Será que a sua empresa ainda vai usar as redes sociais?

As inovações em mídias sociais têm alterado a forma como as pessoas se comportam. Convergência está em todo lugar e nunca foi tão fácil atingir um público tão grande. Para que seja possível ter uma ideia da dimensão deste assunto, atualmente, 96% das pessoas da chamada geração Y (nascidos após 1980) utilizam redes sociais; um em cada oito casal americano se conheceu através de uma rede social; a televisão levou 13 anos para atingir os 50 milhões de expectadores, enquanto que a rede social facebook alcançou o dobro da marca, em número de usuários, em apenas nove meses, somando hoje mais de 400 milhões de usuários. Caso fosse um país, o facebook seria o quarto mais populoso do mundo e teria quase a população total da Europa.

Neste contexto, é relevante o papel das redes sociais, que a cada dia estão mais inseridas na vida das pessoas, com utilização maciça e crescente, principalmente para fins pessoais. Por este motivo, no início do surgimento das redes sociais, os gestores de Tecnologia da Informação (TI) das empresas se apressaram em bloquear o acesso a todas as redes sociais, em um trabalho incansável, já que a cada dia mais e mais redes sociais surgem na internet, sob o pretexto de inibir uma eventual perda de produtividade dos trabalhadores, que poderiam passar a dedicar mais tempo a questões pessoais do que ao seu trabalho.

“Porém, a evolução das redes sociais convergiu para a utilização destas ferramentas também para fins profissionais, passando a ser uma importante ferramenta de pesquisa e publicidade, mas nunca deixando de lado aquele caráter de finalidade pessoal da rede social, o que hoje já faz com que a visão dos gestores de TI comece a mudar. A cada dia é mais comum ver empresas, muitas delas de grande porte, liberando o acesso de seus funcionários às redes sociais, até porque pesquisas já revelam que empresas que permitem o uso de mídias sociais a seus empregados são, em média, 9% (nove por cento) mais produtivas do que as que agem no sentido contrário (Social Networks vs. Management? Harness the Power of Social Media – Fresh Perspectives. Manpower Inc. New York, 2010). É importante ressaltar que esta nova mentalidade dos gestores de TI, apoiada pela mais alta direção das corporações, embora alinhada com os conceitos modernos de gestão, tem consequências no âmbito jurídico, que poderão ser suportadas pela empresa e não podem ser ignoradas. Os riscos são inúmeros, mas é possível destacar, dentre outros, o risco de vazamento de informações da empresa, bem como o risco de responsabilização da corporação por atitudes impróprias de seus empregados no uso das redes sociais. A autorização de acesso a redes sociais mal implementada cria na empresa uma verdadeira porta aberta para o acesso e disseminação de informações confidenciais e restritas. Na medida em que o empregado tem contato com o mundo externo através desta já mencionada porta aberta, mais exposta a empresa está à rápida disseminação e divulgação de informações restritas, em caso de má-fé de seus empregados”, explica o advogado da Opice Blum Advogados Associados, Marcos Gomes da Silva Bruno (fernanda@azbrasil.jor.br).

