fiscalização e do licenciamento dos postos de combustíveis , das fontes industriais, comerciais, de tratamento e disposição de resíduos, além do atendimento a acidentes.

Nesse contexto, mais uma vez, o setor de postos de combustíveis, com 3.597 casos (75% do total), é destaque na lista de áreas contaminadas. A atividade industrial vem em segundo lugar, com 768 registros (16%), seguida da comercial, com 232 (5%), de resíduos, com 136 (3%), e de “Acidentes/Desconhecida/Agricultura”, com 38 (1%). A despeito dessa liderança no ranking das atividades que resultaram em áreas contaminadas, o relatório mostra, por outro lado, que o setor também se destaca no que se relaciona às providências para o saneamento desses locais. Referente só aos postos de combustíveis, 300 áreas (8% do total de 3.597) são classificadas como “Reabilitadas para uso declarado” (área anteriormente contaminada que, depois de submetida às medidas de intervenções, tem restabelecido o nível de risco aceitável à saúde humana, ao meio ambiente e a outros bens a proteger) e 806 (23% do total) se encontram em “Processo de monitoramento para encerramento”. Ou seja, 1.106 áreas (ou 31% do total, somando-se os dois percentuais) estão com suas providências – visando a reabilitação – finalizadas ou praticamente concluídas.

Somando-se a isso o intenso programa de licenciamento iniciado pela Cetesb em 2001, objetivando a regularização dos postos de combustíveis, devido à obrigatoriedade de licença ambiental desses estabelecimentos – exigida por resolução federal publicada em 2000 – , a própria agência ambiental paulista, e por conseguinte o estado de São Paulo, tem colhido os frutos desses trabalhos, como lembra o diretor de Controle e Licenciamento Ambiental, Aruntho Savastano Neto. Ele se baseia em estatística do Setor de Atendimento a Emergências da companhia, para embasar sua afirmação.

De acordo com ele, em 1999 a Cetesb atendeu a 76 acidentes emergenciais envolvendo postos e sistemas retalhistas de combustíveis. Desde então, esses números vêm despencando, tendo chegado a somente sete atendimentos emergenciais no ano passado e dois este ano – até abril último – , comprovando a eficácia dos trabalhos desenvolvidos pela Cetesb com relação ao setor, estigmatizado pelos problemas diversos que o cercavam, tanto por falta de prevenção a acidentes ambientais e vazamentos (o que é sanado pelas exigências envolvidas no licenciamento), como pela responsabilização por milhares de áreas contaminadas no estado (o que está sendo gradativamente reduzida com as exigências que a companhia faz visando a reabilitação dos locais cadastrados).

Com relação ao quadro geral – incluindo todas as atividades (não só postos de combustíveis), o gerente do Departamento de Áreas Contaminadas destaca, ainda, o fato de que a soma do número de áreas reabilitadas para uso declarado (425) e de áreas em processo de monitoramento para encerramento (987), ou seja, áreas já ou praticamente saneadas, representa 30% do total das áreas registradas nessa última lista. Outra constatação interessante é a de esse número de áreas classificadas como reabilitadas para uso declarado teve um aumento de 24% em relação ao registrado em dezembro de 2012 (342).

Os principais grupos de contaminantes encontrados nas áreas registradas também refletem o grande número de solos contaminados pela atividade de revenda de combustíveis, destacando-se: os solventes aromáticos (basicamente representados pelo benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno, presentes na gasolina vazada nos postos de combustível), combustíveis líquidos, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (PAHs), metais e solventes halogenados. Existe uma norma, a NBR 15428 de 05/2014 – Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Critérios e procedimentos para serviços de manutenção de unidade abastecedora, que estabelece os procedimentos de segurança, qualidade e critérios para manutenção de unidade abastecedora em posto revendedor e posto de abastecimento, conforme definidos na Resolução Conama 273.

Algumas modalidades de manutenção que devem ser realizadas incluem a manutenção preventiva, atividade programada com periodicidade definida, objetivando a execução de rotinas de verificação/intervenção técnica em unidade abastecedora instalada em postos revendedores e postos de abastecimentos, de forma a assegurar o funcionamento dos postos e a garantir suas condições de originalidade e certificação; e a manutenção corretiva, atendimento mediante solicitação específica do posto revendedor ou posto de abastecimento, visando a restabelecer o funcionamento da unidade abastecedora, objetivando assegurar o funcionamento dos postos e a garantir suas condições de originalidade e certificação.