Igualmente, para o advogado da Opice Blum Advogados Associados, Renato Leite Monteiro (fernanda@azbrasil.jor.br), no mesmo sentido, a interação do empregado com terceiros, externos à empresa, aumenta a possibilidade de recebimento de artefatos maliciosos e vírus, que podem vir a infectar a rede corporativa e permitir a invasão de terceiros, mesmo que por um descuido do empregado, leal e de boa-fé. “Ademais, é cada vez mais comum nos depararmos, em redes sociais, com casos de pessoas que se passam por outras, comunicações ofensivas, discriminatórias, violação de propriedade industrial e/ou intelectual pela reprodução indiscriminada e não autorizada de criações de terceiros e outras condutas ilícitas. Ocorre que, partindo tais condutas ilícitas da conexão corporativa, é inequívoco que a legislação brasileira dá amparo à eventual responsabilização do empregador por tais atos de seu empregado, já que foi o responsável por dar ao empregado a possibilidade de cometer aquele ilícito e ter se omitido em seu dever de cautela, enquanto empregador, de verificar as atitudes de seu empregado naquele serviço ao qual facultou acesso. Mas, em que pesem estes riscos, além de outros previsíveis, temos que a ideia dos gestores de TI, de liberar acesso às redes corporativas, não é ruim, e nem deve ser desprezada. Apenas é necessário que a implementação desta permissão ao empregado seja realizada de forma adequada, com adoção dos devidos mitigadores de risco. O processo deve se iniciar com a elaboração de um Regulamento Interno de Segurança da Informação, um documento de cunho jurídico, que estabelece os direitos e deveres dos empregados, no uso de recursos tecnológicos. Neste documento, não só as redes sociais serão abordadas, mas, de forma geral, serão estabelecidas as responsabilidades civis e penais de todos dentro da empresa por seus atos, os limites impostos, e, principalmente, a quebra de qualquer expectativa de privacidade do empregado, para que possa ser monitorado pelo empregador em sua trajetória nas redes sociais ou mesmo no uso do e-mail corporativo, o que é perfeitamente aceito, em consonância com as mais recentes decisões dos nossos tribunais. Estabelecido o regulamento, este deve ser implantado na empresa e a implementação se inicia no ponto de vista técnico, onde ferramentas informáticas deverão ser aplicadas ao ambiente, para monitoramento, controle e preservação de evidências, tudo de acordo com o Regulamento elaborado. Prontas para entrar em funcionamento as ferramentas informáticas, o empregador deve passar à implementação jurídica, que envolve a colheita da assinatura de todos os colaboradores, manifestando sua aceitação às condições impostas pelo Regulamento, que regerá o seu uso dos recursos tecnológicos da empresa. Feito isso, o empregador deve passar ao gerenciamento deste ambiente tecnológico, investindo em pessoas para auxiliar no cumprimento das diretivas estabelecidas pelo Regulamento implantado, monitorando os atos de seus empregados, coletando e preservando adequadamente evidências, e, inclusive, reunindo periodicamente seus empregados, para palestras sobre conscientização quanto ao uso responsável dos recursos informáticos da empresa, em áreas multidisciplinares, do jurídico ao técnico. Assim, podemos concluir que o uso das redes sociais nos ambientes corporativos é uma realidade inevitável, em curto prazo, pois já se mostra benéfica à produtividade dos colaboradores, mas, ao mesmo tempo, demanda o preparo prévio dos gestores de TI e da alta direção da empresa, para que a liberação de tais acessos ocorra com um nível de maturidade legal e técnica adequado da empresa, dentro das melhores práticas de governança corporativa, o que poderá reduzir, senão inibir, boa parte dos riscos inerentes a tal política de permissão de acesso”, diz Leite Monteiro.

No caso do twitter, o consultor da Magoweb Marketing Digital, Silvio Tanabe (www.magoweb.com/clinicadigital) conta que é só acompanhar algumas estatísticas: o número de usuários do twitter aumentou 1.600% entre julho de 2008 e 2009, sendo que os brasileiros são os que passam mais tempo tuitando (cerca de 41,5 minutos por mês de acordo com pesquisa da ComScore). Somente em São Paulo, 45% da população já participa de alguma rede social, índice que aumenta para 75% entre os jovens entre 18 e 24 anos (Ibope Mídia). Nas empresas, segundo estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NTT/URFJ), 74% dos pesquisados planejam participar das mídias sociais nos próximos 12 meses. Diante de números tão promissores, por que não tentar?

“Até aí, nada de mais. O problema é quando as empresas, ansiosas por resultados rápidos, colocam o carro na frente dos bois (a expressão é tão antiga quanto válida). A mesma pesquisa da URFJ revelou que 49% dos pesquisados já entram nas mídias sociais querendo “faturar” de alguma forma: insistem em oferecer seus produtos nas comunidades, fazem propaganda descarada nos blogs, enviam mensagens comerciais sem permissão. Ou, por outro lado, participam dessas mídias sem propósito definido, simplesmente “por participar”, para fazer parte e ver o que acontece. A conseqüência: comunicação com conteúdo irrelevante, propaganda demais, foco de menos e, pior, a reação contrária dos internautas, que pode ir da indiferença à indignação. Por estas razões, os índices de sucesso nas redes sociais estão abaixo do que poderiam estar. Em vez de escolher o caminho mais rápido, o ideal é trilhar pelo mais seguro. Além de maior potencial para gerar resultados, fazer um planejamento prévio com base no conhecimento das mídias sociais, do perfil do público-alvo e em ações sintonizadas com outras ferramentas de marketing digital também tem menos probabilidade de ser rejeitada”, assegura o consultor.

Ele ainda dá algumas dicas:

  • Entenda como as mídias sociais funcionam – Comunidades, blogs e Twitter possuem uma dinâmica própria, que só são compreendidas quando se faz parte delas. Portanto, antes de delegar a tarefa a terceiros, é essencial que você participe para ter uma noção mais clara sobre as regras de conduta e formas de abordagem mais apropriadas. Uma das primeiras coisas que descobrirá, por experiência própria, é porque ninguém nesse meio gosta de vendas diretas.
  • Entenda como o seu público-alvo interage – Estude como seus clientes, consumidores ou prospects participam das mídias sociais. Eles a utilizam para conhecer a opinião de outras pessoas sobre o seu produto, para reclamar ou elogiar? Estão interessados em assuntos profissionais ou pessoais? Quais os sites mais freqüentados (Orkut, Facebook, Sonico, MySpace, Via6, Linked In, Plaxo, etc.) E se não participam, isso ocorre por falta de tempo, interesse ou dificuldade em acompanhar estas novidades? O que os motivaria a fazer parte de uma rede social?
  • Defina a estratégia – As etapas acima são fundamentais para o passo seguinte, definir a estratégia de atuação, que pode se dar em três níveis principais: canais relacionamento (atendimento a reclamações, esclarecimento de dúvidas, interação com clientes e consumidores), comunicação (divulgação de lançamentos ou atualizações de produtos, informações práticas) ou campanhas de fidelização (promoções exclusivas para quem participa ou segue em suas comunidades, blogs ou Twitter). Independente da escolha, é essencial atuar de forma integrada a outras iniciativas de marketing utilizadas pela empresa, sejam online (website, e-mail marketing, links patrocinados, banners) ou offline (anúncios, mala direta, assessoria de imprensa, etc.)
  • Crie um diferencial – Só participar não é o bastante. É preciso participar de forma diferenciada. Seja por meio de conteúdo exclusivo, promoções especiais ou atendimento personalizado. É a melhor maneira de conquistar atenção, fidelidade do público e, principalmente, fazer com que as suas iniciativas sejam divulgadas pelos próprios participantes por meio do boca a boca.
  • Tenha objetivos claros e mensure os resultados – Uma das grandes vantagens do marketing digital é dispor de recursos que permitem mensurar os resultados das mais diversas formas. Use isso a seu favor, estabelecendo objetivos e metas claros para cada mídia social. Uma dica para facilitar a tarefa é canalizar as ações das mídias sociais no site da empresa. Por exemplo, em uma promoção pelo Twitter, faça com que os internautas tenham de visitar o site para conhecer as regras ou os prêmios. Dessa forma, é possível mensurar em detalhes a audiência (região de proveniência dos visitantes, duração) e o tráfego (páginas mais visitas) do site e relacioná-los com a receptividade da campanha. É também uma forma dos internautas conhecerem mais sobre a sua empresa e outros produtos oferecidos.

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A burocracia no Brasil afeta a competitividade das empresas

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Um estudo feito pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) revelou que a elevada burocracia influencia negativamente as ações de governo e a competitividade do país. No índice divulgado pelo Banco Mundial que mede a facilidade em se fazer negócios, o Brasil ocupa a 129ª posição entre 183 países (2010). Os indicadores de governança (medem, em geral, a qualidade das instituições e do ambiente de negócios), são indiretamente relacionados com a burocracia do país. No Brasil, a elevada burocracia pressiona negativamente a efetividade do governo, o controle da corrupção e a qualidade da estrutura regulatória, prejudicando o desenvolvimento do mercado privado.

Alguns países com maiores níveis de burocracia tendem a apresentar menor atratividade dos investimentos produtivos, PIB per capita, nível de escolaridade e maior tamanho da economia informal, prejudicando a competitividade do país. Na medida em que estes fatores afetam o crescimento, impõem um custo econômico ao país. Estima-se o custo econômico da burocracia, considerando o caso em que o nível da burocracia brasileira seja igual à média de uma cesta de países selecionados. Assim, pode-se concluir que:

  • Se o Brasil reduzisse em 0,3 pontos seu índice de burocracia, chegando um nível igual à média dos países Selecionados de 0,27, o produto per capita do país passaria a US$ 9.147, ou seja, um aumento de quase 17% na média do período 1990-2008 (equivalente a 1,45% ao ano). Isto corresponde a um custo médio anual da burocracia estimado em R$ 46,3 bilhões, equivalente a 1,47% do PIB (valores de 2009).
  • Se a redução dos excessos fosse ainda maior, levando a burocracia a zero, estima-se que o custo médio anual da burocracia chegue a R$ 86,7 bilhões (valores de 2009), correspondentes 2,76% do PIB. No entanto, este valor representa um referencial teórico, pois não é possível observar um nível zero de burocracia no país, na medida em que alguns procedimentos, mesmo que mínimos, são necessários para o desenvolvimento dos negócios.