As atribuições da permissionária incluem: substituir ou reparar componentes da unidade abastecedora, quando necessário, dentro dos seguintes critérios: os componentes substituídos ou reparados devem estar em total conformidade com os requisitos técnicos dos fabricantes das unidades abastecedores, regulamentações e normas vigentes; os componentes reparados devem ser fornecidos pelos fabricantes das unidades abastecedoras ou agentes autorizados e credenciados pelos fabricantes, os quais devem prover garantia das peças reparadas; os componentes reparados devem possuir código de identificação que possibilite sua rastreabilidade; os componentes reparados e utilizados nos serviços de manutenção devem ser listados na ordem de serviço, que deve ser numerada, e conter os respectivos códigos de cada componente utilizado.

Igualmente, deve-se informar ao operador a necessidade de substituir componentes que não façam parte do escopo de serviços contratados com a mantenedora e manter cópias dos relatórios de manutenções efetuadas e ordens de serviços emitidas arquivadas por dois anos. A permissionária também é responsável pela verificação do fiel cumprimento das exigências dos fabricantes, no que diz respeito às condições mínimas necessárias para a instalação dos equipamentos (aterramento, distribuição/separação elétrica motor/placas etc.).

Em caso de não conformidade, documentar a irregularidade ao proprietário da unidade abastecedora, ao operador e respectivo fabricante. A cada intervenção a permissionária deve emitir uma ordem de serviços (os), em no mínimo três vias, sendo a primeira entregue ao operador do posto, a segunda arquivada pela permissionária e a terceira entregue ao fabricante do equipamento, para fins de futuras consultas e/ou auditorias.

A OS deve conter no mínimo as seguintes informações: data, horário de início e término dos serviços de manutenção; razão social e CNPJ do posto revendedor ou do posto de abastecimento; endereço completo do estabelecimento; nome completo e assinatura do operador; identificação da(s) unidade(s) abastecedora(s) objeto dos serviços: fabricante, modelo e número de série do equipamento; tipo de combustível e quantidade movimentada durante a execução da manutenção; totalizadores de volume (eletrônico, eletromecânico ou mecânico) da(s) unidade(s) abastecedora(s) reparada(s) ou vistoriada(s); identificação dos componentes e peças utilizadas nos serviços, quer sejam novos ou reparados: nome do componente, código do componente, data de fabricação ou reparo.

Os principais componentes a serem identificados são: placas eletrônicas: CPU, interface hidráulica, displays, teclados; bloco medido; válvula solenoide; pulser eletrônico, eletromecânico e mecânico; unidade bombeadora (compacta); motor elétrico, e demais itens devem seguir os parâmetros da normalização vigente de atmosfera explosiva, zona classificada etc., como: prensa cabo, tubulação hidráulica e elétrica, tubo metálico flexível, caixa de ligação antiexplosiva, unidade seladora etc.; discriminação completa e detalhada dos serviços efetuados; identificação do(s) técnico(s) responsável(s) pelos serviços: nome completo legível (em letra de forma), documento de identidade (RG/CPF), documento de habilitação técnica dentro da validade (CREA), número de registro no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia/Instituto de Pesos e Medidas (Inmetro/Ipem) e assinatura do engenheiro ou técnico da permissionária responsável pelos serviços; identificação da permissionária.

A OS deve ser emitida em papel timbrado contendo dados completos da permissionária: nome, endereço, telefone, CNPJ e identificação do responsável técnico pela permissionária, com registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e Anotação de responsabilidade Técnica (ART); informações e codificações requeridas pelos órgãos fiscalizadores competentes, conforme Portaria Inmetro nº 04 de 03/01/2013.

Como motivar colaboradores

TRAGÉDIAS, CRIMES E PRÁTICAS INFRATIVAS DECORRENTES DA NÃO OBSERVÂNCIA DE NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS – NBR

R$ 63,90

Capa da publicação E1324

Essa publicação aborda, através da apresentação de casos reais, como o cumprimento das normas técnicas NBR – ABNT está diretamente ligada à segurança, à saúde e à qualidade de vida em nosso dia a dia.  O autor explica de forma prática, e infelizmente mostrando tragédias, como as normas técnicas estão presentes no nosso cotidiano. Elas devem ser levadas a sério quanto à sua observância obrigatória e o poder público precisa fazer gestão para fomentar esse cumprimento por parte da sociedade produtiva e de serviço.

Eduardo Moura

Permitam-me discorrer brevemente sobre um fator crítico de sucesso para qualquer tipo de organização humana: a motivação das pessoas.  Podemos investir na mais avançada tecnologia, definir processos de trabalho altamente eficazes, contratar os profissionais mais competentes do mercado, mas se essa gente não estiver motivada, o que acontece? Acontece o cenário típico: um desempenho geral nada além de ordinário, muito longe do que se poderia qualificar como excelente.