Dessa forma, o custo econômico anual da burocracia de R$ 46,3 bilhões representou no Brasil:

  • 10,1% do investimento (FBCF) privado (2009);
  • Quase 300% do gasto privado em P&D (2008);
  • 2,8% da receita líquida de vendas da indústria de transformação (2007);
  • 2,3% do consumo final das famílias (2009).

Em consequência, a burocracia se tornou um dos maiores obstáculos para o crescimento econômico do Brasil, segundo a pesquisa da Grant Thorton International, realizada em 2010. Desde 2007, a burocracia tem sido apontada como determinante na expansão dos negócios2. Em 2010, a burocracia é citada como o maior empecilho por 37% dos empresários, resultado maior do que a média mundial (32%) e a média dos países emergentes (31%)3. São vários os exemplos dos obstáculos observados nas empresas. De acordo com a pesquisa sobre burocracia realizada em 2010 pela CNI com 431 empresas (CNI, 2010), quase 90% das empresas responderam que o número excessivo de normas é a principal dificuldade para o cumprimento das obrigações legais, seguido pela complexidade das regulamentações.

O estudo aponta algumas alternativas para diminuir o problema:

  • Redução da burocracia nas três esferas do setor público:

– Simplificação dos procedimentos e regulamentos de natureza legal, fiscal, trabalhista e tributária, estabelecendo regras mais claras, objetivas e processos mais transparentes.

– Unificar e simplificar os procedimentos e sistemas de cadastro e processamento de informações para todos os órgãos envolvidos.

– Melhorar a qualidade da regulamentação, minimizando as mudanças frequentes na legislação.

– Modificações legislativas visando remover entraves redundantes, reduzindo a quantidade de controles cruzados.

– Diminuir o número de tributos e normas e reduzir a exigência das certidões negativas.

– Estimular mecanismos mais eficientes de controle e auditoria.

– Criar centrais de atendimento integrado, como o Poupatempo em São Paulo.

– Fixar prazos para respostas dos pedidos realizados aos órgãos públicos.

  • Redução da burocracia pela intensificação no uso dos meios eletrônicos:

– Estimular a disponibilidade, acessibilidade e o uso de serviços pela internet.

– Conectar eletronicamente os registros de Cartórios de Notas e de Registro de Imóveis.

– Extensão da informatização das declarações e pagamentos para todos os estados e municípios.

– Criar a janela única, um meio onde a população e empresários tenham acesso a todas as informações necessárias para executar suas atividades.

  • Redução da burocracia para as empresas:

– Criar um cadastro único para as empresas válido para as três esferas do governo, fundindo os processos de registro e inscrição fiscal, visando a redução na redundância da análise da documentação.

– Fornecimento das informações necessárias para o registro da empresa em uma única unidade de processamento central.

– Fornecimento de licenças provisórias de funcionamento, possibilitando o início imediato do empreendimento.

– Fusão dos procedimentos para pedidos de licença para construção, instalação e operação em num único documento, procedimento e unidade de atendimento central.

– Criar mecanismos para estimular a formalização das empresas, como a redução da regulamentação e a unificação dos procedimentos entre os órgãos federais, estaduais e municipais.

– Aumentar a flexibilidade das condições trabalhistas (contratação e demissão).

Enfim, conclui o estudo, a necessidade de desburocratizar o Brasil é urgente. A burocracia impõe elevados custos econômicos e sociais para o país, reduzindo a sua competitividade, a possibilidade de oferecer melhores condições de bem estar social à população e melhores condições de infraestrutura e um ambiente de negócios mais estável às empresas. O esforço deve ocorrer nas três esferas da administração pública e nos sistemas legislativos, judiciários e tributários, a fim de aumentar a eficiência do setor público, destravando o desenvolvimento econômico do país.

Para ler o estudo completo clique no link http://www.fiesp.com.br/agencianoticias/2010/06/30/decomtec_relatorio_burocracia_custos_propostas.pdf

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