Reconhecendo que motivar as pessoas é vital, muitas empresas investem pesado em pesquisas de clima laboral, técnicas de avaliação do desempenho individual, plano de carreira, sofisticados esquemas de participação nos resultados, bônus para cumprimento de metas, prêmios para os “funcionários do mês” etc. Algumas dessas práticas são válidas, mas a maioria é perniciosa. Hein? Perniciosas?! Sim, por dois motivos. Primeiro, porque estão fundamentadas na premissa inválida (mais detalhes adiante) de que “as pessoas são, por natureza, apáticas em relação ao trabalho, e precisam de um estímulo externo”. Segundo, porque a medio e longo prazo aquelas práticas tendem a formar um bando de mercenários que só se mobilizam pelo vil metal que possam receber. E tem mais: mesmo as práticas que são válidas, ainda assim são insuficientes.

Onde, então, está o elemento faltante para motivar colaboradores? Na verdade não há elemento faltante! Há, sim, elementos já existentes, porém não reconhecidos, e portanto não explorados. Esta frase do Dr. Deming traz à tona dois elementos vitais para a motivação humana: “As pessoas nascem com uma inclinação natural para aprender e inovar. Existe um direito inato de sentir prazer pelo trabalho. Existe uma necessidade inata de auto-estima e respeito. Os administradores que negam a seus funcionários dignidade e auto-estima, abafarão a motivação intrínseca.”

Aí está: o primeiro elemento vital se chama motivação intrínseca. Se tão somente “descobrirmos” (ou aceitarmos como válido) que as pessoas já nascem com a motivação dentro de si, a questão de motivá-las deixa de ser “que mais devemos dar aos colaboradores?” e passa a ser “que barreiras hoje estão impedindo que a motivação intrínseca das pessoas possa aflorar?”.

O segundo elemento vital é o próprio trabalho. E os dois se complementam belissimamente bem! De fato, o trabalho é o canal ideal para que a motivação intrínseca se manifeste, pois ele traz dentro de si três fatores que, se bem entendidos e trabalhados, podem “turbinar” a motivação intrínseca: a criatividade (a alegria de pensar), a atividade (a alegria de agir) e a sociabilidade (a alegria de compartilhar), conforme concluiu Nishibori em 1971. Além disso, todo trabalho deveria incluir um quarto fator importantíssimo: um sentido de “propósito mais elevado”, pois em sua essência universal, “trabalhar é produzir algo de valor para outras pessoas” (O’Toole, 1973). Não há (e nem deveria haver) nada que possa pagar o sentimento de orgulho e satisfação pessoal pelo trabalho bem realizado. E quando o trabalho é realizado em equipe, todas estas coisas acontecem naturalmente! Basta que a empresa crie estruturas para explorar este verdadeiro tesouro.

Quando líderes empresariais despertam para tais fatos e agem de maneira sábia e coerente, algo maravilhoso acontece! Pessoas que considerávamos “irrecuperáveis” passam a contribuir, os que tínhamos como “rebeldes” passam a ser companheiros de batalha, os “passivos” e “apagados” passam a brilhar, os que pensávamos não ter imaginação de repente nos surpreendem com idéias brilhantes. É claro que pode haver um 0,1% de renitentes que por fenômenos psicológicos raros se recusam a colaborar, mas estes a própria equipe acaba “expurgando” como se fosse um corpo estranho. Sei que tudo isto soa poético e utópico, mas tenho constatado tais verdades em inúmeras ocasiões. E desafio o leitor a fazer o mesmo com sua equipe.

Está tudo aí. Não é preciso inventar nada mais; não é preciso complicar. Há porém, um grande inconveniente: para que o exposto acima funcione, é necessário mudar nossa maneira de pensar sobre as pessoas, nossa forma de encarar a natureza humana. É preciso ver em cada trabalhador a chama quase extinta da dignidade, o diamante bruto da semelhança divina. E isto é difícil e doloroso, quase herético, para quem está acostumado a ver as pessoas como insumos de produção, como “mão-de-obra” que deve responder passivamente ao que foi ordenado, como vassalos que devem ser controlados pelo medo.

Para finalizar, um fato tragicômico: o que salva muitas empresas da extinção é que seus competidores também não sabem lidar com a motivação intrínseca! Mas aqueles que sabem mobilizá-la em direção aos objetivos estratégicos do negócio passam a contar com um poderoso exército de pessoas altamente dedicadas.

Eduardo Moura é diretor da Qualiplus Excelência Empresarial – emoura@qualiplus.com.br